Sectumsempra escrita por AnneWitter


Capítulo 6
Baile - O Ataque


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado- terceira parte e última do baile, espero que gostem, como espero que respondam algumas das perguntas de vcs ( embora algumas que provavelmente surgiu só será respondida ao decorrer da fanfic ^.^)-Não esqueçam de comentarem!!!Bjokas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/127422/chapter/6

Troy não foi o único a perceber isso, assim que alunos começaram a cair desacordados, Selene pegou sua varinha, sendo imitada pelos professores e funcionários próximo dela. A fumaça lembrava um patrono corpóreo, contudo sem uma forma definida e nem uma cor alegre e tranqüilizadora. A fumaça era de cor chumbo e movia-se rapidamente , flutuando sobre todos. Selene usou um feitiço de proteção sobre os alunos, esses que agora gritavam e corriam, ficaram presos uma camada transparente de proteção.  

Assim que o feitiço surgiu o efeito desejado a vice diretora apontou a varinha para uma daquelas coisas, contudo o feitiço que conjurou ultrapassou a fumaça sem surgir efeito algum.

Edward se juntou a esposa, estava também com a varinha em punho, logo atrás dele vinha a banda que outrora divertia a todos – esses também tinham suas varinhas em mãos, certamente reflexo das experiências anteriores.

-Já vi algo assim antes. – comentou Edward em tom preocupado. -  Mantenho-os aqui, procurarei a fonte desse feitiço.

-Feitiço? – indagou Selene, olhando preocupada para as fumaças, e para um grupo de professores que os atacavam;

-Sim, depois explico melhor. – dito isso o diretor correu em direção a saída do salão.

Tudo estava um verdadeiro caos, os alunos ainda protegidos gritavam, os professores conjuravam feitiços que não funcionavam de nada, a banda agora fazia parte do grupo que tentavam lutar contra aquilo – e mesmo em meio a toda aquela loucura Selene visualizou duas pessoas que ela não queria ter visto por ali. Troy e Anne.

 Sra. Witter olhou horrorizada para seus filhos, tão pequenos diante de tudo aquilo que acontecia dentro daquele local. No momento que ela iria conjurar um feitiço de proteção sobre eles, Anne puxou Troy para um conto afastado, evitando uma daquelas coisas, que passou rente as cabeças deles.

A mulher deu a volta nas mesas que estavam diante de si, passou entre dois professores que atacavam freneticamente feitiços, e correu em direção onde vira os filhos irem. Mas antes que pudesse aproximar deles, uma daquelas coisas fez algo que até então não fizera... Na fumaça surgiram alguma tipo de patas, longas e com garras, quais utilizaram para agarrar o casaco de Troy o suspendendo.

Selene viu o momento que Anne agarrou nas pernas do irmão, impedindo que a criatura disforme o levasse para o alto. Um dos professores próximo a cena aterrorizantes aos olhos da mulher, lançou algum feitiço, que pela primeira vez surgira efeito naquela coisa. Talvez quando a criatura se “transformou”, havia ficado mais solida e então frágil para feitiços.

Selene afastou qualquer pensamento, continuando a correr em direção aos filhos, entretanto não conseguiu alcançá-los. Enquanto o professor que os ajudara ordenava a saída deles dali, um dos integrantes da banda que estava alguns passos de distancia dela foi pego por uma das criaturas, vendo que seus filhos estavam a salvos, pois estavam saindo do salão, Selene parou e lançou um everte statum na criatura de fumaça. E como na que o professor Lestror havia atacado, o feitiço surgiu efeito.

Leonel, o baterista do The Stupid Wizard, agradeceu para Selene quando essa lhe ajudou a se levantar.

-Os corpos deles estão ganhando massa. – comentou ela para o rapaz.

-E estão ficando mais forte. – disse ele olhando para cima, onde um grupo se formava, todos com as mesmas patas que o anterior, que o havia atacado, tinha.

-Contudo agora podemos acertá-los com feitiços. – comentou ela com um sorrisinho.

E antes que as criaturas viessem para cima deles, Leonel e Selene conjuram feitiços de ataque...

Troy e Anne estavam agradecidos pelo professor Lestror – que lecionava runas – por ter os ajudados, pois assim que aquela criatura pegou Troy, tanto ele, como Anne, achava que estavam num grande perigo. Mas agora que estavam fora do salão, apenas ouvindo a confusão que se espalhava lá dentro, os dois se sentiam bem.

