O Amor Supera Tudo 3 escrita por Bibih


Capítulo 4
Capítulo 4 - Dificuldades




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129272/chapter/4

Alguns dias depois...


Sophie estava irredutível. Ela se recusava a conversar com a psicóloga e ver suas amigas que estavam no hospital.

Edward e eu tentamos ao máximo não trata-la como se dependesse de nós, pois ela simplesmente odiava. Finalmente, depois de alguns dias ali Sophie teria alta.

Nós já havíamos organizado todo um sistema de segurança, e troca de carros, contratamos vários homens, onde cada um tinha sua função especifica.

Como nossa família voltou com toda força para os holofotes da empresa, decidimos que seria melhor sempre sairmos com seguranças para evitar qualquer tipo de constrangimento.

O mais difícil agora estava sendo convencer Sophie de andar na cadeira de rodas. Nós tentamos explicar que é temporário e que com a evolução do caso ela poderia utiliza muletas.

Fizemos também algumas mudanças em casa, adaptações temporárias pode se dizer.
Com certeza isso seria motivo de briga, porem não haveria outro jeito de tornar as coisas mais fáceis.

Eu havia ido comprar algo para comer na lanchonete, já que não havia ingerido nada há um bom tempo. Chegando próximo ao quarto, encontrei toda nossa família sentada conversando algo que eu não identifiquei.

No momento que não vi Edward e percebi a porta do quarto entre aberta, decidi entrar. A cena seria cômica, se não fosse algo que realmente precisaríamos nos preocupar.

Edward estava ao lado da cama, com a mão na cadeira de todas em quanto Sophie possuía uma expressão emburrada. Recuei um pouco aproveitando que eles não haviam me visto, e fiquei apenas olhando pela gretinha da porta.

- Sophie vamos logo, eu não tenho o dia todo.

- Pai eu não vou andar nisso.

- Prefere que eu te pegue no colo como um bebe e saia assim do hospital? Tenho certeza que chamará ainda mais atenção.

- Isso é ridículo pai.

- São as duas opções que eu tenho a oferecer. Agora de preferir, pode ficar no hospital.

- A paizinho querido, arrume uma terceira opção.

- Sophie não há outras opções. E não adianta fazer essa carinha, eu ainda estou muito bravo com a senhorita. Conversaremos em breve. – Pude ver Sophie vacilar no momento que Edward mencionou a conversa. – Deixa eu te explicar uma coisa: é comum as pessoas andarem com o auxilio da cadeira no hospital, talvez por uma cirurgia, ou simplesmente por uma dor nas costas. Ninguém tem conhecimento do seu estado.

- E se tiver alguém nos vigiando sair?

- Então essa é sua preocupação?

- Também, mas há muitas coisas envolvidas.

- Posso saber de algumas?

- Você não respondeu minha pergunta pai. – Ela disse irritada.

- E você fugiu do assunto filha. – Edward fez sua melhor cara de deboche.

- Nós mandamos montar um sistema de segurança Sophie. – Entrei no quarto e eles me olharam surpresos.

- Você estava ouvindo nossa conversa amor?

- Digamos que sim. Então Sophie está esperando o que para irmos?

- Me explique primeiro, como funciona o sistema de segurança de vocês?

- Simples. Sua irmã se passará por você. – Disse sorrindo e lembrando da idéia mirabolante de Alice.

- Ahn?? Vocês só podem estar ficando loucos. Como vão fazer isso?

- Sua irmã saiu do hospital com seu irmão há uns 40 minutos atrás, como se estivessem deixando-o.

Ela vai voltar disfarçada em um carro totalmente desconhecido, e entrará no estacionamento subterrâneo que é próprio para médicos.

Maquiaremos ela para que se pareça fraca, colocaremos um óculos, alguns curativos, e claro os arranhões falsos.

Já contratamos vários seguranças, eles ampararão sua irmã na saída. Enquanto nós saímos pela frente, você irá para o estacionamento térreo e de lá irá embora com Gabriel em outro carro e com um segurança.

- Ual, vocês pensaram em tudo mesmo. Mais todos sabem que Julie e eu temos diferenças. E mesmo assim ela vai sair na cara limpa?

- Filha vocês são totalmente parecidas, mas Julie estará usando roupas suas. E quando estivermos saindo ela vai estar mesmo de cara limpa, porem quando os flashes começarem um dos seguranças a tapará com um moletom de capuz.

