Four Worlds escrita por Kah Moon


Capítulo 7
Capítulo 6 – Te encontrei!


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu ... É que eu tava com preguiça de escrever >.



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Curiosa, ela desce por um caminho lateral à orla chegando ao fundo, onde se encontravam muitas densas arvores e pouca era a visibilidade do local... Novamente ela escuta um barulho e alguém a segura pelas costas passando uma de suas mãos em sua cintura levando-a próxima ao corpo e a outra que segurava uma adaga, afiada, é levada ao pescoço da menina encostando forte a lamina, fria, fazendo-a arrepiar, de medo.

 

 

- Veio ver se o trabalho foi bem feito? – pergunta com desdém.

 

- Do que está falando? – Freya tentava se soltar, mas não conseguia o rapaz a segurava fortemente sem dar possibilidade para que a garota se movimentasse facilmente.

 

Lentamente ele começou a passar a ponta da adaga no pescoço de Freya, forçando,abrindo um pequeno talho por onde brotava o sangue da garota.

 

 

- Se eu fosse você não brincava comigo entendeu?Pra quem você trabalha?

 

 

- Me larga! Eu já disse! Eu não trabalho pra ninguém! – ele abriu o corte um pouco mais forçando a ponta da adaga contra o pescoço dela.

 

 

- Eu não estou pra brincadeira!Eu vi você chegar com seus homens e ficar vasculhando as coisas de minha família ali na estrada. Veio ver se o serviço ficou bem feito não é?Porque fez isso? – a segura ainda com mais força ameaçando fazer um corte bem maior na menina.

 

 

– Ninguém fez nada para você... Meus pais eram pessoas muito cuidadosas, nunca teriam inimigos!

 

 

Freya ao ouvir a declaração do rapaz, concluiu que ele era o Ray... Seu noivo!Ele não estava morto, estava bem vivo e demonstrava isso a ela de uma forma bem rústica.

 

 

- Seu nome é Ray Kaidoku não é?  - ele a soltou de súbito empurrando-a para longe.

 

 

- Como se você não soubesse isso!Agora eu quero saber quem é você. Eu tenho o direito de saber isso.

- Eu também tinha o direito de te conhecer... – fala levando à mão ao pescoço tentando fazer o ferimento parar de sangrar, quando uma voz familiar para Freya ecoa pelo local.

 

 

- Freya!Senhorita Freya!Onde a senhorita está?

 

 

Ao ouvir esse nome Ray arregala os olhos como se já tivesse entendido o que tudo significava e que acabara de fazer a maior besteira de sua vida ao abordá-la daquela maneira tão rude... Afinal ela é sua noiva.

 

 

- Aqui capitão!

 

 

Sem tirar os olhos dele Freya respondeu ao homem que se dirigiu correndo orla abaixo onde encontrou os dois jovens se entreolhando em silencio, um clima pesado pairava no ar e a menina tomou a primeira iniciativa pra falar com o capitão.

 

 

- Encontramos quem procurávamos.. Ele está ai, infelizmente, vivo. – ela se voltou para o capitão caminhando, em seguida, ladeira acima. Quando a garota se virou deixou exposto o ferimento do pescoço, causado pela adaga do rapaz, que sangrava bastante manchando de vermelho o vestido claro de Freya.

 

 

- O que aconteceu com o seu pescoço?Ele te fez algum mal?

 

 

--------------xXx-------------

 

 

 

 

Nada mais foi dito Myra ao ver que os soldados do fogo se aproximavam com força total, empunhou sua espada e concentrando toda sua essência desferiu o mais poderoso golpe que pôde.

 

 

 

Um feixe de luz branca envolveu o local, seguido de uma grande explosão, tudo sumiu.

 

 

 

--------------xXx-------------

 

 

 

No topo de uma montanha dois Senhores conversavam diante de duas moças desacordadas ambas possuíam espadas e trajavam roupas de guerra.

