My Darkness! escrita por Jhessyka Mykaely


Capítulo 15
Capítulo quatorze: Desespero!


Notas iniciais do capítulo

Hj acordei na maldade! muahahahaha
não me matem!



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Acordei com o sol batendo em meu rosto, olhei ao redor, estava em meu quarto, mas, havia algo diferente. Tentei me lembrar do que havia acontecido, mas nada veio em minha mente, senti um cheiro nostálgico de ovos e bacon sendo fritados.

_Kate! Meu amor venha comer! _Ouvi uma voz vinda da cozinha.

Meus olhos se arregalaram, aquela voz era a da minha mãe, eu estava ouvindo a doce e meiga voz de minha mãe, um sorriso brotou de meu rosto, corri  para as escadas.

Lá estava ela, preparando o café da manhã, meu pai na mesa lendo o jornal, ela me olhou sorrindo, eu corri e a abracei.

_Mamãe! Mamãe me desculpa, me perdoa por favor, eu te amo muito, muito. _Falei enquanto lágrimas desciam por meu rosto.

_Ora querida! O que houve, perdoar pelo o que? _Ela perguntava retribuindo meu abraço.

_Nada! Por nada. _Falei secando as lagrimas.

Era real, aquilo era real, eu podia sentir o seu cheiro de rosas, o calor de seu corpo.

Ouvi meu pai pigarrear alto, larguei minha mãe e corri para abraçar meu pai.

_Te amo muito papai. _Sussurrei em seu ouvido.

_Também te amo querida. _Ele respondeu afagando o topo de minha cabeça.

Como eu havia sentindo falta de abraçar meu pai, ele e aquela barriguinha de cerveja de domingo... E o bigodinho dele que pinicava quando ele beijava minha testa.

_Você esta bem querida? _Minha mãe perguntou.

Olhei para ela, tão magrinha, com os cabelos ruivos curtos e encaracolados. Com seus olhos verdes.

Assenti com a cabeça que sim e então olhei para meu pai. Os cabelos acinzentados, o bigode também, os olhos de um azul meio acinzentado, a expressão calma.

Era tão bom rever-los. Eu havia morrido de saudades deles.

_Eu os amo muito. _Falei e novamente senti o nó em minha garganta e a vontade de chorar.

E então... Tudo ficou escuro, eu sabia que foi uma ilusão, e isso me fez chorar, eu os queria tanto, tanto.

A escuridão amenizou e eu me vi uma criança de treze anos, chorando no canto da sala, abraçando as próprias pernas, a casa escura, minha tia havia ligado do hospital, com a notícia da morte deles, disse que logo viria me buscar.

 Eu chorava muito...

_E-Eu n-não quero ficar sozinha... Alguém... Alguém fica comigo, por favor... _Ela falava enquanto chorava.

Vi uma sombra escura cobrir a casa, e tudo se perdeu na escuridão, mas, eu ainda era capaz de me ver ali, aquela criança triste que olhava para tudo assustada.

_Eu não quero ficar sozinha. _Repetiu naquela escuridão.

O feixe de luz iluminou a criança, ou melhor, me iluminou.

Então a voz pedindo ajuda, o meu medo ao ouvir-la, e a minha vontade de nunca mais ficar sozinha...

Eu chamava a pessoa para debaixo do feixe de luz, ele veio, mas, quando chegou a luz apagou e eu já não podia ver-lo.

_Me abraça, por favor, estou com medo. _Eu tinha falado sem pensar.

A pessoa me abraçou, quando a “eu” criança foi abraçada, eu também senti, os braços quentes e aconchegantes da pessoa. Eu sabia quem era, mesmo sem ver.

Me aproximei de mim mesma, tentando enxergar a pessoa que me abraçava.

_Cristhian! _Eu sussurrei ao ver-lo.

Parecia tão machucado, a expressão de medo, as lagrimas caindo por seu rosto.

_Obrigada por ficar comigo, não me deixe sozinha por favor. _Eu falava.

A escuridão desapareceu e La estava eu, havia parado de chorar, sentada no sofá com um sorrisinho no rosto, feliz por não estar mais sozinha.

A escuridão voltou, e quando cessou, eu estava no depósito do restaurante, havia um homem remexendo nas caixas.

