Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

estou com saudades do comentario de todos...

Mais uma fic chega ao fim...espero que gostem

bjs



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Cap Final - Ariela

 POV SETH

-Kham! Fique com sua irmã. Seth, controle Thomas. Não quero ninguém lá fora comigo.

-NUNCA. Você não vai sair sozinha Anala. – como ela pode pensar em nós deixar aqui dentro com uma vampira louca do lado de fora sedenta por vingança? –

Antes que mais alguma coisa pudesse ser dita um estrondo forte chamou a atenção de todos. Na sala, toda a parede estava marcada por lanças grossas de pontas afiadas, se mais um vez elas fossem lançadas contra nós a parede iria ao chão.

-Entendemos o recado Sulpicia – Anala falou baixo e sem nenhuma vontade – vamos todos sair.

Passando por nós como um corpo sem vida Nala seguiu para a porta a abrindo vagarosamente. Sulpicia a nossa frente mostrava um sorriso perverso. A seu lado uma figura desconhecida, um vampiro jovem, os olhos vivos e o corpo tensionado, provavelmente um recém criado, mas não era isso que nós tirou o fôlego e sim a centena de vultos com lanças apontadas em nossa direção.

-Não precisam se preocupar com as pessoas, elas não existem – Nala disse apenas para que nós ouvíssemos – apenas as lanças são verdadeiras. Me perdoem - seu suspiro foi forte e audivel pelo vampiro a nossa frente - 

Vi uma lagrima escorrendo por seu rosto e só então percebi que ela havia se posicionado muito longe de todos nós fora da casa. O chão começou a tremer, a terra girou em rodamoinhos ferozes formando correntes em torno de todos nós.

-Não....mãe.... – Sun caiu de joelhos no chão já chorando, ela percebeu antes de todos o que a mãe estava fazendo –

Em torno de nossos corpos correntes de areia dourada brilhavam e chamas surgiram flamejantes entre elas nós impedindo de sair do circulo.

-Você não pode fazer isso!! –eu gritava já sem forcas, não conseguíamos ouvir nada do que acontecia do lado de fora, meu corpo tremia de forma incontrolável e eu via meus filhos perdendo o foco junto comigo. –

Pov Anala

Ninguém mais precisava sofrer por causa da loucura causada pela vingança, não teria forcas para manter o feitiço que protegeria minha família, afastar as lanças e controlar dois vampiros, mas o faria, teria que fazê-lo.

Sentia também a presença de outra pessoa, um humano. O corpo pequeno estava preso por grossas correntes e os olhos vendados, parecia mais um animal acuado atrás do jovem recém criado.

-Anala....como fico feliz em finalmente encontra-la. Foram anos me preparando para isso – o tom de voz da vampira era seguro e muito tranqüilo –

-Estou aqui, a mercê de suas lanças, os braços abertos. Sua vingança pode ser feita, você só precisa conseguir me pegar – sorri mantendo a voz no mesmo tom calmo de antes e senti Sulpicia inquietar-se. –

-Voce me deve e vou tirar de você o que tirou de mim bruxa! – sua voz agora tinha um tom diferente, cheio de ódio –

Sorri – Venha!

As lanças foram lançadas em direção a minha família, muitas passaram a milímetros de meu corpo, mas seu foco não era este e ao se chocarem com o muro de areia e fogo que criei se desfizeram em pó. Mais lanças foram lançadas e tiveram o mesmo destino, o feitiço era apenas para impedir os que estavam dentro de sair e a cada investida das lanças o murro perdia sua forca.

-É a mim que você quer! Segui em direção a vampira e seu protetor se colocou a minha frente com os dentes expostos – vamos, mostre o que pode contra mim – meu corpo já ardia e nas mãos as chamas vivas podiam ser vistas afugentando o vampiro descontrolado –

-Burra. Não quero você! Voce tirou meu marido, vou tirar o seu também. Um parceiro por um parceiro – Sulpicia se colocou em posição de ataque e percebi que toda minha família estava exposta. Antes que pudesse pensar ela se atirou a uma corrida veloz em direção a Seth. –

Meus olhos estavam desesperados em sua direção, ele ainda estava em sua forma humana e não teria tempo para reagir, antes que minhas pernas pudessem responder o jovem vampiro me segurou pelos ombros jogando meu corpo em direção as lanças fixas na parede da casa.

Foi tudo muito rápido, senti uma rajada de vento contendo meu corpo o empurrando para o chão - agradeci mentalmente a Kham por isso -  e um lobo branco passou mais veloz do que tudo que já havia visto antes em direção a Seth. Quando meu corpo se chocou com o chão o vampiro já estava sobre mim e só consegui sorrir para ela, acho que isso o desconcentrou por alguns segundos e ele me olhava de forma questionadora.

-Sabe o que significa meu nome idiota! – antes que ele pudesse pensar no que havia perguntado meu corpo entrou em chamas consumindo aquele ser frio feito de pedra.

-Mãe. – ouvi a voz de Kham e só consegui pensar em uma coisa –

-Proteja a criança! – gritei correndo em direção a Seth –

Um grande lobo branco estava entre Seth e Sulpicia, os dentes expostos e longos rosnados eram dados por ambos. Seth não se transformou e eu percebi então por que, sua perna estava quebrada, o sangue também corria por seu braço. De alguma forma ele foi ferido e seu corpo não tinha forcas para se manter na forma animal.

