Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 9
Oito, parte I


Notas iniciais do capítulo

Eu ia postar esse capítulo ontem, mas o site entrou em manutenção. Entõa hoje, ai está ele, espero que gostem (;



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Rosalie amarrou a roupa preta por cima do meu vestido e colocou a peruca branca acima de minha cabeça.

— Boa sorte, Bella, sei que vai decidir seu destino hoje. – Rosalie segurou minhas mãos e fez uma mensura, eu sorri para ela e fiz o caminho até a sala do parlamento.

Vossa Majestade, Isabella. – os homens estavam com a cabeça abaixada, eu segui até meu lugar, olhando ao redor, entrando pela primeira vez naquela sala, o trono de madeira ficava na ponta superior, o lugar mais alto.

— Dou inicio a essa sessão do parlamento. – eu disse, receosa, perguntando-me se estava fazendo do modo certo.

— Majestade – disse o Marquês de Reins – estamos aqui, neste momento, para decidir seu casamento. Portanto, iniciemos a votação, por favor, Visconde, apresente os candidatos.

— Jacob Black, herdeiro do Conde Billy Black; Príncipe Felipe Stewart, 3º herdeiro da coroa; Arquiduque Edward Cullen, por desejo de Vossa Majestade, filho do Visconde Carlisle Cullen.

— Levante a mão quem é a favor do casamento entre Vossa Majestade e Jacob Black.

— Um momento. – disse um parlamentar. – Pelo o que consta, o senhor Jacob Black foi banido da sociedade por ter um comportamento inadmissível para um nobre, creio que ele não deve estar contido no meio da proposta.

— Todos concordam? – perguntou o Marquês. A maioria levantou a mão, para meu alivio. – então, que o senhor Black não conste mais na proposta, ficamos apenas com Príncipe Felipe e Arquiduque Edward.

— Levante a mão quem é a favor do casamento entre Vossa Majestade e Felipe Stewart. – dos parlamentares, que formavam 50 presentes, vinte e dois levantaram a mão. Eu respirei, mais aliviada ainda. – Vinte e dois dos senhores votaram a favor de Felipe. Há ainda algum voto? – ninguém respondeu.

— Levante a mão quem é a favor do casamento entre vossa Majestade e Edward Cullen.  – eu prendi a respiração, achando que tudo aquilo já estava vencido, mas me enganei. – Vinte e dois dos senhores votaram em Edward Cullen. – eu estava incrédula, mas evitava demonstrar.  – Senhor primeiro-ministro, a decisão fica para o senhor. Felipe ou Edward? – eu me virei, encarando o homem a minha esquerda, suplicando-lhe que escolhesse Edward.

— Senhores, creio que Vossa Majestade já representou claramente que quer desposar o Arquiduque Edward Cullen. Então como a decisão cabe a mim, que seja feita a vontade de Vossa Majestade. – eu apertei as mãos no peito, fechando os olhos, sentindo o alivio e o amor dentro de mim, uma lágrima solitária escorreu por meu olho esquerdo e eu logo tratei de limpá-la preocupando-me se alguém havia visto.   

— Longa vida ao Arquiduque Edward! Ura! – os parlamentares responderam “Ura!”

— Senhores, - eu disse – logo após o casamento, meu desejo é que Edward seja coroado Rei Consorte.

— Que seja feito o que vossa Majestade deseja. – disse o primeiro-ministro, maneando a cabeça para mim. – E qual é a data do casamento, Majestade?

— 21 de setembro, sexta-feira.  – eu respondi, convicta.

— Como já discutimos tudo, Vossa Majestade pode encerrar a sessão.

— Dou como encerrada essa sessão. – levantei-me e sai pela sala, tentando controlar minhas emoções. Estava no corredor, a alguns metros longe da escada, quando enxerguei Edward virando na ponta, do outro lado do corredor.

— Edward! EDWARD! – eu gritei, começando a correr com os braços abertos. Ele se virou, olhando-me, deu um meio-sorriso, e abriu os braços esperando. Eu corri mais rápido, segurando as saias esvoaçantes e a roupa preta. Choquei-me contra ele, feliz.  – Adivinha? – eu coloquei um dedo em seus lábios.

— Não tenho ideia. – ele sorriu, beijando meu dedo.

— O parlamento decidiu... – eu parei, fazendo suspense – que eu vou ter que me casar com... – fingi tristeza e Edward me soltou, fazendo uma cara de dor.

— Não vai poder se casar comigo, não é? – o sorriso desapareceu. Eu coloquei as duas mãos no rosto dele.

— O parlamento decidiu que meu noivo e futuro Rei Consorte é o Arquiduque Edward Cullen. – eu sorri.

—Bella... – sussurrou Edward fitando-me com aqueles incríveis olhos verde-esmeralda.

— Você será meu marido daqui oito dias e algumas horas... – eu sorri, encostando a cabeça no peito dele. – eu estou tão feliz Edward, depois de anos eu vou voltar a ser feliz. Você vai me fazer feliz.

