Dont Leave Me escrita por Yaoilover


Capítulo 1
Não me deixes...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bem é o seguinte, eu amo Hetalia e por isso não consegui resistir a escrever uma fic com o meu casal favorito. GerIta para vocês.
Espero que gostem.

P.S. A fic não contém yaoi porque não tenho jeito para escrever essas cenas

P.P.S. É provavel que as personagens estejam um pouco OOC. Tentei o melhor que pude para que isso não acontecesse mas acho que foi inevitável por isso depois agradecia que me dissessem alguma coisa.

Boa leitura ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129311/chapter/1

Eram sete da manhã e o sol brilhava já pela janela da cozinha avizinhando um dia tipicamente primaveril.  Lá dentro um homem de aparência delicada, cabelos negros sedosos, vestido com um avental branco com folhos, cantarolava alegremente enquanto preparava umas torradas e aquecia leite.

“BONC”

O homem virou-se para ver outro com a cabeça deitada em cima da mesa de madeira.

- Hum… Ohayo Italia-kun. – disse num tom alegre e meigo.

- B… buon giorno Nihon. – respondeu o outro sonolento.

- Italia-kun? Está tudo bem?

O outro não disse nada limitando-se a remexer um pouco na cadeira.

- Hum… se quiseres podes dizer-me o que se passa.

O moreno levantou a cabeça ligeiramente mostrando os olhos cansados.

- Eu… tive um pesadelo mesmo assustador e não consegui voltar a adormecer.

- Oh… estou a ver. Bem, não te preocupes, hoje não vai haver treino por isso depois de tomares o pequeno-almoço podes ir dormir para o sofá ou lá para fora. – disse sorridente tentando esconder a preocupação. Normalmente depois de um pesadelo o moreno esgueirava-se para o quarto de uma certa pessoa dormindo descansado o resto da noite e o facto de não o ter feito preocupou-o um pouco.

Entretanto, um homem loiro, de olhos azuis e bem constituído entrou na cozinha. O moreno sonolento pôs-se direito num salto e esfregou os olhos.

- Guten tag. – disse o loiro sentando-se também á mesa.

Começaram a comer e a certa altura o moreno deu um longo bocejo despertando a atenção do loiro.

- Feliciano?

- Hum?

- Hoje pareces muito sonolento. Quer dizer, mais que o costume.

- Ele não dormiu muito bem. – disse o japonês.

- Porquê?

- Teve

- Tive uma grande dor de barriga. – cortou o moreno. – Devo ter comido muito ontem á noite. Ahah.

- Já devias saber que isso ía acontecer. A tua dieta é um desastre, massa todos os dias e aqueles molhos todos, não é nada saudável! – disse sério o loiro.

- Pois… eu vou começar a ter mais cuidado. – respondeu sorrindo.

O japonês arregalou os olhos de espanto mas voltou tão rapidamente á sua imagem calma e composta que os outros dois nem deram por nada. Aquele sorriso não o enganava (nem devia ter enganado o alemão visto este conhecer o outro… mais a fundo). O italiano não falava assim, não agia assim! Algo se passava e ele ia descobrir o que era.

Terminado o pequeno-almoço o japonês tratou de lavar a loiça, o alemão foi para o seu escritório e o italiano deveria ir dormir uma sesta, no entanto, para novo espanto do nipónico, através da janela da cozinha viu o italiano dobrado sobre a relva do jardim a arrancar as ervas daninhas. Respirou fundo, contou mentalmente até dez e voltou a olhar pela janela. Não era uma ilusão, o moreno estava mesmo a trabalhar de livre vontade, ou mais ou menos, pois o alemão tinha dito na semana anterior que era preciso arrancá-las mas não tinha dito directamente para o fazerem.

Acabou de lavar a loiça e foi fazer as compras e tratar de outros assuntos. Á noite decorreu tudo “normalmente”.

