Believe escrita por biebsgirlfriend


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :/ Leiam as notas finais, ok? :]



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Sally desceu do carro, segurando a arma, olhando para os lados.

Sua vida tinha mudado tanto. Ela tinha voltado a sofrer e estava muito confusa.

Mas a idéia de que Justin estava ali para buscá-la não saía de sua mente.

Será que ela iria encontrar o pai? Justin a levaria para onde? Ele faria isso por ela, ou ela teria que causar a própria morte?

Sally observava a arma carregada, decidindo.

Esperando pelo garoto, sem ter certeza de que iria o encontrar.

– VAMOS LÁ! SABE QUE EU QUERO VER VOCÊ. POR QUE SUMIU AGORA?

Sally olhava em todas as direções, não encontrando nada além do vazio. Fechou os olhos, cansada de esperar o garoto, tendo certeza de que ele não apareceria. Levou a arma até a cabeça, segurando-a com força.

– Vamos lá Sally. Você está sozinha, mas é por enquanto. O papai. Lembre-se do papai.

A garota conversava sozinha, criando coragem. Estava pronta para puxar o gatilho. Ela sentia suas mãos tremerem e o cano da arma não ficar fixo em um ponto, não sabia definir o que estava sentindo.

De repente, um cheiro incrível de âmbar preencheu o ambiente, anulando quase por completo, o cheiro da floresta molhada. Sally engatilhou a arma e colocou seu dedo indicador no gatilho, pronta pra atirar. Mas um movimento nas folhagens ao lado direito dela, a fizeram perder seu foco. Ela se virou procurando a direção do barulho. Nada. Mais um movimento, dessa vez ao lado esquerdo, e nada.

– Quem t-tá aí? - Sally respondeu, apontava o cano na direção do barulho, tremendo ainda mais, segurando a arma de um jeito desajeitado. Uma sombra saiu de trás de alguns arbustos fazendo a menina sentir uma vertigem. Sua visão ficou escura, mas ela viu aqueles olhos castanhos que tanto conhecia surgirem na sua frente, envoltos por um brilho celestial.


Sally acordou, encontrando o quarto escuro. Já devia estar anoitecendo. Fechou os olhos respirando fundo, e sentiu alguém sentar na cama.

Ela abriu os olhos rapidamente, esperando encontrar Justin, mas tudo o que viu foi um homem bonito, sério. Alguém que ela já conhecia, mas estava tão confusa, que não lembrava de onde.

– Qual seu nome mesmo?

– Julius.

– Aaaaah. É... – Sally mordia os lábios. - Desculpe, não lembrei.

– Porque está fazendo isso, querida?

– O que?

– Morrer não é uma solução, Sally.

A garota estava deitada na cama, Julius sentado aos seus pés. De repente a garota entrou em desespero, lembrando que Julius devia ser algum tipo de chefe de Justin.

– O que vocês fizeram com o Justin?

– Vocês não sabem mesmo se comportar, hein. - Julius sorriu fraquinho, observando o quarto da garota.

– Onde ele tá? - Sally tinha os olhos cheios d'água, a voz tremia.

– Ele vai ficar longe de você por algumas horas. É necessário.

– Por quê? - Sally se aproximou do homem, o puxando pelo casaco. - Julius. Por favor! Não separa a gente.

– Fique calma. - Julius sorriu para a menina. - Quer me explicar porque tentou se matar?

– Melhor deixar pra lá. – Sally respirou fundo, desviando o olhar.

– Acredite, quero ajudar você. Mas você precisa confiar em mim.

– Confiar? Posso fazer perguntas, então? – Julius sorriu, balançando a cabeça.

– Pode. Mas não garanto respostas a todas elas.

– Tudo bem. - Sally sorriu fraco, pensando em qual seria a primeira pergunta.

– Porque ele veio?

– Pra cuidar de você. Não é óbvio? É isso que anjos fazem, não é?

– Mas ele veio pra buscar meu pai...?!

– O que? Não! Claro que não. Ele veio cuidar de você porque era hora de seu pai partir. Ele veio ajudar você a passar por todo aquele momento.

– Mas então porque ele voltou? - Sally tinha a voz fraca.

– O que voc-?

– Ele voltou... Então... Alguém mais vai me deixar!

– Não! Porque diz isso?

– Como por quê? Ele está aqui pra me ajudar a superar algo, não?

– Ele veio pra proteger você de Brian. - Sally sentou na posição de índio, puxando o travesseiro pro colo.

– O que Brian fez foi... Ele ouviu nossa briga.

– A culpa não é de Justin.

– Eu não disse que-

– Sim Sally, você disse. Mas precisa saber que Brian ia cometer tal pecado mais cedo ou mais tarde. Ele só usou o que ouviu como desculpa.

Sally estava pensativa. Entendendo as coisas melhor.

– Justin sabe disso?

