Eu sempre me perguntei. A dúvida era constante em minha corrida contra o tempo. Como seria?

Como seria a sensação de viver na escuridão? De apenas ouvir, sentir e tocar. Eu não queria isso para mim, mas eu tinha que aceitar.

Era o destino batendo em minha porta.

Eu queria saber quem eu imaginaria primeiro. Mamãe ou papai? Quem me consolaria no pior dia de toda a minha existência?

...

Eu via minhas amigas. Elas faziam listas de objetivos para suas vidas todas. Eu fazia até a escuridão tomar conta de mim.

Eram planos bobos, passeios, imagens que eu gostaria de guardar comigo até o fim dos tempos.

Seriam momentos preciosos, momentos de luz para iluminar o restante do caminho que eu ainda tinha pela frente.

...

Era manhã de outono, lembro-me muito bem.

Acordei como se fosse um dia comum, mas não era. Pensei que ainda fosse madrugada, mas os pássaros do lado de fora insistiam em me contrariar.

Poderia ser alguma alucinação minha. Não era.

Eu gritei. Gritei com todas as minhas forças.

Lembro-me de ouvir os passos rápidos de alguém se aproximando. Não sabia dizer se era Reneé ou Phil.

Ouvi a porta abrindo. E não enxergava nada.

Meu coração estava batendo totalmente fora de ritmo. Eu já sabia o que era, só não queria acreditar.

Eu estaria na escuridão até o dia em que eu merecesse novamente enxergar.

Apertei meus olhos em vão, na esperança de que quando os abrisse tudo voltaria ao normal.

Errado. A sensação de incapacitação me tomou por completa.

Então me veio a sua imagem.

Um sol em meio a tanta escuridão.

n/a:

Essa fic é o meu bebê. Cuidem bem dela. Quem é orfã da Keep pode vir aqui, sinta-se a vontade KKKKK. :)

Espero que gostem do prólogo, ainda não tenho previsão de quando postarei o primeiro capítulo, mas prometo não demorar!

Kisses fofuras! :*