Da Água Pro Vinho, do Ódio Pro Amor. escrita por Paan


Capítulo 5
A fuga Parte II- Sakura


Notas iniciais do capítulo

Yooo pessoal!
desculpem pela demora!^^
espero que gostem!



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Havia ninjas por toda parte. Fumaça, fogo, pessoas gritando, chorando, correndo... Sakura se sentia dentro de seu pior pesadelo, só que dessa vez, era real. Ela havia deixado uma parte de seu coração para traz junto com Soto e Sakuya e sentia como se outra parte dele estivesse sendo destruído junto com o vilarejo em que cresceu.

Sakura chorava muito e corria o máximo que podia para chagar logo até sua casa e ajudar seus pais. Ao chegar lá, ela viu a casa do mesmo jeito que vira antes de levar seus irmãos até o esconderijo, a porta aberta, luzes acesas, só que dessa vez ela não viu silhueta nenhuma na janela e o telhado já estava quase todo consumido pelo fogo.

Um grito agudo rasgou o barulho da multidão amedrontada que cercava Sakura chegando dos seus ouvidos a seu coração.

#MÃE! NÃO!# pesou Sakura.

_ MÃÃÃÃÃEEE!  - gritou ela entrando na casa

Tudo estava atormentadoramente quieto lá dentro, exceto pela confusão lá fora. As coisas estavam todas bagunçadas, a mesa estava virada, móveis quebrados, janelas arrebentadas, enfeites, pratos e copos quebrados no chão e todos os retratos que haviam da família que estavam pendurados, agora estavam quebrados, no chão.

Sakura foi seguindo devagar pelo meio dos destroços até perto da velha escada de madeira, onde estava jogado um dos quadros mais bonitos da família. No quadro, tirado uns três anos atrás, ela estava agachada abraçando Soto, que era ainda era bem pequeno, sua irmã mais velha, Harumi, também estava na foto, ao lado de Sakura, fazendo careta e um “V” com os dedos, sua mãe e seu pai em pé abraçados e Sakuya ainda dentro da barriga de sua mãe. Nesse tempo, o Sr. Haruno ainda podia andar. Ela não pôde conter as lágrimas que já lhe invadiam a face. Mas uma coisa no quadro fez com que seu coração gelasse e queimasse ao mesmo tempo. Havia um corte, provavelmente feito com uma kunai, separando seu pai e sua mãe dela e de seus irmãos. Podia parecer uma coisa boba que aconteceu devido à destruição de sua casa, mas para ela isso era um mau sinal. Sakura pegou a foto, dobrou e colocou na parte interna de seu sutiã (OK... isso parece estranho, mas era o único lugar seguro que ela tinha para guardar a foto.) e foi subindo a escada bem devagar e tremendo de medo, pois ela não sabia o que ia encontra lá em cima, mas o amor que sentia por seus pais não a deixou parar.

 Ela estava tremendo, suas pernas quase não a obedeciam e parecia que a cada degrau que subia seu corpo duplicava de peso, sua respiração ficava cada vez mais pesada, sua visão mais embaçada devido as lagrimas que escorriam dos olhos e uma estranha vontade de gritar a sufocava.

A escada dava para um corredorzinho apertado e a porta do único cômodo do segundo andar ficava bem a sua direita. Ao ver a porta entreaberta mostrando um feixe de luz, Sakura sabia de algum jeito, que seus pais estavam naquele quarto. Mas uma coisa a deixava ainda mais inquieta, tudo estava estranhamente silencioso. Quanto mais ela de aproximava da portinha de madeira velha, mais seu coração apertava no peito e a vontade de gritar aumentava, mas ela respirou fundo e chegou perto suficiente da porta para espiar lá dentro. Chegando perto da porta ela pode ouvir sua mãe chorando em algum lugar que ela não conseguia ver, um barulho como se alguém estivesse procurando algo e homens murmurando e praguejando para que sua mãe calasse a boca, fazendo com que Sakura entrasse em desespero instantaneamente.

Ela não pensou duas vezes antes de empurrar a porta com todas as forças que conseguiu juntar naquele momento e entrar subitamente no quarto. 

