Accidentally escrita por Candy_Rafatz


Capítulo 32
033.


Notas iniciais do capítulo

capítulo novo, espero que curtam. *-*



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(sexta-feira) Edward terminou de vomitar. Mais uma vez. Era a terceira vez em menos de uma hora. E o pior é que nem tinha mais o que vomitar e mesmo assim seu estômago continuava se revirando, como se estivesse tentando vomitar todos seus órgãos.

Ele estava horrível. Ergueu-se do chão (já que pra vomitar, se ajoelhava no chão e se inclinava no sanitário) e foi para a pia, bochechou um pouco de água para tirar o gosto da boca e lavou o rosto com a água fria, ergueu a cabeça e viu seu reflexo no espelho. Estava o caco. Em menos de 24 horas conseguia ficar destruído sem esforço. Ele que já era branco, estava ainda mais pálido, mas em um tom doente meio acinzentado; fortes olheiras arroxeadas se formaram em baixo de seus olhos que estavam fundos e sem brilho algum, sua boca totalmente seca e branca, cabelos bagunçados como sempre e corpo mole, meio dolorido.

Era meio dia, sim, tinha acordado tarde. Estava se sentindo meio mole e sua cabeça pesava, seu estômago estava se revirando e pensou ser fome, fez sua higiene matinal e desceu para tomar café da manhã sozinho – apenas um grande copo de suco e torradas com geléia. Voltou para o quarto e sentia uma vontade louca de cair na cama e dormir, mal conseguia se manter acordado realmente. Deitou na cama e ficou ali alguns minutos, até sentir seu estômago gritar e algo subir até sua garganta, correu pro banheiro e pôs para fora o pouco que tinha comido na noite passada e um pouco do seu café da manhã pra. Vários minutos depois, vomitou de novo e saiu mais líquido e o resto do seu café da manhã. E a terceira vez vomitou mais por reflexo.

Voltou para a cama, meio tonto e se jogou nela. Tinha colocado uma calça para tomar café, mas tinha tirado-a e agora estava apenas de boxer novamente. Enrolou-se completamente sentindo uma brisa fria passar por ele, fazendo-o se arrepiar, de repente começou a sentir frio. Náusea, tontura, frio, moleza, vontade de dormir.

Fodeu, eu estou grávido. Edward pensou com humor.

Mas sabia o que tinha. Era a maldição de viagens que sempre tinha. Sempre em viagens que duravam mais de uma semana ele acabava ficando doente, e sempre algo relacionado ao estômago, talvez por ficar muito tempo comendo comidas diferentes e em outro ambiente. E até estava estranhando não ter ficado doente ainda. Sorte que era um mal estar passageiro ou então ferraria todo o objetivo da viagem, porque não sentia com a mínima disposição para escrever. Só queria ficar quieto em sua cama, sem fazer ou pensar em absolutamente nada. E queria que Bella cuida-se dele.

Bella cuidando de mim seria uma boa. De enfermeira então. Com aquelas roupas sexy de médico? Saia curta e uma blusa de botões bem colada ao seu corpo? E como o branco fica quase transparente com uma lingerie vermelha? Ou preta? Ou... Puta que pariu, sou um tarado, cala a boca pensamentos. Falou consigo mesmo, ao perceber o quanto seus pensamentos às vezes podiam ser doentios. Porque mesmo doente e quase desmaiando conseguia se imaginar transando com Bella.

Queria ligar pra ela, mas seu celular estava carregando e longe, não estava com disposição de ir até ele e discar algo. Preferiu ficar na cama com o rosto enterrado no travesseiro e coberto.

— Edward, meu amor, vamos pro restaurante ver a minha prima gostosa? — Nessie entrou gritando no quarto. Sua voz ecoou na cabeça de Edward e seu volume, já alto, foi ainda mais amplificado por sua dor de cabeça e tudo latejou.

— Fala baixo Nessie, não grita. — pediu com a voz arrastada e virou-se para ela.

— Nossa, você está horrível. Tudo bem? — perguntou fazendo uma careta.

— Não, não estou me sentindo muito bem, mas vou ficar. Só preciso descansar hoje e vou ficar bem. — garantiu. — Acho que estou grávido, já vomitei umas três vezes.

Nessie gargalhou com suas palavras e Edward gemeu de dor.

— Nessie, ri baixo, por favor. — ele pediu choroso.

