Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 98
Melissa Prado.


Notas iniciais do capítulo

GEEEENTE, CHEGUEI SAUHHUASUH quis fazer um cap pra deixar vocês com a pulga atrás da Orelha. E TEREMOS PROMOÇÃO, HOHO: chutem aí qual a doença cronica que a Mel tem.

Quem conseguir acertar, terá uma participação especial na fic... MUAHAUAHAUAHAUA (666) SALVANDO a vida de algum de nossos personas queridos.UHSAUSUHAHSUA ADOOOROO.

Booa leitura gente, e agradeço à nova leitora, laleliloluq. BEEEM VINDA FLOR, e não me importa nunca com os recados, ao contrário, adoooro 8-8 HUSUHHSHA

Beijooos o



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Fiquei preocupada com a reação de minha amiga. Tá, sempre soube dos problemas que envolviam os senhores Prado e a filha, mas... não a ponto de fazê-la perder tanto o controle.

Melissa tinha 17 anos quando fugiu da casa da vó. A relação com os pais, que moravam em outra cidade, não era das melhores. Podemos dizer que... sempre foi a “ovelha negra”, em termos mais vulgares.

Desde que começara a trabalhar e morar sozinha, não teve mais contato com nenhum deles. Nem mesmo com a mãe de criação. Deixara os Prado para trás... junto da vida que queria esquecer. Uma vida cheia de dor, mesmice e doenças.

Lembro-me perfeitamente... quando estávamos no nosso primeiro ano da faculdade. Era numa sexta-feira que antecedia o dia das mães. Compartilhávamos, junto de nossas outras amigas, o que dar em uma data tão especial.

- Acho que vou dar uma pulseira. – disse Sofia, riscando alguns produtos no catálogo da Avon. – Ela vive comprando essas coisas, pode ser uma boa ideia.

- Minha mãe quer um tapete, pra variar. – ri, olhando pra Mel. Nessa época, eu não sabia dos problemas familiares. – E você, bem... o que vai dar pra sua mãe?

- Não tenho mãe. Pelo menos... não mais. – suspirou, olhando para os lados. – Talvez eu dê algo para minha antiga instrutora de Inglês. Gente fina.

- Sua mãe... morreu? – questionou Fran, um pouco assustada.

- Não, ela tá bem viva, por sinal. – respondeu, com relutância. – Mas, pra mim, é como se não estivesse.

Aquela expressão... de rancor e fúria, estava estampado na cara de Mel. A mesma expressão da Mel de 24 anos, parada perto da porta, com aquele celular quebrado em mãos.

Devia ser tenso... não ter contato com a família. Sinceramente, nunca imaginei viver sem a minha... por mais que estivéssemos longe. Em questões geográficas, lógico.

- Mel, se acalma. – pediu Syn, aproximando-se dela. – Sua vó... só quis que...

- Se fosse só por minha vó, eu ia. Mas não, Marcos e Laura Prado estarão lá, com aquela cara de bosta, olhando para o quanto evoluiu a ovelha negra da família. Pra quanto evoluiu a filha que eles achavam que era prostituta e que engravidaria com 14 anos. – esbravejou, voltando a caminhar (na verdade, correr) pelos corredores. – Uau, eles sentirão orgulho ao saber o que me tornei.

- Você se tornou uma profissional espetacular, Mel. – comecei, tentando consolá-la, correndo junto de Matt e Syn. – Seu trabalho é...

- Meu trabalho, meu trabalho, meu trabalho é uma merda também. Ninguém sabe quem sou... apenas conhecem o trabalho da Assessora da Heagle. Não vejo tanta coisa fascinante assim. – continuou, sem olhar para trás. – Não sou absolutamente nada se não tiver alguém.

- Para de tolices, pelo amor, Mel. Você bem sabe que pesou seu currículo, e muito, para que conseguíssemos aquela editora. Heagle não seria nada sem a Assessora! – gritei. – Eu tenho o dom da escrita, e você...

- E eu de me fuder, legal ainda. – interrompeu, descendo as escadas numa pressa que temi que caísse. – Caralho, ninguém nunca quer saber como Melissa está. Ninguém para pra pensar que tenho problemas. Mas não, sou o ombro amigo para todos chorar...

- Porque você sempre está tão...

- Oras Synyster, deixa de ser um completo idiota. – berrou, voltando a enxugar os olhos com a manga da camisa. – Por que acha que me embebedo? Nem sempre quando rimos... é sinal de alegria. Idiota! SEU IDIOTA! Sabe que vou fazer? Vou sumir, SUMIR!

- MELISSA PRADO, PARA DE FALAR ESSAS COISAS. – gritei, tentando agarrá-la. – Eu entendo porque está assim, mas pelo amor de Deus, não faça uma besteira.

- Minha besteira foi ter nascido. – murmurou, saindo pela porta. Bem que tentamos seguí-la... e agarrá-la, mas não deu muito certo.

- Deixa... ela precisa de um tempo. – disse Matthew, apoiando a mão em meu ombro.

Não víamos nada além que um vulto, desengonçado e cambaleante, que sumia pelo caminho.

Não era ninguém mais que Melissa Prado, a graduada em Jornalismo que vivia em Londres, junto de sua cliente, Marietta Genoom. Tinha 24 anos, não mantinha contato com os pais, e carregava uma doença crônica.

Uma doença crônica... que poderia agravar, a qualquer momento, se ela resolvesse fazer uma besteira.

Como, por exemplo, a de sumir por DUAS semanas sem dar sinal de vida.


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