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        Capítulo 5

    Subi. Já era tarde e eu estava no meio de uma multidão em frente àquele teatro. Eu bem que gostaria de ter entrado pra saber o que é que as pessoas lá dentro estavam pensando, mas meu trabalho tinha que ser feito. Fui dar uma olhadinha na lista.

            *MaTaR (até 1 hora, seu vagabundo! Vê se faz alguma coisa direito!)*

1.      Motorista da Van 23

2.      D. Márcia (Hotel Nacional, Quarto 230).

3.      Policial 20-na rodovia

4.      Policial 22-na rodovia

5.      Policial 30-na rodovia

6.      Policial 15-na rodovia

7.      Carla (que vai estar na van) – é essencial eliminá-la.

8.      Motorista de ônibus - André

             Já deu pra perceber que vai ser um acidente de trânsito né? Então faz um acidente no trânsito, ok! Estou contando com você... Eu acho!

    Era até engraçado quando o Bert escrevia essas coisas na lista. Ele ainda achava que depois de quase mil anos fazendo isso, eu não visse que aquilo era um acidente de trânsito. Só pela quantidade de policiais na rodovia já dava pra ver. * Dã! ...Retardado... * Eu iria causar o caos na rodovia... Como isso me deixava FELIZ... Ou pelo menos deixava...

     ********

    Cenário: Estrada; Dentro da Van; Engarrafamento. E lá estava eu, discutindo com uma tal de Carla. Ela estava tão entretida me contando sobre seus ex-maridos que não percebeu que eu estava quase dormindo. Afinal o acidente iria acontecer... Estava só esperando a van chegar à rodovia. E que inferno estava lá dentro. Era gente se cutucando o tempo todo, um calor insuportável e aquela mulher falando dos maridos. Eu estava querendo me matar, mas infelizmente não poderia mesmo que tentasse...

    E o tempo foi passando.

    40 minutos.

    1 hora.

    2 horas e meia...

    E por fim 3 horas e 25 minutos dentro daquele lugar, chegamos... Chegamos à Rodovia! Era a hora!

    Quatro policiais com números nas camisas estavam lá parados comendo rosquinhas ou lado de seus carros.

    Era hora... *risada maléfica*.

    Saí da van. Fiquei parado observando-a parada no sinal de trânsito. Era agora. Um ônibus vinha vindo. Olhei bem fundo pra ele (que não retribuiu o olhar, afinal... Aquilo era um ônibus!). Os tiras começaram a atravessar a rua. O ônibus não parou. * Hehehehehe... Vamos pôr mais um pouquinho de ação nessa história... * A D. Márcia também atravessava a rua. Foi aí que o ônibus colidiu com a van batendo nos policiais e na D. Márcia numa ferocidade impressionante. O choque foi gigantesco; aquele jeito pra matar, digno de mestre. O sangue escorria por metade da Rodovia. O motorista do ônibus estava morto, assim como a D. Márcia, os policiais e todos que estavam na van. Todos mortos. E eu era o responsável pela morte de todos eles. Aquela cena me re-animara. Valera a pena estar 3 horas dentro de uma van. 

    E mais sangue escorria. E mais sangue, e mais sangue. Como eu adorava sangue. Quanto mais sangue, melhor. E assim foi feito. Mais sangue, e só mais um pouquinho de sangue.