Treina Comigo escrita por Carlos Abraham Duarte


Capítulo 6
Perigo Iminente


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo amarra as pontas deixadas soltas no Prólogo.



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- Pessoal - disse Ruby Toujyou para Tsukune, Moka, Yukari, Kururmu e Mizore ao encontrá-los pelos corredores. Estava elegante e alinhada, de saia xadrez azul-marinho um pouco acima do joelho e colete azul-celeste sobre blusa social branca de mangas compridas, e sapatos pretos de salto alto, embora usasse um pincenê antiquado em vez de óculos. - Muitas, muitas coisas aconteceram. Temos um problema muito grave para a escola. Hitomi Ishigami fugiu da prisão youkai de segurança máxima e até agora não foi encontrada. Desconfiamos que ela esteja nos arredores da escola, talvez no distrito comercial.

Hitomi Ishigami! Moka, Tsukune, Yukari e Kurumu engoliram em seco (Mizore, sendo uma mulher das neves com sangue de granizo, mantinha-se impassível como sempre, chu!). Hitomi Ishigami, a insana górgona para quem a forma suprema de expressão artística é pura destruição e caos; a criminosa ex-professora de Artes da Youkai Gakuen que Tsukune e suas amigas ajudaram a tirar de circulação, primeiro por transformar suas alunas em estátuas de pedra "vivas", e, depois, por usar o perigosíssimo Espelho de Ririsu para forçar os youkais a desvelar suas verdadeiras formas e naturezas demoníacas - a súbita remoção do disfarce humano que mantinha a escola em relativa paz provocou a eclosão e o acirramento de velhos ódios e tensões raciais entre os youkais, numa orgia de destruição em uma escala jamais vista desde a criação do internato, causando uma centena de feridos e alguns mortos, além de danos materiais da ordem de milhões de ienes.

- Não entendo - disse Kurumu, com a simplória franqueza que lhe era peculiar. - Se é de segurança máxima então como foi que a Ishigami escapou?

- Ela teve ajuda de fora. Ou de dentro - replicou Ruby. - De qualquer modo, enquanto a Ishigami estiver à solta e tão perigosamente próxima, todos na escola correm risco de vida. Ela jurou se vingar por ter sido mandada para a cadeia. O diretor me incumbiu de convocar uma reunião de emergência com todos os representantes de turma.

Para seus amigos, que podiam ver-lhe as cores da aura astral, azul e violeta claro refulgiam em volta da sua cabeça, verde na frente do coração e vermelho quente na frente do seu estômago, do seu plexo solar. As cores de sua aura refletiam a preocupação e o sentimento de obrigação de tomar conta das pessoas e se responsabilizar pelos problemas delas. Afinal, assim pensava a karasu onna, como assistente do diretor, além de corresponsável pela manutenção da barreira mágica isolando o colégio do mundo humano, cabia-lhe zelar pela segurança e o bem-estar dos estudantes.

Moka e Tsukune se entreolharam. (Ele, também, à medida que o sangue de vampiro de Moka, veículo da força vital youkai, ficava mais forte em seu corpo físico e astral, vislumbrava coisas que o comum dos mortais não podia ver. Chu!)

- Compreendo - disse ele, tentando aparentar calma e força. - Na minha condição de representante da sala 2-1, eu vou participar da reunião com a Ruby-san. Moka-san, você e as meninas ficam encarregadas de alertar os nossos colegas de classe, OK? Depois a gente se vê no Clube de Jornalismo.

Moka assentiu com a cabeça. - OK, Tsukune - respondeu com uma expressão muito séria em seu rosto lindo. Kurumu, Yukari e Mizore também balançaram suas cabeças afirmativamente.

"Tsukune-san já demonstra uma atitude mais madura, de líder", pensou Ruby. "Que interessante! Acho que valeu aquela nossa sessão BDSM no Paraíso dos Monstros."

Tsukune estava prestes a se retirar quando a voz de Moka o deteve.

- Tsukune! Um instante, por favor.

- Sim, Moka-san, o que é?

- É... é a Kokoa-chan. Ela também é representante de turma, você sabe. Da sala 1-3. Se a encontrar, pode dar isto a ela, por favor?

A vampira tirou do bolso do blazer uma caixinha de veludo e a entregou ao rapaz.

- Isto são pastilhas de sangue - ela explicou. - É só colocar duas dessas num copo e despejar água. - Hesitou momentaneamente. - A Kokoa precisa muito, sabe.

- Tá legal, Moka-san, eu dou pra ela.

Em seguida ele e Ruby foram pelos corredores.

- Galera, a gente deveria rodar uma edição extra do Youkai Shinbun, pra denunciar o perigo representado pela presença da Ishigami lá no distrito comercial - sugeriu Yukari, após Tsukune e Ruby irem para a reunião extraordinária. - Com certeza o Tsukune-san vai trazer um bom material dessa reunião pra nós, desu.

