The Soul escrita por CaahOShea, Bellah102


Capítulo 16
Preocupada


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amoras! Tudo bem?
Sim o baby da Mel e do Jared resolveu vim ao mundo um pouco antes do previsto, e bem no dia do casamento, danadinho não é?
E mais uma vez, fizemos com todo carinho e amor esse capítulo, que estou repostando agora. E desculpem qualquer falha, é que nenhuma das escritoras passou por essa experiência. Hehehe
Sem mais, boa ler!

Música do capítulo:
My Boo (feat. Usher)_Alicia Keys

Sempre tem aquela pessoa
Que sempre terá seu coração
Você nunca percebe
Porque está cego desde o começo
Saiba que você é a única pra mim
Está claro pra todos verem
Oh baby você sempre será meu amor

Eu não sei de você
Mas eu sei de nós e (2x)
Esse é o único jeito

>>>>
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POV. Peg:

– AI MEU DEUS! – Jared gritou, chamando atenção de todos na festa para ele e Mel. – A bolsa dela estourou, meu filho vai nascer!!! Ajuda!!!

Quase instantaneamente, as palavras de Jared passaram a fazer sentido para mim. Mel tinha acabado de entrar em trabalho de parto! Ela daria luz ao seu filho aqui... numa praia e longe de casa!

Tremi nos braços de Ian.

Senti um frio na espinha ao perceber a gravidade da situação. Eu nunca tinha visto nenhum parto antes, em nenhuma das minhas dez vidas, mas apesar disso, eu sabia como funcionava e os riscos que isso poderia representar... Então, o medo tomou conta de mim, e milhares de perguntas começaram a rodear a minha mente...

Mel lançou um olhar confuso e de puro pavor pra mim, mordendo o lábio inferior. Ela estava sofrendo, eu sabia disso. Ela também tinha medo. Tinha medo pelo bebê. Por ela. Pela nova família que ela estava prestes a iniciar. E se alguma coisa acontecesse a minha irmã ou ao bebê?! Não! Isso não poderia acontecer. Nós tínhamos nos casado há poucos minutos e aquela era, sem duvida, o melhor dia das nossas vidas!

– Ahh!

Mel choramingou, levando as mãos a barriga elevada, com a primeira contração, tirando-me dos meus devaneios. E logo uma confusão se iniciou. Pessoas começaram a se aglomerar em volta dela, assustadas.

Todos se entreolharam, muito preocupados.

– ALGUÉM VAI FAZER ALGUMA COISA OU EU VOU TER QUE PARIR MEU FILHO AQUI MESMO?!

Mel gritou, nervosa.

Logo a segunda contração chegou, e pareceu ser ainda mais forte que a primeira. Mel gemeu, cerrando os dentes e segurando forte a mão de Jared.

Jared olhava confuso pra mim. Ele parecia muito preocupado. A cada grito agoniado da Mel, sua expressão se tornava de puro pavor, agonia. Ele não saia um segundo do lado da Mel.

Sempre tem aquela pessoa que terá seu coração para sempre

Saiba que você é a única para mim, e todos vêem isso

Oh baby (você sempre será meu amor)

– Levem ela para o quarto da Tracy imediatamente... – Gil falou, apreensivo. Então, Jared colocou Mel com cuidado em seus braços, levando-a com passos ágeis até o quarto da Tracy. Só eu e Jared ficamos ao lado dela.

– Céus, isso dói. Ai! – Mel gemeu, choramingando entre dentes, apertando ainda mais forte a mão de Jared. Parecia que a qualquer momento, ela iria quebrar a mão dele, mas Jared parecia nem sentir os apertos. - Doí tanto!

Enquanto esperávamos Tracy, ajudei Mel a tirar o vestido de noiva, colocando uma roupa mais confortável nela. Depois, as contrações pareceram ceder um pouco. Mas logo elas voltaram, com mais intensidade. Mel se contorcia na cama, choramingando. Ela fazia a chamada ''respiração cachorrinho'' na tentativa de aliviar a dor. Perguntei-me se aquilo realmente funcionaria, mas vi que sim quando Mel se aquietou um pouco.

