(Zero)

"Hum... Serei sua somente hoje Zero..."

Aquelas palavras pareciam me fazer pular de alegria, cada letra era uma vitória, mas não poderia exaltar tudo isso, nem ao menos  me iludir, isso seria errado comigo e com ela.

-S-sério? - falei meio inseguro.

-Sim, sério... - ela me olhava corada. - então, o que faremos hoje? - ela perguntou com olhos brilhantes, parecendo ter muitas idéias.

-Não sei... Hum... - estava nem conseguindo raciocinar direito com suas palavras doces.

-Que tal... Um piquenique? - Yuuki falou sorridente. Fiquei meio surpreso até, um piquenique? É romântico...

-Hum... Mas... Esse lugar não é muito para isso né? - olhei para a janela sem cor, estava tão... Cinza aquele lugar.

-É... - ele ficou meio desanimado. - ah! Já sei! - isso me assustou. - tenho um lugar perfeito.

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-Zero, está tudo aí? - perguntou Yuuki.

-Sim! Mas você pode beber Yuuki? - perguntei vendo uma garrafa de vinho tinto na cesta.

-Só uns goles, eu não sou uma alcoólatra. Haha! - ela ria com minha cara de preocupado, eu sou um idiota, parecia mais um pai.

Ela me levou para os fundos da casa, onde tinha uma enorme estufa, cheia de flores e árvores, fiquei boquiaberto, era lindo o lugar, perfeito para um piquenique.

-U-uau! - falei surpreso. - não sabia que havia algo tão colorido nesse fim do mundo. - ela me olhou emburrada.

-Já que não posso sair muito de casa mesmo, fico cuidando dessas flores. - ela falava animada, com orgulho do que fazia. Isso me deixava feliz.

Sentamos e ficamos comendo e conversando, como amigos ou companheiros?

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-HAHAHAHA! - eu estava realmente dando gargalhadas? Sim, eu estava bem bêbado. - não acredito! Como pode você fazer isso Yuuki!

-Hahaha! Pois é, eu fiz! - Yuuki também estava mais embriagada do que eu, e ela dizia que não era alcoólatra.

Estávamos andando na floresta escura com uma garrafa vazia de vinho na mão, parecíamos bem loucos.

-Hm? - senti pingos grandes na minha cabeça. - Yuuki, temos que voltar agora... Vai chover.

-Aaaaah! Já? Estava tããão bom! - ela ria dela mesma, parecia idiota ao extremo. Ela me puxava pelo braço. - não fiquemos aqui, já não sei onde é minha casa mesmo. - olhei com cara de raiva.

-Certo então... - bufei e a puxei até uma copa de árvore. Sentamos e ficamos em silêncio, ouvindo os trovões e as gotas de chuva que caía aos poucos.

-Brrrrr! - Yuuki gemia. - que frio! - a olhei que estava de vestido.

-aff... Quem manda vir de vestido num dia desses? - olhei esnobe.

-Argh! Eu ia saber que ia chover bobo? - ela bufou e olhou para um canto.

-Aff... - bufei novamente e fui ao seu lado, colocando meu casaco em sua volta. Ela me olhou dizendo "obrigada", eu virei meus olhos para outro lado.

-Zero... Não está com frio? - ela me perguntou inocente, era lógico que eu estava com frio.

-Não, pode ficar tranqüila... Atchim! - eu espirrei.

-Aaah, Zero, você está pegando um resfriado, venha aqui. - ela tirou o casaco, me abraçou e nos juntou com o casaco, estava quente... Era bom seu perfume de lavanda...

Olhei-a com o desejo de tê-la para mim e então beijei seu pescoço, e fui beijando sua bochecha, e sua testa, seu nariz e por fim, dei uma arfada em sua boca macia que nos juntou novamente. Estava ficando muito quente meu corpo, pegando fogo. Fui entrelaçando meus braços em sua cintura delicada e a empurrando sobre meu peito, nosso beijo ficava mais excitante e intenso.

-Zero... - nos separamos para termos nosso fôlego de volta.

-Yuuki... - a beijei de novo e a joguei no chão. Senti-a gemendo de dor e cheirei um delicioso aroma, eu havia machucado seu cotovelo na queda, ele tinha sangue. - desculpe... Vou limpá-lo.

Fui beijando seu braço e chegando ao cotovelo, lambi ferozmente seu machucado, ela tremia de dor, eu estava suando de calor e prazer, como ela também. Olhei-a por baixo e vi seus olhos fechados, parecia ter medo do que iria vir. Continuei lambendo seu cotovelo até não sentir mais resquícios de sangue.

Arfei seus cabelos longos e castanhos, ela me olhava corada, parecendo não me reconhecer. Vi ela tremendo de frio, então eu tirei minha blusa deixando meu peitoral nu e abracei-a, para esquentá-la. Ouvia seu coração acelerar mais e mais rápido, parecendo querer pular.

-Yuuki... - fui em direção ao seu lábio doce e gentil e o beijei de leve. - você me permitiria... Fazê-la mulher?

Ela me olhava confusa, mas convicta de sua resposta.