Na manhã seguinte acordaram todos às seis da manhã para poderem treinar um pouco antes do pequeno-almoço. O alemão disse que naquele dia iriam apenas correr durante 20 minutos. Passado o tempo, pararam. O japonês dobrou-se ofegando, sentindo os pulmões picar, resultado do ar frio cortante. Quando se endireitou viu apenas o loiro ao seu lado.

- Hum… Doitsu-san? Onde está o Italia-kun? – perguntou confuso.

- Ele… ele continuou a correr e fez sinal para irmos andando para casa. – pela voz notava-se que também ele estava confuso.

 O japonês abriu a boca. O dorminhoco e preguiçoso italiano a correr mais que o tempo estipulado de livre vontade?! Era o fim do mundo e ninguém lhe dita dito?!

Os dois voltaram para casa e foram tomar banho indo para a cozinha para comerem o pequeno-almoço e assistirem às notícias da manhã. Meia hora depois chegou o italiano dirigindo-se ofegante para a casa de banho no andar de cima. O japonês olhou o alemão sentado na mesa.

- Doitsu-san?

- Sim? – disse tirando os olhos da tv.

- Estou preocupado com o Italia-kun.

- Porquê?

- Ele… ele tem andado tão esquisito. – disse com um tom preocupado e triste por o outro se mostrar tão indiferente.

 O loiro voltou a olhar para a televisão. Lá em cima uma porta bateu revelando que o italiano tinha terminado o banho e fora para o seu quarto vestir-se.

 - Ele tem andado esquisito sim. – disse finalmente. O japonês virou-se para ele poisando um prato com queques na mesa. – Eu acho que ele tem andado esquisito desde a semana passada.

O outro suspirou de alívio.

- Achavas que eu não tinha reparado?

- Ah não! Eu… gomen. – respondeu o menor, corando de embaraço por o loiro ter adivinhado os seus pensamentos.

- É claro que reparei, tu sabes que eu… ele é tudo para mim. E mesmo que fossemos só amigos era impossível não reparar. O Feliciano que conhecemos está sempre alegre e despreocupado, é preguiçoso e trapalhão, come até empurrar com os dedos e obedece às minhas ordens mas também não o faz sem se queixar.

- Mas não fazes ideia do porquê de ele andar assim?

- Não. Eu… eu acho que ele anda assim desde que veio da casa do irmão. Lembras-te? A semana passada ele foi para casa do Romano e voltou esquisito. Se bem que quando foi já não  ía lá muito bem.

- Deve ter acontecido alguma coisa para o deixar assim. Será que foi o irmão que lhe disse alguma coisa?

- Talvez. Escuta, ele não tem falado comigo, na verdade, está sempre a evitar os meus olhos. Não podes falar tu com ele?

- O… o quê?! – o japonês sentiu a cara começar a aquecer. – Eu… eu não sei se consigo fazer isso.

- Consegues sim. Por favor?

O japonês revirou os olhos ainda corado.

- Ok ok eu falo com ele.

- Ah! Danke Nihon!!  - levantou-se da mesa e foi para o jardim.

- Buda me ajude.

- O quê? – o moreno tinha terminado de se vestir e entrara na cozinha.

- Ah! Nada nada. Eu já te aqueço o leite espera um pouco.

- Grazie Nihon. – disse tentando sorrir.

Aquecido o leite o moreno começou a comer. O outro aproveitou e sentou-se á sua frente preparado para ter a tal conversa.

- Hum… Italia-kun? – chamou com medo.

- Sim?

- Passa-se alguma coisa? Tens andado muito esquisito.

- Não… nada. – respondeu de olhos baixos dando outra trinca no queque.

- Ita-chan? – chamou carinhosamente enquanto ao mesmo tempo sentia-se corar até á raiz dos cabelos. – Tu não estás bem. Por favor,  diz-me o que se passa.

O italiano olhou-o nos olhos e encontrou-os cheios de preocupação.

