Presente Ideal escrita por Guardian


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Era para eu ter postado essa fic no sábado, mas com o site daquele jeito não dava >.< mas tudo bem, estou postando agora ( atrasada =b )

Eu sei que provavelmente você vai demorar um pouco pra ler, mas eu espero sinceramente que você goste dessa fic e... Feliz aniversário, Incógnita!! ^^/ E para todos aqueles que lerem, eu também espero que gostem da história ^^

Ps: narrado em primeira pessoa ( Gokudera )



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   Acordei com uma sensação estranha... Tinha a impressão de que estava esquecendo de algo... Algo importante...

   ... Mas o quê?

   Levanto da cama, e nada.

   Me troco, e nada.

   Mas quando estou prestes a sair do quarto, paro com a mão na maçaneta da porta, enfim lembrando.

   Merda! Hoje é o aniversário do Yamamoto!

   Eu esqueci! Como eu pude esquecer?! Mas também, quem consegue manter noção de tempo neste lugar? Ainda mais no meio de uma guerra entre máfias?!

   Mas eu preciso de alguma coisa rápido!

   ... Não que eu me sinta na obrigação de dar um presente para ele... Quero dizer, acho que eu devo, considerando nossa relação atual... Não que sejamos " namorados " ou algo assim... Ou melhor, nós somos... Mas mesmo que...

   Ah! que seja!

   Eu preciso de um presente!

   Saí do quarto apressado, mas sem fazer a menor idéia de onde eu iria conseguir um presente. Claro que se estivéssemos na nossa época, na pacífica Nanimori, seria bem mais fácil, bastaria entrar numa loja e comprar. Mas não estávamos mais na nossa época; estávamos em uma época onde nem podíamos sair do esconderijo e já éramos atacados. Ah claro, assim fica fácil comprar um presente de aniversário!

   - Ah! Gokudera-san, o café-da-manhã... - Haru começou a dizer quando eu passei em frente à cozinha, mas eu já estava longe antes que ela terminasse de falar.

   Aonde ir primeiro? O Juudaime dessa época com certeza não equipou esse esconderijo com uma loja de souvenirs.

   Primeira parada: Gianini.

   - Gokudera-san! O que faz aqui tão cedo? Já tomou café? - Gianini perguntou assim que eu entrei na sala de reuniões.

   - Isso não importa! - respondi ríspido, sem intenção. Tentei deixar meu tom mais ameno quando voltei a falar, e pedi meio envergonhado - Eu... Eu queria pedir algo à você.

   - Pode pedir - ele sorriu.

   Mas a verdade era que eu não tinha idéia do que pedir! De forma alguma eu diria que era um presente para o Yamamoto!... Mas então o que eu ia dizer?

   - Eh... Ahn...

   - Gianini, o encanamento da cozinha estourou - Reborn-san apareceu do nada.

   - Eu já estou indo consertar - Gianini falou pegando sua maleta e virou para mim antes de sair - Gokudera-san, depos me diga o que quer e eu verei o que posso fazer.

   - Veio pedir algo ao Gianini, Gokudera? - Reborn-san me perguntou, mas eu nem precisei me apressar em negar, porque Yamamoto surgiu atrás dele, junto com o Juudaime.

   - Aconteceu alguma coisa, Gokudera? - Yamamoto perguntou colocando a mão em meu ombro, com uma feição preocupada no rosto.

   O amaldiçoei por fazer isso! Por que? Claro que é porque eu corei com o contato e com a preocupação dele! Ainda mais na frente do Juudaime!

   - Não aconteceu nada, idiota! - eu esqueci do se aniversário! Tirei a mão dele do meu ombro e ele deu um sorriso forçado em troca, como se fingindo que acreditava.

   - Está mesmo tudo bem, Gokudera-kun? - Juudaime perguntou, também preocupado.

   - Está tudo ótimo, Juudaime! - me apressei em responder sorrindo - Eh... Com licença, Juudaime. Eu tenho algo para fazer! - e saí correndo antes que qualquer um deles pudesse falar mais alguma coisa.

   Mas eu percebi uma coisa: Juudaime não sabia que dia era hoje.

   Apenas eu sabia. E mesmo assim não tinha nada para ele. Mesmo assim eu me esqueci.