— Sempre, Isabella. Vou te fazer feliz. Eu prometo. – disse ele, passando a mão pelo meu ombro.

— Vem – eu o puxei pela mão. – Precisamos contar para Rosalie, para seus pais, para sua irmã... – segui para meu quarto, Rosalie e algumas empregadas estavam ali. Edward esperou do lado de fora, com as portas fechadas, para não estragar a surpresa.

— Saiam – eu disse gentilmente para as empregadas. – Rosalie.

— O que decidiram, Majestade? – ela perguntou preocupada.

— EU VOU ME CASAR COM EDWARD CULLEN! – eu disse empolgada, dizendo isso um pouco alto demais.

Rosalie sorriu para mim, e correu para me abraçar, nos pulamos muito até que nos cansamos.

— Fico contente, Bella. – ela sorriu para mim e apertou minhas mãos. – quer tirar essa roupa preta? – eu assenti e ela começou a desenlaçar as costas do pano. – que dia vai ser a cerimônia, Bella?

     — 21 de setembro – eu respondi.

     — Daqui oito dias?

     — Exato – eu disse sorrindo para mim mesma. – tenho que lembrar de agradecer ao primeiro-ministro.

— Por quê?

— Votaram 22 e 22 para Felipe e Edward. O primeiro-ministro foi a favor da minha vontade.

— Seja feliz, Majestade! – Rosalie disse para mim, puxou a roupa para cima, quando ergui os braços e me ajudou a tirar a peruca branca.

— Ahn, Rosalie, amanhã eu pretendo viajar para Castela, visitar o Lorde de Castela.

— Perdoe o atrevimento, Majestade, mas Castela? É um lugar que poucos de nós gostaríamos de visitar e ainda não haveria muitas coisas para se ver.

— Somente mande preparar as carruagens, se quiser, poderá ir comigo. Pretendo ficar um ou dois dias apenas. – eu sorri para ela, incapaz de contar o verdadeiro motivo de ir para lá.

— Sim Bella. Vou fazer isso agora mesmo. – então ela saiu do quarto, e eu aproveitei para me trocar. Coloquei uma roupa leve, típica de cavalgadas. Uma camisa de musseline, claro que eu estava de corselet branco por baixo, uma saia cinza – com as mesmas anáguas da outra roupa – e por ultimo coloquei as botas de cavalgada. Passei pela porta depois.

O dia estava calor. Eram pouco mais de uma hora da tarde, eu só havia tomado um café da manhã e fora direto decidir sobre o meu casamento, feliz e “leve”, desci para o jardim, olhando as rosas vermelhas que começavam a abrir. Ali estava quieto e calmo, poucos soldados estavam montado guarda, fato que me fez ficar melhor, já que eu era vigiada o tempo todo.

Sentei-me, segurando na grade preta, por onde as rosas se enroscavam, olhei a paisagem, dali, dava para ver perfeitamente o sol brilhando no céu, indicando que o dia já havia passado da metade, e coisa rara no meu país. (Notem que o sobrenome Swan também é o nome do país que ela governa, por isso Isabella de Swan)

Hoje, como era comum, eu não usava a pesada coroa, como em situações formais, meu cabelo apenas estava solto, e ia até o meio de minhas saias, mas se eu estivesse sem as anáguas chegaria aos meus pés. Eu precisava cortá-los, mas as coisas iam tão apressadas que nem um cabeleireiro eu conseguira chamar.

Suspirei, após um tempo olhando a paisagem e as altas colinas bem ao longe.

Infelizmente o corselet não me deixava descansar muito. Depois de enjoar de ficar olhando o sol, eu resolvi ir até o estábulo; era uma caminha significativa,  porém prazerosa, já que havia algumas arvores de copas altas no meio do caminho.

— Majestade, - disse o senhor que cuidava dos cavalos. – não me disseram que a senhorita ia cavalgar. – ele fez uma mensura.

— Eu decidi isso agora, pensei em ficar um pouco sozinha, cavalgar pelo prado, olhar um pouco meus súditos... – eu sorri.  

O senhor colocou a cela com acolchoado vermelho, num tecido que brilhava ao ser posto ao sol. O acabamento era dourado, com certeza, ouro.

As rédeas do meu cavalo eram brancas, certamente para diferenciá-lo dos outros.

Ao terminar o trabalho, o senhor fez uma mensura e eu sai trotando após estar em cima do cavalo. Passeei poucos minutos pelo prado. Eu queria algo diferente.

Cavalguei devagar até o parque, e, as pessoas que estavam nele (a maioria eram famílias) não haviam notado que eu era a Imperatriz. Agradeci mentalmente. Dois garotos, em cavalos caramelo, passaram a cavalgar do meu lado, um do esquerdo e outro do direito. Eles pareciam ter 14 ou 15 anos.

— Olá, senhorita. – disse o da direita que parecia mais novo.

— Qual é o seu nome? – perguntou em seguida o da esquerda. Pensei por um momento, eu não poderia dizer a eles que era a Imperatriz Isabella, então como poucos me conheciam pelo apelido, decidi por ele.