Tracy chegou ao quarto, minutos depois, quando os gritos agonizantes de Mel voltaram a ecoar pelo quarto silencioso. Nas mãos de Tracy havia panos úmidos, bisturis, um canivete e todos os equipamentos necessários para um parto de emergência...

– Mel, vamos ter que esperar mais um pouquinho – Tracy falou calmamente, depois de examinar Melanie.

– O que?!

Dissemos os três, em uníssono.

– É que a sua dilatação ainda não está completa... Ainda há pouca dilatação para que eu possa fazer o seu parto agora... – Explicou Tracy, pegando a todos nós de surpresa, inclusive Mel, que não gostou nada da ideia...

– AH, MANDA ESSA DILATAÇÃO PRO QUINTO DOS INFERNOS!

Ela gritou, entre os gemidos de mais uma contração.

– Calma, minha irmã – Falei, tentando acalmá-la – Vai dar tudo certo! Logo você vai ter seu bebezinho nos braços...

Ela sorriu fracamente. O suor já banhava seu rosto, junto com as lágrimas que caiam copiosamente.

– Vamos Mel, respire e expire, com calma.

Instruiu Tracy, os minutos de arrastando devagar.

POV Mel:

Depois de mais alguns minutos torturantes naquela cama, em que eu me contorcia a cada contração, finalmente a minha dilatação tinha chegado. Chegara a hora de eu dar a luz ao meu filhinho, ou filhinha.

– Muito bem Mel - Tracy falou, se aproximando de mim após lavar as mãos na vasilha de agua quente que ela trouxera ao quarto – Está na hora de você conhecer o seu bebê!

Sorri com a frase, mesmo não havendo uma parte de mim que não doesse, e clamasse por socorro. Eu queria muito conhecer meu filho. Durante esses nove meses, não havia nada que eu quisesse mais do que ver meu filho. Ver seu rostinho, seus olhinhos, segurar seu corpinho frágil em meus braços, amamentá-lo.

Por um segundo me esqueci da dor. Mas não demorou muito a ela voltar, e aquela fora realmente um milhão de vezes pior do que todas as outras. A pior dor que eu já havia sentido na minha vida! Parecia que tinha algo me destruindo por dentro. Apertei a mão de Jared, que sorriu pra mim, em cumplicidade.

– Eu sei que você vai conseguir amor!

Ele murmurou, beijando ternamente a minha testa.

Ele me deixou mais tranquila como era típico dele, mas não durou muito tempo. As contrações ficaram cada vez mais fortes como monstros querendo me engolir, mastigando-me antes com seus dentes invisíveis e afiadíssimos. Tracy me instruiu para empurrar a cada contração, e eu o fiz. A cada contração eu fazia o máximo de força que podia, apoiando-me nas mãos de Peg e Jared. Nisso, vários minutos se passaram.

Sim, eu lembro, garoto, porque depois que nos beijamos

Eu só conseguia pensar na sua boca

Sim, eu me lembro garoto, do momento em que eu percebi

Que você era a pessoa com quem eu poderia

Passar o resto da minha vida

–Peg, Jared, podem vir comigo no canto um minuto? - Chamou Tracy.

Peg e Jared se entreolharam preocupados e olharam para ela. Jared beijou a mão que segurava e seguiu Peg e Tracy até o canto. Tentei ouvir o que eles diziam, mas a dor fazia o sangue retumbar em meus ouvidos. Entrei em pânico, fazendo uma mão voar protetoramente para cima da minha barriga elevada.

Será que havia alguma coisa errada com meu filho?

POV Peg:

Andei apreensiva até o canto onde Tracy nos chamara. Segurei minhas próprias mãos para evitar que tremessem de nervosismo.

– Há algo errado? - Perguntou Jared baixinho, antes que Tracy tivesse a chance de abrir a boca. Eu sabia que ele estava mais aflito que eu mesmo que isso fosse difícil de acreditar. Ele tinha uma expressão enjoada que parecia que ele estava passando mal.

