Believe escrita por biebsgirlfriend


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá. Depois de tanto tempo, estou aqui com essa fic complexa.
Corre ler!



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Continuavam batendo na porta enquanto a garota permanecia sentada, olhando para Justin.

– Melhor você atender.

– Não quero.

– É o Brian. Você não tinha que resolver alguns assuntos com ele? - Justin sentou ao seu lado na escada. Esperando alguma atitude da parte dela.

– Vai ficar sentado ai? - Sally se levantou, contra a vontade.

– Sim. A menos que queria... - Justin fez sinal de quem cheirava algo no ar. - A menos que você queira saber por que ele trouxe flores, sozinha.

A menina arregalou os olhos, descendo devagar em direção a porta. Brian continuava batendo, preocupado. Sally respirou fundo e abriu a porta, vendo que o menino realmente estava segurando flores.

– Quem está aqui? - O garoto foi entrando, olhando pros lados.

– Oi Brian, é bom ver você também. - Sally fechou a porta, caminhando em direção ao garoto.

– Quem está aqui, Sally? - Brian finalmente olhou pra garota, estava claramente bravo. Ele ameaçou dar alguns passos em direção a escada, deixando Sally nervosa.

– Pra que essas flores? - A garota parou na frente do menino, tentando impedir que ele continuasse andando.

– Depois, Sally. Quero saber quem está aqui. - Brian empurrou a menina, fazendo com que ela se chocasse com a mesa de canto, soltando um grito de susto e dor. Na mesma hora Justin se levantou, seguindo até a garota.

– Sally. Baby o mande embora. - A expressão de Justin era assustadora. Sally sabia que apesar de tudo, o melhor era ouvir o garoto.

– Brian! Vá embora!

– Não me mande ir embora assim, sua vadiazinha! - Brian jogou as flores no chão, avançando contra a garota. Ele a empurrou, fazendo Sally cair no chão, se arrastando para longe do garoto. Ela tentou se levantar e correr até a porta, mas Brian a puxou pelos cabelos, fazendo a garota cair aos seus pés.

– O que você vai fazer? Hein? Você não é boa em nada!


Sally estava presa nos braços da avó gritando e chorando. Antony, seu irmão, era arrastado pela mãe, que chorava desesperada tentando o levar para longe da confusão.

– O que você vai fazer? Hein? Você não é bom em nada!

O homem loiro puxou seu pai, o derrubando em seus pés. Seu pai ainda lutava, fazendo o loiro cair e então os dois rolaram no chão, aos socos.

Sally via o chão ser manchado de sangue, e rezava para que alguém parasse tudo aquilo.

Seu pai deu um grito ao sentir a faca que o homem loiro segurava cortar sua barriga, fazendo mais sangue surgir na cena.

A garotinha correu para a cozinha de sua avó, pegando a maior faca que encontrou na gaveta. Voltou correndo para a sala, sem dar tempo a ninguém para pará-la.

Ela se aproximou dos dois homens, segurando a faca com as duas mãos, a cravando na perna do homem loiro várias vezes. O mesmo a jogou para longe, fazendo a menina bater a cabeça na mesinha de canto, fazendo com que o cheiro de sangue surgisse ainda mais forte, para em seguida escorrer pela sua testa e morrer em seus pequenos lábios.

A pequena menina piscou os olhos algumas vezes, tomada pela dor. A última coisa que viu foi o homem, ainda com a faca cravada em sua perna se aproximar dela, com uma expressão assustadora.

– Sally! Sally! Você sabe que não posso ajudar assim. Acorde Sally. Reage. Vamos Sally, SALLY! - A garota abriu os olhos, vendo Brian tirar a calça. Seus olhos se arrastaram para a sala e a menina viu as próprias roupas rasgadas, todas jogadas pela sala. Viu as flores despedaçadas e Brian surgiu em sua frente novamente, forçando a garota a beijá-lo.

