Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 4
Três


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente, queria pedir desculpas pelo atraso antes de lerem. E, eu sei que esse capítulo ficou meio estranho. E, eu não mencionei que alguns personagens são de autoria minha, não é?However, de qualquer maneira, eu espero que gostem do capítulo. Só não postei antes porque a primeira versão dele ficou muito estranha.Nos vemos lá embaixo.



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O corro cantava Deus salve a Imperatriz em melodia antiga de minha mãe. MÃE. A palavra ecoou em minha cabeça de um modo que eu não esperava. Eu me mantive firme, numa posse de Imperatriz irreverente, aquela que não se importa com nada; mas eu me importava naquele momento e desejava sair correndo muito mais rápido do que eu conseguia.

Afinal, quem era eu para fugir? O que havia tanto haver com os segredos reais? Todas as vezes que eu pensava nesses malditos segredos meu coração parecia se apertar.

Edward ao meu lado parecia tranqüilo e me dava uma confiança que eu não sabia que podia existir em mim, ele fazia-me sentir segura para reger um Império. E, ah, sim, não posso me esquecer do reino e de todos os outros lugares onde sou marquesa, duquesa, baronesa, ou em alguns casos onde vigoram a lei sálica, barão, ou por vezes lorde, e senhora. Carregar todos esses títulos me deixava extremamente exausta, apesar de não serem concretos; todos os dias eu tinha que pensar no futuro de milhões de pessoas. Todos os dias eu tinha que me manter bem, nunca podia estar triste, nem chateada e muito menos enjoada de toda a babaquice e pressão da corte.  

Era o que eu sentia todo o tempo e logo depois de ser coroada não era diferente. Mesmo com Edward. Ele era o que me deixava calma, mas quando se afastava tudo se nublava e eu fazia força para não desabar ali mesmo.

Nós andamos pelo tapete vermelho estendido ao centro do salão, o parlamento se abaixou cordialmente quando passei, Duquesa Rosalie me seguia ao lado de príncipe Felipe ao lado dela, segurando sua mão com respeito. As grandes portas do salão estavam abertas e eu enxergava a multidão lá embaixo, olhando para nós. Consegui visualizar o prefeito e o Coronel, eles estavam alegres.  Eu levantei a mão direita e acenei. A multidão começou a gritar e acenar também.

— Eles te adoram, Majestade. – Edward sussurrou ao meu lado. – e eu também.

— Por favor, Arquiduque, nunca mais repita isto. Diga-me que não repetirá isto nunca. – eu disse com voz tremula.

— Juro-te solenemente, Majestade, por mais que eu não queira, juro-te solenemente.

— Vamos entrar, está um pouco frio aqui fora. – eu disse, virando-me lentamente, com classe.

— Claro. – ele me respondeu, assentindo.

— Duquesa? – eu perguntei para Rosalie.

— Sim, Majestade.

— Por favor, peça ao mensageiro que inicie o baile.

— Sim, Majestade.

— Senhoras e senhores, por ordem de sua Majestade Imperial, que o baile se inicie.

— Edward, por favor, conduza-me até o centro.

— Vossa Majestade quer que eu...?

— Exatamente. Dance a valsa de abertura comigo.

O jeito em que ele me puxou para seus braços foi inacreditável. Eu aprendera a dançar valsa desde pequena e nem o professor que havia me ensinado fora tão carinhoso e cauteloso quando ele, e devo acrescentar que ele dançava valsa bem, para um senhor... Que, graças a mim, agora, era um Arquiduque, um perfeito e lindo Arquiduque.

Eu poderia ter ficado dançando duas valsas inteiras com ele e nem me importaria, contra minha vontade, no entanto, eu tive que dançar apenas uma.

— Solte devagar minha mão. – e ele o fez de um jeito perfeito. Eu sorri, fixando-me naqueles olhos verdes. Nós terminamos de dançar a valsa e eu virei para ir ao trono. Andei lentamente, desejando que ele não soltasse mais minha mão, fato que eu sabia que era impossível. Havia muitas distinções e barreiras separando-nos.

Sendo o cavalheiro que era, ele me deixou no trono e eu sentei-me, deixando o trono vazio ao meu lado. 

— Edward... – eu sussurrei quando ele se virou, andando para frente.

— Sim, Majestade Imperial?

— Suba e sente-se ao meu lado.  – Edward pareceu hesitar, pensando mesmo se devia, mas ele não poderia desobedecer uma ordem minha. Por fim, subiu devagar e sentou-se.

— Casmir, você não faria isso se fosse inteligente. – eu ouvi alguém sussurrando.

— Ah, deixe-me. Sir. Edward, vejo que vossa Majestadezinha o aprova para ser seu capacho. – eu levantei-me ofendida.