— Eu sou Bella – comentei sorrindo. – Vocês são?

— Eu sou Miguel e esse é Carlos – o mais velho apontou para o mais novo, que estava à direita – Agora, Carl, vamos mostrar como é que se cavalga – o menino bateu a mão com força no lombo do meu cavalo, que saiu disparado, os garotos iam um pouco atrás. Eles riam, pelo visto, não era sempre que faziam isso.

Tudo iria bem, se no meio do caminho não houvesse uma menininha, que parecia ter a idade de minha irmã. A mãe correu para tirá-la do caminho, mas eu desviei para a direita. Grande erro, eu puxei as rédeas rápido demais e assim, com o cavalo parando para trás, fui arremessada nos ares, virei quatro vezes no ar antes de atingir o chão.

— Moça? Moça? – eu escutei os dois meninos me chamando, em uníssono. Parecia que eu estava olhando para eles embaçados. Várias pessoas estavam ao meu redor.

— Saiam da frente, deixem-me passar, saiam da frente. – repetiu.

— Edward – eu sussurrei com voz rouca para o rosto embaçado que estava em minha frente.

— Moço, você é um Arquiduque – disse o garoto mais velho, chamado Miguel – como você conhece Bella?

— Você se apresentou pelo apelido? – Edward perguntou, arqueando as sobrancelhas.

— Ele é meu noivo – eu disse.

— Isabella, você não bateu a cabeça com muita força, bateu? – eu fiz que não. Edward me ajudou a levantar as costas, apoiando-me.

— Bella, você tem o mesmo nome da Imperatriz! – exclamou o menor.

— Vocês, por acaso, notaram a cela do cavalo dela? – perguntou Edward desconfiado. Os meninos fizeram que não. Eu gemi, sentindo a dor na cabeça.

Então, a mãe com a criança apareceu.

— Desculpe-me, senhora – ela disse com polidez, sem um sorriso no rosto – obrigada por desviar do caminho em que eu estava com Anelise.

— Não há problema – eu sorri, mentindo, ciente da dor em minha cabeça.

— Há sim – disse Edward com uma voz severa que eu pensei nunca ter ouvido antes – vocês dois estão encrencados.

— Por quê? A Bella só caiu e está bem não vejo maiores problemas! – disse Carlos.

— Como vocês não olharam a cela do cavalo dela, eu vou mostrar a vocês. – disse Edward. Ele levou os meninos até onde havia amarrado meu cavalo.

— Esse é o símbolo da coroa Imperial. – disse o menino mais velho, Edward assentiu para ele.

— Então não é uma coincidência ela ter o mesmo nome da Imperatriz... porque ela é a Imperatriz – o menino congelou no lugar por um tempo.

Edward me deu a mão, sustentando-me pela cintura.

— Vamos Bella, eu vou levar você no meu cavalo.

— Edward eu posso montar. – protestei.

— Mas não vai. Você vai comigo para que não se meta mais em encrencas e nem se machuque.

— Eu sou um imã para perigos. – admiti enquanto subia no cavalo de Edward.

Edward subiu em seguida, atrás de mim, passou as mãos ao redor de minha cintura para pegar as rédeas do próprio cavalo.

— Ei, Bella, eu vou levar seu cavalo, certo? – disse Miguel o menino mais velho. Então, ele nos seguiu durante todo o trajeto de volta pra casa. Edward ia devagar, porque ele insistia que eu havia me machucado demais.

— Edward, como você sabia onde eu estava? – eu me virei, olhando para o rosto dele, atento no caminho.

— Eu te segui. – ele admitiu. – Desculpe, mas não podia deixá-la andando sozinha sem nenhuma guarda, porque sabia que não poderia usar seus poderes em publico.

— Sempre preocupado com a minha segurança. – eu ri.

— Claro que sim. Eu disse e repito: ainda quero me casar com você, e isso não vai acontecer se você não estiver mais aqui.

— Nossa Edward! Pare de ser tão negativo.

XXXXX

Rosalie, Edward e eu estávamos em uma carruagem seguindo para Castela. Pelo que soubera, o trajeto não era tão longo. As estradas eram ao lado de prados longos, com algumas vacas e casas de súditos, uma a cada dois ou três quilômetros.

Quando chegamos à entrada do castelo, o serviçal abriu a porta da carruagem e eu desci primeiro, seguida de Rosalie e Edward.

Subimos as longas escadas laterais e fomos recepcionados por uma comissão de empregadas e empregados, que fizeram mensuras, eu só não esperava vê-lo surpreso com minha visita.

Nós éramos mais parecidos do que imaginavam e a única coisa que eu pude fazer foi correr e abraçá-lo, porque eu tinha certeza de que era ele.   


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar. E obrigada aos 23 leitores que acompanham. Quero saber a opinião de vocês... E o único modo de eu saber são por meio dos reviews, então comente! Não faz o dedo cair e deixa a autora aqui muito feliz, assim eu escrevo mais rápido e consequentemente vocês leem outro capítulo mais rápido. (: Beijos, Lena ♥



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