Hikari escrita por Mel Teixeira


Capítulo 1
I - Sexta-feira


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que gostem de mais algo meu escrito, depois de tanto tempo sem postar, estou de volta e eu quero reviews hahahah! Um beijo! Aproveitem Hikari!



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Você realmente existe? - Pensei - Olhei para a carta em minha mão e deixei algumas lágrimas cairem. Fugindo um pouco da tristeza, olhei para a minha unha descascada do esmalte passado recentemente. Mas, não sei bem o motivo de estar chorando porque se ele realmente quis isso, eu o amo tanto que terei de libertá-lo, terei de aceitar essa decisão, embora doesse. Eu não sei lidar com dor e muito menos com coração partido mas, sei que preciso retomar minha vida... Ir para a escola assim e transparecer toda essa tristeza, eu não posso; Tenho que me fazer de forte, orgulhosa. Afinal, não é isso que pensam de mim?Eu só precisava me distanciar do Felipe, mas, como? Eu o amo ainda.

Eu pensei em tudo isso antes mesmo de sair da cama e já acordei com dor de cabeça na sexta-feira. Passou-se uma duas semanas do ocorrido ou melhor, do fora que eu levei depois de expressar meus sentimentos à ele e ele com toda a sua elegância repugnante, só conseguiu me mandar uma carta dizendo ''desculpa''. Eu achei o cúmulo do ridículo mas, foi bem melhor do que ouvir as palavras entrarem nos meus ouvidos claramente. Preferi que elas entrassem nos meus olhos com tamanha tristeza. É, felizmente é o meu orgulho aparecendo vivo dentro de mim. Amanhã era sábado, isso significava um pouco de paz na minha vida. Sem trabalho, sem escola, sem amigos com problemas e principalmente sem Felipe.

Eu já estava começando a sentir um pouco de raiva, é isso que acontece normalmente, não? Se não acontece com você, felizmente você ainda não sofreu nenhuma decepção amorosa.

Continuando com a minha vida matinal de sempre, fui até o banheiro, realizei uma higiene na pele, nos dentes, tomei um banho e peguei o secador no quarto e fui para o banheiro novamente. Eu decidi, com tamanho orgulho, começar a cuidar de mim, a partir de agora, afinal ele não vai ser o único felizardo ao qual eu irei me apaixonar pela vida toda. Saí do banheiro com o uniforme: camiseta cinza com o brasão da escola ao lado direito do peito, calça até a canela, para amenizar o calor, antes de sair do banheiro, olhei para o espelho ainda dando uma última analisada no cabelo e arrumando a franja para o lado esquerdo. Eu já to cansada de me chamarem de emo ou coisas parecidas, é tanta infantilidade na cabeça dessas pessoas... Eu nem sequer tenho tempo de pensar nessas coisas de adolescentes sem ter o que fazer... Chegando no quarto, liguei a luz, calcei os tênis e desci. Na cozinha, o clima era outro, meus pais conversavam animadamente, minha mãe com uma xícara de café nas mãos e meu pai, um cigarro. Já cheguei na agressiva, chingando ele por estar fumando, poxa ele sabe que eu odeio cigarro, isso é coisa de trouxa, claro que eu não disse a última frase. Tomei café e aguardei meus pais dentro do carro, quando era 7:10 da manhã, apareceram.

Meu pai sentou confortávelmente em seu Clio, ajustando o cinto de seguraça enquanto colocava-o e minha mãe passou o cachorro para o outro lado do jardim, para que o cachorro não saíssem para fora... Sim o cachorro é tão diabólico que quando tinha uma chance, saía para fora e eu nem sei pra quê, em dentro de dois segundos ele voltava, pobre cão as vezes eu sentia pena mas, eu não tinha tempo de cuidá-lo e ele era muito grande, afinal era um pastor alemão de mais ou menos 5 anos.

Enfim saímos e o meu pai me largou na escola. Dei tchau e me retirei do carro. Parecia que minha vida não rodava mais envolta da minha família, apenas da escola.

Já chegando no pátio da frente, avisto Martina, Gabrielle, Adriana, Luiza, todas loucas por mais um finde semana acompanhado por mim. Eu cheguei sem animo nenhum e já fui logo dizendo:

-Me esqueçam nesse finde falou?

-Pode tirando essa ideia da cabeça Mel! - Falou Martina com olhar tristonho.

-Como assim Mel? - Falou Adri que perdeu o entusiasmo na hora.

