Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 18
Um domingo... diferente.




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Bem, para variar, tive um domingo do cão. É, estava muito, mas MUITO mal humorada, mesmo mesmo! Puta falta de sacanagem, viu? Pensei que Matt era alguém que prestasse, e como já disse, e hei de repetir: não passava de um cachorro miserável como os demais homens! É!

O pior de tudo foi que... mal Johnny morreu... e lá estava ele, com a viúva negra (isso lembra aranha, o que lembra que ODEIO aranhas), na cama dela, curtindo seu êxtase de macho dominante da espécie. Que patético isso! Quando chorou para mim, lamentando a morte do cara, achei que pelo menos eles esperasse umas três semanas, no mínimo, pra pegar a ex. E lá estava ele, com ela. E o pior de tudo (isso, tem coisas piores), ELE ME DEU UM CANO FODELÁSTICO!

Morra queimado, Shadows.

Como já era de se supor, Syn tentou conversar comigo por telefone. Não conseguiu. Era umas três horas da tarde quando ele baixou lá na minha porta, com um calção de banho e uma camisa de frio (WTH?). Sorria, com um pote de sorvete na mão direita e duas colheres enormes na outra:

- Eu sei que... você está estressada, e que tem um compromisso fodido amanhã. Então... por que não mandamos o Matt se fuder enfiando na bunda um taco de baseball e... animamos nossa pequena e breve passagem na terra com sorvete?

Ri loucamente com a parte do “Matt se fuder”, então, não tive escolha a não ser concordar e permitir sua passagem. Ah cara, ele estava fazendo de tudo para me animar, eu não seria cuzona a ponto de fechar a porta e panz, fim!

- Entra vai. – resmunguei. – Não pensa que vai me comprar com sorvete, e... falando em sorvete... que sabor temos?

- Sou um cara tão foda... que descobri seu sabor favorito de sorvete.

- Ah, é? Então qual é, senhor Hercule Poirot? (Aos sem-culturas de plantão que não conhecem Hercule Poirot, ele é um dos maiores detetives já criados, obra de Agatha Christie diva e suprema. Claro, sem ofensas.)
- Limão suíço...

- AAAAAAAAAAAAH CARA, EU NÃO ACREDITO! – berrei, pulando em cima dele. Arranquei o pote de suas mãos, e com as próprias mãos, peguei um pouco do sorvete. Eu já disse que eu era uma obesa de mente.

Caaaara, nunca mais tinha tomado um sorvete daqueles! E Syn estava proporcionando aquilo, na hora mais difícil de minha vidinha de escritora. Não tinha como não amá-lo, okay?

(...)

Adivinha como eu e Syn passamos a tarde nos divertindo? Pois bem, contarei! Soubemos que teria um jogo pelo campeonato Inglês, entre Liverpool e Arsenal, no estádio de Londres. E lógico, como a viciada por futebol que sempre fui... convenci Syn de me acompanhar. E lá fomos!

Recebi xingos, cantadas, elogios, gritaram para mim, vaiaram, teve uma louca fã de Crepúsculo que gritou “OLHA AQUELA VACA QUE XINGOU A TIA STEF!”.

E respondi de tal forma: “Filha, vai tomar no seu cu”.

Viu como a simpatia é meu forte, gente? Mas no geral, fui bem recepcionada. Okay, o time que eu torcia, no caso Liverpool, levou uma surra básica de 5 a 0. Broxou totalmente, né?

Na volta, paramos em um bar. Não aqueles que vocês devem estar imaginando, com Corinthianos e Palmeirenses, sem camisas, brigando loucamente (eu até preferia que assim fosse, adoooooro confusão). Era um lugar calmo, com música lenta e tals. Tá, vou ser sincera: era um saco.

- Hum... Syn? Vamos ficar aqui? – perguntei, entrando no lugar.

- Qual problema?

- É muito... formal.

Syn olhou para mim, a princípio, de forma assustada. Depois, começou a rir como louco, me puxando de volta para fora do estabelecimento.

- Achei que você fosse gostar.

- Eu quero ir a um lugar legal, cara, não tedioso... onde toque bom rock e tenha coisas fritas! E se você repetir que eu não tenho jeito de ser assim do jeito que sou... arranco seus dentes. – ameacei, levantando meu punho direito.

- Okay, okay... vamos ao um bar que nós sempre vamos. Eu, Zacky, Matt...

- Isso! – sorri, batendo palmas.

- Mas... não sei se você vai gostar. – começou ele, olhando-me de cima para baixo. Enruguei a testa e não deixei que ele continuasse.

Fiz com que ele me levasse... pra esse tal lugar. E sério... traumatizante, mas HILÁRIO GENTE! Vimos de tudo por lá. Tinha strippers, drogados, gente rica, gente pobre, rockeiros muito gente boa... metaleiros, mulheres direitas, conhecidos, ah cara, que mistura deliciosa de gente! Eu sempre adorei pessoas... muito mesmo.

Sem mais... foi um dos melhores dias de minha vida patética e sem graça.

Chegamos ao hotel 3 horas da manhã. Perdemos a hora, como deve ter percebido. Syn tinha bebido um pouco... então o auxiliei para que chegasse em segurança no quarto.

- Hoje, talvez, eu não te veja, sairei nos estúdios muito tarde. – contei. – Então... até depois.

- Tchauuuu Heagle... – cambaleou, tentando beijar meu rosto. Juro, rezei que ele errasse a mira, mas acertou, droga! – Boa sorte lá...

- Valeu.

- Ah... e lembra... se o Matt não for... não liga. Ele costuma ser filho da puta quando perde alguém especial, saca?

- Ignoro totalmente a existência desse ser. – murmurei, acenando. Fui embora para meu apartamento, cansada por causa daquele domingo cheio. Com a roupa do corpo, caí na cama, e adormeci.

As horas passaram como minutos, e quando voltei a abrir meus olhos... PUTA QUE PARIU, ERAM NOVE HORAS DA MANHÃ.

- CARALHO, CARALHO, CARALHO. PUTA QUE PARIU, PARA DE FALAR CARALHO, CARALHO!

Momento desespero, parte um. Engraçado que quando estamos atrasados, agimos de forma que nos deixa ainda mais atrasados. Complexo? Não tanto quanto a minha burrice.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a Grazi_ella por me dar a ideia do bastão na região anal, adooorei garota! HSAHUSHSAUHASUHSASA