Confissões de A escrita por Loki-doki


Capítulo 3
C2 - Quebrando o gesso




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            Passadas largas e pesadas, com sorte nem entraria na droga do consultório, quebrando a droga do gesso antes disso, mas pelo visto não ia ter jeito, cada passo no corredor do hospital me colocava mais perto do consultório e mais longe da minha segura distancia de agulhas de injeção, e ainda sim a desgraça do gesso não queria quebrar de jeito nenhum! Só pra constar, comecei direto do hospital porque acordar, tomar banho, café da manha e uma viagem de ônibus não são nada interessantes. De volta ao ponto principal, parei subitamente – que drama de novela em? – o gesso na minha perna estava intacto, perfeitamente intacto – ou pelo menos continuava parecendo estar intacto – e eu finalmente tinha chegado a porta daquela droga de consultório, daquela droga de medico, daquela droga de hospital, naquela droga de dia, bem quando alguém gritou a droga do meu nome. Devolvi uma frase incluía quatro palavras, uma das quais eu não posso falar porque não é algo nada bonito, mas em geral foi.

− O QUE FOI? – eu gritei me virando a tempo de ver o Max e gaguejar – MA-MA-MA-MAX!

            Se você acha que a bruxa má do oeste do mágico de Oz é de assustar, então você nunca viu minha expressão de raiva quando eu grito algo assim, considere-se com sorte, o Alan costuma dizer que eu seria capaz de com uma cara dessas fazer a medusa em pessoa virar pedra!

− Ei, ei! – o Max tinha começado a falar calmamente se aproximando de mim – não sabia que você estava com essa fúria toda!

− Desculpe! – respondi percebendo que ele estava levando na esportiva mesmo eu tendo gritado um palavrão!

− Então, vamos entrar ou você vai quebrar o gesso aqui fora mesmo?

            Suei frio, congelei, petrifiquei e paralisei, tudo ao mesmo tempo, quando ele tocou a maçaneta da porta e abriu ela normalmente, embora tenha parecido duas eternidades e meia, e me acompanhou entrando naquela sala horripilante.

− Você voltou... – disse o medico – sabia que era você!

− Como você sabia? – perguntei ironicamente pressupondo que ele recebera a lista de pacientes com hora marcada naquele dia.

− Não tem nada haver com a lista de pacientes, mas pelo menos uma vez por ano você quebra algo, e quando chega a hora de tirar o gesso, de todos os pacientes você é o único deles que tenta demolir o hospital com os pés! – ele disse me encarando.

− Fazer o que se eu odeio hospitais? – respondi cerrando os olhos.

            Enquanto eu encarava o medico como se fosse fuzilá-lo com uma metralhadora, ele me encarava como se estivesse pronto para me atirar bisturis, o clima estava ficando tenso e provavelmente levaríamos uns minutos nos encarando antes de finalmente tentarmos nos matar, foi quando Max interrompeu balançando os braços no ar freneticamente.

− Ei! Ei! Vamos logo tirar esse gesso antes que vocês resolvam realmente se atacar!

            O gesso foi tirado, mas minha felicidade não durou muito, porque na saída do hospital dei um soco na parede, perdi o equilíbrio e cai na escadaria, resultado: gesso no pé e tala no braço, pelo menos tenho a sorte de poder usar e abusar da ambidestra, então isso não me rende nada mais que outra volta ao hospital e outro maravilhoso momento de descontração quase fatal com medico!


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