Todas concordaram.

- Eu tava pensando - Kurumu comentou casualmente, enquanto voltavam para a sala de aula. - A Ishigami-sensei odeia o Clube de Jornalismo mais que tudo, afinal fomos nós que mandamos pra trás das grades. E se ela resolver nos atacar em primeiro lugar?

- Se bem me lembro das palavras daquela medusa psicótica e autocentrada, ela falou de arrancar a pele dos nossos corpos, despedaçá-los e quebrar todos os ossos, e ainda transformar nossas cabeças em pedra - disse Yukari em tom de deboche. - Uuii, que medo, desu!

- Se ela gosta tanto de estátuas, eu posso transformá-la numa estátua de gelo eterno - disse Mizore com sua habitual calma glacial.

- Não subestimem a Ishigami por ser uma desequilibrada mental - interveio Moka, que não era a favor desse tipo de heroísmo. - Isso faz dela um inimigo ainda pior, porque não recua diante de nada nem escolhe meios para atingir os seus objetivos.

- Ah, mas ela gosta de brincar com os adversários e tripudiar em cima deles, deixando a guarda aberta - observou Yukari. - É uma falha que a gente pode explorar.

Um homem alto, musculoso e robusto, com ares de executivo bem sucedido passou por elas no corredor. Tinha um rosto bonito, cor de bronze fosco, cabelos pretos ondulados, cavanhaque bem aparado e usava traje esporte fino. Trazia na mão uma pasta masculina em couro marrom legítimo. Mizore, Kurumu e Yukari mal repararam nele, mas Moka viu-se tomada como que por uma inexplicável sensação de angústia e mal-estar. Subitamente soou a voz silenciosa da "outra Moka", da personalidade sanguinária selada, em seu cérebro.

- Tome cuidado com esse cara, Omote. Eu sinto um youki poderoso nele. Talvez no mesmo nível de uma criatura sobrenatural como Kuyou Youko. Seja ele quem for, é potencialmente perigoso, e tem alguma coisa pra esconder. Fique esperta!

"Ura-chan", Moka dirigiu-se mentalmente ao seu alterego selado, "aquele homem... tem um cheiro nada agradável. Não pode ser uma boa pessoa."

Mesmo com a maioria das habilidades sensoriais de vampira lacrada pelo poder do rosário, o olfato de Moka permanecia tão aguçado quanto o de um gato ou um cão, sendo, inclusive, capaz de identificar as verdadeiras intenções das criaturas, humanas ou não, traços de sua condição e caráter pelo seu cheiro. (Por exemplo, o odor corporal de Tsukune era muito bom, muito melhor que o das outras pessoas, chu!)

- E aí, galera, qual a próxima aula? - indagou Kurumu.

- Matemática. Ririko-sensei - respondeu Yukari. - Pode tremer, Kurumu-chan.

Entrementes, mais alguns corredores adiante, Tsukune recebeu um esbarrão involuntário do tal homem misterioso, de pele morena e cavanhaque perfeito, portando pasta executiva, que se desculpou, dirigiu um rápido cumprimento a Ruby (que parecia fascinada pelo campo áurico dele) e seguiu seu caminho. Intrigado, o estudante perguntou à jovem bruxa se ela conhecia aquele homem, ao que Ruby respondeu afirmativamente.

- Ele se chama Khurshid Shersorkh, mora no mundo dos humanos e trabalha como representante comercial da Sphinx Technology Limited no Japão. Como você já deve saber, o diretor encomendou a compra de mais de trezentos notebooks, e Shersorkh-san está aqui para fechar o negócio. Mikogami-sama o conhece, ele já foi aluno da Youkai Gakuen há vinte anos. Pelo menos, foi o que Mikogami-sama me contou.

- Não é um youkai japonês? - quis saber Tsukune. Pudera perceber o forte youki que irradiava daquele ser graças à sua nova habilidade vampírica de percepção da aura, recém-despertada pelo treinamento implacável de Ura-Moka. Aura psíquica brilhante e vibrante. Que tipo de demônio seria aquele?

- Ah, não, Tsukune, claro que não. Ele veio do Irã, mas não sei qual a sua raça. Não sei muito sobre as criaturas sobrenaturais de lá. Atualmente é cidadão dos Estados Unidos. Digo, entre os humanos ele se faz passar por cidadão dos Estados Unidos nascido no Irã.

Tsukune afinal deu de ombros. Já tinha preocupações de sobra com a louca Ishigami rondando tão de perto o internato. "Precisamos detê-la de um jeito ou de outro", pensou convicto. "Mais uma razão para treinar duro... ainda mais duro... Ura-san, Moka vampira, me aguarde esta noite!"

