Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer
Aquele momento durou muito tempo já que os dois tinham uma vontade louca de sentir o gosto um do outro. Quando finalmente mataram um pouco do desejo e se largaram, Gaara resolveu levar Ino de volta para casa; no caminho encontraram Temari, que voltava do gabinete da rainha, e explicaram o que aconteceu. Ela não deixou de ficar feliz pelos dois, mas ficou receosa ao imaginar a reação que a loira teria quando visse a face assassina do irmão. Deixou-a em casa e ao retornar lembrou que Naruto queria falar com ele, então mudou o rumo e chegando à dita casa tocou a campainha e esperou.
_ Olha só! – disse Naruto ao abrir a porta – Então você veio mesmo.
_ Eu quero saber o que tem a me mostrar.
_ Você vai ver.
Naruto não estava sozinho em casa. Como ele próprio dissera, seus amigos também estavam lá para acompanhar o assunto. Gaara não entendeu e perguntou:
_ O que quer tanto que eu veja?
_ Isso aqui. – mostra uma pequena coleção de armas de fogo
_ Vocês têm armas em casa?
_ Nós fazemos parte da escola de tiro da polícia. – respondeu Neji também mostrando sua arma
_ E temos nossas próprias armas. – acrescentou Sasuke
_ Mas por que estão me mostrando isso?
_ É que ficamos impressionados com sua pontaria e habilidade no tiro. E agora podemos ajudá-lo se essa epidemia se alastrar.
_ Acha que algumas aulas de tiro são suficientes para enfrentar esses parasitas?
_ Pontaria é importante. – respondeu Naruto
_ É importante mas é só o início.
_ Então o que falta pra gente?
_ Querem mesmo saber?
_ Claro que sim.
_ Vocês não sabem matar. Vocês teriam coragem de enfiar uma bala na cabeça de quem quer que seja?
Essa pergunta embaralhou a cabeça de todos eles. E se algum membro da família deles fosse infectado? O sentimento afetivo pela família certamente os impediriam de executá-lo se fosse necessário. Vendo seus semblantes, Gaara disse:
_ A intenção de vocês de me ajudar é boa, mas vocês têm sentimentos demais. – antes de sair acrescentou – Naruto e Neji apliquem isso na veia – e lhes deu duas seringas, uma para cada um, que continha um líquido azulado.
_ O que é isso? – perguntou Neji
_ Tomem isso e vão lá em casa amanha. – e saiu
Gaara ainda foi até as casas de cada uma das garotas infectadas para entregar o mesmo antídoto e dar a mesma instrução. No dia seguinte, todos se reuniram na casa do detetive e a curiosidade de todos era inevitável. Até que Gaara aparece e começa a falar:
_ Que bom que vieram. – disse Gaara ao entrar na sala
_ Por que essa reunião? – perguntou Hinata
_ É que eu tenho algo a dizer. Mas primeiro me respondam: vocês aplicaram o líquido da seringa?
_ Aplicamos. – responderam
_ Sentiram alguma coisa depois?
_ Eu senti que minha respiração ficou mais fraca. – respondeu Tenten
_ Eu senti uma tremenda dor de cabeça. – acrescentou Naruto
_ Não precisam me explicar todos os sintomas. O importante é que se vocês sentiram alguma anormalidade é sinal que deu certo.
_ Aliás, o que era que tinha naquela seringa? – perguntou Kiyomi
_ Aquele é o antídoto que criei a partir do sangue da Ino. Os sintomas que vocês sentiram comprovam que os parasitas que vocês tinham no corpo já estão mortos.
Todos comemoraram muito o fato de não estarem mais contaminados. Interrompendo a “festa” Gaara continuou a explicar:
_ Mas o verdadeiro motivo que me moveu a chamar vocês aqui é que, agora que os parasitas morreram é preciso retirá-los do corpo de vocês.
_ Como vai retirar eles da gente?
_ Vou precisar de uma cirurgia pra isso. E como essa operação é muito dolorosa vocês vão ter que tomar anestesia geral.
_ Onde vai ser?
_ Eu pedi o hospital de Konoha. Então? Quem é o primeiro?
Todos estavam nervosos pelo fato de essa cirurgia ser difícil e dolorosa apesar da anestesia. Mais do que isso, estavam temerosos por serem operados por Gaara; até que Ino levantou e disse:
_ Eu vou primeiro.
Seguiram para o centro cirúrgico do hospital de Konoha e se prepararam para a temida operação. Enquanto se encaminhavam para a sala de cirurgia Gaara ainda perguntou:
_ Tem certeza disso?
_ Tenho. – acariciando-lhe o rosto – Eu confio em você.
Aquelas palavras deram ao detetive uma confiança incrível para continuar com o que precisava fazer. Kiyomi, Mayu e Temari estavam lá para ajudá-lo na operação, ou seja, eram suas “enfermeiras”. A cirurgia, apesar de complicada, foi rápida e conseguiu retirar o verme com sucesso, sendo que após levar a loira para a enfermaria foi contar aos outros o resultado.
_ Então como foi? – perguntou Sakura assim que o viu chegar
_ Um sucesso. – respondeu Mayu
_ Ela já está na enfermaria se recuperando. – completou Gaara
Aquela declaração os deixou tranqüilos e mais confiantes. Assim um após outro se submeteram à cirurgia e tiveram seus vermes retirados. Quando terminaram os deixaram no hospital e enquanto voltavam para casa Gaara foi atingido por um tiro de raspão no braço esquerdo.
_ Você está bem? – perguntaram suas “enfermeiras” que o acompanhavam
_ Foi só de raspão. – respondeu Gaara levantando e sacando sua arma
_ Mas o próximo não vai ser. – disse uma voz se aproximando
Quando puderam vê-lo notaram que o dono da voz era Shikamaru que havia se recuperado dos tiros que levou e queria vingança. Ainda empunhava o mesmo fuzil de sempre, mas parecia ter sido modificado.
_ Então é você... – disse Gaara ironicamente
_ Que honra! Então lembra de mim. – respondeu também ironizando
_ Voltou querendo mais bala?
_ Hehe. Vai ser nossa última disputa. Só um de nós vai ver a luz do sol amanha.
_ Você deveria ter ido embora enquanto podia. Agora vou ter que te matar.
_ Tem certeza que vai conseguir?
_ Não vai estar vivo pra conferir.
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