*suspiro*

- Está bem. Mas é uma história um pouco longa.

- Não tenho nada para fazer.

- Ok. Eu… na semana passada quando o Doitsu foi sair com o Gilbert-san para beberem eu fui buscá-lo e sem querer ouvi-os falar de mim. Gilbert-san estava a dizer que me achava uma gracinha e eu fiquei meio contente, o Doitsu confirmou mas depois disse que eu era muito trapalhão e preguiçoso e que em caso de guerra era um inútil. – uma lágrima escorreu pelo seu rosto. – No dia seguinte quando fui visitar o meu irmão eu contei-lhe o que tinha acontecido e ele disse que se eu continuasse assim era mais que normal que o Doitsu deixasse de gostar de mim e me deixasse.

- Oh Italia-kun não sejas… baka… eles estavam bêbados e tenho a certeza que ele não pensa mesmo isso de ti.

- Eu não quero que ele me deixe. – começou a soluçar.

 - E não vai deixar! – o nipónico levantou-se empolgado. - Vai lá fora e conta-lhe o que me contaste e vais ver que tudo se vai resolver! Ele nunca seria capaz de te deixar! Ele ama-te!

O moreno olhou-o com os olhos brilhantes das lágrimas.

- Tens razão! Eu vou! Grazie Nihon!  - abraçou-o e saiu porta fora deixando para trás um Japão vermelho que nem o circulo da sua bandeira e a tremer dos pés á cabeça após toda aquela… empolgação.

- Isto foi demais.  Já não sou jovem nem energético. – queixou-se. – É melhor ir lavar a loiça.

Entretanto, lá fora no jardim, a manhã primaveril estava agradavelmente quente e o loiro aproveitou aquele calor para lavar os seus três cães enquanto esperava o resultado da conversa.

- Ah!!!! Parem quietos!! – disse irritado quando um dos cães molhados lhe saltou para cima. A mangueira caiu-lhe das mãos e aterraram todos no chão. Encharcado, tirou a t-shirt ficando só em calções. Com os cabelos loiros molhados e os músculos definidos a brilharem ao sol enquanto uma e outra gota de água escorriam ocasionalmente pela sua pele suave... parecia um verdadeiro deus grego. Os cães ladraram contentes dando sinal que se aproximava alguém conhecido. O moreno sorriu contente e abraçou os cães acabando também ele molhado. O alemão olhou-o intensamente. Vê-lo sorrir fez com que uma sensação de alivio lhe tomasse conta do peito levando a que também ele sorrisse. O italiano sentiu o olhar e ficou quieto ainda fazendo festas nos cães.

- Hum… Doitsu?

- Sim? – apenas uma semana passara mas ele sentia tantas saudades de o ouvir chamar por ele.

- Eu… tenho de falar contigo.

- Podes dizer. – tentou que o seu tom de voz fosse calmo e meigo mas é um pouco difícil quando nós próprios estamos nervosos.

- Bem, eu… - e contou-lhe a história toda. Quando terminou atreveu-se a levantar os olhos encontrando aquelas safiras azuis repletas de tristeza. Antes que se apercebesse, o loiro tinha caminhado até ele ajoelhando-se e abraçando-o com força e ao mesmo tempo com carinho.

- Feliciano. – sussurrou com a cabeça deitada no ombro do menor. – Desculpa… é verdade aquilo que eu disse, não o posso negar mas eu gosto de ti assim! Eu gosto de te ver dormir em qualquer lado, gosto de ter de te proteger, gosto de te ver com a cara cheia de molho de tomate, gosto que sejas trapalhão e… bem, eu gosto de tudo em ti! Ich liebe dich Feliciano! Eu nunca seria capaz de te deixar porque sem ti eu não consigo viver! – fitou o rosto do moreno á procura de perdão.

O italiano olhou os orbes azuis e começou de novo a chorar sorrindo também. Encostou o seu nariz ao do loiro.

