- VEM, DEIXA DE SER BESTA! – continuo correndo e quase saltitando, sinto dois braços na minha cintura, se fechando e me puxando para cima – AAAAAAAAAH. – grito me debatendo.

- Calma. – ouço a voz dele atrás de mim. – você está hiperativa.

- Não, não estou. - falo virando levemente o rosto, e encarando aquelas orbes azuis, que ao contrario do dia da briga, não estão cinzentas, mas em um azul profundo, que chegava a ser gentil. Ele tem um sorriso nos lábios, está me encarando, estamos muito perto, perto até demais, sinto sua respiração no meu rosto, seu hálito cheira a hortelã, e só agora percebo que não estou mais parcialmente de frente para ele, estou com o corpo colado ao dele, minhas mãos sobre seu peitoral, uma das mãos dele está na minha cintura, e a outra está no meu rosto.

E antes que eu pense em me separa, para o bem da minha sanidade, ele cola nossos lábios com força, como se não quisesse que eu fugisse, como se depois disso eu fosse capaz, ahá, isso nunca aconteceria, levo minhas mãos ao seu pescoço, ele sinto sua língua pedindo passagem, e com ela concedida por mim, ele invade a minha boca com sua língua, e é uma sensação fantástica, sinto minhas pernas amolecerem, ele leva a outra mão a minha cintura e aperta contra com força, um beijo em perfeita sincronia, eu arranho seu pescoço com minhas unhas, e é nesse momento em que eu percebo que eu estou sendo burra, eu não podia ficar nessa situação, empurrei ele com força e corri para o meu quarto, deixando o lá, bato a porta e não a tranco, apenas me jogo na cama, sim, o efeito dos doces, estão acabados, mas me sinto arrependida, muito arrependida, dessa vez, sem choro.

- Rose. - dessa vez não tem batida na porta. Mas a porta foi aberta. - Desculpa. - eu encaro ele.

- Pelo o que? - pergunto sarcástica.

- Desculpa por ter beijado você. - ele fala e eu reviro os olhos, levanto-me rapidamente e encaro aquelas orbes azuis cinzentas.

- Tudo bem. - é tudo que eu falo, engolindo meu próprio orgulho. - eu não estou em forma de reclamar, eu retribui. - falo e me viro encaro meus pés.

- Rose, eu, de forma alguma, em nenhuma hipótese ou circunstância, estava querendo me aproveitar de você, então, me desculpa mesmo. - eu coloco um leve sorriso no rosto e o encaro.

- Eu já te desculpei. - falo e percebo um brilho no seu olhar. - e é só um beijo, o que de mal tem nisso? - eu via muita coisa ruim, coisas horríveis e horrendas, mas eu quem estava apaixonada, não ele.

- É, o que tem demais em um beijo. - falou sem animo, e então eu entendo.

- Oh, desculpe-me, não contarei para sua namorada, o que aconteceu aqui, fica aqui. - falo rapidamente. - a não ser que queira  contar.

- Namorada? - ele levanta uma sobrancelha.

- Você não tem namorada? - falo confusa.

- Não! - ele ri. - se está falando da Emmy, ela nunca namoraria com alguém que não fosse de sonserina, e ela é minha amiga de infância, não é melhor amiga, por que diz que se eu a chamar assim, eu sendo de grifinória, ela me bate. - eu tive que ri.

- Se for a garota loira que você estava conversando no lago negro, sim, é ela. - ele assentiu. - Mas, como você não tem namorada? Tantas garotas atrás de você. - completo mentalmente, inclusive EU!

- A garota que eu gosto, não gosta de mim. - ele prensa os lábios.

- Ela não sabe o que está perdendo. - ai que burra eu sou, eu estou dando em cima dele, não acredito que estou fazendo isso.

- Ah, serio? - ele levanta as sobrancelhas. - por que pensa assim?

- Ah, por que você é bonito, charmoso, legal, inteligente, divertido e bei... - antes de termina, percebo o que iria falar, mordo o lábio com força e coro.

- Bei o que? - fala curioso, encaro os pés.

- Beija muito bem. - ele ri.

- Eu sabia que tinha gostado. - ele fala rindo, encaro ele indignada. - E também sabia que diria isso, só queria ouvir da sua boca. - ele da uma piscada.

- Metido. - reviro os olhos e bato levemente nele.

- EU? - fala com falsa indignação. - Você me ama. - coro. - e essa cor só demonstra isso. - fala rindo, e eu volto a encara os pés, achando meus sapatos super interessantes.

- Ei, eu coro com qualquer coisa. - ele ri.

- Eu sei. - sinto sua mão em meu queixo levantando o meu rosto, encaro sua orbes azuis limpas. - vou pegar minhas coisas, e voltar para o meu dormitório, volto logo. - ele aproxima seu rosto do meu, e eu acho que ele vai me beijar, desviando do curso inicial, beija minha bochecha, mas sem o desvio completo, pega parte da minha boca. Após isso, ele levanta e sai, me deixando abobalhada.

Continua...