(Tadase)

Algo muito, mais muito estranho mesmo ronda esse tipo de “desmaio” de Amu... E eu vou descobrir!

Mas antes, Ikuto-san me pediu para que eu o ligasse, não sei para quê. Peguei o telefone, disquei seu numero e foi apitando o chamado, fiquei meio ansioso para contar o que houve.

-Alô? – Ikuto falava calmamente.

-Ikuto-san? É Tadase, tudo bem? – falei respondendo seu chamado.

-Ah! Oi Tadase, estou bem e você? – Ikuto parecia nervoso, não queira perguntar de mim, mas sim de Amu, eu tinha certeza.

-Estou bem... Tenho novidades de Amu. – falei para acalmar seu coração aflito.

-Sério? Quais são essas novidades? Teria algo a ver com aquela energia muito semelhante ao dela? – Ikuto realmente sentia qual seria o verdadeiro ponto de minha ligação, era isso mesmo. Fiquei meio mudo, mas voltei a responder.

-Sim e não. Seriam duas coisas. – eu falei.

-Isso é interessante... – Ikuto parou de falar por um momento, mas voltou a respirar. – bem, o que seria?

-Primeira parte: aquela energia que saia do palácio, não sei ao certo se era de Amu e, segunda parte: Amu estava desmaiada quando cheguei ao seu quarto, seguindo aquela energia forte. – eu falei. Ele parecia ter emudecido.

-Hum... Mas me fale da primeira parte. Você disse que não sabia ao certo se era de Amu, mas sentia energia saindo do quarto de Amu? – Ikuto chegou ao ponto fraco! Ele observou certo o que eu havia dito sem perceber. – pelo que eu a conheça, ela talvez tenha aprontado algo... Mas... Ela estava desmaiada quando você chegou ao quarto? Como assim? Explique-me melhor... – Ikuto estava realmente curioso.

-Bem, foi assim: eu segui aquela energia pelo dormitório, quando cheguei ao ultimo andar, sentia aquela energia cada vez mais forte e entrei no quarto de Amu, onde ela estava desmaiada e suas charas, dentro dos ovos. – eu falei. Ikuto ficou em silêncio por uns instantes, parecendo resolver o quebra-cabeça.

-Você disse que as charas de Amu estavam dentro dos ovos? – Ikuto perguntou, eu assenti. – isso tem algo a ver com esse desmaio, tenho certeza agora... Mas, ela está melhor agora? – Ikuto perguntou apreensivo.

-Sim, ela está agora, mas no dia em que tudo aconteceu, não. Ela teve alucinações, pesadelos, febre, enjôos, tonturas... Foi horrível vê-la sofrer. – eu falei, Ikuto parecia meio aterrorizado ao telefone. – mas eu a ajudei e o medico falou que tinha a ver com seu espírito... Suspeito não? – perguntei.

-É. Droga... Isso me deixou preocupado... Já sei! Tadase, você  precisa me reencontrar. Anote o endereço e me encontre nele, amanhã ás 17:30, ok? – Ikuto perguntou, eu assenti. Eu anotei o endereço e o horário. – Até Tadase e obrigado por ligar. – ele desligou. Fiquei meio pensativo.

-O que foi Tadase?-  Kiseki apareceu e me perguntou.

-É que Ikuto-san voltou par ao Japão e quer me encontrar no restaurante perto do parque daqui... – falei ansioso.

-E...? Aff Tadase chega de ser trouxa! Vá lá e fale tudo o que sabe sobre sua amadinha! – Kiseki falava ardido como gengibre, ele ficou pior do que antes.

-Cale a boca! E-Eu não gosto mais dela! E ela não gosta mais de mim! Quem não sabe que ela ainda o ama? Aff... – eu bufei, fico realmente bravo com os comentários desnecessários de Kiseki.

É isso ai! Vou me encontrar com Ikuto.

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(Ikuto)

Aff, Amu só me deixa cada vez mais preocupado. Depois do que Tadase falou sobre a suspeita energia emanando do palácio, já sabia que Amu estava metida! Temos uma ligação muito forte, por isso eu percebo sua presença em cada brisa.

-Mestre, o que houve? Preocupado com ela? Nyah! – Yoru perguntou. Eu assenti. – porque o senhor não faz como antigamente? – fiz uma cara de interrogação. – aff! A visite de noite, pela madrugada, sem ninguém ver e a olhe, somente a olhe! Nyah! – Yoru me deu essa genial idéia!

-É mesmo Yoru! Ótima idéia! Eu o farei hoje mesmo! – apertei a bochecha de Yoru e esperei a noite pairar sobre o céu, era lua cheia naquele dia.

-Vamos mestre! – Yoru falou contente. – Nyah!

-Certo! – eu falei. Fomos em direção ao palácio, com cautela, é obvio, entramos sem ninguém perceber e fui escalando as janelas até encontrar a de Amu, eu a sentia cada vez mais perto, com sua áurea feliz e boa.

-Ah! Mestre veja!  - Yoru apontou para uma janela, era ela! Fui até lá e olhei esquivo, vi cabelos cor-de-rosa grandes caindo da cama e um corpo coberto pela colcha azul marinho, era ela, reconhecia aquele cabelo de qualquer lugar.

Entrei cautelosamente, abrindo a janela e deixando a brisa fria da noite entrar naquele recinto.

-Amu... – falei sussurrando. Fui me aproximando e fui retirando aquela coberta do rosto da pessoa, aos poucos, fui descobrindo quem era e vi uma menina dormindo pesado e serenamente, parecendo estar num sonho.

Era Amu. Como estava bela! Como estava desenvolvida! Seu cabelo estava lindo, mais do que antes e seus olhos ainda estavam com aqueles traços delicados. Realmente a amava. Fui chegando perto de seu rosto que exalava seu respirar refrescante. O perfume de sua pele entrava pela minha narina e me fazia querer beijá-la, mas eu tinha q me conter.

Toquei seu rosto, tentando afagá-lo com minhas mãos gélidas, e consegui porque ela não acordava de jeito nenhum, eu estava feliz.

-Amu... Está muito bonita sabia? – falava quase inaudível. – causaria inveja a qualquer garota que existira nesse mundo... Hehe. – eu sorria a toa, tocando-a novamente.

De repente vejo seus olhos sonolentos e cansados abrirem aos poucos, eu não conseguia me mexer. Eu só queira ver seus olhos doces novamente.

-Hum... Ah! – um cochichou. – I-Ikuto-kun...? – droga! Ela havia me reconhecido mesmo no escuro. Ah! Esqueci, era lua cheia e estava iluminando o quarto todo, inclusive a mim. Esquivei-me depressa e saí rapidamente pela janela, sem ter o rumo certo.  Sai rapidamente do palácio e fui para meu quarto de hotel.

-Ufa... Quase... – falei bufando de adrenalina.

-Mas ela te reconheceu mestre... – Yoru falou e ele estava certo, eu teria que ser cauteloso mais ainda para ela não me ver.

Seria uma longa historia pela frente?