Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 5
Quatro


Notas iniciais do capítulo

Até que eu não demorei tanto né minha gente. A verdade foi revelada... Rss.
Boa leitura pra vocês. Eu queria agradecer aos reviews do ultimo capítulo, foram muito animadores. Obrigada por lerem.
Nos vemos lá embaixo.



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— Majestade? Majestade? – eu escutei aflita.

— Hmm? – eu perguntei abrindo lentamente os olhos, a claridade estava baixa.

— Ela acordou, mande avisar o médico.

— Sim, Duquesa. – a porta se abriu e logo depois se fechou.

— O que houve Duquesa, onde estou? – eu perguntei levantando-me e colocando as mãos na cabeça.

— Vossa Majestade rolou a escadaria principal.

— Certo, estou me lembrando agora. Lembro-me de ser empurrada por alguém, não lembro quem, não consegui ver o rosto. Duquesa ajude-me, quero levantar. – ela no mesmo momento me deu a mão e ajudou-me.

— O arquiduque perguntou por vossa Majestade, o que devo dizer?

— Eu vou ao encontro dele, me ajude a me vestir, quero colocar um vestido escuro.

— Que cor vossa Majestade? – perguntou a Duquesa abrindo meu armário.

— Azul – eu respondi simplesmente, indo em direção a penteadeira.

Depois de me trocar eu sai com a Duquesa para dar uma volta pelo jardim, ele estava deserto, o que era bom, eu não gostaria que ninguém me visse, eu queria ficar uma pouco sozinha com minha dama de companhia.

— Duquesa, preciso confessar-te uma coisa.

— Majestade? – perguntou ela, andando comigo.

— Prometa-me que o que sair de meus lábios ficará contigo e com ninguém mais.

— Juro-te solenemente.

— Duquesa, eu acho que estou apaixonada. Eu acho, não, eu tenho certeza. Eu o beijei. – pausei um pouco, mantendo a caminhada – Eu beijei Edward.

— O Arquiduque? – eu fiz que sim com a cabeça. – Majestade...

— Eu sei o que vais dizer-me, que foi imprudente de minha parte beijar um arquiduque, sendo eu a Imperatriz, mas eu não consigo me conter. Amo-o com muito mais ardor do que eu desejo, é como se todas as células do meu corpo estivessem ligadas a ele; eu me sinto bem perto dele, ele me passa uma segurança que só ele me passa. E aqueles olhos...

— Sendo assim Majestade, é visível que a senhorita está mesmo apaixonada pelo jovem Edward. Ele é um bom rapaz realmente.

— Senhorita por enquanto, eu o pedi em casamento.

— Majestade... – disse a duquesa visivelmente chocada.

— Eu sei imprudente e irresponsável. Mas não iremos nos casar agora. Assim que o parlamento começar a implicar nós nos casaremos, contra a vontade, ou a favor da vontade do parlamento. Ele é o único homem que amo e que vou amar.

— Não há mais nada que eu possa dizer Majestade. – disse a Duquesa. – Se é isso que a deixa feliz, vá em frente; mas os membros do parlamento vão ficar furiosos, como Lorde Casmir.

— Sabe Rosalie, a vida de uma Imperatriz não é tão fácil quando parece, especialmente quando se tem que lidar com rebeldes e especialmente com Lorde Casmir, ele é tão... Argh! Como alguém pode desejar tanto o poder quanto ele?

— Nunca se sabe Majestade. – disse a Duquesa dando de ombros.

— O importante, Rosalie, é que eu estou feliz, estou feliz como nunca estive antes e tenho um pressentimento que essa felicidade não é pra sempre. Ela está para acabar. Vamos, eu acho que já caminhei o suficiente, quero voltar ao castelo. 

XXXXXXXX

— Apresentando vossa Majestade Real & Imperial, a Imperatriz. – assim eu entrei. O salão inteiro se abaixou. Logo que fiquei em frente ao trono, acenei com a cabeça e os nobres se levantaram.

