Sectumsempra escrita por AnneWitter


Capítulo 2
Diferenças


Notas iniciais do capítulo

-Cap não betado

—E sim o cap está pequeno, mas é só o começo



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6 meses depois

O salão principal naqueles últimos dias tinha sido invadido por um assunto arrebatador, fazendo com que veteranos e novatos interagissem freneticamente, comentando sobre a noticia que rondava o castelo.

Gustav Heretic.

Era esse o nome que estava na boca de todos, não somente sobre o garoto do terceiro ano, como também o sobrenome de sua família. Dois eventos funestos haviam caído sobre aquela nobre família bruxa. Uma família de sangue puro. 

O outro evento, mais antigo, não era dito por todos com naturalidade como do desaparecimento do sonserino, não que isso fosse normal, mas o outro assunto era polemico demais para se falar em tão alto, principalmente porque o outro Heretic, o filho mais novo da família, estava em Hogwarts e falar do outro assunto certamente não o agradaria.

E era exatamente para este que certa loira olhava naquele momento, enquanto os demais ao seu redor comentava, mais uma vez, do desaparecimento de Gustav, com teorias absurdas.

- Idiotas.

Ela olhou para o garoto que havia pronunciado aquela palavra. Troy Witter, seu irmão gêmeo. Naquela manhã, já na segunda semana de aula do primeiro ano de ambos, ele estava insuportável. A razão daquilo ainda era um mistério para a loira, e por isso ela simplesmente ignorou o comentário dele, e voltou-se para sua observação.

Hugo Heretic. Naquela manhã, como nas demais, ele se encontrava quieto tomando seu café da manhã, como se nada estivesse acontecendo, como se as duas garotas ao seu lado não estivessem comentando de Gustav, e que nem os meninos do quinto ano estavam especulando teorias malucas sobre o desaparecimento. Era como se estivessem falando de outra pessoa.

Talvez fosse melhor assim, no fim das contas, fingir que não era com ele. Ela também não fingiria?

Quando o olhar dele se encontrou com o dela, a sonserina simplesmente desviou mirando seu suco, este completamente intacto. Ficar observando as pessoas ao redor causava aquilo.

-Não vai comer? – questionou seu irmão.

-Estou sem fome.- respondeu já se levantando. – E acho melhor irmos logo, papai já reclamou demais devido o nosso atraso da semana passada. Não se esqueça que temos que ser o exemplo. – disse de modo enfadonho.

Troy bufou contrariado  e se levantou enchendo em seguida sua mão de biscoitos.

-Não comeu o suficiente?

-Não, esqueceu que estou em fase de crescimento.  - disse de modo divertido.

Anne lhe sorriu, era dessa forma que ela gostava de ver seu irmão, a cara fechada e o mal humor que ás vezes lhe brindava, realmente não combinava com ele.

Quando já estavam na porta do salão alguém os chamou, ambos olharam para trás. Andando na direção deles ia Gabriella Waack, também do primeiro ano, e que logo no primeiro dia em Hogwarts fizera amizade com Troy.

-Obrigada por esperarem. Bom dia Troy, bom dia Anne.

Diferente do irmão, que apertou afetuosamente a mão de Gabriella, Anne apenas lhe saudou um breve sorriso, para em seguida se retirar do local.

-Ela não gosta de mim, no fim das contas, não é? – comentou a garota saindo do salão ao lado de Troy.

-Não é isso, Anne nunca foi boa para fazer a amizade. Mas pode ter certeza que em breve ela lhe considerara uma amiga, como eu já considero.

-Espero que sim, eu realmente gostaria de ser amiga dela.

-Continua do meu lado, que você conseguirá isso. – disse sorrindo.

-Então ficarei.

A primeira aula daquele dia para o garoto que deixava, praticamente correndo, o banheiro, havia começado cerca de dez minutos. E como se aquilo não fosse suficiente para seu desespero, àquela aula era justamente da esposa do atual Diretor de Hogwarts, e também vice-diretora.

Seus pulmões pareciam que iriam explodir, devido a descida pelas escadas, quais teimavam em se mover forçando-o a procurar outros meios para chegar ao seu destino. Caso Gláucio soubesse que comer aquele bolinho de chocolate oferecido pela Wendy Hudson lhe daria aquela dor de barriga, certamente ele não teria aceito. Mas agora era tarde para arrependimentos, ele precisava era de um milagre para não ser repreendido pela professora, e pior, não deixar que sua casa perdesse pontos, os preciosos pontos das casas.

