– Todos prontos? – a senhora Weasley perguntou pela milionésima vez – Rony, dê a mão para seu pai! Gina, você vem comigo, Percy e Carlinhos também. Jorge e Fred fiquem em companhia do Gui, não saiam de perto dele nem um segundo!

– Calma Molly, os garotos ficarão bem. – o senhor Weasley tentou acalmá-la.

– Quero que a primeira vez da Gina no Beco Diagonal seja inesquecível!

Rony bufou em seu canto, sua mãe tinha totalmente esquecido que era a sua primeira vez também.

– Primeiro eu e Gina, depois Gui e os meninos, Carlinhos e Percy , e por último Arthur e Rony.

Logo a senhora Weasley tinha desaparecido em uma nuvem de fumaça. Um a um foram indo, até que sobrou apenas o senhor Weasley e o pequeno Rony.

– Papai, posso fazer uma pergunta? – essa era uma pergunta que Rony queria fazer a muito tempo.

– Claro meu filho, diga, diga.

– A mamãe gosta mais da Gina que de mim?

– Bem, sim, quer dizer, não! O que quero dizer é… é, que Gina é uma garota entende? Como a mamãe, então, ela se sente mais confortável com Gina.

– Sei… então mamãe iria me preferir se eu fosse mulher?

– Não, não, claro que não, ela gosta de você e Gina igualmente.

– Claro que sim. – mas Rony sabia que não era verdade, era só ver os natais: todos os garotos ganharam apenas suéters enquanto Gina.. Gina ganhara um urso de pelúcia brilhante enfeitiçado que andava, falava e cantava.

– Agora vamos garoto, Molly já deve estar preocupada do outro lado.

E logo os dois também desapareceram em uma fumaça verde.

– Cof, cof, cof – Rony tossia sem parar por causa da quantidade de fumaça.

– Rony, pare de exagerar. Nem estava tão empoeirado assim, olha para Gina, a primeira vez no pó de flu e não esta tossindo como louca.

– Mas é a minha primeira vez também… - Rony murmurou – por mais que ninguém se lembre disso.

– Bem, vamos nos dividir em três grupos: preciso comprar vestes novas para Carlinhos, ele estragou todas cuidando daqueles bichos extravagantes do Hagrid. Aqui comigo vem Gina, Carlinhos e Rony. Com Arthur vai Percy. E Gui leva Fred e Jorge para passear, nos encontramos daqui a duas horas.

Todos se despediram e cada um seguiu seu caminho.

– Vamos, vamos logo Rony! Ate parece que você nunca viu as lojas na vida. É tudo igual, as mesmas coisas de sempre, igual ano passado.

– Mas é a minha primeira vez. – Rony murmurou zangado.

Entraram em uma loja grande, bem iluminada e com cabides em todos os lugares.

– Hogwarts? – uma mulher gorducha perguntou.

– Sim, para meu filho aqui. Enquanto você experimenta as roupas, Carlinhos, eu vou vendo algumas aqui para Gina.

E os minutos iam se passando, Rony sentado em uma cadeira vendo sua mãe olhando e olhando roupas, totalmente entediado. Virou-se para a janela e viu o turbilhão de pessoas que circulavam pelas ruas, e viu uma loja incrível: a de animais. Saiu da loja.

Quando Rony entrou na loja de animais viu que tinha bichos variados: além das usuais corujas, tinha morcegos, gatos, ratos, lagartos…

– Quem me dera ter um bichinho… acho que quando for para Hogwarts, papai e mamãe me darão uma coruja.

Quando saiu da loja, viu uma outra loja soltando fumaça pelas chaminés. Foi em direção desta. Isso continuou por um bom tempo, Rony foi em várias lojas e tinha visto coisas incríveis! Até que chegou na melhor de todas:

– Doces!!!!! – gritou saindo correndo.

A loja parecia o paraíso, feijõezinhos de todos os sabores, sapos de chocolate, bombas de caramelo… tudo! Tudo e mais um pouco. Foi pegando doce por doce, enchendo uma sacolinha.

– Agora vou pedir para mamãe comprar. – e virou-se. Mas… onde estava sua mãe? Lembrou-se, estava na loja de roupas. – Esqueci, mamãe esta na loja de roupas, vou voltar para lá, acho que ela está preocupada com meu sumiço.

Quando saiu da loja levou um choque, não tinha a mínima ideia de onde estava, as pessoas nem reparavam nele, uma criança a mais ou a menos nas ruas não fazia diferença.

Andou, andou, e não conseguia chegar a lugar algum. De repente viu uma mulher com cabelos vermelhos.

– Mãe! Mãe!!!!

Correu até alcançar a mulher

– Mãe, eu… - quando a mulher virou foi um susto, aquela não era sua mãe, era uma mulher com um nariz espetado…

– Eu não sou sua mãe. Sou? – a mulher perguntou em dúvida.

– Não, não é.

– Ufa! Ainda bem. Cada coisa estranha aconteceu essa semana. Então até logo.

Rony sentou-se na calçada tentando segurar o choro. Ficou ali por alguns minutos quando ouviu uma voz conhecida.

– Rony? Rony! Rony o que você esta fazendo aí? – o senhor Weasley perguntou ao reparar que o filho mais novo ali sozinho.

– Eu me perdi. – Rony respondeu.

– Acho melhor te levar de volta, vai que Molly está preocupada atrás de você?

Logo Rony já se encontrava de novo em frente a loja de roupas.

– Agora entre, está bem? E não saia de novo, por favor.

Rony entrou e voltou-se a sentar no mesmo lugar que estava antes, logo a senhora Weasley apareceu.

– Ai está você! Vamos, já esta na hora de ir embora.

– Mas… você não reparou que eu...

– Reparei o que? O que tinha para reparar? Reparar você sentado aí? Faça-me o favor Rony.

O garoto entristeceu, tinha saído por mais de uma hora e sua mãe não tinha sequer reparado, com certeza ela estava somente prestando a atenção em Gina, como sempre. Nele? Seria um milagre se percebesse.

Logo todos os Weasleys estavam reunidos.

– Pronto! Se divertiram garotos?

– Claro! – Fred respondeu – Eu e Jorge fomos numa loja chamada “Feitiços super poderosos e macabros”.

– O que!!??? – o grito da senhora Weasley chamou a atenção de todos que andavam pela rua – E o Gui, por que ele permitiu que vocês fossem lá!?

– Ele não permitiu, nos só aproveitamos o momento em que ele estava xavecando uma garota por aí e entramos.

– Guilherme Arthur Weasley!! Como você ousou deixar seu irmãos sozinhos!!!????

– Mas mãe, é que…

– Não interessa! Você deve ter atenção! Siga o meu exemplo! Eu não deixei Gina nem Rony sozinhos por um segundo e você…