Da Água Pro Vinho, do Ódio Pro Amor. escrita por Paan


Capítulo 6
Primeiro Contato




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Sakura ficou na casa dos senhores por mais dois dias, para dar tempo do seu tornozelo torcido sarar e seus ferimentos cicatrizarem. Ela foi muito bem tratada por Meiko e seu marido, mas ela tinha coisas a fazer.

Sábado, Sakura levantou-se bem cedinho, antes que o casal que a acolheu acordasse. Ela não dormiu muito bem a noite, teve pesadelos e acordou inúmeras vezes.

Logo que levantou, ela já foi se preparando para sair. Pegou a bolsa de pano marrom, onde Meiko colocou seu vestido, todo sujo, queimado e rasgado mesmo, foi até a cozinha, pegou alguns pães, um pacote de bolacha, encheu uma garrafinha que achou no armário com água e enfiou tudo lá dentro.

Ela não se sentia bem fazendo isso, pegando as coisas sem a autorização dos donos, mas ela deixaria um bilhete avisando.

Sakura pegou um pedacinho de papel que estava no armário e escreveu um bilhete agradecendo o casal:

 

    “Muito obrigada pela sua hospitalidade, nem sei como lhes agradecer.

         Quando lerem já terei partido, mas volto para vê-los quando puder.

     Peguei algumas coisas para comer no armário, me desculpem. Juro que devolvo em dobro!

                                          Muito obrigada mesmo.

                                                           Sakura. “

 

Deixando o bilhete na mesa, Sakura saiu da casa em direção a... nem ela sabia, mas foi.

Ela foi andando pelas ruas observando cada detalhe. Nunca havia estado em Konoha antes, nem nunca tinha visto um lugar como aquele. Sakura estava encantada com a “cidade grande”, já que até esse dia, tudo o que ela já vira era sua vila simplesinha.

  Depois de andar bastante, ela chegou ao centro de Konoha. Construções altas, lojas, bares, pessoas andando pra lá e pra cá, conversando, gritando, comprando, comendo. Tudo o que não tinha na sua vila tinha ali. Andando por ali ela quase se esqueceu do que realmente tinha que fazer: Achar Harumi, ou algum ANBU.

Então ela resolveu entrar em uma quitanda, que por sinal era muuuuito diferente da que havia perto de sua casa. Ao entrar, olhando curiosamente tudo, passando a mão nas prateleiras de metal gelado, se dirigiu ao balcão, que era feito de madeira, mas nem comparação ao balcão da quitanda do seu Kinjin.

 

Sakura: _ er... moça? Você pode me ajudar? - Perguntou tímida.

 

Moça do balcão: _ Claro, em que posso ser útil? – disse a balconista com um sorriso – Gostaria de saber o preço de alguma coisa? Hoje temos uma promoção, leve duas dúzias de ovos e só pague uma. Esta interessada?

 

Sakura: _ err... Não obrigada, eu só...

 

Moça do balcão: _ Puxa, que pena! Mas olhe, nossas maças estão ótimas e com um ótimo preço! Quer levar algumas? – interrompeu de novo, sorridente

 

Sakura: _ Não, muito obrigada, mas eu não vim comprar nada. Eu só queria uma informação – respondeu

 

Sakura viu o sorriso da bela moça de cabelos castanhos ondulados e olhos castanhos iguais, desaparecer, dando lugar a uma expressão de desprezo ao olhá-la de cima a baixo, se demorando ao chegar aos pés, calsados com os chinelos que ganhara e Meiko.

 

Moça do balcão:_ Fala logo o que você quer. – disse ela com rispidez

 

Sakura: _ bom, eu gostaria de saber onde que eu poderia encontrar algum ninja ANBU.

 

Moça do balcão: _ ninja ANBU? Você quer achar um ninja ANBU?

 

Sakura: _ sim. Você sabe onde eu posso achar um?

 

Moça do balcão: _ Vai arrumar o que fazer garota. Você ta zombando da minha cara?

 

Sakura: _ na... não eu... só..

 

Moça do balcão: _ Vai procurar seus ANBUs em outro lugar! E só volte aqui quando tiver dinheiro! Sai, sai!!

 

Sakura foi praticamente tocada de lá como um animal. Ela se sentiu horrivelmente humilhada. Ela foi andando mais um pouco até chegar em um bar, onde um homem gordo e feio estava parado na porta. Ele tinha uma cara de poucos amigos, mais Sakura tinha que achar um ANBU.

 

Sakura: _ Com licença, senhor. – disse ela timidamente parando de frente para o homem.

 

Homem: _... – ele deu sinal com a cabeça para que ela continuasse.

