Regret escrita por nandahh


Capítulo 5
Desperation


Notas iniciais do capítulo

Thans, olha só quem resolveu voltar? 8D
Claro, depois das várias ameaças que eu recebi dessas minhas leitoras no Twitter... Mas tudo bem #NOT

Pois é meu povo, o Nyah com essa frescuragem, o Seiji inventando moda... Tudo me desanima a continuar aqui~~
Por isso estou demorando mais do que o normal~~

Mas como eu ainda tenho leitores que lembram de mim, achei injusto abandonar essas fics, então, mesmo sendo apedrejada, cá estou eu 8DDDDD

Perdão pela demora, apesar de que eu falo isso sempre~~

Foram-se os bons tempos de atualizações de 10 em 10 dias .-.

Enfim, aproveitem o capítulo 8D



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Qual é o som da morte?

         Acordou sozinho, sem a ajuda do despertador novo que comprara dias atrás. Os olhos doíam, como se estivesse doente. Desde o diálogo que ele manteve com aquele ser... Aquele demônio... Suas palavras preenchiam toda sua mente. Mal conseguira pregar os olhos à noite. Porém, o cansaço lhe foi maior, e adormecera por algumas horas, por puro involuntarismo de seu corpo.

         Ruki ergueu-se e permaneceu sentado em sua cama. Ainda era cedo o suficiente para que ele fizesse alguma hora. Passou as mãos pelos cabelos e torceu para que todas as imagens presas em sua cabeça não fossem apenas flashes de um “sonho ruim”.

         A fala apelativa de Miyavi soou em seus ouvidos como um sussurro. “Mate-os” ecoou pelo quarto como um som grave ecoa pelo estúdio de gravação. O vocalista sorriu, ainda descrente de tudo que lhe estava ocorrendo. Porém, lembrou-se do que o demônio falou por último e ergueu seus olhos.

         Lá estava ela, apoiada sobre a cômoda e ao lado do porta-retratos. O objeto que garantiria a paz de Takanori. Aquela arma, refletindo a pouca luz solar que penetrava pela janela fez com que o coração de Ruki disparasse. Não, não era uma ilusão. Muito menos um “sonho ruim”.

         Era um completo pesadelo...

         O vocalista levantou-se, caminhou vagarosamente em direção à cômoda, pegou a arma nas mãos e por um instante, hesitou. Em seguida, levantou-a e aponto para a própria cabeça, fechando os olhos e contraindo-os.

         “Takanori, você está fazendo errado. Não é assim que se resolvem as coisas, não é, filho?”

         “Você é idiota o suficiente para não perceber quem é que está fazendo mal para si.”

         “Taka-chan, você deveria dar um jeito naqueles que estão lhe perturbando...”

         (...)

         - Mas vejam só, será que alguém deveria ter me ouvido? – Aquele mesmo jovem de antes falava para Miyavi, enquanto o vi se aproximar.

         - Não pense que eu desisti, demônio idiota. – Miyavi parou ao lado dele.

         - Então por que deixou o “brinquedinho” com aquele japonês e voltou pra cá?

         - Esse jogo está ganho. – Miyavi sorria, com satisfação.

         - Não seja convencido. – O outro demônio levantou-se. – Eu acho que ele não parece muito afim de matar aqueles amigos andrógenos dele...

         - Aposte e verá. – Miyavi respondeu.

         - Cinco almas humanas, está bom pra você? – O outro retrucou.

         - Seu saldo de almas chegará no negativo. Aposta ganha.

         - Seu maldito convencido. – O demônio emburrara-se enquanto Miyavi ria tranqüilo.

         Os dois demônios permaneceram ali, enquanto observavam um jovem vocalista à beira de um colapso...

         (...)

         Ruki abriu os olhos. Suas memórias passaram sobre sua cabeça novamente na mesma velocidade com que as vozes de seus pais e de seu irmão sumiram. O vocalista afastou a arma da cabeça e sorriu. Começou a olhar para os lados e para todos seus pertences. Era como se tudo fizesse um barulho desconcertante para seus ouvidos.

         Estava visivelmente perturbado.

         Porém, o sorriso não lhe abandonara mais o rosto.

