Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos os meus 20 leitores....queria agradecer a todos pela compania em mais esta historia. Hoje chega ao fim mais uma fic envolvendo a família de lobos, vampiros e bruxos que mais amo neste mundo.....

espero que o capitulo esteja tao bom quanto desejei em minha mente.

bjs



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Cap. Fim

Pov Micaela - Um ano após a transformação

Voltera conseguia ser incrivelmente mágica em agosto. Da grande sacada lateral do castelo podia ver toda a cidade, as construções de pedra e mais ao longe as plantações em tons de verde e laranja. Era incrível como as grandes cidades conseguem mudar da noite para o dia, com grandes edifícios de concreto usurpando a beleza de um céu azul e, se opondo a isso, Voltera continuava igual com o passar dos anos.

Aqui o silencio é como um tesouro milenar, os pássaros são os donos do céu, as pequenas construções de pedra não comprometem a paisagem natural e posso me perder observando o alaranjado do por do sol ganhar tons escuros de azul ao cair da tarde.

Nunca me imaginei nesta vida e de forma tão serena. Claro que a paz não reinou de inicio, após minha transformação permanecemos mais um mês na ilha. Minha sede foi difícil de ser controlada e precisei muito da ajuda de Miroir e Alec nas primeiras semanas. Os Cullen logo voltaram a sua rotina e a família se separou, sabia que Carlisle e Esme continuavam em Forks, mas Emmett e Rose estavam em algum lugar de Paris desfrutando de mais uma lua de mel enquanto Edward, Bella, Jasper e Alice visitavam algum lugar da Alemanha.

A única pessoa com quem mantinha contato quase que diário é Anala. Sua família se ampliou e ainda permanece na ilha. Seth, Samy, Kham e Sun estão com ela, os gêmeos estao se desenvolvendo de forma assustadora e Abáe os esta auxiliando. Pelo que pude perceber Kali também esta com eles, parece que o mesmo se apaixonou pela ilha e como não tem a obrigação de retornar a Forks, por enquanto, resolveu ficar com Anala.

Ao contrario do que desejei, não me tornei vegetariana. Vivo de sangue doado e uma vez ou outra caiu em tentação, não me adaptei a sangue animal, quem sabe no futuro eu tente novamente.

Quando voltamos a Voltera foi pior, os habitos alimentares do local inclinavam minhas vontades a algo menos controlado. O que mantinha minha mente um pouco distante da sede enorme em minha garganta eram as acões de outros vampiros. Todos já sabiam da morte de Aro e Caius sendo que o único culpado havia se tornado Marcus, aparentemente Sulpicia havia retornado a seu lar e espalhado a noticia antes de fugir novamente.

Os vampiros locais haviam se unido para destruir Marcus assim que retornássemos, já esperando por algo semelhante, Alec e Miroir seguiram como escudos. Alguns da guarda, simpatizantes de Marcus, ficaram a seu lado e após algumas mortes e muitas conversas com grupos contrários ao retorno de um Volturi ao poder, todos chegaram a um acordo.

Marcos seria o líder novamente e aliado a ele estariam Alec e sua companheira e também Vladimir e Stefan, os romenos que antes detinham o poder também se aliaram as novas regras. As decisões seriam tomadas pelos 4 novos homens no poder e o consentimento para as futuras ações deveriam ser discutidos em conjunto. Algumas regras foram mudadas, permaneceu intacta apenas uma: Não transformar crianças. O contato com humanos também era algo muito discutido e não se chegou a uma conclusão, o que todos concordavam era quanto ao sigilo na intenção de manter a espécie.

Assim como Miroir, eu não me envolvia muito nestas questões políticas, sempre ouvia o que Marcus dizia e dava minha opinião, mas nada além disso. Minhas energias estavam voltadas a outras atividades, mantinha um salão de dança na cidade e ensinava dança folclórica aos humanos locais.

Muitas das habilidades vampiricas me auxiliaram quanto a isso, conseguia desenvolver movimentos perfeitos, nunca me cansava dos treinamentos e minha mente apreendia em velocidade não humana. Minha visão apurada era algo a parte, muitas vezes me atrapalhava, como agora, quando absorta em pensamentos, ficava observando os detalhes das pedras unidas formando a grade da sacada, os relevos e cortes assimétricos, assim como as alterações nas cores devido a ação do clima. Muitas vezes estas observações me afastavam do mundo ao meu redor.

