Eu sei, eu sei, nem começa! Com toda certeza tem alguém me acusando de sempre terminar os capítulos no clímax, mas infelizmente, vocês – assim como euzinha aqui – têm que se conformar, a vida é feita de clímax cortados o ponto mais interessante! Não é como um daqueles romances adolescestes que estão se multiplicando em massa, cheio de vampirinhos, lobisomenszinhos, anjinhos caídos, todos tomando tombos de amor por uma personagem que consegue, da forma mais clichê possível, reunir todas as inseguranças dos homens e das mulheres – não, não estou generalizando, mesmo os homens conseguem sentir as inseguranças que aquelas personagens parecem sentir! – e por isso fazem um sucesso danado.

            Mas vamos mudar de assunto, porque eu não quero falar de algo que me vai por como inimiga de mais da metade do mundo se eu manifestar todo ou parte do meu desgosto, mas voltando ao assunto original, a vida é um saco, um tédio e uma droga, não da pra viver sem pensar isso pelo menos umas dez mil vezes, porque quando as coisas estão melhorando, elas pioram, e quando o “clímax” chega, ele não dura, não é algo intenso como os livros que a gente lê, não tem todo aquele turbilhão de emoções que os autores sabem tão bem como embelezar, como diria uma pessoa que encontrei certa vez: “Adolescer é uma droga!”.

            Agora que eu já falei todo o começo do capitulo, vou falar o que isso tem haver: absolutamente nada! É, este capitulo trata de um período de quase um mês e meio no qual não acontece ABSOLUTAMENTE nada. Bom, pelo menos nada que valha muito a pena relatar, salvo a algumas pouquíssimas exceções, por exemplo, o fato de que meu melhor amigo se tornou meu inimigo mortal e que meu inimigo mortal se tornou meu namorado, e que a minha melhor amiga se tornou minha possível cunhada. Mas, nesse momento isso não tem nada de divertido, tudo que eu posso fazer é continuar aqui, esparramada no sofá, olhando para o chão e me perguntando por que a minha mãe colocou tantos tapetes na sala? Por sinal isso parece ate carpete de tanto tapete no chão!

            Mudando pra um assunto que não nada haver com tudo que já falei, hoje mais cedo o carteiro entregou uma caixa, e endereçada a mim e sem remetente, claro que eu tive a coragem e a audácia de abrir a caixa mesmo sem a minha mãe por perto – se algum terrorista tentar me mandar uma bomba pelo correio assim, saiba que ela vai explodir, mas se arrependa depois quando eu te pegar! – e no final era uma caixinha de musica, uma muito bonitinha por sinal, mas tocava uma musica irritante...

            Mudando de assunto de novo – é um capitulo inútil da vida, então ature os multi-assuntos ate ele terminar – estou pensando seriamente sobre sexta feira, recebi um convite do Alan para irmos ao cinema, mas estou pensando em puxar a Lah e ele aqui para casa para fazer uma noite de cinema, eu perguntaria a sua opinião meu ouvinte, mas sei que sua melhor resposta vem com silencio, então, vou pensar melhor sobre isso mais tarde.