Livre Arbítrio: Eu Escolho Você. escrita por MilaBravomila


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

esse cap é mais curto.. vamos lah??



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- Você está bem, meu anjo? – Daniel perguntou com os olhos violetas cheio de preocupação. Sua mão direita tocando minha bochecha.

Meu coração só não parou de bater não sei por que. Ouvir sua voz tão suave me chamando de anjo e seu toque tão quente e acolhedor em minha pele, me fizeram sentir a pior pessoa do mundo.

Cam se levantou vagarosamente e Daniel se colocou na minha frente, como se me protegendo dele. Pouco antes de ele virar pra encarar o ex-anjo a metros de nós eu vi o tom avermelhado surgindo no fundo de seus olhos violetas. Ele estava com raiva, muita raiva de Cam, mas eu não sabia até onde ele tinha visto.

O desespero bateu em mim. Daniel estava voltado para Cam com os punhos cerrados, seu corpo tenso. Eu temia que eles começassem uma briga. Cam pôs-se de pé, aparentemente ileso.

- Nunca mais toque nela. – a voz de Daniel era fria e sem emoção e eu pude ouvir claramente a ameaça contida nela. Meu corpo estremeceu, nunca tinha ouvido Daniel falar desse jeito antes, era como se tudo de angelical que ele tinha, tivesse sumido de repente.

Cam não respondeu, apenas começou a se aproximar de nós encarando Daniel fixamente.

Eles ficaram frente a frente. Cam, ligeiramente mais alto que Daniel, também estava tenso e seu rosto, sombrio.

- Ou o quê? – Cam perguntou com a voz igualmente fria e decidida.

E aí aconteceu. Daniel atingiu Cam bem no rosto com um cruzado de direita, espetacularmente veloz. Qualquer pessoa estaria nocauteada com um daqueles, mas Cam deu alguns passos pra trás e contra-atacou. Eles começaram a lutar bem ali no corredor e tudo era muito rápido. Eu estava esmagada contra a parede enquanto eles se matavam bem na minha frente, eu não sabia o que fazer. Eles eram incríveis e a luta se desenvolveu rápida e brutalmente. Eu vi de relance que alguns nephilins apareceram no outro extremo do corredor e ficaram chocados com a cena.

Cam lançou Daniel contra a parede próxima a mim. Ele bateu com tanta força que a danificou. Era como se alguém tivesse batido com uma marreta gigante na parede e um quase buraco se formou. Eu gritei. Achei que Daniel estaria machucado ou até inconsciente, mas ele logo se recuperou, ficou de pé e partiu pra cima de seu adversário. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Mais alguns instantes dramáticos se passaram, até que, finalmente, eu vi Arriane e Roland se aproximarem. Eles estavam no meu lado, as asas abertas e os corpos tensos. Mas eles estavam assistindo, não interferindo. Por quê?

- Façam alguma coisa! Eles vão se matar! – eu berrei em desespero pra os anjos ao meu lado.

- Nós não podemos interferir. – Roland respondeu calmamente, apesar de seu corpo estar atento a tudo o que acontecia.

- Não podemos enfrentá-los, Luce. – Arriane disse se aproximando de mim. – Vamos só esperar e manter os nephilins seguros.

Nesse momento, avistei Francesca e Steven chegando pelo outro extremo do corredor e afastando os alunos curiosos. Eles também não intervieram e meu nervosismo cresceu.

- Por favor! Parem! – eu estava tentando fazê-los parar, mas eu não conseguia me aproximar da luta.

- Luce. – Arriane veio e me segurou pelo braço. – Eles não vão te ouvir, você pode se machucar sério. – e acrescentou – O que aconteceu? Qual o motivo disso tudo?

- Eu... - respondi fracamente. As palavras de Arriane me deram uma idéia. Eu era a única pessoa que poderia parar esse combate entre os dois. Ela disse que eu me machucaria, mas eu tinha certeza de que eles não deixariam isso acontecer.

Livrei-me do simples aperto de Arriane em meus braços e corri em direção a eles, que estavam a pouso metros de nós. Senti a movimentação de Arriane e Roland atrás de mim, na tentativa de me impedir, mas com um movimento rápido me esquivei de ambos e fui com tudo na direção de Daniel e Cam. Meu plano era simples: entrar bem no meio deles e rezar para que parassem antes de me atingirem. Eu só esperava que a raiva não os cegasse tanto a ponto de não interromperem o ataque a tempo.

Tudo aconteceu muito depressa. Em questão de pouquíssimos segundos eu me livrei de Arriane e pulei – literalmente- no meio dos dois. Eu estava com os olhos fechados, esperando que a dor viesse. Mas ela não veio.

Silêncio.

Quando olhei ao redor eu vi que estava cercada por um par de asas, brancas e douradas. Daniel estava atrás de mim e suas asas formavam um escudo protetor ao meu redor. Quando ele as baixou vi que o punho cerrado de Cam estava a milímetros do meu rosto. Eu percebi que Cam não tinha atingido as asas de Daniel. Ele parou seu ataque quando percebeu que me atingiria.

Meu corpo tremia e meu coração batia forte no peito. Finalmente eles tinham parado.

- Por favor... não briguem. – eu pedi num sussurro. Até minha voz estava trêmula.

- O que está havendo? – Steven se aproximou de nós. Cam e Daniel ainda se encaravam.

Os outros anjos também se aproximaram rapidamente.

Nem Cam, nem Daniel, pronunciaram palavra alguma, apenas minha voz fina e irregular foi ouvida.

- Foi um mal entendido. Mas já está acabado.

Eu estava no meio deles e torcia para que minha presença fosse o suficiente para acalmá-los. O que eu precisava mesmo era separar os dois e contar tudo ao Daniel.

- Por favor, Daniel, vem comigo. Eu preciso muito conversar com você a sós. – eu falei dando um passo em sua direção.

Alguns segundo passaram antes que ele desviasse seu olhar do rosto de Cam para me encarar. Seus olhos eram um misto de violeta opaco com vermelho claro e era clara a confusão e a raiva que irradiavam.

- Luce... – Cam falou se aproximando de mim.

A resposta de Daniel foi imediata. Ele me afastou de Cam pela cintura e se colocou entre nós, novamente. Parecia que tudo iria recomeçar. Eu rapidamente me pus no meio deles, de novo, e coloquei uma mão em cada um, afastando-os pelo peito.

- Cam, por favor, eu preciso conversar com Daniel. – falei olhando para os olhos verdes mais lindos que já vi.

Daniel ficou claramente irritado com minha aproximação de Cam, mas não disse nada. Finalmente, Cam se afastou, olhando-me profundamente nos olhos.

Respirei fundo e me virei para Daniel, que permanecia confuso e intrigado.

- Vamos, por favor. – pedi.

Ele entrelaçou sua mão na minha e foi comigo na direção das escadas. Atrás de nós a tensão permanecia no ar e o silêncio se aprofundou.


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Notas finais do capítulo

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