Waiting For The End escrita por missybw


Capítulo 2
Capítulo Um - Enfrentando


Notas iniciais do capítulo

primeiro cap pra voces...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/128208/chapter/2

Capítulo Um. – Enfrentando.

“Digam-me que isso é apenas um pesadelo.” Isabella pensou.

Mas não era um pesadelo. Aquilo era real. Aquele quarto era real. Ela estava seqüestrada por homens que ela não fazia a idéia de quem era. Assim como o real motivo dela estar sendo seqüestrada. Não havia nada em sua mente, para tal coisa. Ela nunca havia feito mal a ninguém! Nunca havia namorado, nunca havia se quer feito amor. Ela era doce com todos. Simpática. Meiga. Tinha vários amigos, alguns falsos, mas não via motivos para tamanha crueldade de mandarem seqüestrá-la. Eles apenas queriam ter o que ela queriam.

Ela ouviu um barulho na maçaneta da porta, e logo se deitou fingindo estar dormindo. Sentiu alguém entrando no quarto, mas não abriu os olhos. Seu coração começou a bater rapidamente devido ao medo, devido ao nervosismo. Tentava controlar sua respiração, tentando deixá-la lenta. Mas não sabia se estava fazendo isso com sucesso.

— Eu sei que não está dormindo, Morena. — uma voz rouca e aveluda falou fazendo com que Isabella abrisse seus olhos e se virasse.

Ela paralisou. O homem era lindo! Estava com uma calça jeans preta, coturnos pretos, e uma camiseta de manga curta também preta que ressaltava seus olhos verdes. Seus cabelos cor de bronze totalmente desalinhados, davam coceira nos dedos de Isabella com vontade de pegar aqueles fios. Seus lábios eram convidativos, e a barba por fazer deixava com um ar de homem e não de um jovem, como ele aparentava ser.

— O que querem comigo? — Isabella perguntou com a voz um pouco alta.

— Não precise elevar sua voz. — ele murmurou tranqüilo. — Não sei o que faremos com você até nosso chefe chegar. Podemos fazer o que quisermos, mas Josh e eu ainda não decidimos. — sorriu irônico. — E não me pergunte o que meu chefe quer com você, nem eu, nem Josh sabemos isso.

Ela olhou para a mesa, e viu que ali tinha uma bandeja de comida, e um suco de laranja. Notou que já havia amanhecido, pois os raios de sol já infiltravam o vidro da pequena janela que ali havia. Por quanto tempo havia ficado desmaiada? Ela não fazia idéia.

— O banheiro é ali naquela porta. — ele indicou para a porta que havia no lado esquerdo. — Tem algumas roupas suas dentro daquele armário. — ele apontou para o armário pequeno que havia do lado da mesa. — Coma e depois faça o que quiser. — disse e saiu.

Será que ela comeria? E se tivesse veneno? E se fosse veneno mortal? Mas se ela não comesse, iria acabar ficando pior ainda. Se eles quisessem matá-la, já teriam feito isso antes, não é mesmo? Então, havia algum motivo para se preocupar? Sim, havia. Uma voz dentro dela, alertava que havia alguma coisa de ruim naquela comida. Naquele suco. Seu estomago roncou, e ela não resistiu e sentou na cadeira para comer.

Havia duas torradas, e uma maçã. Ela decidiu comer primeiro a maçã, pois sabia que não haveria como botar veneno nela. Mas aquilo não foi o suficiente para satisfazer sua fome. Então, ela partiu para a torrada. Mordeu meio hesitante. Não havia nada. Comeu tranquilamente as duas. A sede lhe abateu, por isso, não se importou em pensar se havia alguma coisa dentro daquele suco. Mas ele estava amargo. “Deve ser por causa da laranja.” Isabella pensou.

Mas não era.

Depois de comer, ela olhou em volta dos papeis que havia no lado da mesa. Havia varias revistas sobre carros, beleza, dicas para emagrecer, mas nada que lhe interessasse. Até que seu estomago se revirou, e ela teve que ir imediatamente para o banheiro sabendo que tudo aquilo que ela havia comido, iria para fora.

Havia laxante no suco.

“Por que diabos um seqüestrador iria colocar laxante na comida da vitima?” Bella se perguntava depois de ter ficado alguns minutos no banheiro, e depois de ter tomado banho. Escovou os dentes, se secou e colocou uma roupa (http://www.polyvore.com/wfte_cap1/set?id=28084774) simples. Seu estomago ainda dava voltas, mas nada preocupante para ficar no banheiro por mais alguns minutos.

Tateou a maçaneta da porta, e tentou abri-la. Com sucesso. A porta estava aberta. Ela podia sair livremente pela casa. Andou alguns passos meio hesitantes. Até que ouviu vozes. Uma era feminina, e as outras duas eram masculinas. As duas vozes eram dos homens que haviam seqüestrado ela. Isabella logo reconheceu a voz dos dois. Mas a feminina, ela não fazia a idéia de quem era.