— Oun, tadinho do Eddie. — ela fez bico. — Eu vou pro restaurante e conto pra Bells, tá? Vou até ficar lá e ela vem cuidar de você.

Eddie é nome de ursinho de pelúcia. E faça isso mesmo, quero-a aqui cuidando de mim. Diga a ela que estou doente, muito doente, extremamente doente, e preciso de uma enfermeira particular sexy pra ficar melhor. — Edward disse dengoso.

Nessie saiu do quarto rindo e acenando, deixando-o ali deitado, esperando por sua nativa.

*

— Nessie, você acabou de vim de lá, como ele está? — Bella perguntou preocupada.

Nessie já estava no restaurante há poucos minutos e conversava com a prima. O restaurante estava aberto e quem trabalhava era Bella e Leah, no caixa. Nessie chegou toda animada, Bella estava arrumando as mesas e mal lhe deu atenção, mas assim que ela disse “Ok então, já que você não quer me dar atenção, eu suponho que também não queira saber que Edward está doente” e depois riu da careta de Bella. E desde então a está pressionando para ter noticias e saber exatamente o que ele tem.

— Qual parte do “não sou médica” você não entendeu minha filha? — Nessie perguntou irônica, encarando Bella. — Ele está bem mais pálido que o normal, parece doente e disse que vomitou umas três vezes. Ele acha que está grávido, e se ele estiver provavelmente você é o pai. Podemos fazer DNA. Ah, ele quer um enfermeira particular sexy pra ficar melhor, palavras dele. — riu.

— Isso não tem graça, e se for algo sério?

Bella andou até o balcão onde Leah estava sendo seguida por Nessie. Ambas se sentaram junto a ele.

— Vai lá pra casa e cuida do seu macho. — Nessie respondeu com cara e tom de “não é óbvio?”

— O que aconteceu? — Leah perguntou curiosa.

— Edward está grávido requisitando a presença no pai, que no caso seria a Bella, no local onde está definhando.

— Hã?

— Edward está doente, Lee. E a Nessie é uma retardada idiota.

— Quanto amor e tesão reprimido, Isabella, sentiu isso Leah? Se quiser participar, só me ofender também. — Nessie retrucou sarcástica.

— Vai lá e cuida dele, Bella. A Nessie fica aqui comigo e faz o seu trabalho, o que ela já fez outras vezes. Vamos nos sair bem. — Leah garantiu.

— Oi? Alguém perguntou para Nessie se ela aceita isso? — Nessie perguntou retoricamente.

— Ok, então vou lá cuidar do meu forasteiro. — Bella ficou em pé animadamente, tirou o pequeno avental que usava e deixou sobre o balcão.

— Sério? Não vai nem pedir minha opinião?

— Por favor, priminha! Por favor, por favor, por favor, eu não te peço mais nada... Hoje. — Bella pediu chorosa. — Nessie, por favor!

— Ai meu deus, quanto drama hein? Você está me devendo essa. Vai lá e curte seu macho. E primeiro, passa na cozinha do restaurante e pega alguma coisa pra ele comer, lá em casa não tem nada além de besteiras. — sorriu.

Bella pegou seu delicado rosto entre as mãos e beijou com força sua bochecha, mandou beijo para Leah e correu a cozinha do restaurante. Lá tinham quatro mulheres da comunidade que trabalhavam como cozinheiras, eram todas mães dos meninos da reserva, ali eram todas de uma grande família e se ajudavam mutuamente, por isso trabalhavam no restaurante da Sue. Bella contou que precisava de alguma coisa que fortalecesse um amigo doente, as mulheres logo garantiram ajudar ela enquanto ela ia pegar as suas coisas.

Foi para o seu quartinho, onde pegou a sua mochila. Guardou dentro dela o casaco preto que usava, ficando apenas com uma camisa da banda Muse e um jeans surrado junto com seu habitual all star preto. Soltou os cabelos, antes presos em um rabo de cavalo alto, e os arrumou com os dedos rapidamente. Colocou a mochila nas costas e voltou para a cozinha.


— Aqui está, criança. — disse a senhora Ateara.

Entregou-lhe uma sacola e lhe explicou rapidamente o que tinha dentro; uma grande tigela com uma reforçada sopa de galinha com legumes ainda quente e uns pãezinhos para acompanhar. Bella agradeceu, se despediu de todos e foi para sua picape.

