Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

olá queridos leitores......neste cap ha muita informacao e gostaria de ler a opiniao de vcs sobre tudo.....bjs



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Cap. 4 – Uma noite sob a ponte

Deixei Luna na casa de seus tios aproveitando os novos presentes e voltei com Seth para casa, Emmett estava  sendo uma ótima influencia para a nossa garotinha, o gosto dela por musica animava toda a família. Alice se mostrou uma ótima cantora, Jasper e Carlisle revezavam no baixo, Emmett e Luna na guitarra enquanto Edward curtia muito sua bateria, ele ate comprou uma original e treina todos os dias nela. Esme, Bella, Nessie e Rose são as animadoras, ficam gritando e aplaudindo durante as musicas é muito divertido, passamos a fazer karaokê pelo menos uma vez por semana com os amigos mais próximos

A semana estava sendo muito longa e esta tarde não seria diferente, me sentia mais tranqüila sabendo que toda a família estava unida na intenção de entreter Luna. Jacob, Kali, Sam e Samy estavam reunidos com os anciões a quase três dias e totalmente sem acesso a nós. Aquela reunião era muito importante para os meninos, suas linhas de comando seriam determinadas e o futuro deles como líder de bando seria decidido. Kali já estava chegando a sua idade adulta e mesmo tendo grande diferença visual em relação a Samy a idade dos dois era a mesma e em alguns anos poderiam substituir seus pais, permitindo a Sam envelhecer junto a sua linda esposa.

Kali já tinha a aparência de um jovem de  16 anos, era incrível ver o quanto ele crescia e se desenvolvia a cada dia. O bebe lindo de outro dia agora já tinha quase a altura do pai e estava com o corpo tão definido quanto o dele. Os músculos se destacavam sob suas roupas e bem torneados tiravam suspiros das mulheres da cidade, seu tom de pele era uma mistura perfeita entre o moreno avermelhado do pai e o branco sedoso da mãe, o tom esverdeado de seus olhos e os cabelos rebeldes acobreados completavam o que se pode chamar de ‘’esculpido pelos deuses’’. Aquela família sabia mesmo deslumbrar as pessoas com sua beleza e apesar de tudo ele ainda mantinha um olhar cheio de uma inocência infantil e confiança inabalável.

Aqueles três se divertiam como nunca juntos e Kali era o cupido daquele romance, só ele conseguia confundir toda a família e nos fazer permitir que Samy e Luna saíssem sozinhos ou só com sua supervisão, quando percebíamos já não havia como voltar a trás e acabávamos aceitando aquelas maluquices. A alguns meses Luna e Samy anunciaram seu namoro, foi um choque para todos visto que eram muito jovens, mas não conseguiríamos impedir este relacionamento mesmo, era melhor aceitar e saber onde eles estavam do que impedir e os ver fugir de casa para se encontrarem. Nossa arma secreta neste relacionamento era Edward, ele sempre nos contava o que aquelas pestinhas estavam pensando e nos antecedíamos a seus pedidos loucos.

 Era duro a ver crescer, lembro-me do dia em que voltamos para casa com ela e iniciamos a reforma do cômodo nos fundos da casa. Fizemos um quarto lindo e bem arejado, o pintamos de lilás, mas logo ela quis sua cor preferida nas paredes e trocamos para tons de azul. Seth aproveitou toda aquela agitação da reforma e construiu uma estufa para mim, o clima de Forks não me ajudava nas plantações e a estufa foi como a felicidade de poder enxergar novamente para uma pessoa que ficou cega após conhecer as belezas do mundo.

Naquele lugar mágico eu tinha todas as ervas que não podem faltar em um jardim de cozinha, cultivava tomilho, alecrim, salvia, salsa, tipos diferentes de hortelã, folhas de dente de leão, florações de endro, cebolinhas, manjericão e outras como acônito, meimendro negro, dedaleira, lunária, diferentes tipos de folhas verdes, legumes diversos e a minha favorita, uma beladona encorpada que se espalhava por uma treliça próxima a porta. Estava preparando um calmante leve com o fruto da beladona quando ouvi minha pequena passando pela porta e apenas sussurrei.