 

 

 

 

- Porque você as trouxe aqui mesmo? – pergunta coçando a cabeça.

 

- Nossa você fica mais caduco a cada dia! – bate na cabeça do velho de cabelos marrom. – A idade ta pesando!

 

- Cala a boca!!!  ... Lembrei!

 

- Tava na hora. A idéia foi sua!

 

- Minha?

 

- E!!Você que me falou para trazer elas!Você que sabe do plano!

 

- Será que eu sei?!Acho que eu esqueci! – fala coçando a cabeça com força bagunçando os cabelos.

 

- Melhor lembrar que uma delas está acordando. – fala apontando para Myra.

 

- Eu não lembro!!É muita pressão! - coça os cabelos com as duas mãos e fica batendo o pé no chão levantando uma leve poeira. – Vamos deixar elas ai.. Quando eu lembrar eu volto.

 

- Ah idiota!Então nem precisava ter trago elas aqui!

- Claro que precisavam, iam se matar!E onde agente vai arrumar novas guardiãs hein?

 

- Você é um velho caduco!

 

- Não me chama de velho!!

 

- VELHO!!!!!!

 

 E lá se foram os dois brigões descendo montanha abaixo...

 

--------------xXx-------------

 

 

 

Lee seguia rápido pela floresta a procura da montanha Morikawa para onde sua mãe o havia mandado.

A chuva havia parado há algum tempo e o rapaz mesmo molhado seguia seu caminho adentrando na floresta quando se depara com uma cena de destruição e morte. Em meio à floresta uma pilha de cadáveres e vestígios de arvores foram encontrados por ele, que sem deixar-se abater continuou a caminhada, até encontrar um vestígio daquele que um dia ela havia chamado de pai.... No chão um pedaço de bandeira, a mesma bandeira da tropa de Evan,aqueles eram os soldados que seu pai havia mandado para a morte,salvando assim sua família.

Em meio a toda aquela destruição o jovem viajante descobre um sinal de vida vindo da pilha de cadáveres, um soldado ainda tinha vida e se debatia, tentando se levantar, em meio a corpos inertes.

 

 

Com cuidado Lee o ajuda a levantar, a o leva floresta adentro, o afastando daquela destruição, e onde eles montariam acampamento. Visto que aquele “homem” era o único sobrevivente da sangrenta batalha. Para Lee também não era nada prazeroso ficar naquele lugar, o cheiro de sangue impregnava seu pulmão, um cheiro quase insuportável.

 

Hyane sentia seu corpo pesado e fraco mesmo assim continuava a caminhar sendo ajudada de perto por Lee, que em vão, tentava puxar conversa com ela.

 

 

- Qual é o seu nome? – pergunta curioso tentando ver algum sinal de que responderia.

 

 

A garota de cabelos azuis, nada falava, sequer tinha forças para abrir os olhos, o que mantinha sua cabeça sempre abaixada, impossibilitando Lee ver seu rosto sem a armadura.

 

 

Ao chegarem a uma clareira no meio da floresta, o rapaz põe o soldado no chão e começa a recolher gravetos para fazer uma fogueira.

 

 

Hyane tentava se levantar, mas não tinha forças, havia perdido muito sangue, e também não podia ficar aos cuidados dele, se ele descobrisse sua verdadeira condição ela seria presa e condenada por traição. Sua única alternativa era fugir para não ser descoberta.

Juntando todas as forças que lhe restavam, Hyane consegue se levantar apoiada na arvore atrás de si e inicia uma caminhada lenta e dolorosa, todos os seus músculos se contraiam provocando uma dor sem igual, o cansaço parecia aumentar a cada passo.

 

 

De cabeça baixa, quase se arrastando, ela seguia até que Lee se põe na sua frente, o que a fez parar e uma tímida mecha de seu longo cabelo azul sair para fora do capacete.