Ela se debatia em seus braços, tentando o afastar ou pelo menos gritar. Sally deu um chute no meio de suas pernas, vendo Brian cair ao seu lado, usando agora a camiseta regata branca, rasgada e suja de sangue, e a cueca vermelha.

A menina começou a engatinhar na direção da porta, vendo Justin chorando, desesperado, surgir em sua frente, ajudando a garota a se afastar do namorado mais rápido.

Porém Brian se recuperou rápido, puxando Sally pela perna a levando para longe da porta de novo.

No momento em que Brian encostou suas mãos nela, Sally sentiu as mãos de Justin deslizarem por seu corpo, e por mais que ele tentasse a pegar puxar, agora suas mãos não podiam tocá-la mais.

Sally se deixou ser arrastada, enquanto via Justin chorar desesperado, se aproximando dela, ainda tentando a tocar, a salvar.

Sally deu um ultimo grito, pedindo ajuda, antes de parar de lutar, vendo Brian a puxar para seu corpo, mais uma vez tentando beijá-la.

Sally não se debatia mais, nem procurava mais o olhar de Justin. Desistiu, deixando que Brian tirasse o resto das roupas, pronto para finalmente possuir o que tanto desejava.

Ela fechou os olhos, já se sentindo suja enquanto o garoto beijava seus seios, prendendo suas mãos junto a sua cintura.

– Sally. Luta. - Justin pediu com a voz falha.

Sally abriu os olhos, procurando Justin. Ao encontrá-lo, decidiu que o melhor era desistir de lutar mesmo. Ela não tinha como vencer essa guerra.

– Desculpa. - Seus lábios pediram em silencio, ao mesmo tempo em que Brian a invadia, dizendo coisas que a garota não compreendia.

Justin gritou, caindo de joelhos ao seu lado, ainda mais desesperado.

A garota não lutava não se debatia, nem sentia Brian muito bem.

Os segundos se passavam e Brian voltou a ficar furioso, voltando a bater na garota, tentando ter alguma resposta do seu corpo.

Sally sentiu o gosto de sangue, um barulho alto, e antes de fechar os olhos viu duas mãos arrastarem Brian para longe de si.



Uma semana havia se passado e Sally estava ficando cada dia, mais parecida com um zumbi.

Não comia direito, não ia a escola, não olhava TV nem ouvia musica, não queria receber os amigos e nem a companhia do irmão, que sempre esteve ao seu lado ela aceitava.

Sally também não se sentia bem tocando em Justin. A relação entre eles estava pior do que tudo.

Os dois não se separavam nunca, nem durante o banho, quando o garoto a respeitava, ficando de costas pra ela, perto da porta. Mas apesar disso, os dois não conversavam mais. Eles não trocavam uma palavra sequer há quatro dias. Não se abraçavam nem seguravam as mãos e nada. Os dois apenas permaneciam sentados na cama da menina, olhando os próprios pés ou, poucas vezes, trocando alguns olhares, sem demonstrarem o que sentiam no momento.

Justin respeitava a garota, mas queria apenas abraçá-la. Sentir seu coração batendo ou, queria sentir a respiração da garota. A forma doce e calma como seu corpo se movia a cada vez que seus pulmões se enchiam de ar.

Ele queria ouvir uma palavra. Qualquer uma, desde que ele pudesse ouvir sua voz, sem que ela tremesse ou falhasse como nas ultimas vezes que havia ouvido.

Os dias se arrastavam e Sally não dormia direito. Quando dormia, tinha pesadelos e acordava aos gritos para passar mais um longo tempo chorando, recusando qualquer ajuda.

Sally se sentia mal por não ter lutado, como Justin havia pedido. Ela não entendia direito, mas não conseguia aceitar o fato de que outro garoto havia enfim, tomado seu corpo.