   Próxima parada: blibioteca.

   Já que não dá pra comprar nada, talvez eu possa fazer.

   Isso! Eu posso fazer alguma coisa!... Mas o quê?

   Comecei a procurar livros, tentando ter alguma idéia.

   Livros de origami, marcenaria, robótica.

   Nenhum parecia ter uma boa idéia para um presente.

   Pelo menos não um bom presente para o Yamamoto.

   ... Que merda! Quando foi que aquele maníaco por baseball se tornou tão importante assim pra mim?!

   ... Se é assim, acho que vou arriscar.

   Não era a coisa mais inteligente a se fazer, mas... Quem disse que eu ligo?

   Corri para uma das saídas do esconderijo, a que eu sabia que dava  perto do centro comercial de Nanimori, e depois de olhar em volta, me certificando de que não havia ninguém por perto, saí.

   Tudo bem, eu compro o maldito presente e volto antes que percebam que eu saí... E antes que eu seja atacado, espero.

   Procurei, procurei, procurei.

   E finalmente achei o que considerei ser um bom presente para o Yamamoto. Mas acabei demorando um pouco mais do que o planejado; era pôr-do-sol já.

   Tinha que voltar logo.

   Estava andando normalmente pelas ruas, como qualquer outro em volta; carregava uma sacola de compras, com um pequeno pacote azul dentro. Usava um agasalho discreto e um gorro na cabeça. Também não tinha nenhuma seta ou letreiro apontando pra mim dizendo: " Olhem! Ele é um mafioso! ". Não tinha absolutamente nada que me entregasse.

   Então por que diabos aqueles caras estavam me seguindo?!

   Dei mais algumas voltas, mas aquele caras não sumiam. Francamente, como a Millefiori enchia o saco!

   Se eles não sumissem, eu não ia poder voltar para o esconderijo.

   Então vamos fazê-los sumir.

   Minhas voltas tinham me levado para uma área deserta da cidade, e esse era o momento perfeito para me livrar daqueles caras.

   Eles estavam se aproximando, prontos para me atacar, e eu me aproveitei disso. Sem que eles percebessem, eu fui deixando cair minidinamites no chão, com pavios de diferentes tamanhos, formando um caminho falso para eles seguirem.

   E não é que os idiotas caíram direitinho?

   Assim que as dinamites começaram a explodir, eu desatei a correr por outro lado, escondido pela fumaça e pela poeira decorrentes da explosão, mas não sem antes perceber os caras seguindo pelo caminho que eu montei.

   Sorri. Tinha conseguido me livrar daqueles caras sem nem precisar usar o anel.

   - Truquezinho interessante - um homem corpulento apareceu do nada na minha frente, e antes que eu pudesse reagir, ele já estava com a mão no meu pescoço, apertando-o com força, tirando-me o ar.

   Ah, então um deles não era tão burro assim.

   Eu não conseguia respirar. Eu sabia que eu devia estar começando a ficar roxo, azul, ou seja lá qual cor que a pessoa fique quando está sendo asfixiada. 

   Mesmo sem ter consciência, ou vontade, eu acabei soltando a sacola com o embrulho azul, que caiu no chão com um baque surdo.

   - Opa! Desculpe, acho que apertei demais - o cara riu cínico e afrouxou o aperto - Vamos, me diga onde fica a base da Vongola e você sofre menos.

   Aquele gigante nem precisava do anel anil que usava. Com o pouco ar que eu conseguia utilizar, não tinha forças nem para alcançar minha box, quanto mais para lutar contra ele.

   - Mal... Maldito - tentei dizer ameaçadoramente, mas minha voz saiu arranhada e minha garganta doeu com o esforço.

   O homem riu novamente, e isso me irritou profundamente - Você não pode fazer nada para reagir.

   - Mas eu posso - alguém disse, atingindo o grandalhão nas costas, o que o forçou a me soltar.

   Caí de joelhos no chão, tossindo e massageando meu pescoço, mas eu reconheci na hora quem estava ali.

   - I-Idiota! O que faz aqui?! - minha voz continuava rouca e minha garganta continuava ardendo.

   - Faço a mesma pergunta à você - Yamamoto falou sério. Epa, ele estava bravo?