 

 

- Pra onde pensa que vai?- segura o braço do soldado com força e sem nenhum cuidado tentando ver seu rosto.

 

- Não me toque! – uma voz fina e rouca soou pelo ouvido do rapaz que estranhou o fato de um soldado do exercito ter um cabelo tão longo e uma voz tão fina.

 

- Quem é você? - indaga desconfiado da identidade daquele estranho soldado.

 

 

Sentindo suas forças acabarem, seu corpo ficou mais pesado do que ela pôde agüentar. Desmaiou. Indo de encontro ao chão úmido ,deixando que seu capacete saísse rolando,revelando um rosto delicado e longos cabelos azuis.

 

 

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- O que aconteceu com o seu pescoço?Ele te fez algum mal? – falou olhando para o rapaz que olhava em direção a Freya meio perdido ainda com a adaga na mão.

 

 

 

- Não foi nada. Eu me machuquei ao descer até aqui. Nada de mais. Agora, - olha para Ray – já que encontramos o que procurávamos podemos voltar rápido. Vamos?

 

 

 

Os começaram a subir orla acima, mas Ray continuava imóvel como se não soubesse o que fazer, as coisas iam rápido demais para entender bem.

 

 

 

“Ela é Freya? Com quem eu vou me casar? O que eu fiz? Nunca pensei que podia encontrá-la num lugar como esse. Pensei que tinha me livrado dela e desse casamento. Melhor ter um lugar pra morar do que não ter nenhum. Eu não vou voltar para casa até descobrir quem fez isso com minha família. E como eu não conheço ninguém aqui... ela é minha única opção...”.

 

 

 

- Você não vem rapaz? – pergunta o capitão se dirigindo ao Ray

 

 

- Já vou...

 

 

Ao chegarem onde se encontravam os cavalos não havia ninguém os esperando. Os outros soldados ainda não tinham voltado e se passaram muito mais do que meia hora desde que eles se separaram.

 

 

 

- Porque não tem ninguém aqui capitão?

 

 

- Eu não sei senhorita... Tem alguma coisa errada acontecendo. Vocês fiquem aqui enquanto eu vou procurá-los tudo bem?

 

 

- Tudo bem...

 

 

O capitão do batalhão se embrenhou pela mata fechada à procura de seus soldados enquanto os noivos permaneciam no local, em completo silencio cada um de um lado da estrada. Só se ouvia o barulho do vento que batia nas folhas molhadas pela chuva tentando carregá-las para longe e o barulho do bater das asas de alguns pássaros que passavam no local, quando Ray toma coragem e começa a andar em direção a Freya que permanecia do lado oposto de costas para ele.

 

 

- Freya? – pergunta meio curiosa para saber a eminente resposta.

 

- Ray. – ela se vira para poder visualizar seu noivo.

 

- Acho que eu lhe devo desculpas por... Isso. – aponta para o corte no pescoço dando um sorriso amarelo e sem graça

 

 

- Eu também acho... Mas eu te entendo também faria o mesmo, agente nem se conhecia.

 

 

- Mesmo assim... – ele retira do bolso da calça um lenço branco rendado. – Tome. Para você se limpar um pouco, era o lenço da minha mãe. Você não é obrigada a ficar suja não é mesmo? – sorri.

 

 

- Tem razão – sorri.

 

 

A final os dois estavam meio que se entendendo quando uma nova explosão é ouvida e o capitão do batalhão retorna muito ferido.

 

 

- Fujam!!!!

 

 

 

- O que aconteceu? – pergunta Ray que ia a direção ao homem que cai no chão, ele estava morrendo seus ferimentos eram muito profundos e havia perdido muito sangue.

 

 

- Duas moças!Eles comandam dragões nos atacaram... Fujam de uma vez antes que eles venham atrás de vocês. – mal terminou a frase e morre sem que eles possam perguntar mais...

 

 

Porém não foi preciso.Do meio da floresta surgirão...........

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Continua ...... 


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