— Ministro eu agradeço muito tudo o que tem feito. Peço que, se o parlamento divergir de minhas idéias, comunique-me, para que possamos chegar a um acordo.

— Sim, Majestade Imperial. – ele fez uma mensura e se afastou. O anunciador bateu o taco.

— O Duque Henrique Delafont e a comitiva Real. – Henrique vestia um traje vermelho com detalhes em dourado, o cabelo era louro-acastanhado e os olhos azuis. Ele parou ao pé de onde eu estava fazendo uma mensura.

— Majestade Real, em nome de toda a corte, gostaria de prestar meus sentimentos.

— Obrigada Duque. – ele permaneceu abaixado. Eu estendi a mão direita. Henrique levantou um pouco a cabeça e beijou minha mão com a luva. – Duque Delafont, eu gostaria de oficializar dois dias de luto, a partir do momento que retornar ao meu reino, pela morte de meus pais. Vou escrever a carta com o selo Imperial e Real, quero que fixe em frente ao castelo, por favor. – eu sorri levemente com a voz baixa.

— Sim, Majestade Imperial. – ele levantou a cabeça, deu dois passos para trás, e fez outra mensura. – com todo respeito, a senhorita é mais encantadora do que vossa mãe. Nosso país está em boas mãos. – Henrique fez outra mensura e desapareceu com a comitiva.

Eu passei a mão pelo rosto, cansada logo no inicio do dia.

 Sai do salão pela porta lateral e dei de cara com Edward.

— Majestade... – ele disse, fazendo uma mensura exagerada a minha frente.

— Edward... – eu disse perdendo-me nos cabelos cor de bronze.

— Com licença, Majestade – disse o arquiduque com quem eu falara na coroação. – as moças e seus respectivos maridos, bem como os pais, estão lá embaixo, nas carruagens, aguardando-vos.

— Oh, claro; muito obrigada pelos seus préstimos Arquiduque. – ele fez outra mensura e se retirou. – por favor, Edward, me acompanhe, sim? – ele levantou-se e me ofereceu o braço. Nós descemos algumas escadas e caminhamos por alguns corredores, até que chegamos à escadaria principal, nós descemos lentamente a escada. Eu segurei meu vestido branco, tirando a capa vermelha de meu ombro esquerdo.

— Ah, sim, Edward. Eu estava esquecendo... – eu pegue um broche com uma fitinha, afinal, ele era um Arquiduque, coloquei-a na lapela de seu traje.

— Obrigado, Majestade. – eu sorri e nós paramos em frente à família dele. As duas damas estavam abaixadas ao chão e os maridos com a cabeça abaixada.

— Bem vindos. – eu fui à frente do primeiro casal e estendi a mão para cima.

— Vossa Majestade. – o homem de meia idade pegou minha mão e a beijou, levantando a cabeça. – essa é minha esposa, Esme... E, Edward, o que está fazendo aqui?

— Pai... – sussurrou Edward, constrangido por causa do pai.

— Perdão, Majestade. – o homem limpou a voz – bem, essa é minha esposa, Esme Cullen.

— Muito prazer, senhor, senhora. – eu disse maneando a cabeça na direção de Esme. – por favor, Duquesa Rosalie, vá levando-os para dentro. – Rosalie passou por mim, fazendo uma reverência e levou-os para dentro. Eu fui à frente do outro casal. Estendi a mão do mesmo modo anterior, esperando. – Bem vindos.

— Majestade... – o homem pegou minha mão e a beijou. – Sou Coronel Jasper Hale, essa é minha esposa, Alice Hale.

— Ah, sim, Coronel. Muito prazer, Lady Hale. Por favor, acompanhem-nos. – eu me virei e Edward me ofereceu o braço, nós subimos as escadas e fomos para o salão de confraternizações. Uma mesa havia sido montada ali, os guardanapos brancos, do mesmo modo da noite anterior.

— Majestade, por que os trouxe para cá? – perguntou Edward, se inclinando em minha direção.