Seu corpo inteiro formigava. Sakura ficou sem reação e pontadas cada vez mais fortes lhe perfuravam o coração. Ela viu sua mãe sentada no canto do quarto chorando desesperadamente e abraçando os joelhos, olhando para seu pai.

Seu pai estava caído de bruços no chão, desacordado, ou melhor, ela esperava do fundo do coração que ele estivesse só desacordado, perto da cama e dois homens, ninjas do vilarejo visinho, estavam vasculhando o guarda roupas do casal. O quarto estava todo revirado, roupas jogadas por todos os cantos, travesseiros rasgados e objetos espalhados pelo chão.

_ pai.... não.... PAIII!!- Sakura gritou seu pai e disparou em direção a ele

Quando estava chegando perto de seu pai, quase o abraçando no chão ela sentiu uma forte pancada na lateral de seu corpo perto das costelas e se viu arremessada contra a parede, batendo o ombro com muita força e caindo no chão.

Um dos ninjas a havia chutado ferozmente.

_ NÃÃÃOO!! DEIXE-A EM PAZ! – gritou a Sra. Haruno entre lágrimas e soluços – NÃO MACHUQUE MINHA FILHA!! SAKURA! FUJA DAQUII! CORRA! FASSA O QUE QUISER COMIGO, MAS DEIXE-A!!

_ ora! Cala essa boca mulher inútil... Se não ficar quieta e de boca calada eu vou te mandar pra junto do seu marido manco nas profundezas do inferno.... – ameaçou um dos ninjas apontando uma kunai para o pescoço da mãe de Sakura.

 A dor que sentia no local do chute e no ombro era como cócegas perto da dor que sentia no coração. Seu pai estava morto bem ali na sua frente e sua mãe estava sendo ameaçada com uma kunai no pescoço e ela estava jogada no chão como um lixo, que não servia pra nada. Uma completa inútil. Nessa hora ele desejou poder ser como Harumi, uma ninja ANBU, e poder arrebentar a cara daqueles homens, mas ela mal conseguia se levantar. Sakura tinha que dar um jeito nessa situação, tinha que pensar rápido, mas a ultima coisa que ela conseguia nesse momento era pensar. Era a vida de sua mãe que estava em jogo e ela não poderia perdê-la, não poderia deixar que acontecesse o mesmo que a seu pobre pai que estava ali atirado no chão, morto, e tudo para manter a segurança de sua família, de sua mãe, e ela não iria fazer a morte de seu pai ser em vão. Antes sua vida do que a de sua mãe.

 Sakura pegou um relógio (desses tipo despertadores, sabe?) que estava jogado no chão perto dela, reuniu todas suas forças, levantou-se e atirou o relógio no ninja que ameaçava sua mãe, enquanto o outro ainda vasculhava o guarda roupas.

Sakura *fazendo o que podia para se equilibrar sobre as pernas*: _ deixe ela em paz e venha atrás de mim, se é que da conta de uma garotinha que mal para sobre as pernas, ninja. – disse Sakura, provocando o ninja – Ou será que dois Chuunin não servem nem para me pegar?

_ O que esta fazendo filha? SAIA DAQUI AGORA! EU ESTOU MANDANDO! – respondeu a Sra. Haruno

Sakura:_ tudo bem mãe.... Vai ficar tudo bem....

Sakura foi tentando se aproximar da porta, com a mão no local da pancada, tentando inutilmente controlar a dor e se mexendo vagarosamente.

Ninja 1: _ Ora, ora... Então a garotinha quer brincar?

Ele foi se afastando da Sra. Haruno e se aproximando da Sakura com cara de quem esta gostando da idéia.

Ninja 2 *se afastando o guarda roupas*: _ hehehe... Que bela boneca temos aqui... Que tal brincar de “papai e mamãe”, heim? HAHAHAHAHA!!!

Os dois ninjas: _ HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!

Ponto para Sakura. Ela conseguiu desviar a atenção deles para ela, só faltava agora decidir o que ela ia fazer depois disso. E rápido. Eles estavam chegando perto e ela já estava entrando em desespero de novo.

Sakura *engolindo seco*:_ vocês querem brincar?- ela disse isso fazendo um inacreditável esforço para fazer uma cara de safada e puxando a alsa do vestido que usava um pouco para baixo no ombro.