 

Sakura: _ bom, eu vim de outra vila e queria saber se o senhor poderia me ajudar com uma informação...

 

Homem: _ da pra ver que você num é daqui... – disse ele olhando-a dos pés a cabeça também. Isso a incomodava. - Fale.

 

Sakura: _ O senhor poderia me dizer em que lugar eu poderia encontrar um ninja ANBU?

 

O homem soltou uma gargalhada alta e deu uma cuspida para o lado (iiieeerrrkk.... >.<)

 

— Não perca seu tempo atrás desses filhos da mãe. Você não vai achá-los. Volta pra sua casa, garota, que é melhor pra você. – respondeu o homem, virando-se pra dentro do bar e deixando Sakura sozinha.

 

Sakura, já andando: _ Grosso... >.

 

Ainda ela: # por que será que quando eu falo da ANBU ninguém me responde? Pensei que as pessoas daqui fossem mais educadas... Não vou mais perguntar pra ninguém! Vou achar eles sozinha#

 

Sakura andou por mais um longo tempo, sem nem saber onde estava indo. Já cansada, resolveu sentar-se em um banco que viu para tomar um pouco de água. Ao sentar-se e olhar para frente ela viu algo familiar. A quitanda de onde foi expulsa.

 

Sakura:_ AH NÃO!!! Eu andei em círculos!! O.O’... Aiiiin... Droga! Droga! Droga! Droga! Droga! Droga! Droga!!!! Sakura sua tonta! Burra! Burra! Burra! 

 

Um rapaz que passava ali perto viu essa cena e decidiu ver se podia ajudar.

 

Rapaz que passava ali perto: ­_ Olá. Posso ajudar? xD

 

Sakura: _ ah? Ah! Oi... er...bom, eu acho que não sei bem pra onde ir... eu estava procurando.... dexa pra lá... – ela resolveu não perguntar para q ele não risse da sua cara também.

 

Rapaz que passava ali perto: ­_ Procurando o que? Eu conheço bem essa vila, posso te ajudar – disse o garoto loiro de olhos azuis (*--*) sorrindo e sentando-se no banco também.

 

Sakura: _ você não vai rir de mim?

 

Rapaz que passava ali perto: _ Não...

 

Sakura: _ Nem me expulsar?

 

Rapaz que passava ali perto: _ Não... O.o

 

Sakura: ­ _ nem cuspir pro lado, rir da minha cara e me mandar ir pra casa?

 

Rapaz que passava ali perto: ­_ er.... Não... O.õ .... Não mesmo... õ.O

 

Sakura: _ Ok... eu queria saber onde que eu posso encontrar um ninja ANBU.

 

Rapaz que passava ali perto: _ atah! Hauhsahsa’...

 

Sakura: _ Você disse que não ia rir!! >.

 

Rapaz que passava ali perto: _ desculpa, é que não tem como você “achar” um ninja ANBU, colega.

 

Sakura:_ Não? – disse ela, desapontada.

 

Rapaz que passava ali perto: _ Não. Os ANBU só aparecem quando são chamados.

 

Sakura: _ então como eu chamo um?

 

Rapaz que passava ali perto: _ não! Não assim tipo “chamar”... Mais chamar.... Tendeu?

 

Sakura:_ O.o’’ Não...

 

Rapaz que passava ali perto: _ eles só aparecem quando são convocados oficialmente para uma missão, quando estão procurando um ninja procurado (avah! ¬¬”) ou fazendo guarda real.

 

Sakura: ah... ta... – disse ela desapontada di novo.

 

Ainda ela: _ perai... Você disse guarda real? – Agora ela já tava se animando di novo.

 

Rapaz que passava ali perto: _ aham. Por quê?

 

Sakura teve uma idéia. Se a ANBU fazia guarda real, ela só precisava chegar até a realeza e dar algum motivo para a ANBU aparecer.

 

Sakura: _ Você pode me falar onde é o castelo?

 

Rapaz que passava ali perto: _ Castelo? Que castelo? O.o

 

Sakura: _ Ué! O castelo do rei... do rei de Konoha

 

Rapaz que passava ali perto: _ Ah! Esse castelo! xD é que o castelo não é um castelo. (quem vcs acham que teria a capacidade de formular uma frase inteligente dessas? ¬¬’)

 

Sakura: _ ah?? õ.O

 

Rapaz que passava ali perto: _é que o rei daqui não mora num castelo. Ele mora numa casa. Só que beeem grande.

 

Sakura: _ atah! E vc sabe onde fica? *---*

 

Rapaz que passava ali perto: _ Sei sim! ^^

 

Sakura: _ ....