Troy quis espiar mais um pouco a grande confusão, mas Anne o puxou para o mais longe possível.

-Queria ver mais.

-Está maluco? O melhor a fazer é voltar para o salão comunal, nem sei como pude aceitar essa sua idéia maluca de vim até aqui.

-Aceitou pois estava curiosa como seria o baile, e se eu estava certo sobre a fita que encontramos. – disse ele triunfante.

Quem o olhasse daquela forma sorrindo marotamente, nunca imaginaria que minutos antes estava sendo levado por uma criatura de fumaça. E talvez por isso que a primeira coisa que Sr. Wood fez quando viu os gêmeos no corredor para o salão principal, foi perguntar o que eles estavam fazendo ali. Logo atrás dele vinha um rabugento Filch e um grifinorio de cara fechada.

Porém assim que o professor chegou próximo deles e o som de batalha invadiram seu ouvido, Sr. Wood continuou a andar, olhando então para dentro do salão, vendo a cena sinistra que desenrolava lá dentro.

-Filch. – disse apressado o professor. – acompanhe esses alunos para seus salões comunais, o mais depressa possível.

O velho não se mostrou feliz com aquela ordem, e demorou para responder alguma coisa para o professor inquieto, que lançava olhares preocupado para dentro do salão, e a demora de Filch não estava o ajudando.

-Vamos, leve-os daqui! – ordenou com mais ênfase.

O homem resmungou alguma coisa que as crianças não conseguiram entender, e começou a andar, e certamente aquilo queria dizer que era para segui-lo. Anne viu o grifinorio olhar para direção do salão, notando que uma coloração amarelada cobria parcialmente o rosto dele, caso fosse uma situação diferente ela teria rido da condição dele; então a única coisa que restava era seguir o velho Filch em direção as escadarias, enquanto Troy, como o grifinorio, ainda olhava para o salão, para onde Sr. Wood acabara de entrar.

-O que está acontecendo lá? – quis saber o grifinorio.

O sonserino o olhou por alguns segundos, incerto, mais deu de ombros e voltando a olhar a porta para o salão respondeu o grifinorio, que Troy reconheceu como sendo Gláucio Correia.

-Estão atacando Hogwarts, pelo menos acho que sim. São criaturas de fumaças, bem estranhas por sinal, uma delas me atacou. – contou mostrando o lugar que uma daquelas criaturas havia o agarrado.

Apesar de não ter marca alguma ali, o Gláucio olhou o local curiosamente.

-Legal! – sussurrou.

-Não acho. – a voz de Anne quebrou o clima amigável entre os dois alunos. – Vamos, Filch já esta na escada, e certamente tem em mente em nos deixar para trás. Não sei você, troy. Mas acho que um ataque daquelas criaturas já foi suficiente.

Gláucio certamente não percebera, mas Troy sim, entrelaçado a voz firme de Anne havia algo a mais. Medo. Então o garoto concordou com a cabeça e seguiu a irmã. Gláucio demorou um pouco para o acompanhá-los, mas quando o fez saiu correndo, somente os alcançando na escadaria.

-Ele é maluco. – sussurrou Troy. – A Sonserina não fica para cá.

-Talvez temos que levar o outro. – disse ela olhando furtivamente para o menino que seguia atrás deles.

Antes que pudesse chegar a outra conclusão sem ser aquela, eles ouviram um estrondo, e depois uma fumaça, igual aquelas que estava no salão principal, passou por eles. Os três automaticamente correram os degraus que faltavam e foram para o patamar do primeiro andar, indo já para o lance da escada seguinte, encontrando então Filch desacordado e caído aos pés da escada.

Anne deu alguns passos vacilantes em direção ao homem  - pois diferente do andar térreo, aquele andar, como todos os outros, estava na penumbra – mas uma pálida luz da lua, que entrava pela janela, foi suficiente para Anne verificar que o homem ainda estava respirando. E no momento que ela estava se virando para informar isso para Troy, outra fumaça, que veio rapidamente do andar superior, a derrubou.

Gláucio e Troy pularam para trás surpreendidos. Anne colocou a mão no chão para se apoiar e então se levantar, a fumaça a impediu de fazer isso. Essa ficou sobre sua cabeça. A garota sentiu como se algo a pressionasse para baixo, ao mesmo tempo em que o ar de seus pulmões faltava.

