Love It escrita por AlineM


Capítulo 8
Capítulo 8 - Esse sorvete é bom ou não é?


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo da hora pra vcs.. e pros Stemi's de plantão! E tmb queria pedir um favor, recomendem a fic. Please

Ah... estou com a intenção de postar um novo capítulo na quarta-feira. Aguardem.

Aline



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Demi caminhou em passos largos até Tiffany segurando a raiva. Ela sabia que não era pra tanto, mas se tinha uma coisa que ela não suportava era que falassem pra ela o que ela devia ou não fazer.

—Tiff eu preciso falar com você, urgente! — sua respiração estava ofegante

—Agora? — Tiffany olhou para as meninas da torcida que estava ao seu lado — Olha, seja o que for não é mais importante do que o nosso treino. Então depois a gente conversa, tá? — Tiffany se virou e continuou conversando como se Demi nem estivesse ali e viu as meninas segurando o riso diante da situação.

Ok, tudo estava ficando estranho. E ela não tinha mais ninguém com quem conversar. Joe estava se trocando, Sterling foi atrás dele, Tiffany... Tiffany a esnobou na frente de um montão de gente, foi aí que ela percebeu que Dallas estava certa. Ela nem conhecia ninguém direito e já estava ali achando que fazia parte da turma. Ela se sentiu sozinha, como há muito tempo não se sentia.

—Ei garota nova! — escutou uma voz masculina falar atrás dela e se virou pra ver quem era.

—Ah, oi irmão do Joe — ela engoliu seco quando percebeu que estava segurando o choro.

—Você tá legal? — Nick percebeu alguma coisa

—Estou. — ela tinha certeza que depois que ele falasse o que queria ele se viraria e iria embora, mas ao invés disso ele a surpreendeu.

—Então, já que você tá legal, vamos lá pegar um refrigerante. — ele fez sinal para ela o seguir, no caminho ele falou mais uma vez. — Eu não acredito que o Joe te deixou sozinha. Ele sabe que você é nova aqui e ainda não conhece ninguém. Que idiota. Olha ele não é meu irmão, eu nem o conheço se é o que você está pensando.

Demi riu diante do que Nick falou e sentiu que ele era um cara legal. Demi pegou uma latinha de refrigerante e esperou Nick colocar mais moedas na máquina para pegar outra.

—Você é sempre tão quieta? — Nick perguntou enquanto se sentavam na arquibancada.

—Na verdade não. — Demi abriu a latinha

—Então é tímida. Olha, eu lutei muito e ainda continuo lutando contra a minha timidez, mas eu me acho mais sério do que tímido. — Nick sorriu e Demi notou que o sorriso dele era parecido com o do Joe.

— Ah, você tá brincando. Sério? Você? Você parece ser tão descontraído

—É que você estava sozinha e eu resolvi puxar conversa pra tentar minimizar o erro do Joe, só que geralmente isso não acontece. — Demi sorriu depois de ele tentar se desculpar pelo irmão. Observou Joe saindo do vestiário discutindo com Sterling.

—Eu não tenho culpa cara. Vai lá treinar aí amanhã você conversa com o diretor. Ok? Não adianta se estressar agora. — Sterling dizia enquanto Joe dava um murro na parede.

—O que mais me deixa puto, velho, é o fato de eu ter pedido e ter ficado tudo certo. E agora esse diretorzinho de merda vem querer se contradizer. — Joe estava vermelho, Demi nunca havia visto ele assim. Nick resolveu interferir

—Ei, ei, ei! O que tá acontecendo Joseph — Nick caminhou até ele

—O imbecil do diretor mandou diminuir nosso tempo de treino. Agora me explica como ele quer que a gente ganhe? Será que ele não pensa nos meninos que jogam pra conseguir bolsa em uma faculdade?— Joe falou agora com os olhos vermelhos, parecia querer chorar, mas estava segurando.

—Joe, olha, a gente precisa de você, os meninos precisam de você então usa esse tempo pra treinar o máximo possível, pra gente ganhar,ok? — Nick tem o dom de acalmar as pessoas, Sterling pensou

—VAMO TREINAR TIME — Joe gritou fazendo com que todos se dirigissem para a quadra.

Demi viu Nick falar alguma coisa para Sterling, mas não entendeu o que.

—Parece que ele tava nervoso — Demi tomou um gole do refrigerante

—E não é pra menos. Só nesse ano o diretor diminuiu nosso tempo de treino 3 vezes. Ele é novo aqui, então tá meio difícil pra turma se adaptar a ele e ele se adaptar a nós. — Sterling se sentou ao lado dela. — Mas mudando de assunto, tá a fim de andar um pouco? Eles ainda vão demorar e daqui a pouco a gente volta.

—Você vai aonde? — Demi perguntou

—Não sei. Dar uma volta, como eu disse, andar um pouco. — Sterling se levantou para ir — Vai ou fica? — Demi não estava com vontade de ficar ali sozinha enquanto Joe e Nick treinavam.