 

Rapaz que passava ali perto: _ ( pausa dramática)^^

 

Sakura: _ ....

 

Rapaz que passava ali perto: _^^

 

Sakura: _ ....

 

Rapaz que passava ali perto: _^^

 

Sakura: _ então...

 

Rapaz que passava ali perto: _ o q?

 

Sakura: _ onde fica o castelo!! Quer dizer... Casa!!

 

Rapaz que passava ali perto: _ Ah é! n.n’ bom, é só você seguir reto até a fonte, ai você anda mais um pouco, vira, vai reto di novo até onde tem a loja da mãe do Shikamaru, ai você vira pro outro lado, vai reto até onde dá, ai você vai ver a fonte com o símbolo Uchiha e pronto! ^^

 

Sakura: _ er.... O.õ??? dá pra explicar outra vez....?

 

Rapaz que passava ali perto: _ Ahaam! é só você seguir reto até a fonte, ai você anda mais um pouco, vira, vai reto di novo até onde tem a loja da mãe do Shikamaru, ai você vira pro outro lado, vai reto até onde dá, ai você vai ver a fonte com o símbolo Uchiha e pronto! ^^

 

Sakura: _ eu... eu acho que eu não entendi muito bem.... O_õ

 

Rapaz que passava ali perto: _ Quer que eu explique outra vez? Ó, é so você ir reto até a fonte, ai você....

 

Sakura: _ não! Não, não precisa.... # meu Deus? Quem é esse ai?# tem como você me levar lá?

 

Rapaz que passava ali perto: _ Bom, eu posso te levar até a casa, mas não posso te levar até o rei. Não é permitida a entrada de não-realeza na casa. A menos que você seja um ninja ANBU, um mensageiro de outra vila ou coisa assim. xD

 

Sakura: _ pode ser! Eu dou um jeito de... Esquece. Só me leva até lá, pode ser? *---*

 

Rapaz que passava ali perto: _ Aham. ^^

 

Sakura: #finalmente! Agora eu vou poder ajudar o povo da minha vila! *-*#

 

Rapaz que passava ali perto: _ bom, você ainda não me disse seu nome...

 

— Ah sim! ^^  Meu nome é Haruno Sakura!

 

Rapaz que passava ali perto: _ ^^  Eu me chamo Uzumaki Naruto! Muito prazer!

 

Sakura: ^^  O prazer é meu! Bom, vamos?

 

Naruto: _ Vamos!

 

Sakura POV’s

 

Nos fomos caminhando tranquilamente até a “casa”. Era um pouco estranho andar em uma cidade onde vc nunca esteve com alguém que você acabou de conhecer, mais o Naruto é uma pessoa legal. Ele não parou de falar um só minuto, eu quase nem tinha tempo de responder o que ele perguntava. Ele foi me contando as histórias de cada lojinha pela qual agente passava e sempre tinha alguém o cumprimentando. Confesso que nem prestei muita atenção no que ele falava. Estava pensando em como conseguir com que um ANBU me ouça.

Deve ser cisma minha, mas parecia que as pessoas ficavam olhando muito pra gente, quer dizer, pra ele, como se ele fosse celebridade ou coisa assim. E se não me engano uma mulher até fez um gesto reverencial pra ele, como se ele fosse da realeza, mas eu me lembro bem que o sobrenome dele é Uzumaki, e o da família real é Uchiha.

   Ele me mostrou a loja da mãe do Shikaalgumacoisa e até me fez entrar. Logo depois chegamos até a casa real. Era enorme. A fonte que ficava na entrada da casa, do lado de fora dos portões era gigantesca e incrivelmente linda. As barras de ferro que cercavam toda a casa eram douradas, provavelmente de ouro, pensei eu.

 Quando chegamos perto da casa, me encostei nas barras e fiquei olhando pra dentro, imaginando como seria morar ali. (mal sabe ela que essa é sua futura casa...)

Mas um guarda chegou e disse para e me afastar da cerca. Não me senti muito bem com isso, pois ele fez a mesma coisa que os outros fizeram, me olhou de cima a baixo e depois me mandou sair. Acho que por causa das minhas roupas estavam achando que eu era ladra, ou coisa assim.

— Não quero bisbilhoteiros nos arredores da casa, entendeu? – disse o guarda.

 

— Mas moço, eu só estava olhando... – respondi

 

— Qualé! Dá um tempo, guarda! – respondeu o Naruto, com um tom meio irônico, eu acho. Como se ele conhecesse o guarda, ou melhor, como se mandasse no guarda.

O guarda olhou para ele como que obedecesse a uma ordem.

 

— Tudo bem, mas eu vou estar de olho em vocês. – respondeu o guarda, com cara de quem não gostou muito e foi se afastando.

