My Darkness! escrita por Jhessyka Mykaely


Capítulo 17
Capítulo dezesseis: Sonho! Akuma! Cegueira!


Notas iniciais do capítulo

ta ai mais um...
minha amiga Joyce na qual fiz a personagem "Joyce"
andou me chateando... mas como adoro ela, não consigo me irritar!
por isso irei descontar na Joyce da historia!
não me matem, a culpa é da minha amiga, matem ela hehehe
*sorriso maligno*
(amiguinha Joca, é brinks a parte do "chateando ta" *U*)



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Eu não sei o que houve, só sei que estava assistindo filme junto com a Joyce e adormeci. Acordei nesse lugar, escuro, sujo, fedido.

Eu ouvia gritos de dor, toda a minha coragem, determinação haviam me deixado, eu estava sozinha e levei um tempo para perceber que o grito de dor vinha de mim, era eu quem estava gritando.

Dor, desespero, me consumiam. Eu estava estirada no chão imundo, quando finalmente levantei o rosto notei que havia algo diferente, eu não era eu.

Meu cabelo estava loiro, minha pele era mais branca. Levantei e sai correndo procurando por algo em que eu podia me ver, minhas pernas estavam bambas, cai inúmeras vezes no chão, mas, consegui achar uma poça de água naquele chão esburacado. A água era suja, mas eu me vi e pude constatar que eu era a Joyce, eu estava confusa, estava no corpo de Joyce. Meu corpo se mexia sozinho, minhas mãos foram em direção a água, com ela tentei lavar as mãos e os joelhos sujos por causa das quedas.

Eu estava desesperada.

_ALGUÉM! POR FAVOR! _Eu gritei, mas, não era eu, eu não queria gritar, meu corpo movia-se sozinho.

De repente eu parei. Em minha frente havia um homem, alto, bonito, estava com uma roupa toda negra. Mantinha uma mão no bolso da calça jeans, o sorriso sedutor no rosto. O cabelo loiro arrepiado, os olhos castanhos me fitavam, senti medo, mas, mesmo assim corri em direção a ele.

Foi nesse momento que eu me separei de Joyce, no instante em que ela começou a correr, senti como se algo estivesse saindo de mim. Vi Joyce parando em frente aquele homem, de seus olhos caiam lágrimas, eu podia sentir o alivio dela ao encontrar-lo.

_Achei que o tinha perdido! _Ela falava sorrindo enquanto as lágrimas caiam.

Joyce evitava se aproximar, estava receosa, mas a felicidade era evidente.

_Eu estou aqui! _Ele falou com a voz rouca.

_Mas, o acidente... Me perdoe, por favor me perdoe por aquilo. _Ela chorava enquanto o abraçava forte.

Ele não retribuiu o abraço, me encarava, ele era capaz de me ver, em seus olhos eu via maldade, e seu sorriso era travesso.

_Não! _Ele falou.

Joyce paralisou, se afastou, olhava em seus olhos confusa.

_Minha morte foi sua culpa, sabe tudo o que eu perdi? Minha casa, meus pais, meu irmão, o meu futuro... Eu ia ser médico, tinha notas altas, era perfeito... Até conhecer você. Minhas notas abaixaram, e por sua culpa eu me embebedei e me droguei... Eu que nunca havia fumado, acabava com dois maços de cigarro por dia. Eu que nunca havia saído para baladas, só voltava de madrugada, tudo sua culpa. TUDO POR SUA MALDITA CULPA! _Ele falava exasperado, eu via o ódio em seus olhos.

Joyce estava espantada, assustada. Olhava para ele atônita, com medo.

_Mas, era você quem dirigia. _Ela falou.

_Sim, mas eu ainda estaria vivo se você não tivesse me arrastado para aquela maldita festa, e eu não tivesse ficado bêbado. Eu te odeio, você seria bem melhor se estivesse morta.

_E-Eu mudei! _Ela falou desesperada.

_Sim, eu vi! E é isso que mais me aborrece, o bonzinho vira mal e morre, a malvada vira santinha e vive feliz para sempre. Injusto isso não? _Ele perguntava enquanto andava em círculos ao redor dela.

Joyce chorava, muito, tive vontade de abraçar-la, mas ao me aproximar, ele me lançou um olhar gélido. De seu peito saiu uma bola de fogo. O Demônio da ultima vez havia aparecido novamente.

_Ora! Ora! Veio ver o show?

_Seu monstro! _Eu falei.

_Me chame de Akuma, significa Demônio em japonês e eu gosto mais. É mais divertido sabe. _Ele falava risonho.

_Akuma! Realmente, combina com um monstro como você.

_Se continuar a me elogiar vou ficar encabulado! HAHAHAHAHA!

Minha vontade era de jogar um balde de água nele para apagar o fogo, eu o odiava.

Minha atenção foi desviada para Joyce que continuava a chorar sem parar, enquanto o loiro continuava a culpá-la.

_Falta pouco agora, logo-logo ela será minha. _Ele disse.

_Não!

Não! Ele não podia tira-la de mim, eu não ia deixar ele se divertir as custas dos meus amigos.

_Me leva! _Joyce pedia.

_JOYCE NÃO! _Eu gritei.