Caminhou lentamente até onde eles estavam. Passou pela cozinha, que era simples, mas tinha tudo o que necessitava, e foi até a sala. De onde as vozes vinham. Adentrando a sala silenciosamente, ela viu uma mulher alta, de short totalmente colado, sentada entre os dois que a seqüestraram. O homem que ela ainda não havia visto, era alto e estava com a roupa parecida com a do outro que havia levado a comida para ela. A não ser pela calça jeans mais clara.

— Ora, Ora... quem está por aqui. — Josh passando seu braço ao redor do ombro da loira.

— Por que fizeram isso comigo? — Isabella perguntou evitando olhar para a perna da loira que estava encima da perna de Edward.

— Estamos obedecendo ordens, queridinha. — Josh respondeu. — James nos paga, para fazermos o que ele pede.

— Pensei que vocês eram mais inteligentes ao invés de por laxante na comida da vitima de vocês. — ironizou Bella, como gostava de ser chamada pelos seus amigos.

— Laxante? — Edward perguntou. — Morena, eu nem toquei naquela comida.

Ela ignorou o apelido que ele havia dado a ela.

— Oh! Então por que eu tive que ir ao banheiro tão rapidamente e ficar vários minutos sentada no vaso? — perguntou mexendo as mãos.

— Talvez os moreninhos queriam fazer a festa. — Josh falou e todos gargalharam. Menos Bella.

— Certo. Se não foi você. — ela apontou para Edward. — Só pode ter sido você. — ela apontou para Josh, ignorando a loira.

— Ou Mica. — Josh disse.

— Mica, foi você? — Edward perguntou olhando para a loira que deu um sorriso de criança. Josh gargalhou.

—  Essa é minha garota! — Josh levantou uma das mãos, e Mica bateu nela.

— Sabe, apesar dos minutos lá no banheiro, você deve ter ficado bem por dentro. — Mica disse rindo.

— Oh, sim. Claro. — Isabella falou mais uma vez sarcástica. — Obrigada pela sua imensa ajuda, mas quando eu quiser, eu peço.

— Olhe, não tente achar que esta por cima aqui. — Mica falou se levantando. — Eu posso simplesmente pegar a arma e lhe dar um tiro no meio de sua testa, e quem sai ganhando ainda é eu. Por isso, controle-se aí patricinha! Quem controla aqui é eu, Josh, e Edward.

— Mica, não há motivos para isso. — Edward murmurou calmo.

— Edward, ela acha que está por cima de nós. — Mica justificou. — Mas a única que manda aqui é eu. Vocês sabem muito bem disso. — Mica apontou para Josh e Edward. — Eu sou a única mulher que comanda isso aqui.

— Nós sabemos Mica, acho que a queridinha aí já sabe também. — Josh disse.

— Acho bom! — Mica disse e se virou sentando novamente no sofá dando um selinho demorado em Josh.

Isabella não disse mais nada. Apenas rodou seus calcanhares e foi novamente para o quarto. Que diabos ela iria fazer agora? Eles não haviam feito nada com Isabella, mas Mica havia feito. Mica tinha um olhar de desprezo em relação a Bella. Mas não havia motivos! Do mesmo jeito que não havia motivos para ela ser seqüestrada.

“Isso vai ser um inferno.” Isabella pensou e bufou.

Depois de um tempo deitada e olhando para o nada. A porta foi aberta. Quem ela menos gostaria de entrar, entrou. Mica estava com um sorriso debochado no rosto, e com uma corda em suas mãos. Bella se encolheu automaticamente com medo. Ela sabia que Mica iria fazer alguma coisa de mal com ela, mas tinha medo. Muito medo. Apesar de prever que iria apanhar, ou algo pior.

— Fique quietinha! — Mica disse colocando um lenço que tirou do bolso na boca de Isabella, e logo em seguida amarrou as cordas nas mãos e nos pés de Bella. — Sabe, é a primeira vez que a vejo. Já não gosto nem um pouco de você. — Mica falou sentando encima do abdômen liso de Isabella. — Você se acha. — Mica falou passando suas longas unhas no pescoço de Bella. — Acha que tem tudo. Que controla todos. — Mica apertou sua unha na bochecha dela. — Mas você não tem. — Dessa vez, um forte tapa atingiu o rosto de Isabella. — Aqui, quem controla você sou eu. — Mais um tapa. — Sou eu, que recebo as ordens de James e repasso para Edward. — um apertão na bochecha e mais um tapa. — Você está sem telefone, sem internet e nenhum dos merdas da sua família vão lhe achar tão cedo aqui. — Mica cuspiu. — James é inteligente, não está aqui mas controla tudo. E eu sou competente. — mais um arranhão no pescoço. Mica foi saindo lentamente de cima de Isabella. — Você ainda vai sofrer muitas coisas, queridinha. Você mal perde por esperar. — Antes de sair, Mica deu um soco no abdômen e no rosto de Isabella. — Só pra lembrar novamente, de quem está por cima aqui sou eu.