Sakura di novo: _ mãe... – disse ela – corre... Sakuya, Soto... A cabana verde...

Ela tinha certeza de que sua mãe entenderia o recado.

Ainda ela: #idiota! Idiota!! O que vc esta fazendo!!?? Isso é lokura!!... mas... mas é pela minha mãe... agora... agora só falta....# pensou ele consigo mesma.

_FILHA! NÃO! SAIA DAKI AGORA! O QUE ESTA FAZENDO? SALVE-SE! - Gritou a Sra. Haruno.

Eles vinham na direção dela como urubus em direção à carniça. Eles estavam chegando perto, com as mãos asquerosas querendo tocá-la, e mais perto, e mais perto...

Sakura: #CORRER!!#

Num surto de adrenalina, Sakura cuspiu em um deles e disparou correndo para fora do quarto, mas o outro conseguiu segurar seu vestido, rasgando um pedaço. A dor no local do chute estava atrapalhando muito, mas mesmo assim ela correu o máximo que pôde e desceu quase voando as escadas com os dois ninjas enfurecidos atrás dela, mas como eles saíram correndo atrás dela quando ela já estava quase no andar de baixo, ela conseguiu uma boa vantagem. (eu sei... eu sei... que belo par de ninjas-pamonhas que eu arrumei... ah, mais dá um desconto pra Sakura, vai!... tadinha...)

Sakura foi tropeçando nas coisas jogadas no chão até a porta e correu multidão adentro com os dois homens praguejando e correndo atrás dela. Ela não enxergava quase nada por causa da fumaça e mal podia ouvir seus próprios pensamentos devido à gritaria. Toda vês que olhava pra trás ela via (mais ou menos... o.O) os dois homens abrindo caminho até ela e passava a correr mais desgovernadamente na confusão, tentando despistá-los. Seguia por ruas que não fazia idéia de que existissem, virava aqui e ali sem rumo, já se esgotando e a dor não a deixava em paz, tanto a dor física quando a que sentia no coração. Durante a correria ela caiu algumas vezes, machucando os joelhos, torcendo o tornozelo, o que dificultou sua situação ainda mais, e por ter que correr no meio de pessoas, casas pegando fogo, destroços caindo e coisas assim, ela ganhou uma porção de arranhões, cortes e ficou toda suja de fuligem e terra.

Ela já estava em seu limite. Sabia que não conseguiria corre por muito mais tempo, não conseguia respirar direito, seus ferimentos ardiam, o seu tornozelo torcido a fazia cair sempre que tentava ir mais rápido e ela não tinha idéia do que faria.

Sakura: #ai Deus! Me ajuda! O que eu faço agora? Socorro!!!#

Sakura corria e chorava, sua velocidade estava diminuindo, a dor aumentando e se isso não bastasse, ela não fazia idéia de onde era “aqui”. Ela precisava de um lugar para se esconder urgentemente, mas é meio difícil achar um lugar seguro para se esconder no meio de uma confusão dessas e com dois ninjas querendo te pegar. Sakura estava se afastando muito da parte da vila que conhecia e a medida em q se afastava, a confusão ia diminuindo pouco a pouco, mas ela nem notou isso, ou melhor, ela não notou nada, não prestou atenção em nada, nem notou que acabou indo parar em uma das ultimas ruas da vila, onde já se podia ver o estreito bosque que separava o vilarejo da estrada que levava até Konoha e que nesse lugar, tudo que sobrou da invasão foram os destroços das casas e a gritaria ao longe. Em certo ponto, sem noção nenhuma de onde estava Sakura se deu por vencida. Parou, encostou em uma parede, fechou os olhos e esperou até que os ninjas a alcançassem e que fizessem com ela o que bem entendessem. Mas eles não a alcançaram, nem a seguiam mais e ela nem sabia em qual parte do longo, cansativo e doloroso trajeto, ela passou a fugir de ‘ninguém’.

Ela desabou no chão chorando, mas tentando respirar mais calmamente e passou a olhar em volta. Estava tudo destruído. As casas estavam queimadas e as ruas estavam desertas, como se ninguém tivesse passado por ali há anos.