O grifinorio foi o primeiro a reagir ao rápido ataque da criatura, pegando Anne pelo ombro e a puxando para perto da outra escada, Troy vendo o que ele estava fazendo foi o ajudar. A fumaça saiu de cima da cabeça de Anne e ganhou altura. A garota estava semi-consciente, mas Troy ficou aliviada ao ver que aos poucos ela estava melhorando.

Os dois garotos a colocou encostada na parede enquanto se recuperava. Mas antes que isso acontecesse a criatura de fumaça voltou a atacar...

Hugo não era do tipo de garoto que perdia seu tempo com brincadeirinhas, e tampouco  com amizades. Na verdade agora ele não era esse tipo de garoto. No tempo que seu irmão estava ao seu lado, e sua mãe estava viva, as coisas eram diferentes. Hugo era um garoto como qualquer outro, gostava de fazer amizades de aprontar junto com elas . Mas tudo isso perdera totalmente o sentindo desde que o seu mundinho perfeito – ou quase – desmoronou.

Primeiro a misteriosa morte da mãe, depois o desaparecimento do irmão. Sem levar em consideração a crescente frieza de seu pai. Por isso que quando soube do baile ele não ficou animado, e não se sentiu nem um pouco tentado em espiar quando soube da proibição dos três primeiros anos. Mas ele não pode deixar de lado a idéia de verificar como os filhos do diretor, as crianças perfeitas de Hogwarts, reagiriam caso fossem pegos pelo zelador Filch, ou mesmo por algum professor, enquanto esses conferiam a veracidade da fita que haviam encontrados.

Na verdade a curiosidade começara ali. A fita que havia parado na mão da filhinha do diretor. Anne Witter. O garoto que jogou na direção da poltrona onde ela estava sentada, era do primeiro ano, e como ele, era desligado na questão de amizades. Mas diferente dele, o garoto sorria quando achava prudente e tinha uma relação significativa com alguns professores.

E Hugo achara realmente estranho aquele fato, pois certamente aquilo não tinha acontecido á toa. Por isso que assim que os gêmeos se retiraram do salão, ele achou interessante segui-los. Não antes de ver alguém surgir atrás da poltrona onde anteriormente estava Anne. Era a garota também da sua turma, Gabriella Waack. Essa, pelo que parecia, estivera ali o tempo todo, provavelmente sentada na poltrona que ficava encostada na que a Witter se encontrava. Um lugar que o próprio Hugo gostava de ficar, pelo simples fato de não precisar olhar para ninguém ao estar lá, sem falar da sensação de solidão que aquele local passava para ele.

E ver Gabriella sair daquele lugar o fez concluir que realmente o tal objeto não era para os gêmeos, e sim para a garota que agora se dirigia para o dormitório feminina, que pela aparência que exibia, demonstrava que ela estivera dormindo aquele tempo todo.

E aquele fato somente aumentou sua indagação, deixando mais que depressa o salão.

O corredor das masmorras estava inundado pela escuridão, não se via nada além de um palmo de distancia, forçando com que Hugo seguisse o local tateando a parede de pedra. E ele seguiu dessa forma, até chegar à escada que levava ao térreo. Ali uma iluminação fraca, mas suficiente para enxergar o caminho, caia sobre os degraus.

Rapidamente o garoto chegou ao térreo, agora estava próximo ao salão, mas receoso de encontrar os gêmeos ou outra pessoa ao seguir o corredor que ia direto para o corredor principal, Hugo resolveu seguir o caminho ao contrario, indo então para escadaria, onde poderia subir até o segundo andar, e ali ir para o salão principal pelas escadas segundas, sem precisar ficar com medo de dar de cara com os gêmeos ou qualquer outra pessoa;

Enquanto percorria aquela parte do castelo, cauteloso para não ter surpresas algumas, e novamente tateando a parede, já que, uma vez que a local iluminado estava ficando para trás os corredores começavam a ficar nas penumbras, tal como o da masmorra. O jovem ficava se lembrando das férias de verão de seu irmão, nas noites que eles saiam de suas camas e iam até a biblioteca para treinar magia. Gustav havia ensinado feitiços interessantes para Hugo, quem se mostrou ser um ótimo aprendiz; e seu irmão sempre dizia que quando o garoto entrasse na escola na certa seria o primeiro da turma, mas isso realmente não aconteceu. Não que ele fosse o último, ou não soubesse fazer feitiços. Como o Alorromora que a professora Russel ensinara naquela tarde. Ela simplesmente não tinha interesse mais em mostrar que sabia. Com Gustav era diferente, Hugo sempre queria mostrar para ele que sabia, talvez porque nunca gostou de pensar como sendo o inferior ao irmão – ou simplesmente porque queria que seu irmão mais velho se sentisse orgulhoso por ele. E quem sabe não seriam as duas coisas. O fato é que Hugo não se sentia encorajado em mostrar todo o seu potencial diante de outros alunos.