— Olha aqui Casmir... – eu coloquei a mão no peito de Edward, parando-o.

— Deixe, Edward...

— Olha ai, Edward; a Majestadezinha defendendo-te.

— Guardas, tirem Casmir daqui, agora e levem-no para o Coronel Jasper, ele saberá o que fazer.

Eu vi Casmir ser arrastado pelos guardas gritando.

— Bem, - eu comecei, sem graça – por favor, retomem o que estavam fazendo antes de Casmir fazer uma cena.

— Majestade Imperial? – eu enxerguei um Lorde fazendo uma mensura ao pé de onde eu estava.

— Sim? – eu perguntei, cruzando as mãos em frente ao corpo.

— Eu gostaria de pedir desculpas pelo ocorrido, eu estava dizendo a Casmir que não era o certo, mas ele não me ouviu. Perdoe-me por não conseguir controlá-lo.

—Nada mais há que podeis fazer. Não ligo para o que Casmir faz, só o mantenha longe, eu não quero um rebelde em meio a sociedade, ele pode acabar com tudo.

— É muito generosa Majestade Imperial. Prometo-te que serei teu melhor servo.

— Sim, sim. – ele abaixou um pouco mais a cabeça, levantou-se e saiu.

— Parece cansada, Majestade. – Edward me encarou.

— E realmente estou, hoje aconteceram coisas que eu não esperava que acontecessem no meu primeiro dia oficial como Imperatriz.  Edward, poderíamos, por favor, irmos ao meu quarto, eu realmente quero descansar.

— Claro, Majestade. – ele me deu o braço e nós saímos.

O corredor estava pouco iluminado, mas eu tinha certeza absoluta de onde estava indo. — Eu sei que por aqui não é a direção de meu quarto, mas, por favor, venha comigo apenas. Aqueles Duques estavam me deixando extremamente irritada.

— Claro, Majestade – nós nos movemos para a biblioteca, um lugar onde ninguém pensaria em procurar uma Imperatriz.

Assim que chegamos haviam escrivães e empregados que assim que me notaram fizeram mensuras.

— Saiam, sejam discretos e vocês não me viram. 

— Sim, Majestade – disse o coro.

Caminhei até uma cadeira e me sentei, alisando as saias de meu vestido, Edward se sentou do meu lado.

— Edward eu sei que o que vou lhe falar vai parecer loucura, mas para mim é uma completa realidade, espero que entenda que nunca quis esconder nada de você em especial porque até uma Imperatriz cede ao coração. Edward, eu vou fazer uma coisa que acho que você deveria saber, apenas não se assuste e não saia correndo. Sala dos segredos reais – eu disse erguendo as mãos para cima – revele-se a sua dona e ao meu consorte. – e então toda a sala começou a se transformar, do jeito que eu havia visto antes, as colunas, as paredes brancas, o ouro, os livros e por fim a minha roupa. A minha coroa mudou-se para a que a minha mãe sempre usara e meu vestido se tornou branco com rendas e muitos bordados, um véu cobria a parte detrás de meu cabelo. – pode dizer que eu sou uma aberração do Inferno, Arquiduque, vou, sinceramente, entender.

— Majestade, disse Edward levantando-se e caminhando até mim, pegando minhas mãos que estavam segurando o vestido, nervosa. – Eu sempre soube de tudo, pouco antes de morrerem seus pais confidenciaram a mim uma carta que explicava tudo que aconteceria com você. Eu sempre soube que você era uma bruxa, maga, fada ou sei lá o que, mas o que eu sinto nunca mudou. Eu sempre amei a garotinha de olhos cor chocolate que corria de um lado para o outro quando era pequena, pelo palácio, eu sempre ficava sentado na escada te observando; mesmo quando as sentinelas insistiam que eu não poderia ficar ali eu me arriscava só para poder vê-la sorrindo. Quando você se tornou uma adolescente tudo o que eu sentia por você cresceu ainda mais e eu me sentia responsável por você. Quando te via chorando, o que não era poucas vezes, porque você nunca gostou de decorar o protocolo, meu coração se quebrava aos poucos, Majestade. – ele continuou me encarando – Tudo o que senti por você jamais mudou e assim que li tudo o que seus pais me explicavam na carta eu soube que você precisaria de alguém ao seu lado que te desse forças, e eu sempre estaria ali se precisasse, mas eu era apenas um Senhor de pequenas terras e você era a Imperatriz. O que eu podia fazer a não ser o que fiz? Salvá-la sem merecer mérito algum. Quando disse o que disse ao ministro, não tem idéia de como me senti, com todo o respeito Majestade. – eu engoli em seco, os olhos em choque. – eu estou me contendo, com mais respeito ainda, para não levantar a senhorita dessa poltrona e beijá-la agora mesmo. Não suporto te ver assim. Me perdoe, Majestade, não deveria ter dito nada do que disse. – ele soltou minhas mãos, levantou-se e caminhou para longe, indo em direção a porta.