Sakura:# _ deve ter sido por aqui que começou a invasão...# pensou ela, olhando em volta, se imaginando no lugar das famílias que ali moravam.

Sakura tremia só em pensar que sua casa poderia ficar como essas que ela estava vendo. Ela não reconhecia o lugar, nem sabia que esse lugar fazia parte do vilarejo, agora destruído, em que morava, pois não se parecia em nada com os arredores de sua casa. As casas eram todas grandes e bem melhores do que as de seu bairro e não eram feitas só de madeira como a dela.

Olhando ao redor, Sakura viu o bosque, que não estava muito longe dali e só então percebeu o quanto estava longe de casa. Sua casa ficava do outro lado (do outro lado mesmo...) da vila, que era pequena, mas correr de uma ponta a outra, sem parar e toda machucava não era uma coisa muito legal e não se fazia isso com muita freqüência.

Sakura não sabia o caminho de volta para sua casa, mas sabia o caminho que levava até Konoha. Era só cruzar o bosque e seguir reto na estrada de terra que uma hora ou outra ela chegaria até Konoha e chegando lá, ela pediria ajuda aos ninjas de Konoha, que já ajudaram o povo da vila a enfrentar os inimigos e a reconstruir suas casas uma vez e ajudariam de novo. Pelo menos foi isso que ela pensou.  

Com muita dificuldade, Sakura foi andando devagar em direção ao bosque. Seus cortes ardiam, o ombro doía, o local do chute ainda a incomodava muito e o tornozelo a fazia mancar. Ela estava toda suja, com o cabelo despenteado, sujo e embaraçado, o rosto estava sujo de fuligem e cinza e as lágrimas ajudaram a sujar ainda mais, o vestido estava rasgado e chamuscado na barra, além de muito sujo. Ela estava parecendo um trapo humano, mas assim foi seguindo até chagar ao bosque, chorando e pensando em sua família, que ela nem sabia se estava bem ou não, todo o tempo.

O bosque não era difícil de atravessar. As árvores eram espaçadas e altas, o que não trazia problemas com os galhos, a lua cheia clareava o caminho (... mais ou menos... O.o) e o bosque não era tão extenso. Mas se você é uma garota de 15 anos e esta sozinha, tentar atravessar um bosque no qual você nunca esteve antes, iluminado somente com a luz da lua, sem conhecer o caminho, durante a noite, estando com o tornozelo torcido, o ombro machucado, cansada e chorando não era lá um programa muito bom para uma quinta-feira à noite, ainda mais sabendo que foi por ali que os ninjas inimigos chegaram à sua vila e sem saber se haveriam mais ninjas ali.

Mas mesmo assim, ela estava decidida a atravessar. (sinceramente, eu num teria coragem! /autoramedrozalhesdirigindoapalavra xD)

---------------------- ----Visão da Sakura (on)-------------------------------

Esse bosque não me agradava nem um pouco, mas eu tinha que atravessá-lo. Essa era a única chance do meu povo, da minha vila, da minha família. E eu não ia desistir, não podia. Eu chegaria a Konoha e traria ajuda a eles. É! Eu faria isso! Bom... Eu tentaria fazer isso...

Fui entrando no bosque com cuidado e bem devagar, já que eu não sabia o que iria encontrar ali dentro. Logo do começo eu já conseguia ver o final, onde a estrada de terra se encontrava.

_vamos Sakura... Ignora a dor e segue em frente! Ignora a dor e segue em frente! Ignora a dor e segue em frente! Ignora a dor e segue em frente!...

Eu ficava repetindo isso pra mim mesma, bem baixinho, para tentar afugentar o medo e esquecer a dor que sentia no ombro, perto das costelas, onde o ninja me chutou e os arranhões e cortes que ganhei no caminho. Sem contar o tornozelo que a idiota aqui torceu. Não fazia muito efeito, mas me ajudava a pensar um pouco menos em minha família.

