Mais Duas Surpresas ? escrita por Natalia


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei séeculos pra postar esse capítulo, mas pelo menos ele chegou, certo ? Leiam as notas finais.



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Ainda surpresa, me levantei e fui em direção à frente da sala. Peguei o papel de suas mãos e comecei a ler:

“O que é realmente o amor ? Alguém realmente sabe ? Todos os dias podemos ouvir pessoas falando “eu te amo”, mas a verdade é que a maioria delas nem sabe o que quer dizer.

O amor materno pode ser considerado incondicional ? Alguns dizem que sim, alguns dizem que não, mas somente as mães podem dizer a magnitude desse amor. As pessoas que não entendem podem falar que essas mulheres sentem-se obrigadas a cuidar dessas crianças por terem passado nove meses abrigando-as dentro de si, porém se prestarmos atenção esse é o motivo que torna o amor tão verdadeiro.

Ao contrário de Inês de Castro, Os Lusíadas de Luís de Camões, pouca gente morreria por amor. No caso dela, seu amor por D. Pedro a condenou à morte e isso a fez deixar o homem pelo qual era apaixonada e seus filhos para trás. A história de Inês pode ser comparada com a de duas adolescentes, mas com motivos diferentes. Em 20 de abril de 1999, ocorreu o chamado Massacre de Columbine: Dois garotos revoltados com a vida resolveram levar armas para a escola, deixando alguns mortos e dezenas de feridos. Entre os mortos estavam Cassie Bernall e Rachel Scott, duas garotas que morreram por dizerem que acreditavam em Deus. Para os incrédulos, isso pode querer dizer apenas que mais duas pessoas morreram por suas crenças, mas na realidade isso não foi só mais um triste acontecimento, porém uma real prova de amor incondicional, porque elas entregaram suas vidas por alguém que muitas vezes é considerado inexistente, assim como Ele mesmo fez entregando seu único filho naquela cruz.

De uma maneira geral, os jovens dessa geração não ligam realmente para o amor ou para o que ele significa. Afinal, hoje nós vemos fulano com uma menina, no dia seguinte já está com outra e assim por diante. Mas não é só por isso que os jovens não sabem o que o amor significa... Tem uma música que diz: “Nós dizemos para aqueles que estão apaixonados: Isso não pode ser verdade porque nós somos tão jovens” e é a mais pura verdade. Quer dizer, como nós podemos saber o que é o amor se somos tão jovens ? Se nós temos pouca experiência de vida ?

O que eu quero dizer é: o amor vem sendo tão banalizado ultimamente que um “eu te amo” é dito como um “bom dia” ao cumprimentar alguém ou um “desculpe” ao esbarrar em alguém na rua. Talvez isso se dê ao fato de que quase ninguém sabe o que ele quer dizer, mas pode acontecer também porque ninguém quer descobrir.”

Narração: Brian

Todos aplaudiram quando ela terminou de ler. Maddy caminhou rapidamente para sua cadeira e se sentou. Eu sabia que ela escreveria algo desse tipo, Maddy sempre criticou o amor, mesmo quando estávamos juntos, que foi quando ela escreveu o texto.

MM: Ei, Brian ! – Aquela vozinha irritante me tirou de meus devaneios. Eu tenho que admitir que Melanie é bonita, mas tinha personalidade zero.

BS: Oi, Mel...

MM: Não sabia que a Madeleine não acreditava em amor... – Ela disse, tentando aparentar inocência, mas eu sabia do que estava falando.

BS: Ela não gosta que a chamem assim... – Ela me olhou de cara feia. – É, ela não acredita. – Ela bufou, queria que eu falasse outra coisa.

NA HORA DO INTERVALO...

Narração: Maddy

Não sentei com a Carol hoje. Ela e o Nate ficaram sozinhos, enquanto eu e Matthew fomos para um lado e Brian e Melanie foram pro outro. Eu não queria que fosse assim, mas Carol não gostava de Matthew. Matthew não gostava de Brian. Melanie não gostava de nós duas. E eu e Brian não podíamos ficar no mesmo espaço, sem que houvessem confusões.

Eu só queria que o Brian tivesse confiado em mim. Isso teria evitado grandes problemas. Como ? Nós não teríamos terminado. Se nós não tivéssemos terminado, eu não teria saído sem prestar atenção pelas ruas de Vegas. Se eu não tivesse saído correndo, eu não teria sido seqüestrada. Se eu não tivesse sido seqüestrada, eu não teria levado um tiro. Se eu não tivesse levado um tiro, eu não teria ficado no hospital. Se eu não tivesse ficado no hospital, eu não teria beijado o Matthew. E se eu não tivesse beijado o Matthew, nós quatro estaríamos conversando sobre qualquer coisa no refeitório. Mas aconteceu exatamente o contrário, então eu tenho somente que tentar esquecê-lo, enquanto eu tento gostar do Matthew.

MP: Maddy ! – Eu me sobressaltei, tinha viajado de novo. – Você não prestou a mínima atenção, certo ?

MS: Não mesmo. – Falei a verdade.

MP: Ótimo... – Ele se levantou e foi embora. Que continuasse andando, eu não correria atrás dele, uma hora ou outra ele voltaria. Mas também não iria sentar com Carol, não sirvo pra ficar segurando vela.

BS: Maddy... – Fechei os olhos, ele sentou ao meu lado.

MS: Não deveria estar com a sua namorada ? – Eu mantinha meus olhos o mais longe possível dele, não queria ter que encará-lo.

BS: Você podia dar uma folga.

MS: Você podia ter confiado em mim.

BS: Eu confio em você ! – Ele se colocou na minha frente, me obrigando a olhar pra ele. – Por favor, Maddy. Eu sei que você não podia contar.

MS: Você sempre soube. Mas nunca quis entender por que. – Eu me levantei e ele fez o mesmo. – Você sabe que eu não vou voltar atrás, Brian. Não adianta insistir.

Fui embora. Parei quando cheguei à porta do refeitório e olhei pra trás. Brian estava olhando pro nada, passou a mão no cabelo, nervoso. Claro que ele sabia que eu não voltaria atrás. E, por mais que eu não quisesse admitir, claro que ele faria de tudo pra que isso acontecesse.


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Notas finais do capítulo

1- A redação que vocês leram é minha. *dãa* Mas foi um trabalho da escola. O negocio era o seguinte: tinha que escrever uma redação sobre amor incondicional. Aí tinha que citar o amor materno, a obra Os Lusíadas e a Inês de Castro e o "amor adolescente". E, como eu achei que se encaixava aí, resolvi colocar.
2- Obrigada por lerem e por esperarem tanto tempo. :s
Beijinhos, flores s2