Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem deste cap...comentem bastante.....bjs



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Cheque-Mate

Estávamos viajando de carro, Miroir e eu estávamos em seu Maserati Gran Turismo S preto, o carro era extremamente veloz e seus traços bem femininos combinavam perfeitamente com a motorista, deixava-a mais sexy. Minha pequena tinha a alegancia cativante do país, vestia meias calcas grossas e pretas que deixavam o contorno de suas pernas ainda mais perfeito, sua saia carmim ate a altura dos joelhos combinavam com seus olhos e a camisa de seda preta a deixava irresistível, mesmo sem sentir frio ela vestia um casaco grosso de pele de urso negro e sapatos de salto agulha. Quando a vi encostada no corro me aguardando quase cedi ao impulso de devorá-la ali mesmo, mas me contive apenas elogiando sua beleza e o carro.

Abáe decidiu por viajar sozinho em seu alfa Romeu 169 prata, ele achava o carro da irmã muito feminino e se negou a dividi-lo nesta longa viagem. Quase não tínhamos bagagem e como não precisávamos parar para nos alimentar com freqüência mantivemos a velocidade mínima em 160 km/h. Quando abastecíamos aproveitávamos para comer alguma coisa também, mas algo me incomodava mais que a sede, um sentimento invadia meus pensamentos a cada segundo. Medo. Estava com medo de voltar a Volterra.

Ao chegarmos em Toscana, algumas horas mais tarde, decidimos por encontrar um local para que ambos ficassem enquanto eu seguia sozinho para Volterra  e conversava com os Volturis.

-Esta casa é linda Alec, perfeita. Veja a vista imão, temos livre acesso as partes verdes destes morros e estamos bem longe de qualquer humano. –Miroir saltitava pela casa abrindo todas as janelas e aproveitando da claridade do dia.-

-Sim querida, o espaço é perfeito. Agora que a senhorita já decidiu e esta feliz, podemos comer? – Abáe era como um pai para minha querida menina, acabava por fazer todas as suas vontades e após visitarmos mais de 10 casas na região, finalmente havia se decidido por uma casa de veraneio e a aluguei na hora.-

-Vou seguir para Volterra, entro em contato por telefone informando sobre quando poderão ir ao local e expor a noticia aos Volturis.

Após me despedir segui para Volterra muito nervoso, algo que não era comum. Passei pelos portões recebendo apenas acenos de cabeça por parte dos vampiros que iam passando por mim pelos corredores. Não precisava ser anunciado e então adentrei o grande salão sem nenhuma cerimônia e estanquei ao ver a cena. Minha irmã e Aro estavam unidos aos demais como se nunca tivessem saído dali.

Cometi um erro, nunca deveria ter voltado. Trouxe Miroir para este lugar e me arrependia amargamente, teria que apresentá-los, não conseguiria a libertação de Abáe, ela nunca iria me perdoar. Como fui inocente, deveria ter verificado se tudo continuava igual nestas terras. O que aconteceu para que eles dessem o perdão a Aro e permitirem a Jane voltar a realeza?

-Irmão, não vira me cumprimentar?

-Desculpe Jane, não esperava encontrá-la neste salão. Foi uma surpresa agradável vê-la tão bem. – fui a seu encontro mantendo a frieza em meus gestos e lhe dei uma rápido beijo no rosto. –

-Alec. Tem alguma noticia para nós? – Caius me dirigiu a palavra e senti um frio percorrer minha espinha, nunca em toda minha vida imaginei me sentir tão frágil -

-Sim meu senhor. Confirmei a passagem de Paulo por Amsterdam, ele fora visitar um amigo e seguiu para a America. Não encontrei nada que me levasse a seu amigo ou a seu paradeiro.

-Esta falando a verdade?

-Sim meu senhor, porque mentiria a vós?

-Tivemos noticias de que chegou a cidade a algumas horas e acompanhado, por que não trouxe seus amigos para que conhecêssemos?

-Desculpe meu senhor, vim pedir a autorização dos senhores antes.

-Muito bem. Como já percebeu caro Alec, sua irmã e aro voltaram a fazer parte de nossa família. Ambos foram perdoados por seus pecados, mas ficarão sobre vigilância para que os mesmos erros não sejam cometidos. Espero que a noticia tenha lhe feito feliz. –Marcos estava estranho, não proferiu nenhuma palavra enquanto seu irmão me dava as explicações necessárias, mas seu olhar tinha um brilho diferente e estava preso a mim.-

-Irmão? – Questionou Aro a Marcus – Algo o perturba?