-Surya? – questionei e o lobo branco abanou o rabo. Minha menina se transformou em um animal incrível e muito maior que Kham ou Seth –

Sulpicia foi rápida e dançou por entre nós tentando pequenos ataques, mesmo se sentindo acuada ela não fugiria, seu desejo por morte gritava mais alto. Percebi que seus olhares correram em direção ao corpo da criança que estava acorrentada e o medo se fez presente ao perceber que Kham e Thomas estavam com ela, a protegendo.

-Seu novo parceiro morreu Sulpicia, agora é a sua vez – cuspi as palavras me posicionando ao ataque, Sun seguia sorrateira pelas costas da vampira e eu corri em sua direção. –

Sulpicia correu em minha direção e a joguei para longe usando do vento como meu aliado, assim que seu corpo correu pelo ar, Sun abocanhou seu ombro a jogando no chão, seguindo direto a seu pescoço desmembrando com facilidade os membros da vampira. Os gritos de suplica ardiam em meus ouvidos. Nunca seria fácil presenciar a morte de um ser, mas aquela morte tinha um gosto doce.

Quando tudo acabou Sun voltou ao normal e queimou o corpo , segui para Seth apoiando seu corpo ainda fraco, a perna havia sido quase arrancada.

-Meu amor – ao olhar para seu corpo comecei a chorar –

-Shiii, já não estou sentindo dor. Sanguessuga nojenta, quis brincar com a comida – ele sorriu já sem forcas – já estou sarando querida, calma, logo estarei bom novamente.

-Me perdoe – beijava seu rosto com desespero –

-Claro que perdôo meu amor. Na verdade não tenho nada a perdoar, mas deve me prometer que nunca mais ira fazer isso, - ele estava serio agora e me olhava com firmeza – somos uma família, lutamos juntos.

Apenas acenei com a cabeça voltando a beijar seu rosto como se minha vida dependesse de seus toques. Ouvi Kham se aproximar de nós e o barulho de correntes.

-Mae?

-Kham, meu amor. A coloque aqui. – pedi a ele que colocasse a criança a meu lado –

Sun se aproximou se unindo a Thomas que ainda tremia assustado, Kham e Seth me olhavam com curiosidade e seus olhos corriam entre mim e o corpo jovem a minha frente. Não passava de uma criança de 10 anos pelas características, pouco se via do rosto devido as ataduras e todo o corpo estava envolto  pelas correntes.

-Não consegui quebrar – disse Kham se desculpando –

- Sabe quem eu sou criança? – perguntei a jovem que se encolhia em torno do próprio corpo –

-Fogo. – disse com a voz segura, muito diferente das ações de seu corpo –

-Muito bem. Qual o seu nome?

-Não tenho um nome, sou apenas um animal divino realizando sua missão. – todos me olharam abismados e eu ri –

-Ariela? – perguntei já animada e a garota me sorriu –

-Anala? – as correntes se quebraram e a garota com aparência infantil se transformou em uma mulher de uma beleza única, os cabelos brancos corriam lisos por suas costas, a pele clara possuía um tom prata cintilante que contornavam suas curvas bem feitas. os olhos ainda estavam cobertos por uma faixa negra.

-Ariela – a abracei com forca e o abraço foi retribuído com muita animação  e ambas fomos interrompidas por um pigarro forte –

-Vai nós explicar o que esta acontecendo? – Seth perguntou com a voz cansada –

Todos entramos na casa e fomos para nosso quarto, a sala já não estava em condições de receber visitas e Seth precisava de cuidados. Nenhuma pergunta foi feita enquanto os machucados de Seth estavam sendo tratados e limpos. Quando seu corpo estava devidamente enfaixado, limpo e aquecido pude contar  a historia a todos.

-Ariela é uma bruxa assim como eu – comecei calmamente – nunca havíamos nos encontrado, mas sabíamos da existência uma da outra. Ela ainda é jovem, pouco mais de cem anos, assim como eu é uma amaldiçoada pela imortalidade – ambas rimos – só que seu poder é singular. Como todos puderam ver, ela pode criar ilusões reais o suficiente a ponto de erguerem lanças ou atacarem pessoas.

-Só uma coisa eu não entendi – me voltei a Ariela – Porque servia a uma vampira?

-Não servia. O jovem com a vampira tinha um dom forte, foi ele quem me aprisionou e usava meu dom a seu favor. Nossa sorte neste ataque foi a ignorância de ambos que estavam comigo. O recém criado tinha poucos meses neste mundo e não sabia lutar muito bem, sua concentração oscilava sempre que um odor diferente chegava a ele.

-Quando capturada apenas me protegi, permaneci em um corpo frágil e infantil cercada por correntes de segurança. – deu de ombros ainda animada –

-Pelo que parece demos sorte mais uma vez – foi Kham quem tomou a liberdade de falar agora – Mas porque não tira a venda?

Ariela sorriu movendo sua cabeça em minha direção. Acenti sem nada dizer e suas mãos seguiram para as vendas as retirando com muita calma. Ainda fitando o chão ela disse.

-Só não queria assustá-los. – quando seu olhar percorreu o pequeno cômodo todos estavam perdidos naqueles grandes olhos violetas -

  Percebi o corpo de Kham rígido e Ariela o olhar de forma estranha, como se estivesse apaixonada.

-Seth! – olhei para meu marido que parecia também entender o que tinha acontecido ali – acho que agora a família esta completa.

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