— Sua família, oras. – eu disse sorrindo. – eu tinha que fazer alguma coisa para o Cavalheiro que salvou minha vida. – Edward riu levemente.

 Nós sentamo-nos à mesa, eu na ponta, Edward ao meu lado direito, Rosalie ao meu lado esquerdo, depois de Edward estavam Lady Hale e Coronel Hale, e ao lado inverso, os pais de Edward.

— Bem, como a maioria aqui sabe, eu pedi ao Arquiduque que os procurasse e os convidasse para almoçar conosco. Fico muito honrada em conhecer a família do Cavalheiro que salvou minha vida e a vida de minha irmã. E, eu gostaria de agradecer a altura. Esme poderia me dizer, por favor, qual é o título de seu marido? – Esme sorriu para mim, sem graça.

— Bem, Majestade, nós somos da nobreza campesina. – respondeu-me ela a meia voz.

— Ótimo, então a partir de agora, vocês passam a serem Visconde e Viscondessa Cullen. – eu sorri. – E vocês, Lady Hale?

— Bem, Jasper é um coronel e eu sou apenas uma dama.

— Hmm, tenho que pensar sobre essa situação. – eu disse olhando fixamente para o copo em minha frente. – Já sei! Barão e Baronesa Hale. São dois bons títulos, desfrutem deles e do poder que agora tem a mais.

— Majestade, com todo o respeito, qual é o propósito disso? – perguntou o homem de cabelos louros.

— Muita calma, queridos, quando chegar a hora vocês saberão. – eu peguei o sininho a minha frente, agitando-o. – podem servir.

— Não, não podem. – alguém disse, com voz pesada, entrando na sala. – Majestade, eu achei que teria bom senso. Acredite a escolha que fez em se casar com o Cullen não vai dar certo. E sabe por quê? – o homem com roupas razoavelmente boas e cartola caminhou até mim, eu me levantei.

— Guardas, guardas! – eu disse. Por que estavam demorando tanto?

— Não vai adiantar, eles estão muito ocupados tentando conter os rebeldes de entrarem no castelo. – o homem riu sinicamente.

— O que quer? – eu perguntei com voz apática; segurando as mãos em frente ao corpo.

— Ah, Majestade, não deveria ter mandado o Coronel me prender ontem, não mesmo.

— Eu não quero anarquistas no meu Império, Lorde Casmir. Então, antes que isso não me leve a tomar atitudes maiores, o senhor poderia nos deixar novamente?

— Não vou sair enquanto não atingir meu propósito. Sabe, era pra você ter morrido ontem, quando rolou da escada; parece que é mais forte do que eu havia julgado.

— Foi você! Ah seu... - Edward disse enfurecido.

— Edward, acalme-se, agora. – eu disse, fazendo um pare com as mãos na direção dele, a Duquesa Rosalie foi ao meu lado, e todos os outros se levantaram. – nós podemos negociar, por favor? Você me diz o que quer e eu digo o que é viável.

— Majestade, você já sabe o que eu quero. É tão simples. Quero o poder, eu quero você. – ele disse rindo. – Por que não me dá o título de Vice-Rei?

— Vice-Rei! Está brincando comigo. Não vou lhe dar esse título. Lorde Casmir, sejamos realistas, você não tem sangue real. Só tem esse título por causa de meu pai.

— Então Majestade, sofra as conseqüências. Eu falhei duas vezes, não vou falar novamente dessa vez.

— Duas vezes, do que está falando?

— Eu matei seus pais. E, era para eu ter conseguido matar você e Lívia, só que o queridinho Edward nos interrompeu. Agora não vou errar. Accords! (Cordas!) – cordas nos amarraram as cadeiras.

— Você não é...

— Nossa, você demorou para perceber. Sim, eu sou um mago. O trono por direito era meu! Eu deveria ter me casado com a sua mãe, mas ela escolheu seu pai e agora eu vou me vingar; matá-la não foi suficiente, eu vou fazer você sofrer aqui lentamente, e sabe o que vai ser melhor, o ex-Arquiduque vai estar assistindo, junto com a familiazinha campestre dele.

