Meu Doce Lírio escrita por Capistrano
Notas iniciais do capítulo
Lá vai
Era duro para Lily manter os dias banalmente enquanto Potter a encarava o tempo todo com uma expressão divertida, quase eufórica. De fato aquilo a incomodava mais do que deveria talvez, porém a irritação era tanta que nem mesmo os mais interessantes livros de História da Magia podiam prendê-la o bastante para não mandar um olhar zangado à James, que a perseguia furtivamente, diariamente.
- Ele vai me deixar louca! – Desabafou com Julian no dormitório em um fim de tarde.
- Acho muito romântico ele ficar te seguindo... – Respondeu a amiga sonhadoramente.
- Romântico? Ele devia é usar oclumência com a namoradinha dele... – A ruiva deitou-se na cama, exausta.
- Isso tem muita cara de ciúme – Divertiu-se Julian.
Lily revirou os olhos, já tinha escutado isso muitas vezes desde que ela e Potter discutiram na casa de Hagrid à mais de 3 semanas. Merlene e Sirius estavam também em clima de guerra, pois o menino aparentemente não desistiu da conquista. Felizmente, a amiga era um ano mais nova e de outra casa, o que facilitava ela o evitar.
Severo quase não olhava a ruiva, as vezes ela se perguntava se ele tinha notado sua presença nas aulas de poções, ou até mesmo na biblioteca e Salão Principal, infelizmente a indiferença dele tendia para que a resposta fosse “não”. Era doloroso, porém a garota ainda alimentava esperanças de que eles pudessem voltar a se falar, era um exercício constante de controle, esbarrar com ele nas locações do colégio e nem mesmo trocar olhares.
Lily mantinha o ritmo árduo de estudos para poder se distrair das perseguições de Potter, da distância de Severo e principalemente das tragédias notíciadas pelo Profeta Diário. Seus pais, em Cambridge, estavam seguros, graças à generosidade dos pais de James, porém era inevitável sentir o coração apertado toda vez que um trouxa era morto, ou atacado.
Dumbledore discurssava em prol da esperança quase 2 vezes por semana, o que antes eram eventos raros, atualmente quase faziam parte da rotina dos estudantes. O diretor estava muito mais presente, regularmente caminhava pelos corredores, estimulando os estudos das matérias que valiam à pena. A seção reservada da Biblioteca também estava mais protegida do que antes, a ruiva nunca ousou pisar lá, mas ultimamente tinha alimentado a curiosidade de aprender mais sobre oclumência.
Em uma madrugada quase típica para a menina, ela estava a sós no sofá da Grifinória, e prezava momentos quietos como esse para estudar, afinal, não havia nenhum menino irritante para observá-la enquanto lia seus livros didáticos.
O único som que se fazia na sala era o barulho das folhas passadas, o foco de Lily era absoluto. E era libertador saber que a garota podia mandar na própria mente, em momentos tão complicados.
Entretanto nada em Hogwarts podia ser plentamente pacífico, ela já devia ter aprendido isso, mas mesmo assim se assustou quando o quadro da mulher gorda fora aberto abruptamente por um grupo de meninos, liderado por James.
- Será que nem de madrugada você me esquece?! – Ela se levantou irritada.
- Evans, não foi dessa vez que eu vim por você... O Aluado, ele ta machucado... Foi uma daquelas noites... – Atrás dele ela viu Pedro e Sirius carregando Remo ferido.
A menina correu, os ajudando a acomodar o garoto machucado no sofá que antes ela estudava runas. O amigo tinha o rosto arranhado, e a perna estava sangrando.
- O que aconteceu com ele? – Ela sussurrou
- Não conseguimos chegar à Casa dos Gritos à tempo, e o Salgueiro Lutador o acabou atacando... Pontas até tentou ajudá-lo, mas ele fugiu e só conseguiu voltar ao normal agora – Respondeu Sirius
- Não é melhor levá-lo à Ala Hospitalar? – Lily perguntou vacilante.
- A Ala Hospitalar deve ter alunos, não podemos arriscar o segredo de Aluado... Hm, você não conhece nenhum feitiço para cuidar dele? – James à encarou apreensivo.
- Eu até conheço, mas não quero arriscar dessa forma... E-Eu nunca pratiquei, tenho med-do de doer ainda mais – Ela recordou-se das muitas magias que tinha lido sobre, porém era ousado testar em Remo, ainda mais com ele debilitado dessa forma. Felizmente ela teve uma ídeia. – Posso usar o modo trouxa... – Sugeriu, e logo constatou os olhos de Potter, Pedro e Black brilharem de entusiasmo.
- Vá, faça isso – Pedro sorriu aliviado.
Fora uma rápida passada no dormitório para pegar um pequeno Kit de primeiros socorros que a mãe sempre insistiu para a filha levar para o colégio. Era sorte a ruiva não o ter jogado fora no verão que passara na casa dos Potter. Com cuidado para não acordar ninguém, Lily desceu o mais depressa possóvel.
- Aqui... Me ajude Pedro – Ela entregou a maleta para o menino gordo que a segurou um pouco trêmulo.
- O que são essas coisas brancas? Vai ferir o Remo? – Rabicho arregalou os olhos apreenssivo.
- Não... É para fazer o curativo, é gaze.
Lupin acordou logo após o sangue da perna ser estancado e o curativo ficar pronto. O arranhão no rosto não era profundo e coagulou sozinho.
- O-Onde eu estou? – O menino perguntou desorientado. – Lily..? Eu te fiz alguma coisa de novo? – instintivamente ele olhou para as pernas da amiga, que sorriu o tranquilizando.
- Eu estou bem, e agora você também está... – A ruiva alisou os cabelos desgrenhados dele, se abaixando para ficar da mesma altura que Remo.
- Você cuidou de mim?
- Claro que cuidei, adoro fazer isso – Ela lhe mostrou seu melhor sorriso.
- Você é um anjo Lily, obrigada – O garoto a emocionou com seu olhar agradecido.
- É um anjo mesmo... – James a encarou daquela maneira.
- Vai virar Santa agora? – Ironizou Sirius divertindo-se.
- E você vai virar Padre se continuar levando toco assim da Lene... – Comentou Pedro amedrontado, acarretando uma risada gostosa na ruiva, em Potter e no garoto deitado.
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to arrasando na rapidez, arrasem nos comentários tbm