Na coordenadoria, encontrou os demais representantes de classe, e, entre eles, Kokoa Shuzen. Pareceu a Tsukune que a irmã caçula de Moka não tirava os olhos famintos da sua garganta.

************

Clube de Jornalismo da Academia Youkai.

- Pois é, galerinha. Enquanto vocês, crianças, alegremente brincavam de Naruto na reserva particular do Diretor, o papai aqui arriscava a pele de lobo pra conseguir isto.

Ato contínuo, Ginei Morioka, presidente do clube, rapidamente tirou do bolso do blazer um punhado de fotos que jogou em cima da mesa.

- Vejam quem eu flagrei ontem, nos Arcos Mononoke.

Moka, Kurumu, Yukari e Mizore inclinaram-se sobre a mesa.

- Mas essa nas fotos é a Ishigami-sensei! - exclamou Kurumu.

- A própria - confirmou o charmoso e simpático lobisomem mau caráter. - Descobri que ela estava camuflando a sua verdadeira aparência com magia e indução telepática, além de selar o próprio youki. Infelizmente pra ela, e felizmente pra nós, nada disso dá proteção contra a boa e velha fotografia digital.

- Isso é muito estranho - disse Mizore, olhando desconfiada para o rapaz esguio e musculoso de tez morena clara, olhos estreitos castanho-escuros e cabelos pretos com a indefectível bandana vermelha. - Por que só você descobriu o paradeiro dela, Gin-senpai?

- Tenho minhas fontes de informação - retrucou Ginei laconicamente. - E garantir o anonimato das mesmas é meu compromisso como repórter investigativo. - Ele sorriu cinicamente, mas sério, deixando a mostra os dentes alvíssimos. -  Falei bonito, não falei, meninas?

- Conheço esse cara com a Ishigami-sensei - disse Moka, apontando para as fotos onde a ex-professora medusa aparecia acompanhada de um homem. - Passamos por ele no corredor, duas horas atrás. - Virou-se para suas amigas. - Vocês não lembram?

- Agora que a Moka-san mencionou... desu - disse Yukari.

- Humpf! Aposto como o Gin-senpai tem algo a dizer sobre ele, também - opinou Kurumu, olhando de esguelha o youkai-lobo e apontando-o com o polegar. - E aí, seu lobo pervertido, sabe de algo mais que não sabemos?

Por acaso, eu sei, sim - replicou o otoko-ookami. No cordão em seu pescoço, brilhava um pingente de prata em formato de lobo, símbolo das "Tribos da Lua". - Já me informei sobre o dito cujo. O nome dele é Khurshid Shersorkh, representante de vendas de uma empresa de informática no mundo humano, a Sphinx Tech Ltd, a mesma que vendeu os tais notebooks pra nossa escola. Melhor ainda, ele e a Ishigami foram colegas de classe, há muitos anos, aqui na Youkai. Tudo a ver, né?

As garotas ficaram boquiabertas com a sagacidade do presidente do clube. Ginei Morioka podia ser um devasso que às escondidas fotografava garotas em roupas íntimas no vestiário feminino e apertava os seios delas a título de "cumprimento", mas, em se tratando de jornalismo investigativo, o rapagão não gracejava e levava o trabalho a sério.

- Eu poderia tentar achar o tal do Shersorkh com a minha clarividência, desu - propôs Yukari. - Já a Ishigami tem a proteção de uma série de feitiços antilocalização.

- Desnecessário, Yukari-chan - retrucou Ginei. - Shersorkh-san está hospedado no "Restaurante e Hotel Flor do Mato", o único estabelecimento do gênero na área dos Arcos.

- Então, tudo que temos a fazer é vigiar esse sujeito, que ele nos levará à Ishigami - concluiu Mizore tranquilamente.

- Nós não, Mizore-chan - corrigiu Moka. - Não é trabalho do Clube de Jornalismo. Vamos, isto sim, publicar uma edição extra do Jornal Youkai, com tudo que já sabemos a respeito e mais as informações que o Tsukune e a Kokoa trarão da reunião. O resto fica por conta do Diretor e da milícia dele, que tem poder de polícia até nos Arcos Mononoke.

- Isto é, se a Kokoa-chan não quiser correr atrás do tal do Shersorkh, ela própria - Kurumu cochichou no ouvido de Mizore. - A vampirinha dos cabelos cor de fogo tem mania de detetive. Não me admiraria se tentasse prender a Ishigami e o amigo dela.

- É, que nem naquele caso do trio de ladrões que penetrou na escola e feriu alguns alunos - observou a youkai das neves. - E ainda no caso do "maníaco" que atacava as garotas pra rasgar as roupas delas em noite de Lua cheia... e que, final das contas, era uma maníaca, com fixação romântica pelo Gin-senpai e ódio gratuito pelas ex-namoradas dele.