— Ah Bella — Nessie a chamou antes que saísse do restaurante. — Edward precisa de uma enfermeira particular sexy, então sugiro que você use uma daquelas fantasias de enfermeiras safadinhas, sabe? Aposto que ele melhoraria rápido. — piscou para ela, fazendo Leah gargalhar. Bella revirou os olhos e saiu do restaurante.

Edward mofava em sua cama. Estava se sentindo entediado, mas sem forças para fazer alguma coisa. Ficar doente era um porre, preferia mil vezes uma ressaca das fortes, porque pelo menos sabia que tinha feito algo fodidamente divertido para tê-la na noite seguinte. E queria Bella. Ali e naquele exato momento, por que ela estava demorando tanto? Será que não sabia que ele podia morrer a qualquer momento? Ok, ele estava exagerando em seus pensamentos, mas precisava dela.

Alguns minutos depois conseguiu escutar um barulho na porta do primeiro andar se abrindo, pensou ser Nessie ou Alice, talvez Jasper, então nem deu atenção. Estava apenas de cueca, em baixo dos lençóis, com as luzes apagadas e toda a claridade do quarto vinha da janela aberta, e como o tempo estava nublado e esverdeado como sempre, não estava lá muito claro, mas pelo menos estava bem fresco. A porta de seu quarto se abriu.

— Fiquei sabendo que aqui tem certo forasteiro doente, então vim trazer meus serviços de enfermeira nativa particular para ele. — a voz de Bella ecoou pelo quarto. Edward sorriu e virou-se para ela.

Só isso já era suficiente para lhe dar um pouco mais de força. Bella caminhou e colocou a sacola que carregava em cima da mesa de computador, jogou a mochila na poltrona e caminhou até a cama. Sentou-se.

— Como você está idiotinha? — tocou o rosto dele para ver se tinha febre.

— Mal. Muito mal. Pensei que morreria sem ver seu rosto uma última vez, é tão bom te ver e saber que poderei partir lhe dando minhas últimas palavras e meu último sorriso, sabendo que poderei lhe dizer que foras o motivo dos meus mais sinceros e felizes sorrisos e que minha vida teria sido amargamente incompleta sem a sua presença dando-me alegrias nos mais simples, felizes e carnais momentos. Ah, saiba que o sexo com você também fora o melhor em toda minha existência sexual. — ele disse dramático e até sincero, o mais cômico. Bella o encarava controlando o riso.

— Oh, meu querido, a morte que sugou todo o mel do teu doce hálito, não teve efeito nenhum sobre tua beleza. — citou Shakespeare, então gargalhou. — Deixa de ser idiota, Edward, você não está morrendo!

— Desde o momento em que nascemos estamos morrendo, Bella.

— Você está profundo hoje, hein? Que isso. — Bella riu e se aproximou dele, lhe dando um selinho demorado. — Eu trouxe uma sopa pra você comer e se sentir melhor, depois eu vou preparar um chá pra você. E amanhã irás acordar mais disposto e se sentindo bem melhor, garanto.

— Com uma enfermeira assim, garanto que acordarei bem melhor. E cheio de disposição, querendo amor e carinho.

— E hoje você quer o que? Um tapa na cara pra parar de ser dramático?

— Hoje quero atenção, estou extremamente carente.

Bella riu e tirou o próprio tênis para subir os pés na cama.

— Está na hora do almoço e você está meio febril, vou te dar um comprimido pra febre e um banho gelado, depois você vai comer sua sopa.

— Por que você está falando como se fosse a minha mãe?

— Porque você está dodói, todo bebezinho, então cuidarei de você como uma mãe cuidaria. — Bella sorriu.

— Com certeza, Esme cuidaria de mim assim. — Edward disse sorrindo. E completou zombeteiro: — Só que sem suas intenções sexuais.

Ela riu novamente e puxou o edredom para levantá-lo, sorriu ao ver que estava apenas de cueca.

— É, realmente se você não estivesse doente, eu estaria cheia de intenções sexuais.

— Opa, sabe que já estou me sentindo bem melhor, aonde podemos por em ação suas intenções?

— Depois eu que estou cheia de intenções sexuais, né? — Bella comentou e o ajudou a sair da cama.