 

— Nossa! Isso foi legal! Como você fez isso? – perguntei

 

Naruto: _ Isso o que? Eu não fiz nada, só pedi pro guarda deixa você olhar a casa.

 

Sakura: _ ah... tah... – ele não me convenceu...

 

Ficamos ali um tempinho, eu fiz algumas perguntas sobre a família real e o Naruto foi respondendo, como se os conhecesse desde sempre. Perguntei também se haveria na cidade algum evento no qual a família real saísse da casa, para que eu pudesse me aproximar deles e ele me disse que no dia seguinte, domingo, era o dia em que o príncipe costumava ir até uma praça na qual tinha um lago perto dali, onde ele ficava simplesmente olhando para a água quase a tarde toda. Eu achei estanho, mas era uma boa oportunidade para mim, se eu empurrasse o príncipe dentro do lago e tentasse afogá-lo, com certeza ANBUs viriam; ou melhor, eu falaria com o príncipe para que pedisse a seu pai para mandar ajuda para meu vilarejo. Eu achei essa uma ótima idéia.

 

— Er... bom Sakura, já é quase uma e meia da tarde e eu tenho um compromisso daqui a quinze minutos.... então... – o Naruto parecia meio sem graça ao dizer isso, mas eu entendi.

 

— Não, tudo bem! Vai lá Naruto! Agente se vê por ai outra hora!^^ - respondi

 

— Mas... bom, onde você mora? Eu te arrastei pra cá, deixa pelo menos eu te levar de volta...

— Não, não precisa, sério mesmo, eu vô... Comprar... umas coisas... Antes de ir pra casa... Isso! Vô comprar algumas coisas! Pode deixar que eu me viro!^^ -  inventei na hora

 

— Bom, você que sabe! Tchau então! ^^ – ele me deu um beijo no rosto e foi embora.

 

Nessa hora, se eu tivesse uma casa pra voltar com certeza eu voltaria.

Me encostei de novo nas barras da grade e comecei a pensar na minha casa, nos meus irmãos e bateu uma saudade tremenda e uma vontade de chorar sufocante, mas fui tirada da minha viajem emocional com o guarda me mandando sair de perto da casa, dizendo que não queria bisbilhoteiros assim tão perto. E eu saí.

Saí andando, mas decidi não me afastar muito da casa real por que senão eu não saberia chegar até lá depois. Fui procurar a tal praça com o lago do qual o Naruto me falou e logo achei. Era realmente muito bonita, tinha bancos, árvores, flores, crianças correndo e um lago bem grande com uma ponte que atravessava de ponta a ponta. Subi lá pra ver o lago de cima e fiquei lá um bom tempo, só olhando. Era estranho, pois não dava mais vontade de parar de olhar para a água, parecia que eu estava enfeitiçada pelo lago. Devia ser por isso que o tal príncipe passava o dia inteiro olhando para o lago.

Eu estava com fome, então decidi me sentar em um banco e comer alguma coisa que eu peguei na cada da Meiko. Não se tem muito que fazer quando não se tem nem pra onde ir, então fiquei dando voltas no lago, andando na praça, vendo as criancinhas brincando no parquinho, os namorados namorando nos bancos embaixo das arvores floridas e olhando as nuvens o resto da tarde.

Anoiteceu. Eu não sabia, mas Konoha a noite é um pouco fria e eu não tinha onde dourmir, por isso fiquei ali mesmo, num banco da praça. Sozinha. A blusa de mangas compridas que Meiko me deu ajudou muito, mas as minhas pernas estavam quase que totalmente expostas, cobertas somente pelo short curto cor de coral. Então me lembrei do meu vestido. Me deitei no banco, fiz a fina bolsa de pano marrom como travesseiro e cobri minhas pernas com o meu vestido surrado. Ainda estava com frio, mas já melhorou bastante.

Tudo o que eu mais desejava nessa hora era o abraço quentinho e aconchegante da minha mãe. Mas eu estava longe de casa, longe da minha mãe e mais longe ainda do meu pai. Meu pai... A lembrança dele caído no chão voltou à tona, me fazendo chorar imediatamente, e a lembrança dele sorrindo pra mim e dançando uma dancinha estranha que ele costumava fazer quando eu era pequena me confortava, mas também me fazia chorar. As lembranças da minha família me confortavam e me tiravam todo o conforto ao mesmo tempo. Mas eu iria ajudá-los, salva-los, e amanhã eu iria tomar providencias, podendo assim, por fim, tê-los outra vez comigo. Assim, pensando nisso, finalmente adormeci. 

 


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Notas finais do capítulo

please!!
comentem! *-*




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