My Consigliére escrita por koala_die


Capítulo 15
Chapter 15 C'mon..




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O pequeno entrou receoso no local.

Não queria ser cantado pelo body piercer bonitão, mas sua orelha não estava nada bem.

 

-Ora, ora...Se não é o Ru-chan! – o moreno bateu palmas, um sorriso tentador desenhado em seus lábios.

 

Ruki revirou os olhos, se apoiando no balcão onde Aoi atendia.

 

-O-oi, Aoi-san.

-Bah! Me chame só de ‘Aoi’, Taka-chan! – o maior sorriu, se apoiando do outro lado do balcão, quase beijando Ruki pela proximidade dos rostos.

 

O pequeno deu um passo para trás, um tanto assustado.

 

-E então? Veio me ver? – Aoi sorriu, apoiando o rosto na mão, seu cotovelo apoiado no balcão.

-N-não...E-eu...

-Não veio me ver?! Ah, magoei. – o moreno fez bico, ainda mirando Takanori.

 

Ruki ergueu uma sobrancelha.

 

-Bem... – o menor coçou a nuca sem jeito.

-Hm...Então é a orelha? – Aoi fez cara séria.

-S-sim...Ela...Dói...E ta saindo um pouco de pus... – Takanori suspirou.

 

Aoi mordeu o lábio inferior, chamando Ruki mais para perto.

O menor o obedeceu, ficando a centímetros do outro, que analisava –e examinava- sua orelha.

 

-Ru-chan, você tem limpado todos os dias? – o maior continuou observando o lóbulo inchado e avermelhado de Ruki, sem toca-lo.

-T-tenho sim.

-Hmmm...

 

O moreno mordeu o piercing de seu lábio, se afastando do outro.

 

-Não posso tocar na sua orelha assim... – o maior gesticulou. – Vamos lá pra dentro para eu por as luvas e...Dar uma olhada melhor nisso.

-...Não vai me bolinar? – o menor ergueu uma sobrancelha, receoso.

 

Recebeu uma gargalhada gostosa do outro como resposta.

 

-Vem logo, Taka...

 

 

 

 

 

O loiro suspirou, olhando no relógio.

Naquele dia, havia decidido a ir com o cabelo ao natural, sem nenhum moicano ou algo do gênero ‘enfeitando’ sua cabeça.

 

Coçou o braço, já ficando nervoso com o atraso do conselheiro.

Haviam marcado de se encontrar na entrada do Parque de Shinjuku, as 16:15.

 

Poderia ser milagre de deus, mas Suzuki-san deixara o filho de ‘férias’ durante duas semanas.

Provavelmente a Suzuki-okaa-san o havia convencido a liberar seu filho.

 

-Ahhh! Desculpa pelo atraso, Aki! – o loiro chegou ofegante, logo se desculpando.

-Nee, daijoubu. O que houve? Já são 16:45... – Reita franziu o cenho, preocupado.

 

“Ah, nada demais, apenas descobri que seu ex-ficante é meu cliente e ta doidinho atrás de você”.

 

-Ah, consulta de emergência, sabe ‘cumé’. – Uruha coçou a cabeça, sem jeito.

-A-ah, sim. – Akira sorriu. – Então...Vamos ficar aqui ou caminhar pelo parque?

-Vamos caminhar, claro! – Kouyou sorriu, pegando na mão do outro, começando a andar. – Seu pai...

-Que que tem ele? – o mais novo ergueu uma sobrancelha, acompanhando Uruha.

-Ele não vai ficar bravo se você chegar tarde? – o conselheiro mordeu o lábio inferior, inseguro.

-Depende...Se eu chegar tão tarde que ele vai estar dormindo, não... – o menor riu. – Por quê?

-Nah..É que já são quase cinco e...

-Relaxa, Kou! – Reita sorriu, dando um leve beijo no rosto do outro.

 

Kouyou sorriu, extasiado.

Caminharam durante uns vinte minutos dentro das dependências do parque, conversando sobre coisas triviais.

Ás vezes, Reita ria de algumas gracinhas do outro.

 

Se sentaram sob a copa de uma árvore, já no centro do parque.

Reita se aconchegou entre as pernas do outro, recostando sua cabeça no peito do loiro.

 

-Desde quando...Você é ‘conselheiro amoroso’, Uruha? – o menor perguntou, uma pontada de curiosidade na voz.

-Hmm...Uns...Sete meses, eu acho. – Uruha disse, abraçado à Reita.

-P-por quê?

 

Uruha piscou.

 

-Tá, não sei...

 

Reita se virou, mirando Kouyou.