_Querido? O que houve? O que esta procurando? _Um mulher perguntou da porta.

Era a mulher fantasma do deposito. Olhando agora ela era muito mais bonita, olhei novamente para o homem que remexia nas caixas, a tampa de uma caiu e eu li uma data “vencimento dia 20 de outubro de 1955”.

Eu havia regressado ao ano de 1955.

O cheiro de álcool invadiu o local, só agora eu percebia as inúmeras garrafas de bebida pelo chão, o homem estava revirando caixas de bebida alcoólica.

_Querido, isso não é a mercadoria do bar? Você esta bebendo? _Ela perguntou.

_Calada! Sua prostitutazinha. _Ele falou exasperado.

Estava visivelmente bêbado. Ela tentou se aproximar para ver em que estado ele estava, ele levantou a mão pesada e desferiu um tapa em sua face branca. A mulher não acreditava que o marido a tivesse batido.

Colocou a mão no rosto avermelhado, e começou a chorar. O homem foi ate o fundo do deposito e depois voltou segurando um machado.

Fiquei estática, a mulher se desesperava, tentou correr mas ele a agarrou pelos cabelos e a jogou no chão.

Com um dos pés, pisou fortemente no braço esquerdo da mulher, ela gritava, ele levantou o machado e o desceu com força. Vi o braço da mulher se separar do corpo, o sangue jorrava para todos os lados, eu gritei.

_Pode levar essa vagabunda agora. _Disse o homem bêbado.

_Com muito prazer! _Ouvi uma voz grossa e áspera vindo de algum lugar.

Uma sombra cobriu a mulher.

A escuridão veio, e se foi, eu estava num banheiro, uma mulher bonita chorava no ultimo Box do banheiro, era a mesma que me atacou no banheiro do restaurante.

Ela cortava os pulsos e chorava.

_Me leve! Por favor me leve para longe daqui, me afaste daquele maldito que só abusa de mim. _Ela dizia chorando.

A mesma sombra veio e a cobriu.

Momentos depois a escuridão veio novamente, e quando esta cessou, eu estava num quarto masculino, cheio de pôsteres de bandas de rock. Em cima da cômoda havia um porta-retratos e na foto eu via Cristhian e Allen lado a lado sorrindo.

_Cris! Mano venha aqui. _Ouvi uma a voz de Allen.

Uma porta se abriu e dela saiu Cristhian só de calça moletom, os cabelos molhados, confesso que babei.

Cristhian abriu a porta do corredor, eu o segui, ele foi andando até o fim onde havia uma escadaria de madeira, o sótão.

_Fala Allen!

_Sobe aqui e vem ver o que eu achei. _Ouvi a voz de Allen.

Cristhian subiu e eu fui logo atrás, o sótão era uma bagunça só, Allen olhava para Cristhian com um sorriso travesso.

_O que foi?

_Nada, só que eu cansei!

_De que? _Perguntou Cristhian sem entender.

_De tudo! De ser comparado a você! Sabe o quanto é torturante quando as pessoas dizem que eu devia ser perfeito igual a você? _Allen falava.

_Allen, que brincadeira é essa?

_Nenhuma! Eu te odeio Cristhian e vou tirar-lo da minha vida para sempre. _Allen falou com todo o ódio que tinha.

Cristhian não se mexeu, estava surpreso demais, Allen em um movimento rápido jogou Cristhian do sótão, este caiu com força no chão, corri para as escadas, Cristhian tentava se levantar.

_Pode levar-lo para o inferno se quiser. _Allen falou e foi para o fundo do sótão.

A mesma sombra negra cobriu Cristhian.

A escuridão me envolvia novamente, porém dessa vez não cessou. Eu vi uma luz, tentei alcançar, mas minhas pernas ficaram estranhamente pesadas.

Eu estava desesperada, queria alcançar aquela luz, a escuridão estava me sufocando, eu chorava de medo e desespero.

_Por que quer tanto assim uma luz?  _Falou uma voz.

Tem tanto medo assim da escuridão?

Não é a escuridão que você deve temer, e sim o que se esconde nela.

A voz cessou, e o meu desespero só aumentou.

***My~Darkness***


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado... ate a proxima e deixem reviews!



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