-Estou na estufa! – esta era nossa brincadeira particular, eu sentia a presença dela em qualquer lugar e sussurrava minhas palavras como se falasse sozinha sabendo que sempre que ela me ouvisse iria corar e sorrir de forma sapeca, adorava ver aquele rostinho feliz –

-Oi mãe! – me deu um beijo doce no rosto e se sentou próxima a trepadeira de rosas vermelhas – O que esta fazendo?

-Um calmante filha, estou sentindo algumas dores.

-Mas você esta bem? – seu rostinho preocupado me chamou a atenção –

-Sim filha, são apenas algumas dores leves. Carlisle vai me examinar amanha. Acredito que seja apenas mais uma mudança em meu corpo depois do incidente de alguns anos atrás com aquela amigo da mamãe que seu pai comentou outro dia.

-O Icaro?

-Sim filha. – voltei a preparar meu medicamento esperando que ela deixasse este assunto morrer –

-Um dia vai me falar sobre ele?

-Sim filha, um dia. Agora vá se lavar, o jantar esta quase pronto.

Pov Seth

Anala voltou para casa e fiquei na casa para conversar com os demais sem que Luna percebesse nossa movimentação.

-Sentimos algo estranho na mata. Não há como descrever, mas Nala sentiu as mudanças no vento e no solo. O pai de Luna voltou. Ele não se aproximou da casa ou dela, não sabemos o que ele quer, mas ele esta na cidade.

Não havia mais nada a dizer. Edward achava que aquele homem tinha algum dom de camuflagem e por este motivo nunca o encontrávamos, decidimos ficar mais alertas e fazer rondas nunca deixando Luna sozinha. Não havia necessidade de contar a ela o que estava acontecendo neste momento e deixaríamos as coisas como estavam até que o homem mostrasse suas intenções.

Pov Paulo

Não consegui ficar longe neste ano, corri em direção aquela pequena cidade localizada em Washington esperando que eles não tivessem partido, no caminho só conseguia pensar nela, em como estaria crescida, se estaria feliz, se me odiava, faltavam apenas 6 dias para seu aniversario e queria estar presente mesmo que só como um vulto na mata.

Ouvi um som pesado sobre a terra e percebi que já estava próximo ao território deles. Fiquei entre as arvores camuflando meu cheiro e observei enquanto os seres na noite se afastavam buscando refugio e proteção na escuridão. Após poucos segundos eu a vi, uma pantera negra corria como uma pluma ao vento e ao seu lado um grande lobo cor areia.

Quando a pantera saiu das arvores tocando o solo ao lado do lobo a vi se transformar em uma linda jovem de cabelos castanhos claros, calca justa marcando sua cintura e um tope preto que deixava sua barriga lisa exposta. Três tatuagens tingiam seu corpo, nas costas uma grande pantera negra, na barriga um guepardo malhado e no braço uma cobra negra de aparência felina.

-Seth! Ele voltou. O pai de Luna esta próximo.

Enrijeci ao ouvir suas palavras. Como ela sentiu minha presença? O que ela era? Meus pensamentos buscavam por explicações e historias de anos anteriores e nada fazia sentido. Os trasnformos eram conhecidos, mas seu cheiro era diferente, não queimava minhas narinas como o cheiro do lobo a seu lado. Alguns feiticeiros tinham tal poder, mas aquela jovem não parecia ter mais de 21 anos e não havia envelhecido nada em 3 anos, permaneci preso aos meus pensamentos enquanto ambos se afastavam.

Aguardei alguns segundos e os segui a distancia. Durante a tarde todos ficaram na casa, um grande clã de vampiros reunidos e convivendo aparentemente em harmonia. Os sons que vinham da casa misturavam risos com musica, um dos vampiros passou pelo jardim, um jovem de seus 17 anos e cabelos de uma cor estranha, seus olhos eram da cor do ouro e brilhavam diferentemente do meu preso a seu vermelho envelhecido e nublado.