E ela estava ficando ainda mais maluca, ao perceber que queria que Justin fizesse isso. Ela não entendia porque, logo Justin tinha que ser o dono de seus pensamentos e sentimentos.

A família de Brian queria ajudar a menina de todas as formas possíveis, mas pediam para que não houvesse escândalo. Sua mãe, apesar de preocupada, parecia não entender a gravidade de tudo que estava acontecendo.


Era de madrugada e mais uma vez Sally estava acordada, pensando em tudo.

Ela havia passado a noite pensando em como se sentia com Justin.

Agradecia mentalmente ao garoto, que sempre dava um jeito de esbarrar nela, só para que os dois se tocassem. Cada vez que isso acontecia, ela sentia um choque percorrer todo seu corpo, a deixando calma, fazendo com que ela se esquecesse do acontecido por dois segundos.

Justin também parecia não lidar direito com o que Brian tinha causado aos dois, mas ela não conseguia entender se o motivo era ele sentir as mesmas coisas que ela. Ele escondia muito bem tudo o que sentia e pensava. E isso estava a matando pouco a pouco de curiosidade.

Quando a garota enfim dormiu, sonhou com a escola, com Justin ao seu lado, e um sorriso aparecia no rosto dos dois. Era um sorriso cheio de amor, calor. Um sorriso que não saiu da sua mente ao acordar. Que fez Sally ficar desejando fervorosamente por aquele sorriso tão necessário.

E foi o que deu a coragem para Sally ir à escola. Se ela fosse, tudo poderia melhorar. As amigas e a matéria poderiam a distrair. Justin podia achar um motivo qualquer para fazer a garota sorrir daquele jeito.

A solução parecia ser obvia. Ela precisava sair de casa o quanto antes.


– Tem certeza?

– Éééé... - A garota repetiu pela décima vez a resposta à mãe.

– Selena!

Era a primeira vez que a garota ouvia a mãe a chamar pelo nome. Olhou para a mãe, espantada.

– Eu quero ir. Me deixa. - A garota desceu do carro, batendo a porta. Abriu a porta traseira, pegando a mochila. Encontrando Justin a olhando. Ele a encarava com medo, preocupado e nem um pouco animado com sua idéia. A garota soltou um gemido como um pedido de desculpas e bateu a porta, não querendo esperar o garoto para acompanhá-la.

Obviamente ele podia chegar à sala dela com o mesmo tempo em que ela usaria para dar o primeiro passo na calçada. Mas ela já não sabia se ele o faria.

A garota passou pelos portões da escola, atraindo o olhar de todos que a encaravam sem se intimidar.

Sally respirou fundo, e se virou, vendo o carro de sua mãe sumir do seu campo de visão. Ela começou a tremer, olhando para os lados procurando os olhos castanhos que lhe transmitiriam paz.

Os segundos se passavam e Sally continuava parada, atraindo ainda mais olhares.

Ela precisava sair dali, sair de perto de todas aquelas pessoas.

Começou a correr, para o prédio central onde a menina tinha o armário com as coisas pessoais. Ela precisava do que tinha lá dentro. Guardado. Ela tinha escondido de todos que conhecia, para ajudar o ex-namorado. Agora era a vez de ela a usar, mesmo que não tivesse muita coragem. Mas o ex-namorado tinha servido para alguma coisa. Ele havia dado o motivo final para ela cogitar tal idéia.

Os alunos pelos corredores observavam a garota correndo até o armário, com os olhos cheios de lágrimas, tremendo.

Alguns grupos riam, vendo a garota tentar abrir a pequena porta e se atrapalhando com a senha.

Sally finalmente abriu a porta, espremendo a mochila quase vazia dentro do pequeno espaço. Ela se virou para os lados, olhando todos rirem de sua situação.

– CALEM A BOCA! - Algumas garotas a olhavam com pena, os garotos do basquete riam e faziam comentários que a garota não conseguia nem ouvir. O número de alunos a sua volta cochichando, rindo e zombando de sua situação só aumentava o que estava deixando a menina maluca.

