Pov Renesmee

-Renesmee, minha filha... acorde dorminhoca!!! Você tem 16 anos!! - minha mãe sussurrava enquanto me balançava.

-MMMMM, MÃAAEEE.... me deixa dormir mais um pouco vaiii!!! - resmunguei abrindo os olhos aos poucos.

-Renesmee! - minha mãe me repreendeu em tom de brincadeira.

-Tá, mas posso ter café na cama?

-Claro bobinha! - ela disse me entregando a bandeja . - O seu preferido, panquecas com melado e suco de laranja natural com gelo!

-Obrigada mamãe! - disse enquanto me sentava. 

-Ok, minha filha, eu vou indo! - mamãe disse saindo apressada.

-Mãe! - a chamei com ar de desconfiada.

-Sim? - disse ela hesitante.

-Não planejou nada para hoje não é? - não gostava muito de festas.

-Claro que não, bobinha, por que planejaria? - ela disse saindo, é, ela tinha mesmo planejado algo.

Enquanto como minhas deliciosas panquecas, vou falar para vocês mais sobre mim.

Tenho olhos castanho-escuros, em um tom tão escuro que se me ver de longe confunde com preto. Claro que se o sol bate, fica um mel, bem clarinho.

Meu cabelo é preto.. ou melhor, era! Eu pintei de vermelho quando tinha 14 anos, mas agora está mais para um rosa porque a tinta está desbotando. Resultado: Tenho raiz preta e cabelo rosa, o que eu acho a coisa mais linda!

Ah, e não se assustem, não é rosa pink ou choque! Muito pelo contrario, odeio rosa de pattys! (n/a: sem ofensa a cor rosa e as pattys, claro!)

Bem, tenho piercing redondo no nariz, não aquele modelo argola, aquele que fica legal e não exagerado, sabe?

Eu sou meio louca, rebelde... um pouco de tudo pra falar a verdade. 

Não sou santa, e agora... TENHO 16 ANOS!

Terminei de comer e fui até meu armário. Minha casa era simples... a sala era tipo junta com a cozinha, tinha dois andares, um banheiro em cada andar, 3 quartos, (um para mim, um para minha mãe e um para as visitas), a lavanderia e um quintal não muito grande onde tinha o varal para as roupas secarem ao sol.

Abri meu armário e me deparo com mil e uma roupas atiradas, uma em cima da outra...

Não era a garota mais organizada do mundo, mas quem iria abrir meu armário e ver minhas roupas, senão minha mãe?

Eu estudava numa escola pública, porque minha mãe não é tão cheia da grana assim pra me pagar uma particular ou um internato.

Minha mãe é Isabella Marie Swan, e meu pai é Edward Masen Cullen, ele morreu quando eu tinha dois anos em um acidente de moto.

Eu morava no bairro principal, e estudava num coadjuvante, onde havia muitos marginais e graças a isso eu aprendi a me defender.

Pus uma saia acinzentada, uma blusa de uma manda só verde, com um raio preto e uma sandália verde.

Desci a escada de casa e dei de cara com uma mãe sorridente. 

-Que que deu?

-Sabe aquele clube com piscina que você é socia?

-NÃÃÃÃOOOO - falei sarcasticamente.

-Então, sua festa vai ser naquela casa.

-A mal-assombrada, da floresta?

-ELA NÃO É MAL-ASSOMBRADA!

-Tanto faz, a do olado da quadra de tênis?

-Isso...

-Hum... preciso usar biquini?

-Não, sua festa será dentro da casa.

-Ok.

-Ah, e filha! - mamãe me puxou pelo braço.

-Que é?

-Sabe o baú preto?

-Sei... - o baú preto era um baú que ficava ao lado da escada e que minha mãe sempre me proibiu de abrir.

-Pode abrí-lo! - um sorriso se estampou no meu rosto.

Corri até o baú, mamãe me deu a chave e eu abri.

O baú estava completamente vazio, a não ser por umas fotos espalhadas de um homem. Ele tinha olhos verdes, cabelo de um tom de bronze lindo, e estava com uma bebê no colo... era eu ali... é o meu pai!

-Filha, seu pai me disse para te entregar algo quando tivesse 16 anos...

-O que? - nesse momento mamãe me estendeu uma carta, com os olhos marejados, eu abri.

Renesmee, 

minha filha...