Algumas horas depois eu a vi, seu cheiro era peculiar, uma mistura do doce aroma dos vampiros e o toque almiscarado de uma dama da noite. A reconheceria em qualquer lugar, todos os seus traços lembravam sua mãe, a cor dos cabelos, os olhos, minha menina estava tão linda e crescida, parecia muito feliz com a vida para a qual lhe entreguei. Nunca me perdoaria pelas palavras que proferi ao partir, mas ela nunca poderia ficar comigo.

Os Volturis estavam se aproximando, alguns amigos me alertaram que Caius ainda me procurava e jurava queimar meu corpo em uma grande fogueira provando a todos que ninguém poderia ir contra seus poderes e sua lei. Ter a permissão deles para partir era tolerado, fugir pelo mundo junto a uma humana era uma afronta e eu a tinha cometido. Minha morte serviria de exemplo aos transgressores e se descobrissem sobre Luna seu futuro não seria diferente do meu.

Pov Alec Volturi – no mesmo período em outro lado do oceano -

Amsterdã era um lugar lindo e perfeito para nossa raça. Os invernos gélidos tornavam os dias nublados e as noites muito agradáveis para caminhadas e principalmente caçadas. Estava sob uma ponte feita de pedras, a cor cinza impregnava todo o ambiente e a rua estava silenciosa de mais, senti a presença de outro vampiro, o cheiro adocicado impregnava o local mas havia algo diferente em seu aroma, um perfume sutil que remetia minhas memórias a um pais distante, o aroma trazia consigo sutilezas encontradas no aroma da água doce, do sol tocando nas areias secas e alaranjadas no continente africano. Doce e quente.

- Conhece a África visitante?

A voz vinha de todos os lugares e de lugar nenhum. Senti meu corpo pesado e meus membros já não me obedeciam.

-Apareça! – praguejei e aguardei uma resposta concentrando-me em encontrar a dona da mesma sem a necessidade de usar meus poderes por hora.-

-Você não respondeu minha pergunta, porque deveria me mostrar a um visitante sem conhecê-lo?

Aquela voz infantil tinha toques de sedução e astucia.

-Sim. Conheço a África. Qual o objetivo desta pergunta?

-É uma resposta a sua pergunta silenciosa na verdade. O aroma que sente é da flor Ninféia-Azul, uma planta aquática muito comum na África do Sul.

-Consegue ler minha mente? – Mais um leitor de mentes, isso pode ser um grande trunfo e quem sabe alegrar meus senhores e conseguir o perdão para Jane.-

-Não sou uma telepata e sim sensitiva. Não leio sua mente, eu a sinto, sinto os caminhos que ela segue. Uma ajudinha extra para meus truques.

Enquanto ela falava sentia timbres diferentes em sua voz, segurança, ironia, felicidade, já a imaginava em minha mente e a desejava.

-Desejo? O que te fez ter esta sensação?

-Curiosidade apenas. Não vai aparecer?

-Depois que você dançar para mim.

Sua voz divertida parecia correr pelas sombras do túnel. O espaço de rua que ele escurecia era bem pequeno e torcia pela passagem de um carro em uma rua próxima para que a luz de seu farol iluminasse aqueles becos e me mostrassem a dona daquela doce voz.

Antes que eu negasse o pedido senti meus pés se moverem e meus braços se posicionaram no ar como se alguém estivesse a minha frente sendo conduzido por mim em uma dança lenta. Não estava confortável com a situação e lancei meu poder aguardando alguns segundos para que meu corpo voltasse a ser comandado por mim.

Quando voltei a sentir meus membros ouvi um baque seco próximo a mim e logo estava com uma doce garotinha nos braços. Devia ter por volta de 15 anos, seus cabelos sedosos e negros corriam ondulados por suas costas, a pele branca e sedosa, seus traços retos e marcantes harmonizavam com seus lábios grossos e bem desenhados. Os olhos vermelhos brilharam ao encontrar os meus já enegrecidos pela fome.

-O que fez comigo?

-Quem é você?

-Miroir!

-Sou Alec. – a desvencilhei de meu topor completamente e a auxiliei colando meu corpo ao seu assim que levantamos - Se me permitir Miroir, serei seu servo por toda a eternidade.

Não entendia o porque de me expor de forma tão espontânea a uma desconhecida, mas meu coração voltou a bater. Eu a desejava e ela seria minha.


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