Ela soltou um riso sarcástico, se virando para o armário e procurando calmamente a arma que era do namorado, escondida embaixo dos livros e trabalhos velhos.

Brian já havia levado a garota para caçar. O que dava a ela algum conhecimento de como utilizar o artefato. Ele também já havia ensinado como ela devia usar a arma, que agora segurava.

Completamente fora da realidade, a garota segurou a arma, se virando para todos ao seu lado, que soltaram gritos e exclamações. Muitos saíram do local, outros correram para as salas, enquanto alguns só se afastaram, agora pedindo para a garota ter calma.

– SAIAM DA FRENTE! - Sally fechou o armário com uma mão, dando alguns passos em direção a escadaria.

A garota desceu correndo em direção a quadra de esportes mais longe dos prédios.

Todos observavam a garota, paralisados. Alguns professores tentaram se aproximar, mas a garota mostrava que não estava brincando, e continuava com a postura defensiva.


– Você! - A garota apontou a arma em direção ao diretor da escola. O Senhor Routh.

O diretor deu alguns passos a frente, temendo o pior.

– Selena isso nã-

– Não te chamei pra bater um papo! - A garota se aproximou do homem, olhando pros lados. - Me dá a chave do seu carro.

– O que? Mas... Querida você não está em condições de-

– ME. DÁ. A. CHAVE. - Sally fez sinal com a cabeça de que ele devia se aproximar um pouco mais. O diretor estendeu a mão, segurando as chaves, estendendo em sua direção.

Sally abriu a mão, novamente cuidando os movimentos ao seu lado.

– Joga.

O diretor não questionou nada. Apenas jogou as chaves, fazendo Sally pega-las e se afastar novamente, apontando a arma na direção do estacionamento, que ficava próximo as quadras.

O caminho se abriu, todos com medo do que ela poderia fazer.

Sally correu, ainda cuidando para que ninguém estragasse seus novos planos.


Sally pisava fundo no acelerador e guiava o carro, desobedecendo a sinais e placas. As lágrimas mal deixavam com que ela enxergasse a estrada à sua frente. Ela não conseguia entender o porquê de Justin não estar lá. Tudo o que ela precisava agora era deitar em seu peito e sentir-se protegida, as únicas sensações que ele era capaz de transmitir agora.

Ela viu um desvio logo à frente, que entrava na floresta que contornava o caminho. Adentrou-a um pouco e logo parou o carro, debaixo da copa de uma árvore. Pensamentos iam e vinham por sua mente conturbada. E ela se sentia incapaz de entender tudo o que passava por sua cabeça.

Sally olhou para a arma que estava jogada no banco ao seu lado. O artefato parecia clamar por seu nome, parecia ser a única saída, o único jeito. Era isso que ela precisava. Uma dose de calmantes eterna.



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Notas finais do capítulo

Todo mundo, obrigada pelas reviews. Prometo que vou responder.
Sempre que eu queria atualizar a fic, o Nyah estava fora, em manutenção ou coisas do tipo.
Acabou que eu estou aqui, nos meus momentos complicados e depressivos e não consigo escrever muita coisa. Mas, com a ajuda da minha super amiga, Julianna, coisas surgem aos poucos.
O que acharam? Confuso, legal, desesperador? Espero que todo continue lendo, porque as coisas vão ficar cada vez mais picantes. -n
Dicas sobre as atualizações: Pelas minhas contas no próximo capítulo tudo estará esclarecido. Sobre o que ele é e o que acontece entre os dois. Ou quase isso.
Logo logo uma menina vai aparecer pra mostrar como tudo isso começou entre eles.
E, Julius não é malvado. Fiquem de olho no que ele diz.
Bom. Chega mesmo, né?
Reviews, não esqueçam as reviews...
Amo vocês.
A gente se vê, beijos :*



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