         “Revidar...?”

         “Não lhe parece loucura...?”

         - Louco eu ficarei se tudo continuar assim... – Sussurrou para si mesmo.

         (...)

         - Não acham que deveríamos entrar em hiatus? Digo... Sabem, o Ru-san... – Aoi apagava o cigarro no cinzeiro.

         - Takanori está realmente estranho. Há algo muito errado com ele e nós não conseguimos descobrir o que é. – Kai completara a fala do guitarrista.

         - Estamos juntos há tanto tempo e é a primeira vez que eu o vejo assim... – Uruha olhava pela janela.

         - Quem sabe não seja algo passageiro... Eu sei que ele está agindo estranhamente, mas... Não podemos parar com as atividades da banda por causa disso. – Reita foi contra.

         - Akira! Você não sabe o que está acontecendo com ele, não pode falar algo assim! – Kai retrucou, bravo. – Precisamos ajudá-lo a superar o que é que seja que o esteja incomodando. Somos os melhores amigos dele, não é? Não devemos abandoná-lo.

         Reita olhou para o chão. Parecia estar insensível ao fatos que perturbavam Ruki, porém, a verdade era que ele não sabia o que fazer.

         Mas nunca se sabe quando alguém ouve o que falamos.

         É sempre bom tomar cuidado com as palavras...

         Afinal, não são elas que estão fazendo tanto mal para o vocalista...?

         - Justamente por isso eu concordo com Aoi. Vamos pausar as atividad—

         - Parar? Estão loucos? – Uruha colocava um ponto final na discussão, quando Ruki entrou na sala, sorrindo.

         Os integrantes se entreolharam.

         - Só porque eu estava meio depressivo esses dias não quer dizer que eu vá morrer. Não podemos parar agora, que estamos fazendo tanto sucesso. Se não, perderemos o “gás”! – O vocalista colocava suas coisas sobre a mesa e falava, sem abandonar o sorriso.

         Por um momento, os outros integrantes da banda ficaram ainda mais apreensivos. Não sabiam se aliviavam suas mentes ao ver o vocalista tão bem disposto novamente. Mas também não sabiam se aquilo era apenas uma máscara estampada em seu rosto.

         Reita parecia o mais confuso. Não estava sabendo medir seus atos...

         ... Nem suas palavras.

         - Eu disse que era só passageiro! – O baixista levantou-se e passou as mãos sobre os ombros de Ruki. – Não fica assim, chibi!

         Kai poderia ter erguido-se e socado a cara de Reita com toda a força, dizendo para ele parar de ser tão impulsivo. Vontade não lhe faltou. Mas o líder da banda sabia o que o baixista estava sentindo. Todos estavam com um passo atrás sobre as ações de Ruki. Mas queriam acreditar que o jovem que materializou o sonho de formar uma banda estava lá novamente.

         Enquanto o vocalista sufocava seu próprio ser...

         (...)

         Alguns dias se seguiram na PS Company, com o staff alegre por ver Ruki empenhado em ensaiar. Já planejavam a criação de um novo single, e as idéias passeavam pelas cabeças dos jovens integrantes da banda. Divertiam-se como de costume, porém, tentavam medir o que diziam para Takanori.

         Kai ainda sentia que aquela atmosfera estava estranha.

         Resolveu dizer algo.

         - Ruki, você... Está realmente bem?

         - Do que está falando, leader? – Ruki olhava para Kai, que parara de organizar os papeis sobre a mesa.

         - Digo, até uns dias atrás você parecia tão... Perturbado. E agora... Não para de sorrir...

         - Quer dizer que eu não posso mais ser feliz? – A feição de Ruki era a mais sarcástica possível.

         - Claro que pode. E deve. Nós queremos ver você assim. – O baterista respondeu, cauteloso.

         - Que bom. Então está tudo bem. – O vocalista riu novamente.

         Kai percebera que não conseguiria tirar nenhuma palavra da boca de Ruki. Resolveu acabar de organizar os papeis e ir se retirando daquela sala.

         - Kai... – Ruki o chamou, enquanto o via sair pela porta.

         - Sim?

