Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 2
Capítulo 1 – mais humano do que vampiro




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......

-Carlisle, estamos impacientes! Ainda vai demorar? – estava com Luna adormecida em meus braços e andava de um lado a outro da sala, estava deixando a todos impacientes até que Kali me fez sentar e lhe passar Luna antes que a acordasse com minha agitação.-

-Calma Nala, já estou finalizando. – sua voz era divertida-

Quando voltamos para casa com nosso bebe nos braços não sabíamos como agir e instintivamente fomos para a casa de Carlisle. Imediatamente toda a família correu para a floresta na tentativa de encontrar o pai da criança, mas ele parecia ter evaporado, nem seu rastro podia ser sentido onde Luna nasceu, a única coisa que comprovava nossa historia era o cheiro fresco de sua mãe e as marcas de sangue na folhagem.

Após ouvirmos as diferentes opiniões de todos da família, incluindo os lobos mais próximos a nós decidimos que o melhor para a pequena seria ficar conosco e esta seria mantida em segredo. Não gostaríamos de chamar a atenção para nossa família, os Volturis não ficariam felizes em descobrir as uniões estranhas e os frutos destas, seria um confronto direto a seu poder e uma nova luta seria travada, desta vez sem tempo para tréguas.

- Já temos um resultado. Algo muito intrigante na verdade. –sua fisionomia era tranqüila e poderia dizer até feliz -

- Como é possível Carlisle? – Edward questionava os pensamentos do pai nós deixando ainda mais ansiosos –

- Acredito que tudo possa ser possível filho. – Carlisle se virou em minha direção – Sua filha é muito saudável, terá um crescimento acelerado como o de Nessie e precisará de sangue para sobreviver.

- E o que há de intrigante nisso? –Seth fez a pergunta que eu sentia na ponta de minha língua –

- A filha de vocês é mais humana que vampira. Não há veneno em seu sistema e pelo que percebemos de seu comportamento, seu desejo por sangue e quase nulo. Sua estrutura é um pouco mais forte da de um humano e precisaremos esperar seu desenvolvimento para observar qualquer outra mudança.

---

Tudo estava muito confuso, como criaríamos uma criança praticamente humana no meio de tanta...de tanta...como posso definir minha família, diferentes era o mínimo e não encontro nada melhor para defini-los, definir a nós. Luna teria tudo que uma criança humana pode sonhar em relação a fantasias e contos de fada e por outro lado não poderia ir a escola normal ou conviver com humanos sem se sentir estranha.

- Podemos conversar Nala?

- Claro Nessie. – eu estava ansiosa demais para conversar, mas a segui pelo gramado em direção a margem do rio.

-Da medo não é verdade? Ter uma criança em sua responsabilidade e saber que ela é diferente, que não vai ter uma vida comum. – sua fala era doce ao mesmo tempo que passava segurança, apenas acenei com a cabeça concordando com suas palavras e desviando o olhar para a floresta –

- Minha mãe teve muita coragem no dia que decidiu que me teria. Quando nasci outros desafios apareceram e Jacob foi um deles, ser criança em corpo de adolescente é complicado. Mesmo que minha maturidade tenha se desenvolvido tão rápido quanto meu corpo, certas coisas só se ganham com a experiência dos anos. Meu pai era meu porto seguro, ao mesmo tempo que também era a pessoa mais irritante do mundo. – nós rimos juntas –

-Ler minha mente o tornava totalmente importuno e eu agradeço  por todas as vezes que fiquei de castigo e que bati de frente com ele. – ela se virou para mim e me olhou nos olhos -  O que estou querendo dizer é que tenho uma idéia do que se passa na sua cabeça e todos estamos dispostos a te ajudar.

Não consegui dizer a ela tudo o que queria, queria agradecê-la, fazer mil perguntas, abraçá-la, beijá-la, gritar, mas simplesmente a abracei com forca e fiquei ali em seu ombro, molhando sua blusa com minhas lagrimas e me sentindo reconfortada. É difícil para mim entender que agora não preciso fazer tudo sozinha.

- Nessie – a chamei me afastando de seu ombro e deixando uma grande marca de água – eu quero que Luna saiba de tudo. Não quero esconder dela, o que ela é, a decisão de seus pais, os riscos que corremos se ela for exposta...

-Também acho que este é o melhor caminho Nala. Nossa vida é feita sobre uma grande mentira, será mais saudável para ela saber a verdade.

Voltamos para a casa de Carlisle e decidimos voltar a morar ali por algum tempo. Seth já estava se organizando com os rapazes para transformar o cômodo vago nos fundos de nossa casa em um lindo quarto de bebe e Alice estava navegando por sites a procura do berço perfeito. Olhei para um ponto próximo ao piano e vi  Jasper inquieto e busquei saber o porque.

-O que foi Jazz?

