Passava da uma da manhã, quando a maioria dos convidados havia ido embora, restando apenas alguns. Vitor estava aos beijos com a Prixie em um canto afastado da festa, finalmente ele achou alguém. Eu estava conversando com um dos convidados que restou quando senti uma mão em meu ombro:

-Olá filho. Parabéns pelo noivado!-disse minha mãe, seu rosto iluminado de alegria.

-Mãe!-falei e a abracei. –Pensei que não viria.

-Não podia vir mais cedo, haviam muitos humanos aqui, acho que você não queria um assassinato em massa na sua festa de noivado. –ela falou, gargalhando no final.

-É, tem razão sogra. –disse Joanne, chegando perto de nós dois e abraçando minha mãe.

-Marina, é você?-disse meu pai, notando a diferença entre a minha mãe que ele conheceu e a de agora.

-Olá John, tudo bem?-ela disse.

-Sim, está melhor agora que te achei. Vamos conversar. –ele disse e eles foram para outro canto da festa. Eu me sentei com Joanne em um banquinho do jardim, ela com a cabeça em meu colo e eu acariciando seus cabelos. De repente o meu celular começa a vibrar no meu bolso. Era uma mensagem:

“Se quiser ver a pequenina meia-humana e o seu primo humano de novo, me encontre sozinho no penhasco de La Push em 5 minutos. Rhayenny”

Vasculhei toda a festa e realmente não achei o Luan e nem a Samantha. A mensagem veio do celular do Luan.

-Alguém viu o Luan? Já procurei em todos os lugares e não o achei... –perguntou Leah, chegando perto de mim e Joanne.

-Ele foi seqüestrado junto com a Samy. –falei sem emoção.

-Como é que é?-perguntou Leah, sua voz subindo uma oitava. Fui para dentro da casa e mostrei a mensagem que veio do celular do Luan para toda a família. Leah estava ficando histérica.

-Você não pode ir lá sozinho, Danny!-ela falou.

-Leah e eu temos que ir. Ela não pode encostar na Samy e no Luan. –falou Seth.

-Vocês leram a mensagem, ela disse que eu tenho que ir sozinho. –falei. –O tempo está correndo. Tenho que ir.

Joanne veio até mim e me deu um selinho:

-Volte para mim. –assenti e disparei floresta a dentro em direção à La Push.

Comecei a correr pela floresta e logo cheguei ao tal penhasco que ela estava. Logo a vi. Ela estava de frente para o mar lá embaixo, o vento balançando seus cabelos ondulados, sua pele reluzindo a luz do luar. Ela se virou para mim e disse:

-Ah, o herói veio salvar o dia! Como é fácil atrair você até mim. Você com esse espírito salvador da pátria. Mas sabe, a vida não é uma história em quadrinhos. –Rhayenny terminou e veio até mim. Ela estava perigosamente linda.

-Onde estão meu primo e minha sobrinha?-perguntei, a raiva me dominando.

-Uh, calminha, temos muito o que conversar... –ela começou, mas eu a interrompi. Usei meu poder e a encurralei numa árvore:

-Diga onde estão meus parentes, AGORA!-gritei. Eu estava usando tanta força para prendê-la na árvore que eu tive q impressão que a qualquer momento seus braços e pernas iriam se separar do corpo. Mas de repente alguma coisa me atingiu, me arremessando a três metros de distância.

-Vejo que já conhece minha amiga, Rafa. –disse Rhayenny. Rafa me olhava à luz do luar. Ela que havia entregado o bilhete de Rhayenny há alguns meses.

-Olá Danny, que bom te ver de novo. –disse Rafa. Assim que ela disse isso correu para dentro da floresta e voltou com Luan e Samy amarrados um ao outro e com um pano tapando suas bocas.

-É melhor você devolvê-los, ou eu arranco sua cabeça!-falei entre os dentes.

Rafa avançou em cima de mim, me dando um chute no abdômen. Consegui cair em pé, e corri em direção à ela. Pulei por cima dela e caí por traz, segurando-a pelo pescoço. Ela deu um chute no meio das minhas pernas, e mesmo eu sendo um vampiro, doeu muito. Rafa conseguiu se soltar deu uma rasteira e eu caí de costas no chão, olhando diretamente para ela. Ela me deu um chute no peito, fazendo um barulho estranho e um buraco no chão. Eu não gostava da idéia de bater em uma mulher, mesmo vampira, mas tinha que fazê-lo. Consegui dar uma rasteira, derrubando-a. Me levantei e dei um chute em seu estômago, fazendo uma trilha no chão. Rafa se levantou, correu e me deu um soco no rosto, eu lhe dei um também e fomos para direções opostas.

-Ah, vamos acabar logo com isso. –disse Rhayenny. Ela estava com uma pedra na mão tão afiada que brilhava ao luar. E a pedra estava chegando perto da veia aorta do pescoço de Luan.

-Não se atreva... –comecei, mas ela me interrompeu:

-Você me conhece a sabe do que eu sou capaz. Não me provoque, ou seu priminho vai fazer um mergulhinho do penhasco, só que amarrado. –ela falava olhando diretamente em meus olhos, como se estivesse perfurando-os. Me dei conta do meu poder e usei para pegar a pedra. A pedra estava quase na minha mão, mas a tal sensação de estar apaixonado me dominou e Rhayenny estava me beijando fervorosamente. Pude ouvir ao fundo Rafa dizer para Luan:

-Olá garotinho. Vamos nos divertir um pouco.