Primeiro deu a ele um comprimido de tylenol com um copo d’água, depois o carregou para o banheiro. Viu-o tirar a única peça de roupa que usava e ficar de totalmente nu. Já o tinha visto pelado, mas mesmo assim seu corpo escultural e membro avantajado tinham um grande efeito sobre ela.

Edward riu e a convidou para o banho, Bella revirou os olhos e o deixou ali. Saiu do banheiro e pegou uma roupa para ele – uma samba canção, com certeza seria mais confortável que suas boxer, que sempre lhe davam a impressão de estarem apertadas ou talvez fosse o volume... Ela afastou esses pensamentos e pegou uma camisa branca simples e um casaco moletom.

Ele já se secava fora do banheiro e com frio. Edward reclamou sobre a roupa, mas nem teve como argumentar, Bella deixou claro:

— Precisa colocar uma roupa que o deixe livre da friagem de Forks, cala a boca e se veste!

— Sim, senhora. — Edward concordou submisso e se vestiu.

— Agora vai pra cama e me espera, eu vou aquecer a sua sopa e trazer pra você comer está bem? — ele assentiu.

Bella lhe deu um selinho e já ia sair do banheiro quando ele a puxou para seus braços. Finalmente um beijo decente! Ele pensou. Ela era seu melhor remédio, enquanto mais, melhor. Mas Bella não concordava muito com isso, era mais adepta aos remédios convencionais, então o afastou com selinhos.

— Agora meus germes estão em você, Srta. Swan. Podemos nos casar. — ele sorriu.

— Você tem uma fixação com casamento hein, Cullen? Que coisa.

Edward a viu sair do quarto e sorria. Era bom ter alguém cuidando dele. Geralmente nas viagens em que ficava doente tinha que se virar sozinho ou ir para um posto médico, já que as vadias com que se envolvia não perderiam um dia todo para cuidar dele. A única pessoa que já tinha cuidado dele quando estava doente fora sua irmã Rosalie. Bella era definitivamente diferente e estava agradecido por isso.

Alguns minutos depois Bella voltou com uma bandeja, nela tinha tigela de sopa fumegante que cheirava muito bem, alguns pãezinhos e uma coelha funda. Edward se ajeitou na cama e colocou um travesseiro sobre as pernas. Bella ajeitou a bandeja na cama e começou a mexer o caldo, para que esfriasse.

— Olha o aviãozinho... — ela anunciou com a colher cheia.

— Você não está falando sério, né? — riu.

— Nativas inocentes nunca brincam em serviço. — sorriu.

Por fim, ele abriu a boca e comeu a colherada de sopa, já morna. Estava boa realmente e assim ele foi comendo. Bella lhe fazendo aviãozinho e dando comida em sua boca junto com alguns pedaços de pão.

Faltava pouco, mas ele já se sentia satisfeito.

— Você tem que comer tudo, Edward.

— Bella... Eu já estou satisfeito, caramba.

— Abre a boca. — mandou segurando a colher no ar e com a outra em baixo para que o líquido não caísse na cama. — Abre a boca.

Ele bufou e se deu por vencido, ela continuou dando-lhe a sopa na boca até que raspasse o prato todo.

— Viu? Foi difícil? — Bella zombou tirando a bandeja com o prato de cima dele. Edward lhe mostrou língua, fazendo-a rir. — Homens. Espécie que sempre se fazem de fortes e descrevem as mulheres como sexo frágil, viram verdadeiras crianças quando doentes. Que lindo!

— Engraçadinha. O que vamos fazer agora? — ele perguntou maliciosamente.

— Você precisa descansar idiota. Ficar deitado na cama e sem fazer esforço. Podemos ver um filme, que tal?

— Tá bom, estraga prazeres. Então vou te mostrar algo legal, pega ali meu netbook. — apontou para a mesinha.

— Não é filme pornô né? — zombou enquanto o pegava e entregou ao Edward.

— Não, senta aqui comigo.

Eles sentaram na cama juntos, cobriram suas pernas com o edredom e Edward começou a mexer nele habilidosamente. Bella apenas observava. Ele clicou no menu iniciar, depois nos documentos e até vídeos onde tinha vários arquivos vídeos. Foi guiando pelo touchpad, clicou no arquivo “Rose1” e reproduziu na tela toda.