-Eu queria te perguntar uma coisa. – ele apertava os dedos de suas mãos e parecia envergonhado. Edward ria dos pensamentos do irmão e saiu em direção a cozinha –

-Fale logo, estou louca aqui vendo sua inquietação.

-Eu posso dar a mamadeira a Luna?

Oh, perdi a reação. Minha boca se abriu ligeiramente e meus olhos ficaram mais atentos. Depois do impacto de suas palavras desatei a rir com gosto.

-Claro Jazz, nem precisava pedir. Vai curtir a pequena, sei que antes você não pode ficar próximo a família, mas tem uma condição!

-Qual? – a rapidez de sua resposta fez Alice rir sem que seus olhos saíssem da tela do computador –

-Voce terá que conseguir tira-la do colo de Kali. – eu comecei a rir e Kali foi levantando do sofá sem fazer muitos ruídos olhando divertido para Jasper enquanto se preparava para correr –

Luna estava acordada e adorou a brincadeira. Os três corriam pela sala e riam muito. Kali não era tão rápido e acabou sendo pego depois de cinco minutos. Eu sentia falta das brincadeiras de Emmett – depois que eu e Seth nos casamos ele e rose decidiram por uma segunda lua de mel e partiram em uma viagem sem data de retorno -, mas a nova personalidade de Jazz estava trazendo muita alegria aquela casa, ele ate estava fazendo piadas com minha Irma sobre a vida sexual dela. Era muito divertido vê-la com raiva.

Jasper brincava com Luna quando Edward voltou da cozinha com a mamadeira pronta. Mesmo sem saber direito o que fazer, Jazz a segurou nos braços e lhe deu a mamadeira. Alice não perdeu tempo e registrou a cena em sua maquina fotográfica. Teríamos mais um álbum de família, mais um pequeno membro para aquela família de lindos olhos âmbar.

A noite foi tranqüila, Luna não dava trabalho nenhum para dormir, mas só o fazia no colo de Seth. Edward nós dizia que seus sonhos eram coloridos e tinham muito o rosto de Seth e o meu. Ela já reconhecia toda a família, mas não entendia seus papeis.

De manha, já na mesa do café recebemos a visita de Samy. A pedido de Sam, samy ficou distante de nossa casa até que decidíssemos o que faríamos, mesmo porque não sabíamos sobre os riscos de ataques ou se seria possível que o pai verdadeiro dela retorna-se.

-Tia – ele correu e me abraçou com forca – Estava com saudades. Eu já sou grande sabia, não precisava ficar escondido em casa. –seu biquinho era lindo. Ele fazia uma pose seria, os braços cruzados na altura do peito, mas ainda era uma criança, o que fazia da cena algo engraçado e não o sinal de forca e repreensão que ele gostaria –

-Desculpe meu amor, seu pai decidiu e eu só pude concordar. Agora que tudo se resolveu você já pode conhecer o mais novo bebe da casa, ela esta na sala, Kali esta com ela brincando no tapete.

Samy correu em direção a sala e os sons que ouvíamos antes cessaram. Achando estranho sai da mesa e fui em direção as crianças. A cena era estranha, Kali segurava Luna em seus braços e esta se contorcia querendo ir ao chão. Samy estava parado com a boca aberta e os olhos vidrados em Luna.

-Oh meu deus! – quando Seth entrou na casa e viu a cena ficou com a mesma cara que Samy fazia –

-Edinho! Corri aqui sogrão, você vai adorar isso! – Jacob nunca chamava Edward desta forma, sabia que ele odiava, mas desta vez ao invés de vê-lo com raiva nos olhos o vi rindo e seus olhos brilhavam perdidos em algum lugar do passado –

-Alguém pode me dizer o que esta acontecendo aqui? – eu já estava impaciente –

-Querida – Bella se aproximou tocando meu ombro com suas mãos – você lembra o que sentiu quando viu Seth...- puft, a ficha finalmente tinha caído. Minha Luna e Samy?

-Ela ainda é um bebe como isso é possível?

-Eu fiz a mesma pergunta com Nessie. – Bella me abraçou pelos ombros e esperou por minha reação, ja que Seth ainda não havia saído do lugar - .

-Kali, coloque-a no chão. Deixe-a ir ao encontro de seu amor. –dizendo isso Seth saiu do transe e veio para o meu lado me abraçando forte pela cintura, enquanto Samy pegava meu bebe nos braços e recebia um grande sorriso em retribuição -.

-Obrigada. – Samy não nos olhou quando agradeceu, mas entendi suas palavras no mesmo instante. Eu não tinha o direito de brigar ou negar tamanho amor, eu também era uma vitima do destino que envolvia sua cultura e sentia o que ele estava sentindo.-

-Teremos que ir a reserva mais tarde amor, Sam com certeza terá uma reação diferente a sua.

-Espero que não Seth, ele sabe que não se pode separar este tipo de amor.


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