- Chega de papo, galera - interrompeu Ginei, e seu sotaque de Kansai tornou-se ainda mais evidente. Sentou-se de pernas esticadas e colocou os dois pés em cima da mesa. - Temos uma edição especial pra rodar, e é pra ontem! Sem esquecer de dar o devido crédito a este presidente, um modelo de jornalista comprometido com a notícia e com a busca da verdade.

Um sorriso largo, a um só tempo cínico e cativante, tomou conta de sua face bela. Considerava-se um galanteador e sedutor irresistível. Por isso não compreendia como o medíocre Tsukune lhe arrebatara a linda Moka, a sexy Kurumu, a inteligente Yukari e a fria Mizore. Não percebia que o segredo do sucesso de seu "rival" humano estava no respeito que dedicava às amigas e companheiras, ao passo que ele, Ginei, enxergava as mulheres como meros objetos sexuais a serem conquistados, e não como pessoas.

- É, gente, não há como negar o valor do Gin-senpai como repórter investigador - disse Moka com um sorriso delicado. - Não fosse pela ação dele e não saberíamos sobre a Ishigami-sensei.

- Só não queiram ver as outras fotos que ele esconde em outro bolso do blazer - disse Yukari em tom irônico, segurando uma bolinha de cristal de quartzo branco bem no centro da testa, à altura do chacra frontal ou ajña. - Uma vez pervertido, sempre pervertido, né, Gin-senpai?

Os longos olhos oblíquos de Ginei se apertaram ainda mais, até ficarem reduzidos a duas fendas. Disse: - Gostaria que a pirralha prodígio usasse seus poderes  mágicos pra uma finalidade construtiva, como, por exemplo, fazer crescer um par de peitos decentes nesse corpinho de tábua. Não tem vergonha de ser tão "reta", Yukari-chan?

- Repita isso se for macho! - A voz de menininha de Yukari subiu uma oitava. A pequena bruxa já empunhava ameaçadoramente a sua vareta mágica encimada pelo hexagrama, ou Selo de Salomão, dentro de um aro em formato de coração.

- Repito quantas vezes você quiser, tabuinha - replicou Ginei em tom desafiador. Um sorriso cruel, quase uma careta, cobriu seu rosto. - E aí, ô pequena pentelha, vai fazer cair uma panela ou uma frigideira na minha cabeça?

- É melhor não provocar, Gin-senpai - advertiu Kurumu.

- Eu vou te mostrar, seu conquistador barato, inimigo de todas as mulheres - respondeu Yukari, dando ao veterano do terceiro ano um olhar duro. - A mais, é uma ótima oportunidade para testar meu novo feitiço.

Ela sorriu matreira, em seguida ficou séria e, girando no sentido anti-horário a varinha mágica, proferiu uma fórmula de encantamento que soava como uma mistura exótica de nepalês e tibetano com dialetos hindus. No mesmo instante um grande balde de aço cheio de água até a borda materializou-se acima da cabeça de Ginei, tal qual uma espada de Dâmocles. Depois, como que mãos invisíveis foram virando o balde de boca para baixo e despejando toda a água fria sobre o desventurado garoto lobisomem, que ficou enxarcado da cabeça aos pés. (Que figura patética, chu!)

- Yukari-chan! - Moka ralhou com a menina bruxa, enquanto Kurumu e Mizore caíam na gargalhada, sem dó nem piedade. "Valeu, Yukari-chan", diziam as duas, rindo e levantando os polegares.

- Mas, Moka-san - protestou a bruxinha, com a cara mais inocente do mundo - para um nível de feromônios tão alto como o dele, nada melhor que uma boa ducha fria!

Sem perder a compostura, Ginei levantou-se, bem devagar. Pingava água por todos os lados. - Que estão esperando? Ao trabalho, minha gente! - falou alto, batendo palmas. - Vou dar uma saída pra trocar de roupa no meu alojamento. Fui!

Moka, Yukari, Kurumu e Mizore começaram a trabalhar no esboço da matéria da primeira página da edição extra do Jornal Youkai, ou seja, a história da fuga e localização da ex-professora de Artes Hitomi Ishigami. Dali a meia hora, Ginei estava de volta; vestia calças cáqui e suéter de tons pastel, ostentando ainda o pingente de lobo prateado no cordão e a bandana vermelha nos cabelos pretos lisos. Tsukune chegou logo a seguir, sozinho. Kokoa não estava com ele.

- Tsukune, por que a Kokoa-chan não veio junto com você? - perguntou Moka, apreensiva. No fundo, tinha medo de saber a resposta.

Tsukune comprimiu os lábios. Como explicar?

- Moka-san, nós temos um problema.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo pode ser considerado bem "cool", ou "light", bem típico do anime/mangá, inclusive, com a 1ª aparição do canastrão Ginei Morioka. Já o próximo, garanto que será muito mais "dark"... mais vampiresco! Quem ler, verá!



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