         - Até quando nós podemos ser felizes...? – O vocalista olhou para o líder da banda com uma sombra nos olhos, o que deixou Kai totalmente assustado, sem conseguir dizer nada. – Estou brincando, vamos logo voltar para o estúdio! – E Ruki bateu com a mão no ombro Kai, passando por ele e dirigindo-se à frente.

         O baterista apenas contraiu as mãos contra os papeis que segurava, acompanhando Takanori com os olhos.

         (...)

         - Por que está aqui? Não devia ir até lá embaixo procurar algum humano a mais para enganar?

         - Por que eu faria isso? Já estou satisfeito com Takanori.

         - Você pensa pequeno. – O demônio coçou a cabeça.

         - E por que “você” está aqui? Passando o tempo? – Miyavi retrucou, irônico.

         - Qual é... Eu acabei de voltar do mundo dos humanos. – O outro bufou.

         - Mas não ficou com uma alma sequer. – Miyavi zombou.

         - Seu maldito... Não tenho culpa se você engana os humanos com mais facilidade que eu! – Irritou-se.

         - Ora, não tenho culpa se você é incompetente...

         - Seu desgraçado... – O outro demônio exalava fúria. – Eu sou incompetente? E você é um desperdiçador!

         - Por que diz isso?

         - Não pense que eu não sei que você já desperdiçou almas humanas! – Mostrou a língua.

         Miyavi ficou em silêncio.

         - Há! Quem é o esperto agora?

         - Cale a boca, idiota. – Miyavi bufou.

         - Sabe do que eu me lembrei? Uma vez, uma humana me deu um nome que me lembra esse tal de Takanori.

         - É? E qual foi?

         - Takeru!

         - Que nome mais ridículo. – Miyavi mostrou-se indiferente.

         - Ora seu...

         - Fique quieto e preste atenção... Está na hora do show... – E Miyavi direcionou o olhar para baixo, sorrindo, acompanhado pela curiosidade do demônio ao seu lado.

         (...)

         O staff chamara os integrantes da banda para passar o som mais uma vez, e experimentar novas melodias. Estavam presentes apenas Kai, Reita e Ruki.

         - Alguém vá chamar aqueles dois inseparáveis e adorados guitarristas... – Kai falou, impaciente.

         - Tudo bem, eu vou procurá-los. – Ruki ofereceu-se.

         O vocalista passava pelos corredores do estúdio, sempre com a cabeça baixa, em busca dos outros dois integrantes. As paredes pareciam fechar-se ao seu redor, enquanto segurava a respiração para não se afogar em meio há tantas imagens que rondavam sua mente.

         Desespero...

         Até que ele parou atrás da porta onde ouviu a voz dos dois guitarristas.

         - Acredita que Ruki está realmente normal? Toda vez que eu olho para ele, ele está sorrindo. Está... Assustador... – Uruha dedilhava algumas notas em sua guitarra.

         - Eu tive a mesma impressão. Ru-san nunca ficou assim, desde que eu o conheço. Espero que ele esteja realmente agindo normalmente... – Aoi completou.

         - Ultimamente vocês tem falado bastante de mim sem que eu saiba, não é? – Ruki entrara na sala, e sorria.

         - Ru-san, você... Você estava aí? Bem, nós—

         - Não se preocupem comigo. Eu vim aqui apenas para lhes dar um pequeno aviso. – O sorriso abriu-se no rosto de Ruki, e os seus olhos começaram a ter o mesmo brilho púrpura dos olhos de Miyavi.

         Antes que Aoi e Uruha pudessem dizer algo, a porta atrás de Ruki já havia se fechado...

         - Leader, me dê algumas batidas para que eu sincronize com meu baixo. – Reita falou, enquanto ligava o instrumento.

         - Tudo bem... – Kai sentou-se e começou a tocar sua bateria.

         As batidas nos tambores do instrumento soavam normalmente pelo estúdio. Até que algo ecoou mais alto, e o baterista parou de tocar.

         - O que foi? – Reita parara também.

         - Você ouviu isso? – Kai levantara, ainda com as baquetas nas mãos.

         - Isso o quê? Sua bateria? – Falou irônico.

         - Não, foi algo... Algo mais alto. Parecia... – Kai mal completara suas palavras e saíra do estúdio, apressado.