Quando finalmente entrou no corredor que levava á sala de poções o ar lhe pareceu mais vivido, cariciando seus cansados pulmões. Cauteloso ele aproximou-se da porta da sala, a voz firme, e ao mesmo tempo, adorável de Selene Witter  invadiu seus ouvidos. Devagar ele levou os nós de seus dedos á madeira da porta, dando duas rápidas batidas. A voz da sra. Witter desapareceu, e um silencio se arrastou por meros segundos, que para o pobre grifinorio pareceu ser uma eternidade.

Logo passos substituíram o silencio e então ele pode ouvir a lingüeta da porta ser tirada do seu cômodo lugar. A garota que abriu a porta lembrava vagamente a professora, embora seu olhar fosse de longe parecido com o da professora. Aqueles azuis carregados em desdém, quais era sempre destinados a grifinorios, ou alunos que não fazia parte de seu mundinho, era iguais ao de seu pai. O diretor de Hogwarts, senhor Edward Witter.

-È o aluno atrasado, Sra. Witter. – disse a garota com aquela sua voz tão suave, mas que conseguia, tal como a mãe, mostrar força e firmeza naquele timbre adorável.

A garota havia escancarado a porta, segurando a maçaneta ainda desta, de modo que todos, incluindo a professora, pudessem ver o garoto.

-A minha aula é muito cedo para você, Senhor Correia? – questionou a mulher em tom firme.

O garoto não conseguiu encara-la, achou mais prudente olhar para chão. Enquanto os alunos da sonserina davam risinhos, incluindo a filha da professora.

-Não senhora.

-Então porque o atraso? E olhe para mim quando responder, e senhorita Witter pode voltar para sua mesa.

A garota fez que sim com a cabeça, e antes de se sentar deu mais uma olhada para o grifinorio, lançando-o um olhar de desdém.

E como o garoto desconfiara, ele realmente não gostava daquela casa qual tinha como símbolo a serpente, sem dúvida típico para um povinho como aquele. Olhando agora para professora ele começou a enfrentar um grande dilema, dizer a verdade, ou contar uma historia que não passasse vergonha.

-Bem...Depois do café eu fui ao banheiro, e quando sai acabei me perdendo nas escadas.

Pelo menos tinha dito metade da verdade.

A professora ficou o encarando por algum tempo, para em seguida fazer um sinal com a mão para que ele se sentasse.

-10 ponto a menos para Grifinoria. – pronunciou ela em tom calmo.

Os sonserinos olharam para ele com triunfo, enquanto seus colegas de casa pareciam dispostos a por um fim na vida dele ali mesmo. E talvez por isso que ele achou mais seguro se sentar na ultima mesa, ao lado do único garoto indiferente aquilo tudo. Hugo Heretic.

Apesar deste ser da sonserina, diferente do garoto sentado a duas mesas dali, Troy Witter, o gêmeo da garota que lhe desdenhara – Hugo não ficava passando seu tempo livre atormentando os grifinorios, ou pessoas que eles não achasse que valia a pena se relacionar. O motivo daquilo tudo mundo sabia, e por isso que ninguém realmente se importava com a falta de interesse dele em compartilhar naquela rixa antiga entre sonserinos e grifinorios. Afinal o garoto cursando apenas o primeiro ano em Hogwarts, já tinha passado por coisa tão sofridas, que certamente mais que a metade dos demais alunos, em toda sua vida nunca passariam. E era por isso também que Gláucio sentia um tipo de compaixão pelo garoto, sentimento esse que o fez sorrir para sonserino, quando a professara pediu para as duplas trabalharem juntas na poção que seria feita naquela aula.

O outro o encarou por um breve segundo desviando o seu olhar do grifinorio da forma mais fria e indiferente possível, mostrando ao moreno que apesar da sua condição emocional, ele ainda era um sonserino arrogante e que, como qualquer outro de sua casa, não suportava grifinorios.

-Eh...Eu vou pegar os in...

O sonserino ignorou o garoto levantando-se e seguindo para a estante de ingredientes que a professa acabara de indicar. Gláucio bufou contrariado diante daquela demonstração amistosa de sua parte e frieza da porte do outro.

-Sonserinos. – resmungou, suspeitando que teria uma longa aula de poções pela frente....


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Notas finais do capítulo

- Não esqueçam de comentar!!!