Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 9
Capítulo 9 – Uma Linda Manhã de Inverno


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!

Have fun!



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Rose acordou de ressaca e sentado na poltrona, ao lado da cama, Mikail a olhava.

“Bom dia, docinho!”

“Bom dia por quê? Estou de ressaca.” Ela cobriu a cabeça gemendo. Ela era sempre mal humorada pela manhã e de ressaca era ainda pior. Ele lhe deu uma xícara de chá, um analgésico e uma ampola para o fígado. Era sempre assim nos últimos tempos.

“O café da manhã está na mesa. Pedi para servir no quarto para você comer e melhorar antes de se encontrar com seus pais. É melhor assim. Ah! Você recebeu flores!” Ele riu. Rose não. Ela achava que eram do Jess.

“De quem são?” Olhou um lindo buquê de rosas de todas as cores e deveria ter ali umas três dúzias. Era enorme o buquê. Mikail sorriu.

“Você terá que ler o cartão. Eu não abri.”

“Devem ser do Jess. Leia pra mim, minha cabeça parece que é feita de gelatina, para não dizer merda!” Ele riu e leu o cartão.

“Querida Rose.

        Te peço perdão por ter sido tão rude ontem com você.

        Não foi minha intenção te ofender.

       Eu só... Me perdoe!

Com carinho.

Adrian Ivashkov”

O cartão estava lacrado com cera e o brazão dos Ivashkov. Ela estava de olhos fechados, mas abriu um enorme sorriso. Mikail riu de sua expressão. Ele estava tão acostumado com Rose recebendo flores, mas com esse sorriso tão genuíno, já fazia tempo que ele não via. Resolveu brincar.

“Então, princesa, jogo fora??” Ela se sentou rapidamente com os olhos arregalados, já se arrependendo se seu ato, assim que sua cabeça gritou: DOR.

“Nem pensar! Você ficou maluco??? Nunca recebi um buquê tão lindo! Arranje um vaso.” Ela se deitou de novo e choramingou.

“Ai, minha cabeça!!!” Mikail saiu dali ainda sorrindo.

“Qual a graça, Tanner?” Abe Mazur. Mikail sorriu ainda mais.

“Rose!” O rosto de Abe se iluminou. Ele era louco pela filha.

“Ela está de bom humor? De manhã e de ressaca???” Mikail sabia que Abe sempre notava as bebedeiras da filha.

“Não exatamente, mas seu humor melhorou consideravelmente depois de receber flores...”

“Ela sempre recebe flores, Mikail, e isso não melhora o seu humor! O que está havendo?! O que há de tão especial nestas flores???” Abe era um pai preocupado e protecionista. Morria de ciúmes de sua linda princesinha turca. Mikail deu de ombros.

“Ela recebeu as flores que queria e de quem queria. Só isso! Agora ela voltou a dormir. Eu lhe dei um analgésico e uma ampola para o fígado.”

“Ah! Que pena! Queria levá-la para tomar café da manhã. A rainha Tatiana mandou chamá-la...” Mikail riu. Ela iria adorar se tivesse a oportunidade de ver Adrian, ainda que jamais admitisse.

“Então eu vou acordá-la Abe. Digo que se encontre onde com você?”

“No gabinete da rainha. Leve-a e faça com que se comporte!”

“Tudo bem!” Mikail voltou ao quarto de Rose e ela ainda sorria, deitada e de olhos fechados.

“Rose, querida, mudança de planos.” Ela abriu os olhos. “Você vai tomar café da manhã com seus pais e a rainha. Ela mandou te convidar!”

Rose arregalou os olhos e sentiu seu estômago revirar. Ah! Deus! Será que ele reclamou de mim para a rainha?!

“Ah! Não... Será que o Lord Ivashkov reclamou de mim para ela?” Mikail riu.

“Pouco provável. Senão, por que ele te mandaria flores tão lindas?! Ah! Droga! O vaso... Vou pedir para alguém trazer enquanto você se arruma. Tome um banho, se vista com uma bela roupa, arrume os cabelos e fique apresentável. Nada de jeans e tênis, huh?! Faça seus pais se orgulharem!”

“Com esse olho roxo esverdeado amarelado? Difícil!!! E não vou me encher de corretivo de novo. Quero que a megera me olhe e veja o que ela me fez!” Seu bom humor se foi.