-Poxa meninas, eu to mal, AINDA.

-Por aquele saco de banhas, Mel? - Perguntou Gaby me encarando, mas, entendendo.

Luiza não abriu a boca, somente observava.

-Sim, vocês acham que eu sou robô para esquecer tudo assim, do nada? Eu não esqueço do fora que ele me deu! - No momento que eu falei, pensei o que eu faria com ele no finde semana se estivéssemos juntos. 

-Então, vai se afundar na cama e no PC, Mel? - Perguntou Gaby preocupada com meu comportamento.

-Sim, o que mais posso fazer? Ah, e além disso, marcou chuva no finde semana, posso ter cobertores além da cama, isso me deixa mais feliz em casa. - Ergui a sombrancelha.

Gaby fez uma cara de tédio e disse:

-Então eu passo o finde semana com você, mas, na net, tudo bem? - Esperou que eu dissesse sim. 

-Sim, tudo bem.

O sinal tocou, fomos para os nossos lugares da fila. Estavámos na sétima série e eu já sabia o que era amor, trabalhava e sentia como se um livro pesado de grandes responsabilidades caísse sobre minha cabeça. Eu era realmente uma adolescente quase adulta.

Abri meu caderno com nenhuma vontade, sabendo que Felipe sentava-se ao meu lado e coloquei a 2/4/2009.

''Oh meu Deus, eu falo com ele? Dou bom dia? O que eu faço? - Pensei - Novamente estou eu pensando bobagens, afinal ele nem está aí, deve estar pensando na menina que ficou no mesmo dia que ficou comigo, sua trouxa! - Pensei.

As aulas foram uma droga e as meninas estavam tentando me animar, passavam bilhetes dizendo alguns palavrões e falando coisas bagaceiras para mim, mas, eu só conseguia sorrir pouco, não tudo o que eu queria. Minha professora de matemática percebeu que estava havendo algum burburinho no meio da sala e bem na hora que passaram o bilhete dizendo: ''Imagina você e o Felipe... hahaha'' ela viu e me perguntou:

-Pode compartilhar conosco sua felicidade e o motivo da graça? Não vejo nenhuma. 

''Velha maldita tinha que perceber, ah te odeio''.

-Não professora, acho que não há nada.

-Posso dar uma olhada no bilhete, se não quiser falar então dai você vai rir com a diretora! - Droga, se ela ler isso vai rir muito e sei lá o que vai acontecer, ah dane-se! - Pensei.

Largando tudo, falei:

-Não vou colocar a culpa nas minhas amigas então se quiser, eu estou aqui, pode me levar.- Vamos velhota! - Pensei.

-Não, não vou perder tempo e vou continuar a aula.

-Hum, tudo bem.

Me sentei e as meninas começaram a rir baixinho de modo que pude ouvi-lás.

O recreio estava chato e sentei-me com minhas amigas perto da quadra de basquete onde Felipe jogava atentamente.

No final da aula, prossegui para o carro do meu pai sem muitas despedidas e segui para casa que era ali perto da escola. Cheguei em casa, lavei as mãos, abri a comida quentinha em uma marmita, coloquei a mesa enquanto meu pai dava comida para os gatos, cães e lavava as mãos. Sentamos e como de costume, comemos em silêncio. Subimos as escadas e dormimos um pouco na cama de casal do meu pai e da minha mãe, pois bem, eu tinha uma relação legal com meu pai, éramos como verdadeiros amigos, mas, não demonstravámos tanto afeto, não tanto o quanto possuíamos. Dormíamos, levantavá-mos e eu me trocava e colocava uma maquiagem leve e claro, não esquecia do MP3 em casa. Ele ia junto. Chegando no escritório, eu trabalhava pouco, porque estava no inicío mas, eu era esperta e aprendia observando: Nelci, Priscila e Sinara que trabalhavam atentamente atendendo telefones, clientes que chegavam e tiravam notas fiscais.

Meu pai tinha uma empresa de aluminíos coloridos (aqueles acabamentos envolta de uma janela de alumínio ou boxer de tomar banho, sabe?) e então o movimento era intenso.


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Notas finais do capítulo

Gente, me puxei, não? Após varios milesimos meses sem escrever, ahh me sinto nova!!!LEIAM E DEIXEM REVIEWS, LOGO O SEGUNDO CAPITULO OK? MAS, SÓ DPS DE ALGUNS REVIEWS AHAHAHHA!BEIJAAAAAAO!



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