Joyce parou de chorar, olhou assustada em minha direção.

_Essa voz... Kate? Onde você esta? _Ela perguntou andando em minha direção.

O loiro a segurou firme, colocou a mão direita sobre os olhos de Joyce, ela gritava agoniada, eu gritava agoniada, Joyce estava sendo machucada e eu me via impossibilitada de ajudar.

_Você vai viver na mesma escuridão em que eu vivi. _O loiro disse, a voz estava estranhamente grossa.

Acordei sobressaltada, estava em minha cama, Cristhian como sempre estava no fundo do quarto me olhava preocupado.

_Joyce... _Falei.

_Ela esta em casa, disse que não queria preocupar o pai. _Ele falou.

Suspirei aliviada, fora apenas um sonho.

Levantei-me e fui tomar um banho, me troquei e rumei em direção ao trabalho, não me importava de chegar cedo. Quando cheguei todos estavam reunidos em frente a cozinha, o cozinheiro estava ao telefone e todos ao seu redor preocupados.

_O que aconteceu? _Perguntei.

_Kate! Parece que Joyce sofreu um acidente, esta hospitalizada. _Falou o Caio.

Eu fiquei estática, angustiada.

_Que hospital? _Me apressei em perguntar.

_O que fica no centro, sabe onde é? _Falou Ricardo, um dos cozinheiros.

_Sim, eu vou lá.

Sai apressada, eu precisava ver Joyce, enquanto andava apressada, as lágrimas molhavam minha face, borrando minha visão, o nó em minha garganta apertava, o choro me dominou, eu queria gritar, espernear, mas não podia, eu queria me jogar no chão... Mas tinha que chegar até Joyce.

_KATE! _Ouvi meu nome, nem liguei, continuei andando.

Eu estava indo a pé, não me importava, me assustei quando vi um carro ao meu lado me acompanhando, mas não liguei.

_Kate! Sou eu, o Léo! _Parei ao identificar-lo dentro do carro.

_Léo! _Falei segurando o choro.

_Entra! _Ele falou e eu obedeci.

Dentro do carro, eu evitava encarar-lo.

_Acho que você já soube sobre Joyce! _Ele falou com as mãos no volante.

_S-Sim! _Respondo com a voz embargada.

_Vou levá-la ate lá, até por que, também estou preocupado, e estava levando umas roupas que o pai dela pediu. _Ele dizia sem tirar os olhos da estrada.

_O que aconteceu? _Perguntei receosa.

_Olha Kate, eu não sei bem o que houve, só sei que Joyce acordou no meio da noite, foi beber água, caiu da escada, e depois disso... Quando acordou, alegava não enxergar mais nada. _Léo falou depois de um suspiro.

_Ela esta cega! _Falei.

O horror me dominou, o sonho, o garoto loiro com a mão nos olhos dela. Eu me sentia culpada, não consegui conter as lagrimas.

Quando me dei conta já estávamos no estacionamento do hospital, Léo continuava com as mãos no volante, sequei minhas lagrimas e abri a porta do carro, fui em direção ao hospital, Léo estava logo atrás de mim.

Ele me guiou ate o quarto de Joyce, no quarto, havia um senhor, sentado em frente à cama de Joyce, o cabelo branco, os olhos azuis, vermelhos e inchados pelo choro.

_Senhor Martins! Essa é Kate. _Léo falou para ele.

_Joyce fala muito de você, fico feliz que tenha vindo. _Ele respondeu.

_Como ela esta? _Perguntei contendo o choro.

_Os médicos falaram que ela vai ficar bem, sofreu queimaduras nas pálpebras dos olhos, a retina foi prejudicada. Eu realmente não sei como isso aconteceu, ela estava no topo da escada e caiu... _Ele não conseguia mais falar.

Pediu licença e se retirou, eu olhava para Joyce, inconsciente na cama do hospital, os olhos estavam vendados por panos brancos.

Eu chorava compulsivamente, meus soluços eram altos, senti braços fortes me abraçar por trás, me virei ainda chorando e me agarrei a Léo. Molhava sua camisa com minhas lágrimas, o abraçava com força sem me preocupar se o estava machucando ou não, eu só queria que tudo passasse, desejava que tudo aquilo fosse um sonho, um sonho do qual eu não conseguia acordar.

Quando me acalmei, percebi que a culpa de tudo aquilo era minha, e que tudo não passava de um teste. Até onde eu iria suportar? Até quando eu iria resistir? Eu deveria me entregar para o “Akuma”?

Eu não sabia responder, eu não queria pensar.

Me agarrei ainda mais a Léo e fechei os olhos, ele me levou para fora do quarto, sentamos no banco do corredor, eu ainda me mantinha abraçada a ele, ele balançava lentamente e cantarolava uma canção desconhecida por mim, mas que acabou me fazendo dormir.

Durma meu anjo...

Durma tranqüila,

Pois estarei aqui, zelando por seu sono...

Quando a noite chegar...

Juro, Não deixarei os Akumas se aproximar...

Durma meu anjo...

Sua alma, prometo...

Não deixarei ele pegar!

***My~Darkness***


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostados...beijinhos. quero review!e sim, a musiquinha é besta!



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