A mulher que apareceu no vídeo era muito bonita e tinha muitos traços do Edward. Ela estava sorridente e com uma taça de champanhe em mãos, seus cabelos castanhos com algumas luzes em um tom castanho claro estavam levemente encaracolados e caia sobre um de seus ombros, sua maquiagem era leve, seus olhos bem marcados e sua boca brilhava discretamente, tinha altas maçãs do rosto e um queixo suavemente cortado ao meio. A câmera desceu para seu corpo – ela usava um vestido tomara que caia branco justo ao seu corpo e tinha curvas bem acentuadas, seios fartos, cintura malhada e um bumbum grande, ela era linda. “Falta apenas um minuto.” Alguém longe gritou e pode se escutar uma grande comemoração.

— E ai Rosalie, apenas um minuto para 2009, como você sente? — o cara que filmava perguntou, era fácil reconhecer sua voz, Edward. Rosalie, que estava sendo filmada, sorriu.

— Feliz, estou com você! — ela olhou pro lado e esticou um braço, gritou: — Emmett? Vem aqui baby!

— Oi baby. Você está tão linda, já te disse isso? — o grandão disse sorrindo e beijou a namorada.

Emmett também estava de branco, uma camisa de botões branca com a manga dobrada, os primeiros botões abertos, que se ajustava e colava em seus fartos músculos, e uma calça mais larga. Seus cabelos meio alourados estavam bagunçados. Ele também era extremamente lindo, quando olhou para a câmera e sorriu fazendo o símbolo da paz com os dois dedos isso ficou evidente. Tinha um sorriso meio infantil com duas lindas covinhas.

— Dez... Nove... Oito... Sete... — começou a contagem regressiva. — Seis... Cinco... Quatro... Três... Dois... Um... Feliz ano novo!

Uma gritaria tomou conta do local. Rosalie gritou animada e beijou Emmett e depois foi para cima de Edward. Uma grande barulhada e nenhuma imagem eram nítidas porque a câmera se mexia muito entre os abraços dele, gritaria e barulho de fogos. E então a câmera se voltou para eles, Edward segurou a câmera virada para o rosto dos três, eles sorriram animados e depois os dois (Edward e Emmett) beijaram o rosto de Rosalie juntos, ela fechou os olhos sorrindo e fez bico. Edward virou a câmera para o céu e filmou os fogos de artifícios.

E o vídeo acabou.

— Uau. — foi tudo o que Bella comentou. — Sua irmã e seu cunhado são lindos.

— O Emmett eu não sei, minha irmã é. — ele riu. — Ela é extremamente linda!

— Sua admiração por ela é incrível. Tem mais vídeos? — ela perguntou animada, era bom conhecer um pouco mais da vida do forasteiro.

Ele assentiu e começou outro vídeo.

Rosalie estava sentada em um sofá, lendo. Seu cabelo preso em um alto rabo de cavalo meio bagunçado e usava um óculos com grossa armação preta, bem nerd e ao mesmo tempo estiloso. Ela nem reparou a presença de Edward lhe filmando, até ele fazer barulho.

— Por que está me filmando, peste? — ela perguntou olhando pra ele.

— Sorri pra câmera e dá tchauzinho, maninha! — Edward mandou brincalhão.

— Claro... — ela fez o que ele mandou, sorriu. Mas não deu tchau, mostrou o dedo do meio. Edward gargalhou e virou a câmera para o próprio rosto.

— E essa é Rosalie Lillian Cullen, um poço de educação, bons modos e delicadeza. Também te amo, Rosalie.

— Eu sei. — Edward virou a câmera pra ela. — Quem não ama não é mesmo? Agora larga essa câmera.

— Não.

— Edward...

Ela deixou o livro ali mesmo e correu até ele, Edward tentou correr com a câmera ligada, mas ela o alcançou. Novamente não dava pra ver muita coisa já que a câmera sacudia muito, mas se escutava as risadas de ambas mescladas a gritos e a conversa. Era um clima ótimo entre irmãos. Até se escutar um gemido de Edward e Rosalie pegar a câmera, focalizando no próprio rosto.

— E essa é uma vitória épica de Rosalie Lillian Cullen que golpeou Edward Anthony Cullen exatamente em seu ponto fraco. Ponto para mim. — ela piscou e virou a câmera para Edward, que estava no chão em posição fetal com a mão em seu pênis, gemendo de dor. — Quais suas últimas palavras, peste?