Ela entrou no banheiro e se olhou no espelho. Ainda estava horrível, mas bem melhor. Tomou um banho e se vestiu com uma legging preta, um espartilho lilás e um trench-coat preto de veludo, com corte clássico. Calçou botas de saltos finos e muito altos. Penteou os cabelos, deixando-os soltos, pegou seus inseparáveis óculos escuros Channel, usando só um gloss como maquiagem. Os óculos eram enormes e tampavam quase que seu rosto todo. Ela estava apresentável. Passou seu perfume predileto – Amor-Amor e saiu do closet.

“Rose querida, você está linda, mas bem que um corretivo não lhe faria mal algum...”

“Eu quero mais é que todos vejam do que a megera é capaz.” Mikail riu.

Ela estava mesmo com raiva da mãe. Elas não se davam bem desde sempre, porque Janine era a típica perua da alta sociedade moroi e Rose odiava tudo aquilo. Rose era simples, não gostava de frescuras. Depois da tragédia na Turquia e principalmente depois que Janine resolveu mandar Rose para Montana, a relação delas piorou de ruim para nula. Eles se encaminharam ao gabinete real e foram atendidos por Dimitri, que ao vê-la arfou.

O coração de Rose, por sua vez, disparou só de pensar que Adrian estava ali. Dimitri lhe sorriu, o que também era raro e a reverenciou. Ela sorriu de volta, meio sem graça, analisando a aura dele. Ele só pensava no quão incrivelmente linda ela era.

“Entre princesa, estão todos aqui, inclusive seus pais.” Ela fez uma careta. Mikail pegou sua mão e apertou lhe dando força.

Ela entrou e foi encaminhada a uma bela sala com uma linda mesa de café da manhã posta. Estavam a rainha, que Rose reverenciou, seus pais, Lissa, Christian e ele. O mais lindo vampiro que ela conhecia: Adrian Ivashkov. Ela mal pode não sorrir e mostrar suas presas... A rainha sorriu.

“Sente-se Rosemarie, fique a vontade.”

“Desculpe-me o atraso. É que eu dormi tarde e não sabia do convite. Obrigada, aliás!” Deu seu melhor sorriso. A rainha riu de novo.

“Não tem problemas. Gostou do jantar? Está se divertindo?” Rose ruborizou. Ela não estava entendendo tanta atenção da rainha e todos a olhavam, na expectativa de uma resposta. De novo sendo o cetro das atenções.

“Sim, foi ótimo o jantar e a decoração de muito bom gosto.” Disse se sentando.

“Ótimo que tenha gostado. Conheceu o meu sobrinho? Adrian Ivashkov?” Disse a rainha apontando para Adrian.

Rose logo pensou. Ótimo! É agora. Humilhação pública ou talvez eu seja presa só por derrubar o sobrinho cego da rainha.

“Uhummm!” A rainha riu. Adrian olhava em sua direção com um ar de curiosidade e diversão?! Cretino, está se divertindo com a minha humilhação.

“Ele agora mora comigo. E ele vai para a Saint Vladimir para estudar espírito com Lissa. Como ela é comprometida com o Ozera e não queremos que haja boatos sobre a sua reputação... E pelo que sei, você na otem namorado, espero contar com você para ser a sua anfitriã. Você aceita, Rosemarie?”

Rose quase desmaiou. Lissa sorria para ela como se fosse a coisa mais bacana que alguém pudesse ter dito. Seus pais e a observavam e Mikail lhe deu um sorriso torto. Dimitri a olhava com ansiedade e Christian ria mostrando suas presas, adorando a saia justa em que ela se encontrava, a rainha espera sua resposta com expectativa. E Adrian??? Adrian observava  seu silêncio e sua aura muito, muito sério. Ela assentiu.

“Sim, será um prazer!” Todos sorriram menos Adrian. Ele parecia aliviado?!

Todos conversavam sobre tudo e sua mãe quase teve um piti quando Rose tirou os óculos. Seu rosto não estava mais inchado, mas também não estava bonito.

“Você poderia ter usado um corretivo!” Sussurrou. Rose riu sem humor.

“Eu já estava atrasada e não dava tempo. Leva tempo cobrir os rastros do estrago que você causou em mim... E também, o que importa? Você não quer que ninguém saiba o quanto eu não presto e o quanto a minha mamãe querida se emprenha em corrigir meus maus hábitos???” Janine saiu de perto dela com medo de perder a cabeça de novo. Ela já estava arrependida o suficiente! Mikail falou com Rose.