***

-Tem certeza querida? –Marcus estava apreensivo com minha decisão –

-Estou certa do que quero Marcus. Quero ir com você nesta batalha e não permanecer trancada neste castelo sem nenhuma utilidade. – Após a transformação não desenvolvi nenhum poder ou dom especial, mas como todo vampiro eu era forte e devido a dança, muito ágil. –

-Não será necessário que intervenha, mas se deseja me acompanhar – disse já derrotado – vamos sair em duas horas.

Segui a seu lado em mais três batalhas pelo mundo, em todas as questões a serem resolvidas eram as crianças imortais. Um novo surto havia se iniciado. Aparentemente, os vampiros sentiam-se livre após a mudança de comando e agiam da maneira que bem entendiam. Ainda temos problemas com a ordem entre nosso mundo e muitos humanos descobriram nosso segredo.

Marcus me disse há alguns dias que um grupo humano havia  se unido com o objetivo de caçar nossa espécie. Eles não eram muito rápidos e podiam ser destruídos com facilidade, o que complicava nossa situação era não saber ate onde eles sabiam, o que usariam contra nós.

Não posso dizer que perco o sono com isso, já que não durmo. Muitas vezes busquei me afastar do castelo para pensar, este assunto era o único que atrapalhava minha felicidade ao lado de Marcus.

***

Pov Anala

Permanecemos mais do que o desejado na ilha. Algumas coisas incomodavam nossa rotina, Kali precisava viajar todas as semanas para se alimentar e isso incomodava muito Helen, já que ela não o acompanhava. Eu acabava por anima-la em dias assim, sempre lhe dando tarefas para que as horas passassem mais rápido.

Hoje era mais um destes dias. Não conseguia acreditar que correndo a minha frente estavam meus filhos, com quase dois anos de idade eles já corriam, falavam e brincavam com seus poderes como adultos. Helen estava atrás deles, a hora do almoço era a pior de todas, eles queriam comer apenas danones e bolachas dizendo que seu paladar estava se apurando e que o excesso de açúcar nesta idade não lhes faria mal.

Eu ficava sempre sem palavras com estes argumentos. Tentava introduzir alimentos sólidos, frutas, papinhas...tudo perda de tempo. Zeferus se divertia as minhas custas dizendo que eu estava pagando os pecados da minha infância e por mais que eu tente, não lembro de ter sido tão manhosa ou difícil.

Quem me salvava nestas horas era Clara, após muitas horas de televisão e programas culinários, ela aprender a fazer receitas perfeitas e as enfeitava lindamente na intenção de chamar a atenção das crianças. Em muitas vezes deu certo.

Hoje foi o dia do bolo de cenoura com calda de chocolate. Ele estava decorado com pequenos coelhos de marzipan e seu cheiro estava incrível, logo as crianças sentiram o mesmo que eu e correram para a casa de Zeferus. Era incrível ver como em alguns momentos eles pareciam tão adultos e em outros eram simples crianças.

-Eu não acredito! – esclamei seria já entrando na cozinha de Clara – eu tive quatro filhos e não estava lembrada? –comecei a rir das caras nervosas a minha frente e logo todos também riram da brincadeira –

Luna, Seth, kham e Sun estavam sentados na bancada comendo pedaços de bolo com as mãos, os dedos melecados de chocolate assim como o rosto dos quatro. Clara estava próximo a porta dos fundos com uma discreta câmera fotográfica em mãos se divertindo com a cena.

-Mae, esta delicioso. Tia Clara se superou desta vez. – Luna já havia adotado todos ali e acabou ganhando vários tios – Vem!

-Não hoje querida – me sentei ao lado de Seth – estou um pouco enjoada. Acho que isso se deve a todo o esforço que fiz para conseguir pegar duas crianças fujonas.

Kham e Sun riram de forma  tão gostosa que não resisti e também ri.

-Será que é só isso mesmo tia – Kali entrou na cozinha junto a Helen também se servindo de bolo – Ou será que posso esperar mais um sobrinho?