- Minhas amigas quando verem com certeza saberão que é mentira. – Meu Deus Sophie estava colocando empecilho em tudo.

- Sophie você não contou para elas esqueceu?

- Então quando vamos? Quero logo voltar para casa, odeio hospitais. – Finalmente. Obrigada Senhor.

- Temos que esperar sua irmã e sua tia Alice.

- Falando de nós? – A cena se tornou hilária, Julie estava perfeitamente caracterizada. Alice realmente havia pensado e tudo, como sempre.

- Estávamos só esperando vocês. Podemos ir?

- Eu vou checar se está tudo certo, me esperem aqui. – Edward saiu rapidamente do quarto.

- E então maninha, preparada para ser um dia como Sophie Cullen?

- Preparadíssima.

-
-

Já estava tudo certo, Sophie tinha aceitado nosso plano e ido para o estacionamento privativo. Emmett e Rosalie sairiam na frente, Esme iria logo atrás com Maggie e Anthony.

Alice estaria com Jasper, Mel e Lizzie. E por ultimo Edward e eu abraçados a Julie.

O numero de paparazzis realmente me surpreendeu. Eles cobriam grande pare do estacionamento e os seguranças precisaram realizar uma corrente humana, e nos seguir até os carros.

Julie passou todo trajeto de cabeça baixa e aquele moletom com certeza ajudou muito. Cada um entrou no seu carro, no total estávamos em cinco.

Jasper ia à frente, com um carro de segurança atrás. Depois viria Edward no meio, e outro carro com segurança e por ultimo Esme.

Como prevíamos os paparazzis começaram a nos seguir. Seguiam colados em Esme e tirando varias fotos, mas para a surpresa deles logo à frente entrariam mais dois carros em ação. Um a frente de Jasper e outro atrás de Esme. Me aliviou muito saber que Sophie estava em um deles.

Podem achar que tudo isso é um tremendo exagero, mas foi preciso para que nada fosse descoberto.
______________________________________________________________________

Realmente o sistema de segurança montado por nossa família era impecável. O que realmente estava se tornando um incomodo era o silencio dentro do carro.

Nesses dias que estive no hospital, Gabriel evitou conversar comigo sobre o acidente, mas ele não me escaparia. Tinha medo que alguém descobrisse nossa farsa e isso vazasse para o publico.

Chegando em casa,fomos bombardeados por mais alguns fleches. Quando papai abriu a porta do carro e estendeu o braço para me pegar no colo fiquei meio receosa, porem aceitei.

Todos entraram junto com nós dois e se sentaram no sofá. Minha vontade era de ir para o meu quarto e lá ficar por um bom tempo.

- Pai será que eu posso ir para meu quarto?

- Filha, tivemos que fazer algumas adaptações, espero que não se irrite. E nós também estamos reformando um cômodo aqui em baixo para ficar melhor para você se locomover.

- Eu não quero ficar aqui em baixo, quero meu quarto.

- Mas filha você precisa de novas adaptações. E tem mais, como vai descer todas essas escadas? Vai ficar trancada o dia todo no quarto?

- Eu prefiro que seja assim mãe.

- Tudo bem Sophie, se te faz tão bem ficar sozinha. – Papai disse parecendo bravo. – Ainda quer ir, ou prefere ficar aqui?

- Eu quero ir. – Disse convicta.

No quarto, ele me pos na cama e já ia saindo do quarto.

- Pai, me desculpa.

- Tudo bem. Logo alguém vem te ajudar no banho. – Ele se virou novamente e fechou a porta do quarto.

Meu coração ficou apertado ao ver meu pai saindo dali irritado comigo. Logo eu que sempre fui a garotinha dele.

Mas que droga Sophie, você está afastando todo mundo.
_____________________________________________________________________

Ao fechar a porta do quarto de Sophie, meu coração se apertou e um nó se formou em minha garganta.

Eu realmente não tinha forças suficientes para ser rígido com ela, por isso fui ate o quarto e desabei. Não chorava assim há muito tempo, e não sabia como lidar com isso mais.

Logo agora que as coisas estavam começando a se acertar novamente, nada de ruim estava acontecendo com nossa família. Toda essa situação me deixa extremamente irritado.