Hugo havia percorrido boa parte do corredor oeste do castelo, que ligava o corredor principal – agora as suas costas – com o pátio do lado oeste – atrás de uma grande porta, que ainda estava longe do local onde Hugo se encontrava – e das escadas secundárias – qual despontou abruptamente para Hugo, visto que ele não estava enxergando com precisão em meio aquela escuridão.

Nas escadas o cuidado dele redobrou. Ele começava a pensar se a idéia de contornar boa parte do castelo e simplesmente espiar os gêmeos, realmente era valida. Afinal pelo o tempo que já havia levado era bem provável que os dois já estivessem escondidos em algum lugar espiando o baile, ou já tivessem sido pegos pelo Filch ou algum professor, e enquanto estava subindo para o primeiro andar, certamente eles estavam sendo levados para o salão comunal da Sonserina. Mas agora era tarde para ele voltar, afinal se alguém realmente estivesse levando os gêmeos de volta, no momento que Hugo tentasse voltar ele também seria pego, portanto era mais fácil ariscar por ali mesmo.

Reforçado a sua meta o garoto continuou a andar, e agora que estava acostumando com a escuridão seus passos foram ganhando mais ritmo e rapidez. E assim que chegou ao segundo andar, Hugo praticamente correu pelo corredor que levava para a escadaria que precisava passar para ir ao salão principal. E na sua correria ele nem notou a criatura que passou sobre sua cabeça, mas conseguiu ouvir claramente o choramingo de alguém.

Cauteloso ele seguiu para a porta de onde ouvia o som, notando ao se aproximar que se tratava de alguém chorando – ou melhor – suplicando por ajuda.

Hugo cuidadosamente abriu a porta, e antes que pudesse ver quem se encontrava ali dentro, a pessoa disparou porta á fora, quase derrubando Hugo que se encontrava próximo a batente.

-Vamos sair daqui! – exasperou a pessoa.

Hugo a olhou confuso era um garoto um pouco mais baixo que ele, e devido a uma luz que vinha da sala que outrora o tal garoto se encontrava, era possível enxergá-lo, fazendo com que Hugo o reconhecesse. Era um garoto também do primeiro ano, da corvinal, que nas aulas de transfiguração gostava de se sentar com uma corvinal realmente inteligente. Hugo somente se lembrava do sobrenome dele, Black.

-Vamos logo. – reforçou o garoto, olhando aterrorizado para dentro da sala.

Quando Hugo ia verificar o que causara tanto medo no garoto, este o pegou pelo braço, iniciando então uma corrida enlouquecedora em direção ao corredor seguinte.

Eles chegaram rapidamente a escadaria, mas rápido que Hugo suspeitava, e estavam prontos a descerem quando algo passou por eles. Black instintivamente empurrou Hugo para o lado, fazendo ambos caírem. Em seguida eles ouviram um estrondo, como alguém ou algo caindo.

-Temos que sair daqui. – sussurrou o garoto amedrontado.

Hugo fez uma careta para Black, ele próprio não sabia o porque, se era por causa da queda dos dois, do medo do garoto, do seu próprio medo ou daquilo que seguida rapidamente na direção deles. O fato é que ele simplesmente fechou os olhos, e antes que pudesse saber o que estava acontecendo um grito ecoou escada a cima.

Black se levantou primeiro, ainda com medo, olhando para o andar de baixo.

-Acho que aquilo, pegou alguém lá em baixo. – disse Black.

Outro grito foi de encontro aos dois. Hugo então também se levantou.

-Precisamos ajudar. – disse Black incerto.