– Ele não sabe o que está fazendo. Ele só protege por instinto.

– Instinto? É uma coisa de anjos?

– Não. Anjos têm uma missão. Instinto... É algo mais forte do que um plano espiritual. Algo diz a ele que você é importante e precisa do cuidado dele.

– Deus?

– Também. Mas é algo diferente.

– Você parece não entender muito bem. - Sally sentia que estava indo longe demais, mas não conseguia parar. A conversa entre eles fluía.

– Acredite. Eu sei muito bem o que é isso.

Ela ficou em silêncio, estreitando os olhos para o mais velho, novamente pensando.

– Não quer perguntar mais?

– Porque Justin?

– Como assim?

– Porque Justin e não outro qualquer.

– Ah. Isso é mais forte do que todos nós. Não somos nós que escolhemos. Quem escolhe cada caso é Ele.

– Ele? - Perguntei confusa. - Você quer dizer... Deus?

– É claro Selena. - Ele balançava a cabeça. - Você já foi mais esperta.

– Então... Ele quer que eu e o Justin fiquemos perto um do outro? Porque se não ele não teria voltado... Digo. Poderia ser qualquer outro.

Julius ficou pensativo por alguns segundos, e voltou a olhar a garota. Sorrindo.

– Parece que sim.


– Então. Agora quer me explicar?

A mãe de Sally já sabia do acontecido, e já havia brigado com a filha. Agora Sally estava sozinha mais uma vez, fazendo um macarrão, ainda conversando com Julius.

– Explicar o que? - Sally o olhou. Estava novamente confusa.

– Porque tentou se matar.

– Eu pensei que ele queria me buscar. E eu estou me sentindo um lixo. - A garota ficou espantada por dizer tais sentimentos com tanta facilidade.

– Isso só iria separar vocês dois.

– É. Desculpe, sou idiota.

– Não é idiota. Só tem preguiça de usar o que sabe.

– O que? Como assim? - A garota se aproximou do homem, os olhos arregalados.

– Não posso dizer. Aliás, preciso ir.

– ESPERA! E o Justin? - Sally segurou o braço do homem com força.

– Ele vai voltar logo, não se preocupe. Melhor você comer.

Sally soltou o homem, e a luz da cozinha piscou, fazendo Julius sumir.

Ela respirou fundo, se servindo da comida. Sentou-se na mesa, tendo o silêncio como acompanhante no jantar simples.

Cinco minutos depois a luz piscou, e a menina ainda sozinha, olhou para o teto, era onde ficava seu quarto, no segundo andar. Voltou a comer, sabendo que já não estava mais sozinha na casa.

Sorriu, agradecendo por seu plano dar errado.

Deu mais duas garfadas, e a luz piscou de novo, fazendo Justin aparecer em sua frente, de braços cruzados e uma expressão preocupada.

Sally permaneceu em silêncio, tentando não encontrar seu olhar.

Ela queria entender o que o garoto sentia afinal. O que era o tal instinto. Mas ao mesmo tempo, não queria ouvir sermão do garoto.

Ficou mais alguns minutos comendo, até que se levantou, levando as coisas até a pia para lavar.

– Droga, cadê o detergente? - A menina repetia como se estivesse sozinha. Saiu até a dispensa, procurando o produto.

Ao voltar, viu Justin ao lado da pia, a louça já não estava mais ali.

Sally se aproximou em passos rápidos, abismada.

– Mas o que...? - Olhou pra Justin, confusa.

Ele apenas sorriu, pegando o detergente da mão da garota e o guardando.

Justin estendeu a mão a chamando para um abraço.

No início Sally ponderou a idéia, mas ao encontrar os olhos do garoto brilhantes, sorriu, pegando sua mão e o abraçando, escondendo o rosto em seu pescoço.

Ficaram assim, em silêncio, abraçados. Não era necessária nenhuma palavra naquele momento. Apenas a certeza de que nada poderia acabar com o que eles sentiam um pelo outro. Independente do que realmente fosse, tal sentimento.



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Notas finais do capítulo

Meu Deus! Meninas não me matem! D=
Cara, a ultima att foi 09/03/2011!
Tipo, agora é 07/08/2011... QUANTO TEMPO! =O
Enfim. Preciso mesmo pedir MIL desculpas!
Eu estava tão mal ): Tão sem ideia, sem internet... Estava tudo confuso demais!
Vocês me perdoam, não é?
Por favor. =/
Espero que ninguém tenha abandonado a fic.
Nem achado algo melhor do que ela.
Sentiram minha falta? U_U Não né :/
Sei que não mereço mas, mandem reviews pra eu saber como vocês estão?
Ah, desculpem por esse cap horrível. Bom, eu achei horrível, se não acharam, digam-me U_U qq
Desculpas. De verdade.
Eu amo muito vocês (:
A gente se vê, e dessa vez vou tentar voltar mais rápido, prometo.
Beijos :*