–Na realidade, não tenho certeza. Já faz quinze minutos que a dilatação chegou ao nível certo, e as contrações já estão quase ininterruptas. Já era de se esperar que o bebê estivesse ao menos coroando.

– O... O q-que quer dizer?

Perguntei trêmula.

– Quero dizer que preciso preparar vocês para o caso do pior acontecer.

– O pior? - Jared perguntou, parecendo a ponto de ter um infarto fulminante bem na minha frente, e afinal eu não podia culpá-lo, porque eu própria estava próxima de um aneurisma. À que tipo de pior ela se referia? A Mel ou ao bebê? Ambas as possibilidades eram terríveis e inimagináveis.

– É possível que esse bebê nasça natimorto. – Ela disse, baixando o olhar.

Natimorto? Natimorto?! Não! Não era possível! O bebê estava vivo! Eu e Jamie vivíamos o sentindo chutar. Olhei para Jared em busca de apoio, mas ele olhava para o chão, devastado e derrotado. Parecia mais velho que Jeb naquele momento, pude vê-lo envelhecer bem à minha frente. Era difícil de acreditar que era o mesmo homem sorridente que se casara minutos atrás.

A tristeza me aplacou com força semelhante à dele. Mel era a pessoa mais corajosa, doce e incrível que já pisara nesse planeta, e já havia sofrido mais do que merecia, e mais do que qualquer pessoa poderia aguentar, por isso ela merecia felicidade. Aquilo não podia estar acontecendo! Não com ela! Lancei um olhar para a cama, onde ela pousava as mãos protetoramente na barriga.

Ela o amava. Amava com todas as forças aquele bebê. O amava e agora o haviam tirado dela.

– Entendam que foi uma gravidez de risco... - Tracy começou.

–Você tem certeza? – Perguntei interrompendo-a. – Absoluta?

–Absoluta não, porque não tenho os instrumentos necessários. Mas é bom que estejam preparados, porque as porcentagens não estão a favor dessa criança. Eu sinto muito!

Era isso! Não era absoluto! Não era nada concreto! Que fosse à forra com as porcentagens! Havia 1% de chance de um humano resistir a mim e Mel foi esse 1%, e podia que o filho não negaria o sangue que tinha! Nem tudo estava perdido! Tracy saiu do canto e voltou para o lado de Mel. Comecei a segui-la, mas vi que Jared continuou no lugar olhando para o chão, desolado.

Coloquei a mão em seu ombro e ele desviou o olhar para mim, nunca havia o visto tão triste.

–Ei... Qual o problema?

Ele me olhou como se eu tivesse perdido completamente o juízo.

–Como assim qual o problema, Peg? Meu filho está morto. Morto.

–Não. Ele pode estar morto, é diferente.

Ele balançou a cabeça de um lado para o outro, e percebi que ele não via a luz no fim do túnel que eu via.

– Não vou conseguir olhar para Mel depois disso. Fiz tudo isso com ela, para acabar desse jeito. Não vou conseguir me perdoar... Ela queria tanto esse filho Peg...

– Você está ouvindo uma palavra do que está dizendo?! Autopiedade não combina com você Jared Howe! – Exclamei exasperada – Ouviu uma palavra do que Tracy disse?! Ele PODE estar morto não significa ESTÁ. Você por acaso deixou de ter fé de que Melanie pudesse voltar para você quando a possui.

– Por um tempo. Só perdi quando me disseram que...

– Que ela PODIA ter sucumbido. Qual a diferença agora? – Tirei a mão de seu ombro e virei seu rosto para que olhasse para Mel que voltara a fazer força. – É a sua esposa ali. Com filho ou não, vocês prometeram se amar para sempre.

Ele fez que sim e pude ver a sementinha de esperança que eu plantara nele crescer em seus olhos que se encheram de determinação. Ele voltou para o lado de Mel e segurou sua mão, beijando sua testa. Sabia que ele não sairia do lado dela nunca mais, até o doce ou amargo fim. Fui até o outro lado dela e peguei sua outra mão, a qual ela apertou com força.