Edward se virou para câmera, seu rosto era uma mistura de dor, raiva e graça, com voz abafada, ele começou: — Vai se...

E o vídeo acabou.

Bella não conseguia parar de rir do vídeo, Edward também ria.

— Ela parece ser engraçada. — Bella comentou parando de rir.

— Ela é, mas com toda a certeza Emmett é muito mais, você não consegue ficar perto dele sem ser contagiado por sua presença. E a Rosalie é engraçada quando quer, porque ela pode ser um poço de mau humor.

— Sente saudades dela? — ela perguntou enquanto ele mexia procurando outro.

— Sinto. Mais do que pensei que sentiria, mas tudo bem. Tem vários outros, quer ver?

— Claro, vamos nessa! — sorriu.

E assim eles passaram a tarde toda, vendo vídeos pessoais de Edward, até cansarem. Então deixaram o netbook de lado e dormirem de conchinha.

Aquele era um lugar perfeito, Bella acordou primeiro e não queria sair dali. Estava nos braços dele, sentindo a respiração dele levemente em seus cabelos, seu peito se movimento de acordo com sua respiração contra suas costas e seus braços estavam protetoramente sobre seu corpo. Ela queria ficar ali. Esticou o braço cuidadosamente e pegou o celular em cima da mesinha de cabeceira, viu as horas. Sete horas da noite. Caralho! Pensou assustada, tinha dormido muito. Mas tudo bem. Colocou a mão sobe o braço dele e começou a dedilhá-lo, reparou que ele tinha muitos pêlos no braço, era bonitinho.

Ficou ali perdida em pensamentos e nem percebeu quando ele acordou, e ficou a vendo mexer em seu braço.

— Acordou há muito tempo? — ele perguntou por fim, com a voz ainda sonolenta, e beijou seu pescoço.

— Não, pouquinho. Mas está muito bom ficar aqui. — Bella jogou a cabeça pra trás e recebeu outro beijo dele.

— Que saco né? Plena sexta feira e você cuidando de um forasteiro doente, desculpa.

Ela virou-se com cuidado, ficando de frente pra ele e colocou uma das pernas sobre ele e os braços dele ainda sobre seu corpo. Sorriu.

— Antes de você vim pra Forks, eu quase não saia de casa, então não estou perdendo nada, gosto de ficar aqui com você. — ela sorriu. — Mas acho que já tá ficando tarde, tenho que ir embora.

— Ah não, fica aqui comigo vai? Por favor. Amanhã é sábado e você não trabalha, já podemos fazer algo. E vai que eu pioro? Morro? Preciso de você comigo, por favor.

— Meu deus, como esse forasteiro é dramático. — ela sorriu e pegou o rosto dele entre as mãos, colando seus lábios. — Tudo bem, eu fico.

— Obrigado, nativa!

— Vou ligar pro Charlie e avisar que vou ficar aqui com você. E amanhã você vai me levar lá em casa e se acerta com ele, tá bom?

— Ai meu traseiro... — ele fingiu uma voz extremamente chorosa e depois riu. — Sem problemas, vale à pena!

Beijaram-se novamente. Eles não iam fazer nada além de passar a noite juntos. Juntos iam comer algo e ver um filme até serem tomados pelo sono, conversariam um pouco e depois dormiriam juntinhos, bem abraçados.

Conseguir ficar perto de uma mulher extremamente atraente sem pensar somente em sexo. E para Edward isso era o ápice da intimidade... E foi naquela noite que Edward aceitou esse fato: Ele realmente tinha sentimentos por Bella. E podia parar de negar isso ou tentar esconder, talvez fugir disso...

Estava miseravelmente apaixonado por Bella.

Amor. O que seria isso ao certo? Tem cura?

Ele era novo nisso e precisava dar um jeito de não falhar.

Ah, amor...


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Notas finais do capítulo

Hey guys, whatzuuuuuup? *-* Primeiro: Vamos comemorar que dessa vez demorei bem menos, wee samba1/ KKK E vou tentar manter o ritmo né? Compartilhar com vocês: colocarei aparelho na quarta-feira, usarei um no céu na boca e provavelmente fixo (aqueles de borrachinha colorida), alguém usa e tem alguma dica? ~medo~ KKKKKKKKKKKNAU Enfim, espero que tenham gostado do capítulo, comentários sempre bem vindos ok? Comentem bubu/ Até o próximo. bjsbjs s22