-Não irmão, apenas vejo algo diferente em Alec. Meu jovem – ele se dirigiu diretamente a mim e se levantou – uma musica foi cantada e seus ouvidos foram contemplados com tamanha beleza. Só me lembro de ver tamanha união uma vez em minha vida e era algo incomum entre uma humana e um vampiro. Encontrou sua cantora? – suas feições estavam diferentes, seria um sorriso?-

Não havia como fugir da situação, eles já sabiam que eu não estava só e teria que expor minha amada.

-Sim Marcus, eu a encontrei.

-Ah irmão – a voz de Jane me chamou a atenção e virei em sua direção – fico feliz por você. – suas palavras não tinham nenhuma alegria e seu olhar era indiferente  em minha direção.-

-Que maravilha, o amor arrebatou mais uma de suas vitimas. – aquelas palavras me fizeram enrijecer – Porque não nós apresenta?

-Claro Aro, vou buscá-la e retornamos em poucas horas.

-Porque sair de sua casa? Apenas ligue para ela! Garanto que será bem recebida na entrada da cidade, não é mesmo Alex? – mantive a postura indiferente e a frieza em minhas ações.-

-Claro Aro. – teria que fazer a ligação ali mesmo, na presença de todos. Não teria como avisa-la ou alerta-la a partir com seu irmão.-

-Alec?

-Sim meu mestre? – estava com o celular na mão e desviei meus olhos do teclado apenas para fita-lo.-

-Não esqueça de estender o convite ao homem que veio com vocês.

-Claro meu senhor. – Era tarde, eles com certeza sabiam mais do que estavam expondo.-

-Miroir?

---

-Sim meu amor, já conversei com todos. Você poderia me encontrar aqui na cidade, um dos nossos ira recepcioná-la. Seu irmão também é bem vindo.

---

 Ok.

-Logo ela estará conosco.

Aqueles minutos se arrastavam, estava em minha posição entre os Volturis e ao lado de minha irmã que não desviava os olhos das grandes portas do salão. Felix havia saído há 30 mim, tempo mais que suficiente para já estar de volta com minha amada. Os corredores estavam silenciosos ate que passos rápidos surgiram no corredor e a porta foi aberta, minha amada estava bem e de mãos dados com seu irmão, meu coração já morto pareceu bater em alivio.

Segui a seu encontro sem me importar com os olhares de Aro e Caius, minha amada estava radiante, vestia um curto vestido em linho vermelho, seu cabelo estava preso em um coque frouxo e pelo brilho em seus olhos havia se alimentado recentemente, este deve ter sido o motivo da demora de antes.

-Querida!-lhe dei um breve beijo nos lábios e acenei com a cabeça para Abáe-

Voltamos nossa atenção ao centro do salão e esperei pela condenação que logo viria.

-Vejam o que o destino nós trouxe – Aro proferia as palavras com ironia – não esperava reencontrá-lo nesta vida Abáe.

-Considero-me tão afortunado quanto vós caro amigo. Não foi o destino que me trouxe novamente a sua casa e sim minha irmã que por um infortúnio se apaixonou por um de seus vassalos.

-Acredito que tenha algo em mente com esta visita. – Aro saiu de seu trone e se aproximou de nós -  Sua sentença foi dada e só estamos a espera da execução. –Senti Miroir enrijecer a meu lado suas mãos buscaram pelo apoio das minhas enquanto olhava assustada para o irmão que se mostrava impassível –

-Sim Aro, conhecia os riscos da viagem antes mesmo de me aventurar nela. Estou aqui buscando a absolvição por meus pecados entregando a vós um pecador maior. – Abáe sorria como se suas palavras tivessem o efeito de uma posição final no xadrez.-

-O que o deixa tão confiante de nosso perdão. – Caius estava impaciente e queria terminar logo aquela conversa –

-Meu pecado de traição não é maior do que o pecado da criação. Creio que ficarão felizes ao descobrir que Paulo teve uma filha. Ele não criou uma de nós, ele gerou uma criança e esta tem os poderes do pai combinados aos da mãe. Tal criação é um trunfo ou uma arma se em mãos erradas e posso alertá-los que Paulo fez uma escolha no mínimo integrante quanto a seu destino.-