Seth engasgou com o pedaço de bolo em sua boco e logo o socorri com um copo de água. A pergunta pegou a todos de surpresa e quando Seth melhorou olhou para mim com um misto de desespero e felicidade nos olhos.

-Não assusta a mamãe Kali – a voz de Sun ainda me tirava do chão – ela só esta cansada mesmo. Não agüentaria mais dois de nós. – ela falava ao mesmo tempo em que colocava seus dedinhos no pote de calda e os lambia.

-Como pode ter tanta certeza bebe? – foi clara quem perguntou agora –

-Hum, da para sentir – riu baixinho – eu só sinto algo se desenvolvendo na barriga de Luna.

Choque. Todos pararam o que estavam fazendo e permaneceram como estatuas em um museu. Acredito que nem o ar conseguíamos inspirar. Como assim? Minha Luna grávida? Ela mal alcançou a maturidade, ainda é meu bebe!

-CORRE. – foi a única coisa que ouvi após o choque e eu imediatamente entendi o porque. Seth iria matar Samy.-

-NÃO. – gritei bloqueando a ação de todos a meu redor. Seth estava furioso, seu olhos mantinham um tom mais escuro  que o normal e eu via em Samy algo desconhecido, acredito que pavor seria a palavra mais próxima –

-Vamos nos acalmar. Ninguém vai morrer hoje, não agora pelo menos. – falei tentando manter a calma e senti Samy tremer ao lado de Luna –

-Sun, se for mais uma de suas brincadeiras fale agora. – ordenei a minha pequena –

-Eu...nao....nao é brincadeira. – seus olinhos estavam cheios de lagrimas – eu achei que ficariam felizes. Não quero que Samy morra – sua voz já saia com dificuldade e as lagrimas corriam soltas por seu rosto – ele é meu amigo. – Kham a abraçou de lado e chorava também.-

Luna estava com os olhos perdidos e automaticamente suas mãos seguiram para sua barriga e um sorriso se fez. Minha menina seria mãe. Pior, eu seria avó, ri comigo mesmo da idéia, bom, idade para isso eu tinha.

-Eu achei que isso nunca seria possível! – a voz de Luna estava fraca e distante –

-Por que? –A pergunta veio de Helen, eu não sabia ate que ponto ela conhecia a historia –

-Meu dom, o que eu sou. – as palavras ficaram soltas no ar –

O clima não estava de todo tranqüilo ainda e aos poucos fomos controlando a respiração. Seth tentava acalmar Sun dizendo que ninguém ia morrer, que ele so ia bater um pouquinho em Samy, mas que estava feliz em ser vovó entre outras coisas. Após alguns minutos Sun conseguiu se acalmar e fomos a sala conversar.

-Antes de qualquer coisa, porque não tomaram cuidado? – Seth estava com tamanho ódio que tive que segurar firme em suas mãos para lembra-lo das reações de Sun –

-Pai. Me desculpe. Eu achei que isso nunca fosse acontecer conosco, eu achei que meu dom me impediria...Carlisle me disse uma vez que seria complicado, que meu corpo rejeitaria – Luna já não conseguia terminar as frases, tremia muito nos braços de Samy e chorava –

-Eu posso matar meu bebe! -Só agora entendíamos seu desespero, seria impossível controlar-se a todo instante, em algum momento ela sugaria a vida de seu filho.-

-Não vai mata-lo maninha – desta vez foi Kham que nos chamou a atenção – Sun e mamãe podem ajudar.

Meus filhos estavam estranhamente calmos e eu sentia esta calma como também sendo minha. A mãe de Luna também a teve cedo e sua morte foi algo inevitável, mas no caso da minha menina teríamos mais controle, seu corpo receberia melhor a criança e seria forte o suficiente para suportar a gestação. Teríamos que voltar ao continente, Carlisle poderia ajudar.

-Eu quero ajudar. – Sun disse muito convicta e estranhei –

-O que esta escondendo Sun? – seus olinhos brilharam em direção aos meus e senti uma onda de amor muito forte –

-Nada mãe, eu apenas já amo ele.

 -Ah, vamos parar com estas frases sem sentido. Diz logo maninha. –Kham me lembrava muito Emmett nestas horas –

-Dizer o que? – perguntou Seth –

-O bebe, o filho de Luna é o imprinting de Surya.


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