Hugo o olhou de esgueira, ambos se encontravam na beirada da escada, não conseguiam enxergar nada, mas conseguiam ouvir os resmungos de alguém no andar inferior. E então veio outro grito. Ele podia simplesmente virar as costas e seguir para o lugar de onde veio, até porque o que um garoto do primeiro ano podia fazer? Mas com um empurrão de Black, Hugo acabou descendo três degraus e dali ele conseguiu visualizar, com ajuda da luz que vinha da janela daquele andar, o Sr. Filch caído ao pé da escada, e três alunos curvados próxima á uma parede. Todos eles o garoto reconheceu de primeira. Gláucio Correia, Troy Witter e Anne Witter. E pelo que o sonserino podia ver, a garota estava desacordada. Fosse por isso, ou pelo fato de que dois daqueles que precisavam de ajuda era da sua casa, Hugo desceu o restante do degrau e apontou a varinha para aquela criatura disforme. No primeiro momento ele pensou em proteger os três, mas resolveu por fim em atacar a criatura quando nesta surgiram patas e agarrou o grifinorio.

- Petrificus Totalus!

Por uma fração de segundo Hugo achou que o feitiço não surgiria efeito, por ver que a criatura, apesar de ter sido atingida, continuou a apertar as “patas” na roupa de Gláucio. Mas então essa ficou imóvel e então perder de uma única vez a capacidade de flutuar, indo então ao chão.

Gláucio deve dificuldade, mas logo conseguiu se desvencilhar da garra da criatura.

-Ajude-me aqui. – pediu Troy, tentando pegar Anne no colo. Hugo ficou observando Gláucio ajudar Troy, e Black também (Que assim que viu que a criatura não estava mais em condição de atacar, desceu para aquele patamar). Antes porém de alguém sair dali outras criaturas surgiram, todas vindo da mesma direção, o segundo andar.

Hugo só teve tempo de gritar um protego, enquanto ficava diante dos demais.  

Sr. Witter saiu do salão correndo, seguindo para a escadaria principal. A última vez que havia visto aquele feitiço em ação, e a fonte deste, foi na biblioteca. Ele não tinha total certeza que a encontraria no mesmo lugar de antes, mas tinha que começar por algum lugar, e o mais rápido possível. Ele sabia como aquelas criaturas eram chatas no começo e terrível quando conseguiam atingir sua forma total.

Involuntariamente ele olhou para uma cicatriz em sua mão direita, a marca de que aquele feitiço realmente era perigoso. Após olhar a cicatriz seus passos tornaram-se mais rápidos, pulando até mesmo alguns degraus. Ao atingir o patamar do primeiro andar ele conjurou o feitiço Lumus, daquele ponto em diante a escuridão brindava em abundancia o castelo. Já que ele pedira para deixar daquela forma o restante do castelo para inibir a saída dos alunos mais novos dos salões comunais.

 E seguindo aquele andar, em direção a outro lance de escada, tudo parecia em ordem. Nada de criaturas de fumaça, ou mesmo gritos ao longe de alunos em perigo. Então ele parou, imaginando que poderia estar indo para o lugar errado, o que fez ele continuar foi uma daquelas criaturas que passou flutuando o fim daquele corredor.

Voltando a correr, e enxergando a região que o feitiço iluminava, Edward chegou a outra escada, ignorando a criatura de fumaça que ainda flutuava ali perto. O contrario do primeiro andar, ali havia bem mais criaturas. E agitando a varinha sobre a cabeça e, conjurando feitiços de proteção, o diretor seguiu aquele corredor, e pulou desajeitado, quase caindo, nos primeiros degraus da escada seguinte.

O terceiro andar não estava diferente do segundo, na verdade somente no número de criaturas que eram mais, pelo que parecia o dobro do que havia no andar inferior.

Ele suspirou e olhou atentamente para aquelas criaturas, a maioria era apenas fumaças disformes, e certamente não seriam acertadas por feitiços, algumas já possuíam “patas” e essas pareciam se mostrar interessadas na presença do diretor. Mas foram duas daquelas criaturas, que possuíam uma forma mais concreta lembrando vagamente de grifos – mas uma versão bem menor – que voaram em direção ao Sr. Witter.

Ele rapidamente apontou sua varinha para uma delas, a mais próxima, e gritou:

-Bombarda. – a criatura foi atingida no que parecia o meio dela, ficando em pedaço, fazendo com que as demais criaturas afastassem. – Bombarda  Maxima. – conjurou em direção a outra, que apesar de afastar com o feitiço anterior, Edward achou prudente acabar com ela.

Sendo atingido com chuva do que parecia algodão de cor chumbo, Sr. Wiiter seguiu para a escada que o levaria para o quarto andar e nesta era possível se ver outras daquelas criaturas, com feitiço de proteção ao seu redor, Edward chegou ao próximo andar.