Principalmente pelo fato de que Sophie estava se revoltando e querendo fazer tudo do jeito dela. Será que ela não entende que só queremos seu bem? Não faríamos nada disso se não fosse realmente necessário.

Senti alguém se aproximando mais nem me dei o trabalho de ver quem era, continuei com o rosto enterrado no travesseiro.

- Filho está passando mal?  - Mamãe sentou-se na cama, e acariciou minhas costas.

- É tão difícil mãe. – Me joguei em seu colo e comecei a chorar como criança.

- Não fique assim meu amor, logo tudo isso vai passar.

- Eu não suporto ter que ser firme com Sophie, e brigar por suas atitudes infantis.

- Isso é normal, você a ama. Mas tem consciência que precisa ser severo mesmo que isso o machuque.

- Por que ela fez isso me diz? Nós somos felizes, eles têm tudo que precisam: Amor, família, amigos, uma condição de vida boa. E ela resolve estragar a vida dela por causa de um adolescente ridículo?

- Meu filho cada um tem um tipo de reação. Essas coisas de primeiro amor sempre acontecem, as pessoas se desiludem. Você mesmo entrou na bebida por causa de uma mulher.

- Mas eu não queria me matar.

- Mas queria se atingir de alguma forma, e principalmente chamar atenção. Não estou acobertando Sophie, e disse isso a ela. Mas essa foi a forma que ela encontrou na hora de fugir dos problemas. Temos que agradecer muito, pois o pior poderia ter acontecido. – No fundo mamãe tinha razão, mas eu não queria admitir isso para mim mesmo. Só de imaginar que eu pudesse ter perdido Sophie me amedrontava. – Porem mesmo que saibamos que poderíamos ter pedido ela, não podemos acobertar essa situação. Sophie está complicando tudo, vocês precisam ser rígidos.

- Eu sei disso, mas já há muitos problemas na minha cabeça.

- Que problemas?
- Coisas relacionadas com a empresa, mas não se preocupe eu vou resolver. E quanto a Sophie eu espero sinceramente que ela comece a colaborar, se não a situação ficara ainda mais difícil.

- Ela vai colaborar tenho certeza. Mas por enquanto vocês precisam ser rígidos, e não se deixar levar pelas atitudes mimadas dela. – Agora eu já estava bem mais controlado, mas ainda continuava no colo da mamãe. Podia parecer ridículo um homem de 40 anos assim, mas eu realmente precisava disso e ela amava me tratar como se ainda fosse seu bebe.

- Espero que sim mãe. Mais para isso vou precisar da ajuda de vocês. – Ela sorriu.

- Sempre estaremos com você querido.

- Obrigada mãe.

- De nada meu amor. – Ela me beijou. – Sabe.. Você me lembra muito seu pai. Sempre que você ou Alice aprontavam, ele ficava extremamente irritado por ter tido que brigar com vocês.
Por que eles sempre querem me desafiar? Sabem que eu não gosto de brigar com eles, já deixei isso bem claro, mas eles insistem em me deixar nervoso.” E usava exatamente as mesmas palavras.

- Fico extremamente lisonjeado em me parecer com ele. Sempre o admirei muito, quando pequeno eu pensava nele com meu herói.

- Você nunca me disse isso.

- Era coisa de criança mãe. Mas hoje eu vejo que ele foi sim um herói, por conquistar tudo que conquistou, e nos mostrar que os seres humanos podem ser bons como ele foi, basta querer.

- Sim. Ele foi nosso herói.


"As dificuldades ensinam e fortalecem; as facilidades iludem e enfraquecem". (Arnon de Mello)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meninas muito obrigada pelos reviews do capitulo anterior. Eu li todos, mas infelizmente estou sem tempo para responder, quando der com certeza farei isso. Estou arrumando as coisas para me mudar :/

Sei que muitas de vocês estão achando o comportamento de Sophie um absurdo, eu concordo. Mas garanto que já isso acaba, Jacob terá uma conversa muito boa com ela no próximo capítulo.

Espero que tenha gostado. Comenteem :):)

beijooos

(P.S: Avisinhoo: Talvez eu possa demorar alguns dias para postar o proximo, porque não tenho idéia de como ficará minha vida. Acredito que bem corrida daqui para frente. Espero sinceramente que me compreendam)