– O que ela disse? - Perguntou, aflita. Nós nos entreolhamos sem saber o que dizer, e felizmente, fomos salvos pelo gongo. Ou pela contração, que seja. Ela gritou novamente, uma dor que parecia ser a pior de todas. E ela empurrou, apoiando-se na minha mão e na de Jared. Quando a contração acabou, ela caiu pesadamente nos travesseiros, ofegante e suada. Nunca havia visto olhos tão cansados e sofridos.

– Peg... – Ela chamou baixinho. Lancei um olhar para Jared e me abaixei para ouvi-la. – Estou com medo.

–Vai dar tudo certo. Prometo, irmã.

– Minta melhor. - Ela pediu com um sussurro.

Ri baixinho.

– Você vai conseguir. Você é a pessoa mais forte que eu já conheci, e eu sei que o meu sobrinho ai dentro está louco para sair. Então bota ele para fora Stryder.

Ela sorriu fracamente.

– Acho que serve.

E quando a próxima contração chegou e fez força novamente. E de novo. E de novo. E mais uma vez.

– Vamos Mel, não desista! – Falei quando percebi que ela estava quase sucumbindo à dor e ao cansaço. – Você quer ver seu filho não quer? Então, traga ele ao mundo!

Ela assentiu, fazendo força pela última vez. Ela voltou a cair nos travesseiros, exausta. Todos esperavam em completo silencio que o choro do bebê ecoasse finalmente pelo quarto. Será que Tracy estaria certa? Será que o bebê estava mesmo morto?

>>>

Quando tudo acabou, já era noite. O céu livre da poluição e das luzes artificiais das cidades estava limpo e sem o menor sinal de nuvens. A lua e as estrelas iluminavam tudo e davam a tudo uma cor prateada e um ar místico. Era uma noite linda. O vento soprou do oceano trazendo o delicioso cheiro de maresia. Olhei em volta e encontrei três silhuetas desenhadas contra a luz de uma fogueira há muito extinta, da qual só restavam as brasas.

Caminhei até eles devagar. Ian cutucava as brasas com um graveto, ainda com as roupas do casamento, mas com o colarinho desabotoado, desinteressado, suspirando ocasionalmente. Jamie tinha o rosto escondido nas mãos, e os cotovelos apoiados nos joelhos. Jeb tinha o braço passado por seu ombro e olhava as brasas pensativamente. Ian foi o primeiro a me ver, ele cutucou Jamie com o graveto e quando ele se levantou para ver o que era, chamou a atenção de Jeb.

Todos olharam para mim apreensivos, sem dizer nada, esperando que eu dissesse o que havia acontecido. Sustentei seus olhares, séria por alguns instantes, sem dizer nada também. O medo encheu seus olhos e não me aguentei, sorri e gritei aos céus:

– É UM MENINO! – Falei orgulhosa – UM LINDO MENINO!

Três gritos de triunfo se encheram na escuridão, quando eles se levantaram e pularam, comemorando. Jamie me abraçou com força, e dançamos saltitantes ao redor da fogueira de brasas, pulando na areia. Felizmente, tudo havia dado certo.

–Somos tios!

Ele gritava triunfante. Paramos de pular e voltamos para perto dos outros. Abracei a cintura de Ian que me envolveu também.

–Porque demorou tanto? - Perguntou Jeb, claramente preocupado.

– O cordão umbilical estava enrolado, envolta do pescoço dele e deixou tudo muito delicado. Mas no final deu tudo bem. Mel, Jared e o bebê, um menininho muito lindo, estão tendo o merecido descanso.

Mais tarde, depois de esclarecer todas as dúvidas de todos, eu e Ian fomos dormir. Agora, dormir nos braços do meu esposo, era melhor, saber que estávamos unidos mais do que nunca. Teríamos que adiar nossa lua de mel pra quando voltassem para as Cavernas, mas eu já havia me conformado com a ideia. Enquanto eu tinha um lindo sonho com bebês, senti um cutucão. Abri os olhos assustada e olhei em volta.

