Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 18
Capítulo 18 - Quinto Ano


Notas iniciais do capítulo

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O quinto ano definitivamente reservava muitas supresas para os alunos. Os N.O.M.s amedrontavam os sonhos de todos, e deixava Lily a cada dia mais desesperada em relação aos estudos. Ela e Remo estavam se dedicando diáriamente à Feitiços, juntos, todas as tardes na biblioteca, e logo após esses encontros Alice à ajudava com Herbologia, que em troca recebia a aulas da ruiva em Poções.

Eram dias atarefados, e nem mesmo as partidas de Quadribol tinham a atenção da menina, fato que irritava visivelmente James.

– Estamos na semi-final Evans, precisamos de torcida! Ainda mais a sua, meu Doce Lírio – Ele sorriu charmosamente para ela em um jantar no Salão Principal, enquanto ela lia sobre runas.

– Torcida pra você é o que não falta nesse colégio Potter – Lily o encarou ameaçadoramente, encerrando o assunto para poder voltar à leitura. O garoto não insistiu, provavelmente com medo de perder um olho caso ela o azarasse.

A ruiva e Severo não se encontravam desde o ocorrido na Estação King Cross, deixando a menina triste com a distância. Ela tinha deixado a amor próprio de lado e o procurou na primeira semana de aula, entretanto o amigo nem desfarçou ao evitá-la pelos corredores.

– Já disse Alice, não sei mais o que fazer... Eu o procurei no começo das aulas. Não posso obrigá-lo a falar comigo... – Lily deu de ombros, enquanto fazia os deveres de herbologia com a colega na estufa.

– Você não pode desistir dele, você é a única chance que ele tem de sair dessa baboseira de Comensais da Morte – Alice se preocupava com Severo, não tanto quanto a ruiva, porém o bastante para eventualmente perder o sono pensando em uma forma de ajudá-lo.

– Sabe, eu tenho a impressão que a cada dia que passa, eles ficam mais sombrios...

– Eu sei, também tenho essa sensação... As vezes acho que estão tramando algo, algo bem grande

Lily sentiu um arrepio desgradável percorrer seu corpo, ela temia pela segurança de Severo, talvez mais do que a sua própria. Felizmente o assunto não a assombrou mais naquela tarde. A ruiva e a Marlene tinham combinado de visitar Hagrid no crepúsculo.

– Vamos Lene! – Chamou a garota de cabelos acaju já na beira dos jardins do castelo.

– Estou indo! – Ela correu, arrastando um lampião e uma capa para o clima frio que fazia à noite. – Será que Hagrid vai gostar de mim? – Marlene perguntou insegura, pois nunca tinha ido visitar o Guarda-Caça da escola antes.

– É claro que vai! Ele não é o tipo de pessoa que tem antipatia pelos outros, até com o Sirius ele se dá bem! – As duas riram com a ídeia.

Logo iria anoitecer, e não era a atitude mais segura andar na margem da Floresta enquanto alunos sonserinos se taxavam de Comensais da Morte por aí, não escondendo o ódio por nascidos trouxas. Então as duas meninas se apressaram, olhando para trás para ter a certeza de que não estavam sendo seguidas.

Bateram na porta duas vezes, e o meio gigante a atendeu com um sorriso generoso no rosto, convidando-as para entrar e tomar um pouco de chá. Todavia a humilde casa de Hagrid não estava vazia, sentados ao redor da mesa redonda perto da lareira os marotos cessaram os risos abobados quando viram as duas meninas entrarem.

– Evans, não é seguro você me seguir à essa hora – Divertiu-se James.

– ha-ha-ha hilário – Respondeu a ruiva séria. – Pensei que estivesse as sós Hagrid, não queríamos atrapalhar...

– Não, Lily fique – Interrompeu o Guarda-Caça – Vocês todos são meus amigos, e eu adoraria conhecer Marlene, você fala muito bem dela

– Na verdade Evans, eu também adoraria conhecer melhor sua amiga – Levantou-se Sirius com o ar rotineiro de galanteador, a menina de cabelos acaju conhecia muito bem aquele olhar, já havia vivenciado muitas das conquistas dele, e aparentemente Lene não foi atingida pelo feitiço do menino.

– Desculpe, mas não pretendo saber mais nada a seu respeito do que eu já sei... Lily, podemos voltar depois, quando eu puder conhecer Hagrid com mais calma. – Ela se dirigiu ao Dono da Casa – O chá fica pra outro dia, prometo voltar... Obrigada pelo convite. – Sem dizer mais nada a garota enviou um olhar à Black, aparentemente um alerta para ficar longe dela, e foi embora, batendo a porta e mergulhando no ambiente já noturno.

– Quanta gentileza, não é a toa que vocês duas se deram tão bem... – Sirius voltou a sentar-se ao lado de James, exibindo uma máscara de indiferença. Porém a ruiva sabia que dentro dele, havia um orgulho duramente ferido.

– É, Black... Acho melhor clarear mais os dentes, eles não fazem mais o mesmo efeito... Será que foi aquela pancada do balaço que você levou no primeiro jogo do ano? Talvez tenha deformado um pouco seu rosto, ou quem sabe, te expos ao rídiculo mesmo... – Lily riu se divertindo com a preocupação do garoto vaidoso.

– Sério Pontas, não sei como você consegue idolatrá-la tanto! – Sirius se irritou ao ver o amigo rindo das piadas da ruiva.

– Não consegue ver mesmo? Ela é maravilhosa! – James sorriu e flertou com Lily nos olhos, da maneira que a deixava nervosa e confusa com o coração desparado e as mãos suando. Ela odiava aquele olhar, e ele sabia.

– Odeio quando faz isso – Ela disse cerrando os dentes.

– Eu sei, e adoro – O garoto manteve os olhares planarem entre eles, deixando a menina nervosa, desejando furtivamente sair daquele lugar – Vai fugir, não é? Tudo bem, eu posso esperar, já disse que vamos ficar juntos. – James conhecia bem demais as reações dela. Irritando-a ainda mais, era injusto toda aquela situação, ela tinha escutado coisas à meses atrás no trem, mesmo que clandestinamente, que a tinha deixado confusa.

– Pensei que estivesse gostando de outra, afinal, não é pouco afeto que leva alguém a usar oclumência não? – Lily cuspiu as palavras antes de moderá-las e Potter demorou muito tempo para entende-las.

– Que? Outra? – Ele visualizou ao redor, pedindo ajuda aos amigos, que se levantaram murmuraram “boa noite” e saíram. Hagrid inventou a desculpa de acompanha-los até o castelo e adimirar a luz da lua depois. – Evans, do que você está falando?

– Você sabe que eu ouvi aquela conversa no trem... Você disse com todas as letras, que usava oclumência, uma capa e um map-pa para perseguir uma desclassificada q-qualquer... – A ruiva se arrependeu de não filtrar a raiva em sua voz.

– Pera aí, você está com ciúmes? De mim?! – Potter sorriu maravilhado, causando ainda mais constrangimento à menina.

– Para de bobagem, eu só... – Lily pensou desesperadamente em alguma desculpa, já sentindo seu rosto esquentar – Está tarde, melhor eu voltar pro dormitório... – Fora a única coisa que tinha passado por sua cabeça.

A ruiva saiu as pressas, querendo andar o mais rápido e o mais digna que podia. Porém ao abrir a porta se viu em pé frente à Remo, Pedro, Hagrid e Sirius inclinados para ouvir a conversa.


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