Era noite de lua cheia, mas a paisagem não era nada bonita. As árvores eram bem altas, não muito largas e seus troncos pareciam ser de um tom de cinza bem claro á luz da lua, fazendo com que projetassem sombras estranhas no chão e suas raízes largas e saltadas do chão pareciam dedos compridos, gordos e apavorantes agarrados ao solo coberto quase que totalmente de folhas secas, que faziam um barulho estranho e assustador quando o vento batia nelas.

Não sei se essas coisas eram mesmo assim mais era assim que eu as via e todo e qualquer barulho que eu ouvia pareciam passos vindo em minha direção.

De repente, ouvi um barulho que vinha de cima e vi umas folhas se moverem na copa de uma das árvores que me cercavam. Travei. Não conseguia mover um músculo sequer, minhas pernas tremiam e meu estômago estava se embolando com os outros órgãos.

Eu estava tão perto da estrada, não podia parar agora, só faltavam poucos metros.

_ #se eu correr... droga.... não dá....# - pensei comigo mesma, sentindo a dor aguda que quase me derrubava no chão quando eu apoiava o meu pé no chão - #tão perto... tão perto... eu tenho que chegar até lá...#

As folhas se mexeram outra vez. Olhei assustada para cima, mas não vi o que ou quem estava fazendo as folhas se mexerem, mas eu sabia que tinha algo ali e q queria me pegar. Sabia q estava sendo observada.

Reuni todas as minhas forças e comecei a correr, mas depois de alguns paços, cai, mas pelo menos eu estava mais perto da estrada. Meu tornozelo estava latejando.

Eu estava caída no chão, totalmente indefesa e já entrando em desespero quando ouvi ao longe o que me pareceu ser o som de um carro vindo pela estrada de terra. Isso me deu esperanças.

Eu nem sabia se era mesmo um carro ou se eu estava ouvindo coisas, mas sabia que assim q saísse do bosque estaria um pouco mais a salvo.

Desde pequena minha mãe conta a mim e a meus irmãos histórias sobre os bosques que cercam nossa vila.  Dentro do bosque havia ninjas malfeitores, exilados, procurados e sentenciados a morte, não eram muitos, mais a ANBU já capturou ninjas muito perigosos ali, sei disso pela minha irmã. Varias pessoas já desapareceram ao tentar cruzar o bosque. A minha sorte, nem sei se posso dizer q é sorte passar pelo q estava passando, mas enfim, a minha sorte é q acabei vindo parar na parte mais “segura” de se atravessar, a parte mais estreita do bosque, que dá direto para a estrada que leva a Konoha e por isso é a parte do bosque mais vigiada pela ANBU.

Uma vontade de gritar incontrolável veio subindo pela minha garganta quando tentei me levantar. Sem pensar, me apoiei no pé machucado e ao cair, me apoiei no baço q bati quando fui arremessada contra a parede pelo chute do ninja e desabei no chão de novo. Me sentia um pedaço inútil de lixo ali, jogado no meio do mato. Mal conseguia me levantar do chão, estava toda machucada e suja e o choro já me apertava a garganta. Quando percebi, já estava em prantos outra vez.

Ouvi, mais uma vez, o barulho de folhas se mexendo, só que dessa vez, estava se movendo lentamente, chegando mais perto. Entrei em choque e involuntariamente até diminui a respiração e comecei a olhar pros lados sem ver nada. Agora sim eu tinha mesmo que sair dali o mais rápido possível, o que seria muito fácil para qualquer pessoa que conseguisse se levantar do chão, já que eu estava a bem menos de 20 metros da estrada.

Me levantei numa pancada só, ignorando a dor e fui tropeçando e tentando correr até a ultima barreira de árvores que separava a estrada do bosque. Era uma barreira com árvores mais juntas, largas e uniformes, postas uma ao lado da outra. Chegando perto dessas árvores, o que ou quem estava atrás de mim estava bem próximo, eu sentia isso, e ele ou isso ia me pegar. Nem pensei, só fechei os olhos, gritei e me joguei para frente, entre duas árvores e cai no chão. Pra ajudar, cai sobre o pulso, que torci também.  

Eu estava encolhida e tremendo feito um rato no chão, até que abri os olhos, pois ouvi o som do carro se aproximando. Eu já não estava mais no bosque. Estava caída sobre as pedras na estrada de terra que tanto lutei para chegar. Senti um surto de alívio e uma imensa vontade de chorar. De novo. E chorei, mas dessa vez foi de alivio.