   - Mais um? - o cara levantou do chão, abrindo uma box com seu anel. E da box saíram várias lâminas, lâminas grandes e sem dúvida alguma, bem afiadas, multiplicadas pelo atributo da nuvem.

   Yamamoto e eu conseguimos desviar de todas, mas elas pareceram avançar em câmera lento quando eu percebi onde, ou melhor, em quê, elas iam acertar.

   Corri para tentar tirar o pacote de lá, mas não fiu rápido o bastante. Várias lâminas o atravessaram, perfurando-o todo.

   O presente do Yamamoto... O presente que deu tanto trabalho pra conseguir... Arruinado por um idiota qualquer!

   Abri minha box com violência e atirei naquele maldito com toda a potência. Coincidentemente Yamamoto o atacou no mesmo instante.

   E o cara caiu derrotado. Mas isso não mudava em nada o fato de o presente agora estar em pedaços!

   - Por que você veio para fora, Gokudera? - Yamamoto perguntou sério e então notou o embrulho azul que eu segurava - O que é isso?

   Fez menção de pegá-lo, mas eu me afastei abrupdamente, um pouco corado - N-Não é nada! E você ainda não respondeu por que você saiu!

   - Eu vim te procurar. Mas... Não me diga que isso... É um presen...

   - Vamos logo! - não o deixei terminar de falar e saí andando - Vamos voltar antes que os outros idiotas venham.

   Conseguimos voltar para o esconderijo sem maiores problemas. Mas nenhum de nós falou nada por todo o caminho. Ao chegarmos, fomos recepcionados por todos, que pareciam estar muito  preocupados. Me desculpei inúmeras vezes com o Juudaime, e assim que consegui uma brecha, escapei do meio daquele grupo.

   Fiquei vagando pelo corredores a esmo, extremamente frustrado. O dia todo foi um desperdício então?! O dia já estava no fim e eu, de novo, não tinha nada para ele!

   - Droga! - soquei a parede, irritado.

   Mas senti dois braços me envolvendo por trás, junto a um aroma já conhecido.

   - Aquele presente era pra mim? - Yamamoto perguntou no meu ouvido, me causando um arrepio.

   - O... O que o faz pensar isso? - ótimo, eu já estava vermelho outra vez.

   - Obrigado - foi tudo o que ele disse, apertando o abraço.

   - M-Mas aquele maldito da Millefiori acabou com ele - falei em voz baixa.

   - Não tem problema - ele disse.

   - Claro que tem, seu idiota! - me afastei dele, irritado. Como ele podia dizer que não tinha problema?!

   Ele ficou em silêncio por um momento, e sorriu quando voltou a falar - Sendo assim, eu posso pedir uma coisa?

   - O que?

   Ele segurou minha mão e me puxou para dentro da sala que estava perto de nós.

   Era a sala do piano. 

   - Toque para mim - ele pediu.

   - Hã - fui pego de surpresa por aquele pedido.

   Yamamoto passou a mão levemente pelo meu rosto e me beijou.

   - Hayato, eu quero ouvir você tocar - ele repetiu sorrindo. Não era o sorriso de sempre dele; era um sorriso mais sereno, um sorriso que sempre vinha acompanhado de um olhar mais intenso, um sorriso que eu sabia que só eu conhecia. Um sorriso que ele só dava quando me chamava pelo primeiro nome.

   E esse sorriso era o suficiente para me fazer sentar em frente ao piano sem falar mais nada, e começar a tocar.

   Estávamos nós dois lá, com a melodia do piano ao fundo, fluindo através das minhas mãos.

   E isso era mais do que suficiente. Para mim, e pelo jeito, para ele também.

   Só acho que eu deveria ter percebido isso um pouco mais cedo, tipo... De manhã. Teria me poupado muito trabalho!


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Notas finais do capítulo

Acho que eu acabei com o clima do final né? =b

Pergunta: essa luta tosca que eu tentei escrever entra no gênero " ação "? ( eu não faço idéia do que o Gokudera comprou pro Yamamoto hehehehehe ^^' )

E então? Ficou bom? Ficou uma droga?

Espero que você tenha gostado, Incógnita^^ ( e todos que leram também - se alguém por acaso leu isso aqui... )



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