— Seu... Não ouse falar assim de Edward e da família dele. Cale a boca! Eu ordeno que não fale mais nada.

— Ah é? Ordena? Que tipo de Imperatriz poderosa é você, presa por cordas? – ele riu mais. Ele mexeu uma das mãos e minha coroa se quebrou em milhões de diamantes e rubis.

— Você sabe muito bem que essas cordas estão enfeitiçadas. – eu disse. – E também sabe que uma coroa não leva o poder e a essência de um governante. Eu continuo sendo a Imperatriz e você continua sendo um Lorde chinfrim.

— Eu tenho toda a certeza que você não é, agora, nem metade da Imperatriz que era ontem com aquela coroa. Admita a si mesma que está impotente. E que eu estou Imponente. Eu sempre fui e sempre serei maior que você Bells. – ele disse, abaixando-se e beijando minha bochecha.

— Não me toque! Eu não lhe dei esse direito. Já disse que podemos negociar.

— Ah, eu estava esperando tanta emoção, um exercito para eu derrubar, alguns feitiços, mas nada. Que decepção Bells.

— Eu não acredito que a magia me torna melhor do que sou como uma humana Casmir, quando você aprender que ser a Imperatriz e ser uma feiticeira não faz as pessoas felizes, creio que já será tarde.

— Então tá, vamos fazer do jeito mais difícil. – ele sacou o estilete. – O que acha se eu fizer isso aqui? – ele foi para perto de Edward e colocou o estilete em posição, bem em frente ao pescoço dele.

— Não! Você não vai!

— Edward, filho! – disse Esme desesperada.

— Não se preocupe mãe, eu estou bem. – disse Edward com a voz cortada.

— O que acha agora Bells? E se eu fizer isso aqui? – Casmir passou o estilete, cortando um pouco o pescoço de Edward, fazendo com que uma fileira de sangue escorresse lentamente pela parte direita do pescoço dele.

— Está bem! Solte-me e você terá a vingança que quer. Você vai se divertir comigo. Deixe eles em paz, eles não têm nada a ver com a briga entre nós.

— Se eu estiver enganado Bells, o seu Eddiezinho vai pagar. – ele soltou-me das cordas.

— Salle de vrais secrets, me préparer à ce que j'avais vu. (Sala dos segredos reais, me prepare para o que virá). – e novamente, como eu já havia decorado, o meu vestido se tornou branco, minha coroa estava no lugar, um véu preso na coroa descia por minhas costas e a minha mão direita havia uma pulseira com o brasão da família, o meu brasão. As luvas de renda branca atrapalhavam, mas fazia parte da vestimenta.

Casmir investiu um golpe contra mim e eu defendi com um escudo, que ricocheteou e atingiu o lustre, fazendo alguns cristais caírem sobre a mesa. Após diversos golpes, a minha roupa estava um pouco chamuscada e os pais e a irmã de Edward assistiam a luta como se não estivessem acreditando que aquilo estava acontecendo e creio que eles tinham razão. Quando Casmir viu que eu não ia desistir, ele fez uma coisa que me surpreendeu, para alguém que ama magia. Tirou uma arma do sobretudo apontou na direção de Edward e atirou.

Escutei Esme gritando desesperada, enquanto eu corria tropeçando por Casmir, para me jogar na frente de Edward, lancei um feitiço antes de cair, ele acertou em cheio Casmir, que caiu morto, enquanto a bala perfurava meu tórax.  As cordas caíram e a única coisa que sei antes de cair era que não havia mais razão para nada.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? O Lorde Casmir ama acabar com a felicidade dos outros não é mesmo? E antes que queiram me perguntar, eu não vou contar se a Bella sobrevive ou não, só lendo a estória pra saber. E não esqueçam: propaganda é a alma do negócio. Então, se vocês gostaram, odiaram ou apenas leram, por favor, espalhem sim? E, eu mereço reviews?Beijinhos,Lena



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