         - Kai?! Hey, Kai! – O baixista pousou seu instrumento no apoio e saiu atrás do líder da banda.

         Kai andava apressado, como que para seguir a fonte daquele som que ouvira. Reita vinha logo atrás, caminhando tão rápido quanto o baterista à sua frente. Até que os dois chegaram onde Ruki, Aoi e Uruha se encontravam e entraram na sala.

         O único som agora foi das baquetas de Kai caindo ao chão.

         Suas pupilas se contraíram, enquanto Reita colocou as mãos sobre a boca.

         Na frente dos dois, estavam dois corpos caídos ao chão, cobertos de sangue e Ruki, com uma arma nas mãos.

         O vocalista virou parcialmente o corpo, o suficiente para ver a reação de espanto dos outros dois integrantes que acabaram de adentrar àquela sala. Sorriu, com o rosto manchado pelo sangue dos dois guitarristas caídos à sua frente.

         - T-T-Taka... O que você... O quê... – Kai não conseguia crer no que via.

         - Sabe Yutaka... – Ruki virou-se completamente e deu alguns passos á frente. – Você me disse uma vez que podíamos mesclar o sofrimento com a vontade de viver. É, eu concordo. – Exalava um sorriso assustador. – Eu sei que você quer viver, mas acho que você deveria sofrer um pouco também. Você é autoritário ás vezes, mas sempre está sorrindo. Você nunca entrou em desespero? – Ruki olhava para sua arma, mas agora com raiva.

         - Takano—

         - Vamos ver se agora você para de sorrir, leader... – Levantou a arma novamente, apontou-a para o baterista e disparou três vezes.

         O sangue de Kai espirrou no rosto de Reita, que não conseguia dar um passo sequer, em nenhuma direção. Não tinha forças para se mover. Virou apenas o olhar para o lado, enquanto via o corpo do líder da banda cair ensangüentado no chão.

         - O que foi, Akira? Você está tremendo. Está com medo? – Ruki dizia com o mesmo tom de sarcasmo de Miyavi, enquanto soprava a fumaça que exalava de sua arma.

         Reita não conseguia de mexer. Apenas olhava, desesperado para o vocalista à sua frente.

         - Sabe que... Você tem que tomar mais cuidado com o que você fala... – Ruki aproximou-se e ficou bem perto de Reita. – E quer saber mais? Eu não acredito na história dessa sua faixa no nariz... “Para pararem de nos confundir”? E quem é que nos confundiria, Akira? – Ruki retirou a faixa do rosto de Reita com a arma e a deixou cair lentamente ao chão.

         - T-Ta—

         - Passageiro, passageiro... Muitas coisas são passageiras. Sabe o que mais é passageiro, Akira? – Ruki sorriu e encostou a arma no nariz de Reita. – A sua vida. – E disparou.

         Ruki observou o corpo do baixista a cair á sua frente. Seu rosto e suas mãos estavam cobertas de sangue. Mas em sua face pairava uma completa feição de tranqüilidade.

         O vocalista respirou fundo. O cheiro de sangue preenchia toda a sala. Pousou a arma sobre a mesa, retirou um cigarro do bolso e o acendeu. Sentou-se no meio daquele lugar e ficou a observar o que acabara de fazer.

         E agora...?

“O silêncio...”


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Notas finais do capítulo

COMOASSIMCARÃ,EU MATEI OS GAZEBOYS!!!1!11!!1

Tá, #parei ._.

Mas não se preocupem, ainda vai rolar muita história~~ 8DDD

Bom, como a parte "clímax" da fic esteve neste capítulo, já posso mostrar a vocês de onde eu tirei a ideia para criar essa história 8D

http://www.youtube.com/watch?v=x2tO7C0jQbg&feature=channel_video_title

É um dos meus vídeos favoritos de Vocaloid~~ 8D

Enfim, todo mundo odiou o capítulo, é, eu sei~~
Esse Ruki sanguinário, HSUEHSUESHEUSHESUEHSU D8
Vamos dar um jeito nisso depois~~

Então é isso, voltarei assim que puder~~

Obrigada a todos e atééééé o próximo .q