Como esperava ali o número de criaturas eram bem maiores, e uma grande quantidade seguia em direção da escadaria movediça, certamente o caminho que estavam fazendo para irem ao salão principal. Muitas delas estavam em forma semi-concreta, como as duas que haviam atacado ele no andar inferior, e foram essas as primeiras a perceberem o recém chegado.

Assim que elas seguiram para atacá-lo, Edward não hesitou, lançou duas bombarda e depois bombarda máxima, e olhando para cima, evitando com a mão que os pedaços de  “algodões” caíssem em seu olho, ele viu que a reação das demais criaturas foram as mesmas das anteriores, elas se afastaram.

E devido á isso ele aproveitou e seguiu para o seu destino, a biblioteca. Ao entrar nesta o cenário era assustador, outras inúmeras criaturas flutuavam sobre as prateleiras de livros e mesas, todas ainda disformes, nenhuma parecia ainda possuir as patas ou mesmo lembravam grifos.

Rapidamente Edward olhou em volta, em busca da fonte de tudo aquilo, e logo na entrada da parte restrita da biblioteca o diretor viu o livro, este aberto mostrando a pagina de rosto, dele mais criaturas saia, primeiro como apenas uma sombra, e quando ganhava altura ela ganhava a forma de fumaça.

Correndo para aquela direção Edward, conforme se aproximava, viu outro livro maior que  ‘ A verdade oculta da ordem de fogo’  também caído e aberto, e junto deste um garoto ´- certamente da mesma idade que seus filhos – estava desacordado, o lampião ainda acesso se encontrava em sua mão.

Mas antes que ele pudesse ajudar o menino, que apesar de estar desacordado, aparentava estar bem, ele tinha que cuidar de outra coisa. O livro. Edward agachou-se ao lado deste, e assim que tocou a lateral do livro todas as criaturas se voltaram para ele.

Num movimento rápido de varinha ele conjurou mentalmente o feitiço Salvio Hexia. E enquanto as criaturas iam de encontro a barreira de proteção que havia criado, Edward segurou firme o livro, esse tremeu ao contato de sua mão, enquanto mais criaturas saiam, que , ao contrario das demais, estavam junto com ele na camada de proteção.

Sentindo o efeito já conhecido da falta de ar que as tais criaturas no primeiro estagio provocava, Edward lutava contra o livro a fim de fechá-lo. Quando num tempo remoto ele assistiu outro homem fazer aquela tarefa, virá o quão árduo fora o bruxo realizar essa façanha, mas não imaginou que era tão difícil daquela forma, e as coisas somente dificultava-se com aquelas criaturas ao seu redor.

Mas ele tinha que fechá-lo...  

A barreira de proteção feita ao redor das crianças, quando Hugo conjurou o protego,não era suficientemente forte para manter aquelas criaturas longe, principalmente quando nestas começam a surgir patas.

O sonserino passou para trás de Gláucio quando uma daquelas criaturas avançou. Tudo parecia perdido para eles, como pareceu para os professores que estavam no salão principal, enquanto enfrentavam diversos de grifos cor chumbo  - esses bem mais forte contra feitiços – principalmente contra feitiço de proteção.  

Todo o campo de proteção realizado ao inicio do ataque estava agora desfeita pelas criaturas, e muitos dos alunos começavam a ajudar os professores, outros seus colegas desacordados, enquanto uns corriam para sair dali. Fosse como fosse, todos estavam em desvantagem diante das inúmeras criaturas aladas que se mostravam perfeitas em atacar.

Selene preocupada com os filhos, que apesar de Wood lhe tranqüilizar dizendo que pediu ao Filch para levá-los ao salão comunal da Sonserina, não conseguiu evitar que uma daquelas criaturas atacasse o grupo de aluno que estava protegendo.  Rezando para que ao menos seus filhos estivessem bem, e que seu marido realmente conseguisse acabar com tudo aquilo, ela conjurou o feitiço Depulso, empurrando a criatura, para depois aceitá-la um estupefaça.

Apesar de ter se saído bem, outras daquelas já viam em sua direção. Mas antes que essas lhe atingisse ou os alunos – ou mesmos os quatros alunos do primeiro ano que se encontravam na escadaria secundária do primeiro andar – todas aquelas criaturas desaparecem por completo, deixando em seu lugar um fiapo de fumaça, como que inúmeras velas tivessem sido apagas ao mesmo tempo. Selene deu um sorriso de alivio, Edward tinha conseguido...          


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sectumsempra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.