Sinto muito por não ter lhe dito antes, mas seria meio difícil... de qualquer maneira, eu ainda estou vivo... Moro nos E.U.A. e gostaria que morasse comigo.

Sei que lhe peguei de surpresa, mas a realidade é que eu fui estúpido... Sua mãe estava grávida muito cedo, eu tinha apenas 20 anos e foi tudo muito dificil para mim...

Convivi 2 anos com um anjo que apareceu em minha vida, não tinha responsabilidades... sua mãe cuidava de você enquanto eu tinha que trabalhar e sair com os amigos.

Até que um dia sua mãe me disse que se eu não a ajudasse a cuidar de você, ela não iria querer ver mais minha cara.

Voltei um dia do trabalho, as 20:00h e encontrei a casa desabitada com apenas 2 malas com minhas coisas e um bilhete em cima, que avisava que vocês se mudaram.

Ligo para sua mãe 2 vezes ao ano, ela me proibiu de ligar mais vezes... Ela me conta o que você aprontou e que castigo ela lhe deu dessa vez, e isso resultou em eu frenquentemente me culpar por não ter visto seu crescimento.

Em uma dessas ligações, avisei a sua mãe que no seu aniversário de 16 anos, eu enviaria uma carta a ela, para que ela lhe entregasse.

Sei que vai sentir falta de sua vida aí, mas sua mãe concordou, não quero lhe forçar mas a partir de amanhã você irá morar comigo.

Traga apenas o que tem algum valor sentimental para você, pois roupas e estas coisas eu lhe comprarei.

Feliz aniversário de 16 anos, minha filha... e sinto muito por não ter te desejado feliz aniversário todos esses anos, e por não estar aí para lhe dar um abraço.

De seu pai, com todo o amor...

                                                                      Edward Masen Cullen.

As lágrimas, a esse ponto, corriam soltas pelo meu rosto.


Minha mãe me abraçou, e me colocou dentro do carro.


A viagem até o clube foi silenciosa, apenas com meus solussos que cessaram rapidamente.


Desci pelo atalho da floresta até a CDT (casa do terror), e encontrei todos que conhecia gritando "surpresa" enquanto saiam de baixo das mesas.


Dei um sorriso amarelo e analisei o local, era decorado com guitarras, e no pequeno palco se encontrava a minha, foi o melhor presente que minha mãe já havia me dado.


-E então, gostou do tema da festa? - perguntou-me Bruna aparecendo em minha frente.


-Ah, claro, música, é...


-Música? O tema é Renesmee!


-ÃN?


-Olhe em volta! - ela disse movendo lentamente o braço - Comida chinesa... sua comida favorita! Guitarras... Você ama! As mesas estão decoradas com lobos, não está vemdo? São seus animais prediletos!

-Uau, mamãe me conhece mesmo.


-Aham!! Ah, venha, está na hora da roda!


-O que? - Bruna já estava me puxando enquanto todos formavam um pequeno círculo com as cadeiras. Bruna me botou bem no meio no circulo.

-Filha, vamos te dar algumas lembranças! - mamãe disse.

Ela me deu um colar de coração prateado (n/a: eu tenho na vida real, nao eh um colar na vdd, eu que pus o chaveiro numa correntinha :P), eu tinha uma tornozeleira igual, que eu usava desde bebê!

 é assim só que inteiro, sem as aberturas no pingente ;).

Pus o colar direto, e a rodinha foi indo, botei tudo em minha caixa de lembranças e fiquei presa em meus devaneios.

-Filha, você vem comigo? - perguntou-me mamãe, todos já haviam saído, só ficamos nós duas.

-Ah, claro, vai na frente que eu já vou, falou? - ela assentiu e se foi.

Saí pela janela e subi na Grande Pedra. É uma pedra enorme, até maior que a CDT, só eu sabia subir e eu gostava de ficar lá, observando a vista e pensando...

-Renesmee! EI, RENESMEE! RENESMEEEEE! - ouvi a voz de Min e desci.

-Que bicho te mordeu?

-I'am sorry, girl, my friend.... já faz duas horas que a festa acabou, você tem que ir para o avião, as malas já estão lá, você vai de carona com meu pai.

-Ahn? Ah, tá, okay, é... tá..

Nos abraçamos apertado e fomos até o carro, e depois para o aeroporto. Entrei no ônibus segurando o pingente de meu colar. É agora, boa sorte Renesmee.