 

-Ãh? Como você não sabe? – Reita riu, se arrumando, se sentando de frente para o mais velho.

-E-eu... – Kouyou coçou a nuca. – Eu fico um pouco...Constrangido para falar mas...Você é meu namorado então eu falo.

 

Akira piscou, não entendendo muito bem.

 

-Sabe, eu sempre fui um galinha. Galinha mesmo, sabe? – Uruha se recostou no tronco da árvore. – Na escola, eu era muito popular entre as garotas...E garotos também, por eu ser bonito e por ser adiantado...Eu entrei na faculdade com dezessete anos...

-Uaaaaaau. – Reita fez uma cara surpresa.

-Então...Eu escolhi o curso de psicologia. Eu queria entender a mente humana, sei lá...Entender a fascinação das pessoas pelos semelhantes, porque aquilo...Às vezes me irritava...Mas aí...Eu realmente fiquei com preguiça de terminar a faculdade. – Uruha riu. – Aí...bem, eu já tinha três semestres em psicologia, já entendia e estudava alguns pontos bem interessantes e...Eu precisava de dinheiro, já que me expulsaram de casa quando larguei a faculdade. – um riso fraco e triste escapou de seus lábios. – Essa foi a forma mais fácil de conseguir dinheiro.

 

Akira suspirou, baixando o olhar, depois voltando a mirar Uruha.

 

-Isso não é constrangedor, você precisou de dinheiro, só isso. – Reita sorriu, dando um selinho no outro.

-Nem a parte sobre eu ser galinha? – o loiro ergueu uma sobrancelha.

-Bem...Eu queria ser galinha... – riu.

 

Uruha começou a rir junto com o namorado.

 

-Baaakaa. – Kou deu um leve tapa no peito do outro.

 

 

 

 

 

-Ai, caralho, Aoi!

-Desculpa, mas ta inflamada, Ru-chan! To limpando, calma!

 

Aoi limpava a orelha do outro com um algodão umedecido, lentamente, tentando causar menos dor o possível no garoto.

 

-Certo, já ta pronto. – sorriu, se afastando, recostando na cadeira e tirando as luvas cirúrgicas.

-A-arigatou. –Ruki suspirou aliviado.

-Então...Não é tão raro acontecer isso...Até porque você alargou mais de 10mm de uma vez, Ru-chan. – o moreno coçou a nuca, exibindo o braço exposto pela regata que usava. – Por sorte não arrebentou o lóbulo.

 

O menor engoliu seco, se levantando da ‘maca’ onde estava.

 

-E-entendi...É só continuar limpando e...?

-Não exagera no chocolate também, pode fazer mal... – Aoi sorriu, logo começando a rir vendo a expressão do outro. – Vai ser tão difícil assim?

-V-vai. – disse, corado.

 

Aoi riu, se erguendo, ficando de frente para Ruki.

 

-Por um momento...Eu achei que você fosse me cantar aqui dentro. – Takanori riu, sem jeito.

-Eu não canto, eu simplesmente prenso contra a parede e beijo. – o moreno sorriu, de uma forma diferente, mais sensual talvez.

 

O menor sentiu o rosto esquentar de uma forma violenta.

 

-A-aoi-san... – começou a caminhar para trás, conforme Aoi avançava, se aproximando cada vez mais.

 

 

Ruki sentiu as costas baterem contra a parede.

 

“Ah, meu deus...”

 

O menor cerrou os olhos, sentindo o corpo do moreno colar no seu e sua respiração quente batendo contra seu rosto.

 

-Preciso te cantar, Ru-chan? – Aoi disse, roçando sua boca na de Ruki.

 

O menor prendeu a respiração, já antevendo o que aconteceria.

 

 

 

 

Reita tirou o sapato lentamente, rezando para não fazer barulho.

Subiu as escadas lentamente.

 

Já passava das três da manhã.

 

Abriu a porta de seu quarto e entrou, a fechando cautelosamente.

 

Começou a se despir, pronto a se jogar na cama, já que já havia tomado banho na casa de Uruha.

Quando faltava apenas sua calça jeans, ouviu alguém mexer em sua porta.

 

Se jogou na cama, se cobrindo a o pescoço, fingindo dormir.

 

Sua mãe abriu a porta, observando o quarto de seu filho.

 

Soltou uma risada breve e logo fechou a porta, voltando ao seu quarto.

Reita suspirou, aliviado.

 

 

 

 

“-Ele não vai ficar bravo se você chegar tarde? – o conselheiro mordeu o lábio inferior, inseguro.

-Depende...Se eu chegar tão tarde que ele vai estar dormindo, não... – o menor riu. – Por quê?”

 


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