–Peg... Sou eu... Está acordada?

Virei-me nos braços de Ian e encontrei os olhos castanhos esverdeados de Jamie, encarando-me na escuridão.

– Agora estou Jamie... Está tudo bem?- Perguntei bocejando, piscando para me acostumar com a escuridão. Ele fez que sim.

– Eu não consigo dormir. Só isso. Posso dormir com vocês? - Ele pediu. Ri baixinho acariciando seu cabelo.

– Ian é tão grande que nem eu caibo nessa cama. Nós dois acordaríamos no chão.

Sorri, desatando os braços de Ian e sentando-me na cama. Calcei os chinelos e apontei para a porta.

– Que tal uma caminhada? Já deve estar amanhecendo... - Perguntei bocejando.

Ele sorriu fazendo que sim. Caminhamos pela areia, enquanto o sol nascia preguiçosamente no horizonte acima do mar, de uma cor alaranjada, que parecia fazer a água salgada pegar fogo. O vento ainda não havia acordado, mas uma brisa soprava trazendo o frio da manhã.

– Então, qual o problema? - Perguntei a ele, brincando com a areia gélida entre meus pés. Ele deu de ombros.

– Sei lá, acho que estou meio nervoso, só isso.

– Tem a ver com a Mel não é?

Jamie fez que sim olhando o mar, pensativo. Pude ver quem ele era de verdade. Ainda não era o rapaz que aparentava ser, era apenas um garotinho que assim como a irmã havia sofrido mais do que merecido, e estava com medo. Ele olhou para os pés antes de me encarar.

– Achei que ia perdê-la de novo. – Ele disse baixinho. – Ela não parava de gritar, e foi diferente do que da ultima vez. Eu estava ali, escutando tudo. Nunca me senti tão impotente! - Resmungou chutando a areia sorrindo. Acariciei seu ombro.

– Felizmente agora acabou certo? Não é só isso que está te incomodando, eu sei disso. O que é?

– Estou apaixonado... E... meio que não estou sabendo lidar direito com todos esses sentimentos.

POV Mel:

Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo! Depois de tanto sofrimento, dor, aflição e horas de trabalho de parto, finalmente tinha meu filho, o meu lindo bebezinho em meus braços.

Tive tanto medo. Tanto medo de perdê-lo. Afinal, eu sabia que partos não demoravam tanto assim, e isso era um sinal de que algo estava muito errado. Tive medo que meu filhinho nascesse morto e Jared jamais me perdoasse por isso. Mas no final das contas, tudo deu certo. Tive forças pra trazer o meu filho a este mundo e começar uma nova família ao lado de Jared. Do meu amor. Eu sabia que enquanto ele estivesse do meu lado, eu sempre teria forças para lutar, sempre encontraria um motivo para seguir em frente.

Agora eu repousava nos braços de Jared, que não desgrudava os olhos do nosso bebezinho, que dormia profundamente, ressonando em meus braços.

– Ele é tão lindo, não é Mel? – Jared falou, com a voz transbordando de orgulho.

– É sim, meu amor. Parece um anjinho dormindo... – Falei acariciando a pequena cabecinha do nosso bebê. Ele era uma perfeita mistura – minha e de Jared - Tinha os meus olhos, castanhos esverdeados, a pele e os cabelos de Jared.

– Acho que essa noite não foi bem como nós esperamos não é... Achei que uma hora desses, estaríamos casados e bem longe daqui – Ele disse sorrindo – Tive tanto medo de perder vocês naquela hora Mel. Quase enlouqueci quando pensei que nosso filho estivesse morto.