“Não crie caso com a sua mãe aqui, por favor!”

“Ela me provoca. Eu nem cheguei perto dela!”

“Ta animada? Digo, em ser a anfitriã do Lord Ivashkov?” Ele riu. Ela não e logo corou.

“Fale baixo, Mikail!” Ela riu e assentiu, mas depois seu rosto desmoronou. “Você viu a cara dele? Ah! Ele me odeia! Isso não vai dar certo...” Mikail riu.

“Não fale assim... Vai dar certo e ninguém te odeia, docinho, ninguém! Inclusive o guardião Belikov que fica te comendo com os olhos.” Mikail fechou a cara na direção de Dimitri.

“Perda de tempo dele.” Ela olhou para o Adrian e suspirou. “Perda completa de tempo dele!!!” Mikail riu e saiu. Lissa se aproximou.

“Rose, precisamos conversar e eu quero ver as flores...” Riu. Ela sabia! Elas reverenciaram a rainha, agradeceram e saíram. Lissa foi logo falando.

“Rose, você causou um efeito em Adrian que, há muito tempo ninguém via.” Rose a olhou séria, entrando no quarto. Lissa viu as flores, leu o cartão e riu.

“Viu isso?! Não é dele se desculpar. Depois que ele ficou... Bem, você sabe, ele se tornou muito amargo... Ele odeia a cegueira, odeia que as pessoas o ajudem e façam coisas para ele. Por isso a reação de ontem! E ele tem pavor de se relacionar por medo de que as pessoas tenham pena dele!” Rose assentiu.

“Eu entendo bem o que é isso... Mas eu só quis ser gentil, não queria tratá-lo como um inválido!” Lissa riu.

“Eu sei e disse isso a ele e ele ficou muito arrependido. Ele também é usuário de espírito como eu e tem habilidades diferentes das minhas. Por isso ele quer ir para a Academia. Mas exigiu da rainha que você fosse a anfitriã dele.” Ela riu. Rose arfou.

“Exigiu?”

“Sim Rose, exigiu. E a rainha faz o que ele quer. Ele ficou perguntando de você, coisa que ele não faz. Sei lá! Acho que ele está interessado em você!” Rose se sentou na cama.

“Lissa, você ta maluca? Ele me odeia! Quando eu o derrubei...” Lissa a interrompeu, com olhos arregalados.

“Peraí?! Você o derrubou???” Rose assentiu, sentindo que estava corando.

“Derrubei. Estava escuro, meu olho estava inchado, eu entrei correndo no jardim de inverno, dei um esbarrão nele e ele caiu de bunda... ele me xingou, eu o xinguei em turco. Aquele guardião dele me chamo a atenção, eu enfureci, quase o ataquei com fogo, mas quando via sua bengala, percebei que ele era cego, fui ajudá-lo e ele me repeliu. Aí você entrou...” Falou em um fôlego só.

Lissa estava de boca aberta. Então era verdade: Rose o havia derrubado mesmo! Quando ele contou-lhe isso ela não acreditou e achou que ele estava exagerando...

“Liss, me diga uma coisa. Como ele sabia que era você quando chegou?”

“Sei lá! Acho que os cegos desenvolvem outros sentidos muito mais... Talvez o cheiro...”

“Foi o que pensei, mas sei lá, tem algo estranho... Ele olha na minha direção como se me visse...”

“Eu também reparei nisso, mas pode ser o cheiro, ou... Ah! Rose, eu não sei. Por que você não pergunta a ele?!”

“Não! Melhor não e eu ainda acho que ele me odeia.” Nisso bateram na porta e Rose atendeu. Era Mason.

Bom dia Princesa Mazur!” Ele riu. Ela não.

“Ah, não, Mase. Você não!” E bufou. Ele riu mais ainda e disse para Lissa que a havia chamado de princesa Mazur. Lissa riu alto. Ela sabia que Rose odiava isso!

“Rose, você toda chique! Já tomou café que eu sei...” ele riu e Rose fez uma careta. “Então, já que acabou o meu turno, eu vim te levar para patinar.”


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Notas finais do capítulo

E então... O que acharam?
Críticas? Elogios? sugestões?
:):)
Se tiver cinco reviews, amanhã tem mais postagem, senão, só segunda!

Spassibo! Bjn. R.I.



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