- Ti amo Ludwig. – e poisou os seus lábios nos do outro.

O alemão sentiu uma onda de satisfação e felicidade. Puxou o menor para mais perto sentando-o no seu colo sobre a relva e beijou-o com paixão. Primeiro os lábios uniram-se apenas para um beijo simples e carinhoso mas as mãos não paravam quietas e depressa procuravam mais contacto. Ludwing separou com suavidade os lábios do italiano e enquanto entreabertos lambeu-os, humedecendo-os. Feliciano soltou um gemido baixo. Finalmente, as línguas tocaram-se e, como se a vida de ambos dependesse disso, beijaram-se apaixonadamente explorando a boca um do outro. Oh! Como o alemão adorava o sabor daquela boca e aquele hálito quente.  Como é que Feliciano podia pensar que ele alguma vez o deixaria?! Ele amava tanto aquele corpo magro. Parecia uma droga, mal conseguia conter-se. Ele queria mais contacto, sentir mais do italiano, a sua pele dourada e sedosa contra a sua, mas as roupas molhadas deste estavam no caminho. Ainda de lábios unidos, Ludwig colocou uma mão nas costas do moreno e segurou-o e, com a outra no chão inclinou-se devagar até à relva deitando-se sobre o seu pequeno que entretanto passeava as suas mãozinhas delicadas pelas suas costas musculadas. O beijo começava a tornar-se sufocante. O alemão posicionou uma das pernas entre as de Feliciano descobrindo que este, tal como ele, estava excitado. Roçou a coxa contra o tecido sentido o seu próprio membro latejar de antecipação quando o menor deu um gemido longo afastando-o delicadamente de seguida. As suas faces coradas eram tão adoráveis e sexy ao mesmo tempo.

- Hum… Ludwig?

- Sim? – sussurrou mordiscando-lhe a orelha.

- Eu sei que…. – olhou para o seu baixo ventre. – coiso, mas não podemos continuar isto logo á noite?

- Hum?

- É de manhã e estamos no jardim >//

O alemão olhou em volta para o jardim desprovido de árvores num raio de cerca de 20 metros e apercebeu-se da situação. Estavam ali os dois abraçados, com três cães a olharem para eles, deitados na relva, ele semi-nu, totalmente ao descoberto.

- Sim, claro, tens razão. – disse corando.

Levantou-se e ajudou o menor, no entanto este não largou a sua mão e puxou-o (com a pouca força que tinha) para um abraço.

- Feliciano? – chamou.

- Sim? – respondeu enquanto se encolhia contra o peito do maior.

- Não te esqueças… de hoje á noite ok?

- Ihih… claro que não ^-^. Ti amo Lud.

- Eu também Feliciano. Ich liebe dich. – deu-lhe um beijo na testa.

…Entretanto….

Uma figura delicada encontrava-se colada à janela da cozinha de binóculos na mão.

- … Isto dava um bom manga……e onde é que eu deixei a minha máqui... AI BUDA! A MINHA SOPA DE MISO ESTÁ A QUEIMAR!!

Felizmente o japonês conseguiu desligar o botão a tempo de modo que a sopa não se estragou e pode continuar a preparar o almoço.

Por sua vez, lá fora, escondidos nas árvores, estavam três vultos irrequietos.

- Boa Bruder, és quase tão fantástico como eu. – sussurrou um.

- Sacre Bléu! O Ita-chan é mesmo um gatinho *.*– disse outro enquanto segurava uma câmara de filmar.

- Tenho de telefonar ao Romano!!!

Entretanto os "pombinhos" tinham ido para dentro de casa almoçar esperando ansiosos que a noite chegasse.

FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?! Muito bom?! Muito mau?! Come-se?!A sério, espero que tenham gostado. Reviews por favor, quero muito saber o que tenho de melhorar.Beijo grande!!