– Hey, deu tudo certo, amor. Nosso filho está aqui. Agora a nossa família está completa. – Falei, pausando – E sabe, hoje foi o melhor dia da minha vida. Todo o sofrimento e a dor que eu passei valeram a pena. Olha pra ele, olha pro nosso filho amor. Tem coisa mais importante do que ter ele aqui? Pois eu digo. Não, não tem! Vocês dois são a coisa mais importante na minha vida, e eu não me importaria nadinha em passar tudo novamente.

Quando terminei de falar, os olhos de Jared estavam marejados. Ele me aninhou com carinho em seus braços, e me beijou. Depois, voltamos a olhar para o nosso filhinho, orgulhosos. Ele era tão frágil e indefeso... tão pequenino, mas era o fruto do nosso amor. Um fruto perfeito do nosso amor.

– Quer segurá-lo? – Perguntei a Jared, estendendo os braços para que ele pegasse o nosso pequeno. Jared arqueou as sobrancelhas, confuso.

– Acho melhor não Mel. - Negou - Eu tenho tanto medo de machucar ele. Ele parece ser tão frágil.

– Você não vai machuca-lo amor. Pelo menos tente. Pegue ele Jared, ele precisa conhecer o pai, não acha? – Falei, incentivando-o. Meio desajeitado ele pegou com muito cuidado o nosso filhinho, aninhando-o em seus braços.

– Hey, meu garotão, você acordou – Jared falou, sorrindo ao ver que nosso filho abria os olhos com dificuldade. – Olha Mel, ele abriu os olhos e... está sorrindo pra mim!

– E então amor, como vamos chamá-lo? – Perguntei e Jared me olhou confuso, arqueando as sobrancelhas. Depois, ele vidrou os olhos no nosso filho, sorrindo.

– Benjamim. Ele vai se chamar Benjamim – Ele disse, e lágrimas voltaram a escapar de seus olhos – Era o nome do meu pai. Acho que ele gostaria de poder ter seu nome no neto.

– Claro meu amor – Falei, dando-lhe um sorriso doce – É um belo nome. E acho justo fazer essa homenagem ao avô dele. Afinal, se não fosse ele, eu não teria um homem não tão perfeito ao meu lado, e um filho tão lindo! – Completei e vi que Ben tentava abrir novamente os olhinhos, mas não conseguia muito. Então só dava para ver raras vezes os seus olhos castanhos esverdeados.

– Eu te amo Mel. Muito, muito, muito. E não vou deixar que nada aconteça ao nosso filho e nem a você. Eu prometo.

– Eu te amo Jared! – Falei selando nossos lábios, depois, voltamos a vidrar os olhos no nosso filho, Benjamim, que dormia profundamente nos braços de Jared.

Depois de um tempo, Jared colocou dois travesseiros na cama, no meio de nós dois e colocou Ben com cuidado ali. Ficamos observando ele dormir, em silêncio. Ele parecia um anjo. O nosso anjinho.

E foi assim que comemoramos as nossas primeiras horas como pais de primeira viagem. Os pais mais felizes e mais orgulhosos do mundo inteiro!







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Notas finais do capítulo

# Soltando balões e fogos de artifício#
Ai que lindo, bem vindo Benjamin! Nosso principezinho nasceu!
Pregamos uma peça em vocês não é? Aposto que pensaram que o nosso lindinho iria nascer morto.
Nosso principezinho Benji nos pregou um susto. O problema é que o danadinho estava com o cordão enroscado no pescoço e isso dificultou o parto. Mas valeu a pena (:
Achei muito lindo esse primeiro momento dos nossos papais de primeira viagem *-*
Bom, espero que tenham gostado do capítulo!
Reviews, recomendações?

Há, só pra matar vcs de novo de curiosidade, aqui vai um trecho do próximo capítulo:

>>>
-Peg? Peg? Fale comigo, tudo bem? - Ajeitei-a em meu colo de modo que eu pudesse ver seu rosto. Porém este não continha nenhuma expressão.
>>>>>
O que será que vai acontecer com a Peg?! Ela está doente?! Machucada? Será que é grave? Bem, isso e muito mais só no próximo capítulo =D
Beijos!
Caah&Bella
*-*