Depois disso, Mica saiu do quarto e fechou a porta. Deixou Isabella amarrada, deitada na cama, com o lenço na boca. Na cabeça de Mica, não estava nos planos dela, liberar Isabella tão cedo. Alias, para ela, a menina que estava lá em cima, era Samantha.

— O que você fez com a garota? — Josh perguntou apertando sensualmente sua coxa desnuda.

— Apenas deixei alguns recados com ela.

— Onde está as cordas?

— Com Samantha. — Mica respondeu.

Edward voltou para sala, e se sentou na poltrona que era de lado para a TV, e de frente para o sofá, onde estava Josh e Mica. Eles eram amantes, digamos assim. Mica ficava tanto com Edward, como Josh, e nenhum dos três se incomodava com isso. As coxas de Mica, atraíram Josh. O tórax de Josh atraía Mica. A barba por fazer de Edward atraía Mica. O abdômen malhado de Mica atraía Edward. Eram um triangulo amoroso.

Ligaram a TV e ficaram assistindo por um tempo, até que ouviram gemidos altos e agoniados de dor vindo do quarto. Edward lançou um olhar para Josh subir, e Mica bufou. Josh tirou a perna de Mica de cima da sua, e subiu em direção ao quarto onde Samantha estava. Abriu a porta e rapidamente deu um sorriso presunçoso.

Samantha estava em frente ao espelho que havia no banheiro, tocando levemente seu nariz, onde estava escorrendo sangue. Josh logo raciocinou que quem fez aquilo foi Mica. Era claro que ela tinha batido em Samantha, antes de descer. Ele que não havia raciocinado isso antes. Mas em nenhum momento foi até o banheiro para ajudar Samantha.

— Mica fez um bom trabalho! — Josh falou caminhando em direção ao banheiro.

A morena tremeu um pouco com o nervosismo, mas continuou tocando seu nariz lentamente vendo qual o ponto que mais doía. Queria pedir para Josh que a ajudasse, mas sabia que ele não faria isso. A idéia dela era tosca, mas não sabia o que fazer. Não havia nada de curativos naquele quarto. Ela já tinha revido tudo e não achado nem se quer um band-aid.

Josh viu que não teria nenhum motivo ficar ali, por isso, foi em direção a porta. Mas antes de se retirar do banheiro, Josh apertou fortemente o pulso de Samantha. Aquele que estava apoiado na pia do banheiro. Na sua pele branca, provavelmente iria ficar uma marca roxa.

— Não ouse tentar alguma gracinha, ou nos desobedecer. — rosnou e fechou a porta em seguida.

Isabella não falou nada. Apenas esperou uns minutos até que os paços se tornassem cada vez mais baixos, e deixou algumas lágrimas deslizarem por seu rosto. De dor, de desespero, de medo. De dor no seu nariz. De desespero sem saber o que acontecer. De medo por causa que eles poderiam matá-la a qualquer momento, sem aviso prévio.

Continuou tocando seu nariz totalmente dolorido. O soco havia atingido completamente seu nariz e, Isabella tinha duvidas se ele estava ou não quebrado. Respirava com alguma dificuldade, pois cada vez que inspirava ar, seu nariz doía. Pegou um papel higiênico e limpou seu nariz. Passou água, sabão, e terminou secando cuidadosamente o rosto com a toalha de rosto que havia ali.

Fechou a porta do banheiro e caminhou em direção a cama. Se deitou de barriga para cima, e colocou as duas mãos em sua testa e fechou os olhos pensando em tudo que vinha em sua mente. Como estaria Charlie naquele momento? Desesperado, atrás dela, provavelmente. Ela não era rica, e provavelmente Charlie não iria conseguir dinheiro que eles pediriam. Seu pai e ela eram humildes. Bella trabalhava em uma lanchonete, e Charlie trabalhava em uma loja de automóveis. A mãe de Bella largou-os quando Bella ainda era pequena. Charlie cuidou dela sozinho, e fez um ótimo papel como pai. Nunca deixava faltar comida, ou carinha para Isabella. Uma lágrima caiu novamente dos olhos de Isabella, mas ela não se preocupou em limpa-la.

— Pra que? — Isabella se perguntou.

Pra que a seqüestraram? Qual era o motivo? Por que queriam mantê-la viva por algumas semanas? Por que não a matavam logo? Quem era o chefe que aqueles bandidos falavam? Por que estavam fazendo isso com ela? E o pior, é que Isabella sabia que haveria coisas muito piores que iriam acontecer depois do que Mica fez com ela. Como a própria Mica havia falado, aquilo foi apenas o começo do que seria daqui para frente.

Mas Bella só queria saber o motivo daquilo.

Só isso.

Mais nada.

Sabendo que não teria essa resposta tão cedo, Isabella fechou os olhos e permitiu que o sono lhe levasse, e que pelo menos nos sonhos, ela estava livre daquele inferno que começou à quase vinte e quatro horas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Fanfic aprovada? Continuo? Gostaram? Bateram as espectativas de vocês? O que mais gostaram? E não gostaram? Opniões? Coitada da Bella hein... a Mica é uma grande fdp mesmo. e aí, reviews? beijos