Levantei, com muito, muito esforço mesmo, e quase cai de novo quando fiquei em pé. Estava fraca, tremendo um pouco, o meu coração estava descompassado e a respiração também. Me afastei um pouco das árvores, só por precaução, e parei no meio da estrada esperando o carro que ouvi. Parada ali no meio não tinha como ele não me ver, e eu o faria parar.

Quando finalmente vi o carro surgir na estrada, comecei a gritar. Teria corrido até lá, se pudesse.

_ POR FAVOR! ME AJUDE! PARE, POR FAVOR! – estava gritando e acenando com os braços para o alto.

O carro veio diminuindo a velocidade e parou a alguns metros de mim. Fui correr até lá, mas cai de novo.

Um homem bem velho saiu do carro e veio me acudir. Ele mal agüentava me ajudar a levantar e ao se abaixar, seus óculos caíram.

_ Droga de óculos velhos! – disse o velho, rindo – venha minha jovem, vou te levar pra casa. – ele pegou os óculos com dificuldades e me ajudou a levantar.

Perdi a conta de quantas vezes o agradeci no caminho. Graças a Deus o velhinho morava em Konoha, e me adiantou grande parte do caminho.

Demoramos cerca de meia hora para chegar até a cidade. Não sei quanto tempo levaria para chegar se fosse andando, ainda mais sem conseguir apoiar um dos pés no chão.

Quase cai outra vez quando desci do carro, tendo que me apoiar no mesmo.

_ Meiko! Meiko! – chamou o velhinho assim que chegamos a sua casa – venha ver o que achei no caminho!

Uma senhora gordinha, também de óculos, com os cabelos grisalhos amarrados num coque, usando um avental saiu de dentro da casa e veio rapidamente em nossa direção.

_ Meu Deus! Venha querida, vamos entrar. – Disse ela, me conduzindo para dentro.

Lá dentro, a senhora me deu água e me oferece roupas limpas para por. Tomei um banho rápido. Os meus ferimentos ardiam quando a água do chuveiro caia sobre eles. No banho, fiquei pensando em um jeito de achar minha irmã em Konoha, ou algum outro ANBU. Decidi que iria embora dali pela manhã e daria um jeito de encontrá-la.

As roupas que eu estava vestindo eram um pouco largas, mas para mim estavam ótimas. Um short curto cor de coral, uma camiseta regata azul marinho, uma blusa de manga comprida cinza e chinelos. Eram da filha dessa senhora.

_ deve estar com fome, querida. – disse Meiko me levando para a cozinha – Coma. Eu fiz seu prato enquanto estava no banho.

_ Obrigada! Muito obrigada mesmo pela sua hospitalidade Sra. Meiko! E Muito obrigada ao senhor também, por parar o carro para me ajudar... – respondi fazendo o possível para sorrir.

_ Não há de que, minha jovem! – respondeu o senhor, o qual eu não sei o nome até hoje.

Meiko: _ depois que nossa filha se mudou, ficamos muito sozinhos aqui... é um prazer te receber, querida.

_ Mais uma vez, muito obrigada, Sra. Meiko!^^

 Depois de comer, ela me chamou na sala e passou uma pomada em alguns cortes nos meus braços e pernas e me deu uma bolsa de gelo para por no pé e ficamos conversando um pouco. Ela também me ofereceu um quarto para passar a noite, que também era da filha dela. Já passava da meia noite quando fui dormir, pensando em tudo que aconteceu naquele infeliz dia e em como eu estava longe de casa. Eu queria, naquele momento, abraçar minha mãe e meus irmãos, dizer que os amo. Mas não podia.

A lembrança de meu pai caído no chão me fez chorar e querer abraçá-lo e nunca mais soltar. Assim adormeci, com lembranças nada felizes em minha mente.  

---------------------- ----Visão da Sakura (off)-------------------------------


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Notas finais do capítulo

Pessoal, ta i mais um cap. da minha fic!
espero que tenham gostado!
por favor, mandem reviews, críticas, opiniões,o que quiserem!


Bjoo
Obrigada pela atenção!^^



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