-Onde está a criança? – Aro se colocou na frente de Abáe, suas mãos em seu pescoço já tirando seu corpo do chão tamanha sua exaltação –

-Primeiro me solte. –Abáe pareceu não estar surpreso com aquela reação  e olhou intrigado para o braço de Aro vendo que uma de seus mãos não existia mais e uma marca em forma de chama ardia na altura do pulso –

-Os Cullen a estão criando. – Abáe já estava no chão novamente e de mãos dadas com sua irmã, o olhar que ambos trocaram foi significativo e todos perceberam –c

-Sim, esta é uma informação valiosa caro amigo – Caius estava animado com a situação – se meus irmão concordarem comigo concederemos seu perdão, mas em troca queremos sua ajuda e acredito que sua irmã também não nós negara tal pedido. – um olhar de pura malicia foi lançado em nossa direção.- Qual o seu poder pequena?

Não estava gostando do caminhar de toda aquela discussão e descobrir que a mestiça era criada pelos Cullen aumentou ainda mais meus medos.  Angelina tinha o poder da morte e se um vampiro tivesse adquirido tal poder sua forca seria extraordinário, não haveria como ganhar esta batalha, muitos de nós morreríamos e minha amada estaria no meio desta batalha.

Senti Miroir se afastar de mim e olhar de forma sedutora para Felix que estava ao lado de Marcus.

-Seu nome é Felix certo? Percebi quando lhe encontrei que seus olhos cobiçaram meu corpo. Você gosta do que vê? –Felix entrou no jogo dela e se aproximou tocando em seu braço –

-Hum, você tem mãos fortes, o que será que elas poderiam fazer se...-Miroir deixou as palavras morrerem e o grito de Felix ecoou pelo salão -  

O corpo de Felix foi jogado contra as paredes de granito e suas mãos apertavam seu pescoço com forca, sua face já estava rachada e o pescoço prestes a se soltar do corpo quando tudo voltou ao normal. Felix permaneceu sentado no chão segurando sua cabeça que pendia para o lado devido aos ferimentos causados por suas próprias mãos.

-O que foi isso. – Marcus estava exaltado –

-Os senhores perguntaram sobre meu poder, eu apenas o demonstrei. – Miroir deu de ombros e mais parecia uma criança quando os olhou, parecia que não tinha feito nada de errado –

-O que realmente você faz criança. – Aro estava com a voz mais calma e a questionava.-

-Manipulo! Manipulo seus membros da forma que desejar. Eles não passam de reflexos de meus desejos.

-Um talento interessante o seu e o quanto ele pode ser ampliado? – neste momento todos na sala estavam com os braços levantados –

-Posso comandar todo este teatro de vampiros. Todos são marionetes em minhas mãos, inclusive você Aro. – Miroir piscou e lhe mandou um beijo através do ar-

-Arrogante esta sua garota. Não há medo em suas palavras, não sente-se oprimida por nós, isso pode ter um preço alto criança, mas por hora sintas-se em casa. – As palavras de Aro vieram acidas e cheias de malicia, ele sabia dos poderes de Miroir e se ela se colocasse entre ele e seus desejos com certeza teria a morte como destino.-

-Podem ir agora, conversaremos em outra oportunidade sobre Paulo. Alec, se desejar pode acompanhá-los também. –Saímos do grande salão mantendo nossa velocidade constante e logo que chegamos as fronteiras da cidade Abáe parou –

-Irmã?

-Sim irmão?

-O quanto este homem vale para você? – Abáe apontava o dedo em minha direção sem distanciar os olhos dos seus –

-Acredito que o choque será grande, mas coloco minha vida em suas mãos.

-Bem Alec – Abáe voltou-se para mim e sorriu – seu mundo vai virar de ponta cabeças.

-Não estou entendendo?

-A marca no braço de seu mestre, como ele a conseguiu? Foi uma bruxa?

-Como sabe?

-Esta bruxa esta com os Cullens?

-Sim, ela se diz irmã de Isabella, a vampira que possui um escudo contra os poderes da mente, mas o que isso tem de importante.

-Cheque Mate meu amigo. A rainha ira cair e seus piões irão com ela.


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