—Vou — Ela pegou a bolsa e o acompanhou

Andaram 5 quadras até chegarem a sorveteria preferida do Sterling e ele insistiu para que ela o acompanhasse no sorvete

—Ok, mas vou pedir só uma casquinha — ela concordou depois de muito ele insistir

—Que seja, só uma casquinha. Eu só quero que você experimente esse sorvete, é muito bom.

Depois de pedirem, eles se sentaram e ela voltou a prestar atenção nos olhos dele. “Como é lindo” ela pensou

—Meu pai sempre me trazia aqui depois do futebol, os melhores momentos da minha vida foram aqui com ele. Nunca vou esquecer. — Sterling falou e Demi notou que aquela história era longa, mas viu que Sterling não falaria mais nada.

—Em todos os lugares em que eu fui com o meu pai, eu procuro não ir mais, porque faz eu me lembrar de quando minha família era feliz. — Demi enfatizou a palavra feliz

—O que aconteceu com o teu pai? — Sterling perguntou

—Ele largou a gente. Minha mãe cria eu e a Dallas sozinha a 2 anos, justo no momento em que  nós mais precisamos de uma presença masculina em casa. Desde então eu não falo mais com ele — Doía falar nisso, mas ela sentiu a necessidade de dizer

—Você tá há dois anos sem falar com o seu pai? — Sterling perguntou incrédulo e Demi sacudiu a cabeça em sinal de afirmativo e Sterling continuou — Eu queria tanto ter um pai pra conversar com ele e você desperdiçando a sua chance.

Demi fechou os olhos vendo que tinha cometido um furo, respirou fundo e segurou a mão de Sterling que estava sobre a mesa.

—Desculpa, eu não sabia. Sinto muito. — ela concluiu

—Não foi nada, já faz algum tempo e não dói tanto como doía antes. — ele abaixou a cabeça — Não sei nem porque to falando isso pra você.

—Talvez seja porque você precise falar pra alguém — Demi ainda segurava sua mão

—Foi horrível, num dia ele estava bem e no outro ele estava internado num hospital fazendo quimioterapia — Sterling se sentia a vontade para falar com ela sobre esse assunto, ele só não sabia o porquê — Vi meu pai morrer aos poucos, cada dia que passava era um sinal de menos tempo de vida.

—E o que ele tinha? — Demi queria saber mais.

—Câncer de pulmão, só que eu não entendia como ele tinha isso, ele nunca fumou e tinha uma vida saudável. Mas aconteceu e não dá pra mudar.

—Sinto muito — ela disse novamente

—Eu sei. — ele mudou o assunto — Agora me diz, esse sorvete é bom ou não é? — agora ele sorria e assim estava bem melhor

—É ótimo. Da próxima vez eu acredito mais em você quando quiser me mostrar algo. — Demi soltou a mão dele.

—Experimenta esse sabor que eu peguei. — Sterling estendeu a casquinha para Demi, mas antes que ela pudesse tomar ele lambuzou o rosto dela de sorvete e se contorcia de rir da cara dela.

—Ok gatinho. Você quer guerra? Então é guerra que você vai ter. — ela pegou o sorvete que estava na casquinha com a mão e apertou no rosto dele e depois limpou a mão na camiseta pólo que ele estava vestindo, enquanto ele tentava evitar que ela fizesse isso em vão.

No caminho de volta Sterling se pronunciou

—Você não devia ter feito isso a minha camiseta é nova e agora está toda suja — ele esticava a camiseta para que ela visse o estrago

—E você não devia ter pegado mais sorvete pra passar no meu cabelo, eu gastei muito dinheiro pra ele ficar assim — Demi pegou no seu cabelo que estava melecado de sorvete

—Nem vem com esse papinho. Você também comprou mais sorvete pra tacar em mim, então estamos quites — ele falou e ambos começaram a gargalhar lembrando da bagunça que fizeram na sorveteria.

—Todo mundo olhava pra gente como se fossemos loucos — Demi mal conseguia falar de tanto que ria

—Sem contar que você quebrou a mesa quando se jogou nela pra me alcançar com o sorvete. — ele segurava a barriga e pedia pra Demi parar de rir porque ele não estava agüentando mais.

—E o que a gente achou que iria sair barato custou dez vezes mais. — ela estava se acalmando quando lembrou que pagou 100 reais pelo estrago. — Sorte que eu tinha dinheiro comigo senão minha mãe iria me matar quando visse a fatura do cartão de crédito.

—Você é demais Demi — Sterling passou o braço pelo ombro dela fazendo com que ela chegasse mais perto lhe dando um abraço

—Nossa, eu não acredito. Um elogio vindo de você? — Demi olhou pra ele e percebeu que seus rostos ficaram muito perto, mas ao contrário do que deveria fazer, ela continuou ali andando enquanto o braço dele ainda estava em sua volta.


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Notas finais do capítulo

E aí? Legal? ou não?