(Kaname)

Takuma era realmente insistente em perguntas que eu não podia responder isso complicava tudo.

Eu e Takuma estávamos na mansão dos Ichijou, na sala de estar, tomando um chá de ervas. Conversávamos muito durante muitos anos nesse lugar. Era aconchegante e pacifico, quando eu estava sem Yuuki, maior parte do tempo eu ficava nessa casa, mesmo com o avô de Takuma, que era intragável de agüentar.

-Aff, Kaname, se não me contar, como poderíamos ser chamados de amigos? – Takuma falava como poderia ser tão irritante? Talvez amigos de verdade sejam assim, irritantes, mas eu não sou, ou sou?

-Takuma, uma pergunta que tenho a você. – eu falei frio. Ele assentiu com a cabeça. – amigos são irritantes uns com os outros? – ele me olhou com uma cara de quem queria dar uma gargalhada.

-Bem, sim, na maioria dos casos Kaname! – ele deu uma leve risadinha e ficou serio. – mas sei também que você é ótimo para mudar de assunto, então não mude comigo. Qual é seu plano? – emudeci como ele era insistente.

-Takuma, só não te falo porque não quero colocar você no meio de minhas ações involuntárias, entende? – eu falei até com certo ar de preocupação, ele bufou.

-Aff, tudo bem, tudo bem... – Takuma finalmente desistiu. – mas me prometa que não ficará em perigo?

-Hum... Isso é algo meio que... Impossível. – falei. Ele me olhou com uma cara de medo.

-Eu penso em como está a Yuuki... – eu fali. Estava com saudades. Acho que vou visitá-la em breve Yuuki...

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(Zero)

Eu estava já há três dias na casa de Yuuki a “protegendo”, mas na verdade estou com ela, namorando praticamente... Aaah! Minha mente está confusa demais para tudo isso!

-Zero? O que foi? – Yuuki me perguntou inocente. Estávamos na cama dela, bem grande e macia, olhando para a parede, abraçados.

-Hum... Nada, hehe! – dei uma risadinha boba. Eu estava realmente feliz naquele tempo em que estou na casa dela. Vivemos juntos, nos abraçando, beijando e... Outras coisas a mais!

-Lálalala! – Yuuki estava na cozinha cantarolando enquanto fazia a comida e eu na copa vendo aquela cena, maravilhado.

De repente ficou um silencio irreconhecível, fiquei preocupado com isso e fui lentamente até a cozinha, ela havia sumido!

-Yuuki! – gritei em desespero. Nenhum sinal dela! Ouvi uns barulhos de vasos caindo e só poderia vir de um lugar: a estufa.

Corri até lá e me enfiei num emaranhado de flores e samambaias, fui afastando tudo que tinha na minha frente, em total desespero, então parei e esperei ter mais um ruído para que eu seguisse. Ouvi mais a frente, 30° graus a minha esquerda. Preguei minha Bloody Rose com tudo e fui em direção. Eu estava na mesa que fica ao centro da estufa, olhei ao meu redor e nada. Ouvi um ruído de choro a minha esquerda e apontei a arma.

-Seja quem for, solte-a agora! – falei bravo, mas controlando meu desespero. Saiu então de um escuro lado da estufa, um homem e Yuuki chorando, com sua boca tampada, aquilo me fez encher de raiva, mas não podia reagir de modo errado e sentimental, ele estava praticamente tomado pelo seu lado vampiro, era um level E. Estremeci, eu também estava a poucos instantes de virar um também, mas estava controlando meus sentimentos.

-Olá rapazinho. Só quero a Hime de vocês para outra pessoa, não farei mal a ela... – aquele animal de olhos escarlates falava com um sorriso irônico em seu roso, aquilo me enfurecia cada vez mais.

-Solte-a vampiro, senão irá se arrepender. – falei frio. Carreguei a Bloody Rose e Yuuki parecia entrar em desespero, meu olhar para ela dizia “calma, não é para você!”, mas ela estava meio transtornada.

-Não posso jovem... Meu mestre ficaria muito bravo comigo e ai sim, ele me mataria e mataria ele próprio a Hime. – o monstro falou novamente, ele não tirava aquele sorrisinho do rosto, estava a ponto de pular em cima dele e dar mil tiros naquele sorriso. – agora, diga adeus Hime. Huhu! – quando ele falou isso meus olhos estalaram para a cabeça dele.

Quando ele foi se movimentar, fui para suas costas, peguei em seu pescoço e coloquei a Bloody Rose em sua boca.

-Agora, pare de dar esse sorrisinho. Morra. – ele soltou no exato momento Yuuki e dei três tiros. Ele virou pó.

-Yuuki, você está bem? – perguntei mais preocupado ainda, ela estava a tremer de medo, com lagrimas caindo involuntariamente dela, ela não gosta de se mostrar fraca e medrosa, mas nunca a vi assim antes. – venha, eu te ajudo. – a segurei pelo braço a levantando do chão de terra, ela estava suja.

-Zero... O que foi isso agora há pouco? – Yuuki falou quase inaudível.

-Yuuki, sabe o porquê que seu noivo me chamou para cá? – perguntei, ela assentiu. – bem, sou guarda-costas para isso, te proteger de seres que te querem matar para ser rei de todos os vampiros. É triste, mas é a verdade, por isso, você precisa saber usar seus poderes...

-Zero... Então, me ensine a ser forte! – Yuuki falou convicta, eu fiquei meio confuso. – eu não quero e não vou mais depender de ninguém, por isso me ensine tudo o que sabe. Você é o melhor nisso! – suas sobrancelhas ficaram baixas. – sempre dependi de todos, de você, do diretor, dos caçadores, de meus pais, do Kaname... Eu não quero mais isso para mim! Sou uma sangue-puro, por mais que doa! Sou a mais poderosa das espécies de vampiros!

-Yuuki... – falei entristecido com suas palavras de dor e medo. Doía-me demais em saber que ela era uma vampira sangue-puro, ainda mais irmã e noiva daquele desgraçado! – sim Yuuki, eu te ajudo, mas me prometa que não se colocará em grande perigo certo? – ela assentiu com a cabeça e deu um sorriso torto. Abraçamos-nos, aquilo era bom demais... – vamos voltar para casa, antes que alguém perceba o que aconteceu. Vou informar ao diretor em seguida.

Yuuki e eu nos amávamos muito, mas correríamos muitos perigos para viver esse amor sem controle nenhum. O meu medo é que Yuuki saia ferida disso tudo e eu, morto e sem defesas...