— Edward! – eu gritei desesperada, levantando-me num salto e correndo em direção a ele, abraçando-o por trás.

— Majestade? – disse ele retirando minhas mãos dos ombros dele e virando-se para mim, abaixando a cabeça lentamente.

— Olhe para mim – eu sussurrei. Ele levantou levemente a cabeça. – eu lhe dei o título de Arquiduque porque preciso de alguém do meu lado em quem confio, preciso de alguém que tenha mostrado sua lealdade e você fez isso. Edward, não me interessa o que a lei Sálica diz, pouco me importa se eu posso governar, pouco me importa que eu não tenho irmãos ou primos homens que não estejam ocupados com o próprio reinado. Eu lhe concedi esse título porque...

— Majestade? – perguntou Edward, olhando-me nos olhos, eu conseguia ver um pedaço da alma dele.

— Edward, por Deus, eu te amo! EU TE AMO! Entende o que quero dizer? O fato de ter me salvado fez com que me sentisse cada ver mais assim, eu me irritava com o fato de que eu não podia estar perto de você, que em todo momento havia pessoas me paparicando e ensinando sobre todas as coisas desse Império, eu queria ter crescido como uma garotinha normal! Bem, creio que não entende.

— Entendo, Majestade, claro que entendo. E se me permite o atrevimento, meu coração se deleita com a sensação de ouvir aquelas doces palavras dos seus lábios, quero beijá-la, mas... – eu coloquei dois dedos nos lábios dele.

— Beije-me. – eu disse fechando os olhos e entreabrindo levemente os lábios. Sem saber o que fazer, eu fiquei ali esperando. Edward pegou minha nuca e a levou para perto dele, sem pisar em meu vestido e beijou-me, os lábios dele era macios e quentes, gentis e convidativos em minha boca, aquela sensação acabou como mágica.

— Perdão, Majestade. – ele se encolheu e voltou a ficar na mesma posição anterior.

— Edward, diga, por favor, que não me detesta por eu ser uma aberração. Não quero que pense em mim como sua Majestade. Quero que pense em mim como a Bella, apenas a Bella que espera algum dia se casar. Eu ficaria muito feliz se um dia concordasse com o que desejo.

— O que deseja, Bella? E sim, Bella, eu também a amo, não posso negar isso. – ele disse completamente imóvel.

— Quero que case-se comigo. – eu disse pelos lábios imóveis. – Não precisa ser agora, mas mais para frente quem sabe, quando o parlamento começar a implicar sobre eu me casar. Mas, antes que entre em choque com minhas atitudes, devo avisar-lhe de que não sou uma esposa comum a nossa época. Nunca fui desde quando era pequena, amo me envolver em assuntos de Estado, amo ir à feira, ficar junto com os pebleus, amo saber sobre meus súditos.

— Isso é natural, Majestade. Sempre percebi isso em você e é claro que concordo com o que deseja, sempre vou concordar. Confio em você, podemos mudar o futuro do Império.

— Não está interessado somente no Império, Edward? Decepcionarei-me com isso.

— Nunca, Majestade. – ele fez uma mensura e se distanciou, retirando-se.

— Obrigada Edward. – eu coloquei o punho no coração, enquanto o enxergava desaparecer em meio à escuridão. – Sala dos Segredos Reais, feche-se. – eu sai e subi em direção ao meu quarto, as velas acessas não deixavam-me enxergar o caminho direito.

Ao chegar ao topo da grande escada vir-me-ei para a esquerda e então senti uma mão me empurrando, tropecei e caí, rolando escada a baixo, não me lembro de mais nada.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram do capítulo? Mesmo que estiver uma me*** me digam, okay? Eu amo receber elogios e críticas mais ainda. Elas me fazem crecer, desculpem a demora mais uma vez.Vamos explicar o porquê dela agora: eu estava em época de provas, então como eu sabia que não iria estudar, pedi ao meu pai que tirasse meu notebook de mim e funciounou, por isso que não consegui digitar o capítulo antes. Por favor, não atirem pedrinhas em mim sim? E ah, claro, ideias são bem vindas, vou amar receber sugestões de vocês. E sim, como dizia minha professora de hístória "propaganda é a alma do negocio" então quem gostou espalha okay? Nem que for pra três pessoas, isso vai me deixar muito feliz. Beijinhos e claro: mereço reviews?



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