G: VOCÊ MATOU UM HOMEM?

    S: Por que isso parece tão improvável? Só porque eu não levantei suspeitas?

    G: Também, né!

    Frank estava com ainda mais ódio que antes e Bert com dor de cabeça com nossas explicações. Era mesmo uma história difícil...

    B: Então ela matou um cara porque leu um livro?

    AL: Não! Ela comprou o livro porque conheceu o cara e o matou depois de quase ter sido violentada.

    B: Ah... Isso é muito complicado pra mim... Não quero saber dessa história! Não quero nem olhar na cara de vocês por alguns milênios. Se me dão licença...

    Ele se retirou enquanto Anna Lyssa continuava a ajudar Frank com seus pequenos ferimentos.

    F: Isso não tem perdão! Vou acabar com vocês dois! Eu juro que vou! Eu juro que... AI ANNA!

    Ela quase enfiara uma bandagem no olho dele.

    AL: Foi mal... Não sou médica!

    Frank continuou a praguejar enquanto eu curtia minha alegria. Era tão bom saber que ficaríamos juntos... Saber que dessa vez tudo daria certo! Nunca estive tão feliz em toda a morte! Mas algo ainda estava errado. Muito errado. Praguejei alto, o que assustou a todos.

    S: O que houve?

    G: Percebi uma coisa horrível. Nunca poderei perdoar Frank por isso.

    Ele gargalhou.

    F: Pelo menos eu deixei uma marca! AI ANNA!

    AL: Ah, desculpa, amor! É que não sei onde enfiar essas coisas!

    Você já pode imaginar onde ela estava tentando enfiar...

    S: Mas afinal de contas... O que é que você percebeu, Gee?

    G: Que... Você morreu virgem!

    S: Ah... Tantas coisas pra se pensar, você vai logo pensar NISSO! Isso é tão típico!

    Frank gargalhava ainda mais...

    F: Eu sou mesmo terrível!

    AL: Pode apostar!

    F: AI ANNA! EU QUERO OUTRO MÉDICO!

    AL: Ah... Foi mal! Eu não sabia que isso não era pra beber!

    Não vou nem comentar sobre essa cena.

    Fomos interrompidos repentinamente pela entrada de Bert no cômodo. Ele parecia ter se animado um pouco mais.

    B: Já sei... A menina matou o cara porque ele leu um livro pra ela!

    Era ridículo imaginar Saphira matando um homem simplesmente por ele ter lido um livro.

    AL: Esquece isso, vai...

    F: ANNA!

    AL: Ta legal... Já sei, já sei...

    Saphira estava sorrindo. Ela parecia gostar dali. Estava feliz. Eu também. Quando olhou para mim, viu que eu estava sonhando acordado, e é claro... Com cara de bobo!

    S: Que houve, Gee?

    G: Nada.

    Roubei um beijo seu. Um beijo doce que me deixou ainda mais encantado. Ela deslizou suas mãos em meus cabelos. Mordeu meus lábios como nunca antes. Correspondeu a cada gesto meu.

    F: Eca.

    Ignorado.

    Coloquei minhas mãos em sua cintura e desci mais um pouco, até sua parte de trás. Foi um alívio para mim quando ela não relutou, ou gritou um “Gerard, tira a mão daí!”. HAHA! Acabou que no final, ela não resistiu mesmo a mim! Ela me puxou para ainda mais perto, colando seu corpo ao meu enquanto nossas línguas se tocavam sutil, frenética e desesperadamente. Só que (infelizmente) ela interrompeu o contato. Percebi que eu estava sem fala.

    G: Isso... Isso foi...

    F: Horroroso? Nojento?

    AL: Não sei pra vocês dois, mas pra mim foi péssimo assistir...

    G: Foi... Foi tão...

    S: Não vamos falar sobre isso agora! Vá tomar seu banho primeiro! Você tem cheiro de sangue! Eu não gosto disso... Me dá enjôo...

    Frank é que parecia enjoado de verdade...

    G: Eu sei que você ama reclamar... Dizer que eu não presto... Sou um pervertido, blá blá blá! Mas eu não ligo.

    A beijei mais uma vez... Não como da última vez. Apenas um beijo forte o suficiente para me encorajar a dizer:

    G: Saphira... Você quer casar comigo?