Middle Ages Sucks escrita por msnagy


Capítulo 4
How this happened?




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   Sam olhava as fotos que tinha em mãos e olhava toda aquela gente. Talvez fosse o sol escaldante do meio-dia ou o fato de estar de social. Podia ser a associação dos dois. Ele se sentia um tanto frustrado. Andara por todos os cantos atrás daqueles que lhe foram passados e nenhum sinal. Achou proposital da parte de Blake ter deixado a ruiva com ele. Agora o seu desejo de consumo momentâneo tinha nome: Melanie. Não era justo ela se esconder assim. Levantou seus olhos mais uma vez para a multidão. Seus olhos a notaram como se ela brilhasse no meio das pessoas. Estava bem vermelha e com uma cara de quem não estava bem.

   Se aproximou com uma cara bem séria. Alguém tinha aparecido ao lado dela,um cara vestido em roupas normais. Sam deu uma olhada na pasta. O garoto estava na lista. Sam olhou para ele. – Você é Owen Teague? – O garoto se virou para Sam, surpreendido. – Sou sim, senhor. – Sam continuou sério. – Agente Ulrich, FBI. – mostrou seu distintivo. – Eu gostaria de conversar com você sobre os acontecimentos nas outras feiras. – Owen ia começar a falar quando a voz de Melanie saiu primeiro. –Owen, eu acho que... - deu alguns passos a frente e começou a desmoronar. Sam correu para segura-la e olhou Owen. – Algum lugar em que eu possa levá-la? – Owen suspirou. – Tem uma tenda de socorro aqui, vamos. – Sam e Owen abriam passagem na multidão com Melanie nos braços de Sam.

 ~*~

   Blake estava muito perto de berrar para que se calassem. Onde estava com a cabeça quando decidiu que ela falaria com aquelas garotas? Repensou nisso. Dean já teria gritado e Sam, com certeza seria admirado e não ia conseguir fazer o que queria. Blake tinha que esperar elas pararem de discutir para conseguir respostas.  Dessa vez estavam demorando um pouco mais para responder o que ela realmente queria ouvir. Não tinha mais paciência. – GAROTAS, UMA DE CADA VEZ, POR FAVOR! – As três garotas se calaram no mesmo instante. – Agora, devagar, me digam o que viram naquela noite. – Olhou para elas com uma cara bem fechada. Elas se entreolharam e a que parecia ser a líder começou a falar e  Blake a tomar nota.

   O relato tinha umas coisas estranhas, que não se encaixavam e que ela marcara com um sinal de interrogação. Levantou seus olhos por um instante e pode ver Dean um pouco distante, cercado por um grupo típico de nerds e uma linda garoa vestida de princesa. Dean disse algo a ela e ela sorriu de leve, pegando na mão de Dean, anotando, provavelmente, seu telefone. Blake viu Dean se gabando para os garotos e respirou fundo. Era tão difícil assim manter o foco? – Garotas, um instante. Não saiam daqui. – sorriu amenamente e foi na direção de Dean.

   Dean estava realmente se divertindo com aqueles garotos. Achava que era impossível existirem caras tão inseguros. Os quatro olharam para ele, abobados. – Cara, como você consegue? – Dean deu uma risadinha. –É simples. Vocês só têm que acreditar um pouco em vocês, entendem? Vocês têm que agir como predadores, galera. – Seus olhos viram Blake se aproximar, com o olhar duro. Ia sacanear um pouco com ela. Cutucou o rapaz que era menos pior. – Você. – o garoto suspirou. – Vê aquela garota afro que vem para cá?- O garoto mal conseguiu falar alguma coisa. – É, percebo que você viu. Tente algo com ela. Confie em você e você vai conseguir. – Dean piscou e deu uma tapinha no ombro dele.

   Blake estava a poucos metros de Dean quando foi interceptada. Respirou fundo e deu uma olhadinha para Dean que sorria travesso. O garoto a sua frente estava meio nervoso, mas conseguiu abrir a boca. – Ahn... V-v-você é muito bonita. – Blake sorriu de leve. – Obrigada! Você também é um gato. – envolvendo o pescoço do garoto com seus braços. Ele ficou mais nervoso ainda, porém colocou suas mãos na cintura de Blake. – J-j-jura? – Blake fez que sim com a cabeça e se aproximou dando um selinho demorado. Dean não acreditava que ela era capaz. Blake afastou seu rosto. – Ótimo. Mas agora eu preciso falar com ele. Okay?– Apontou Dean. O rapaz nem disse nada, dando passagem. – O que eu faço para ganhar um desses? – Blake revirou os olhos. – Ser menos idiota já seria um bom começo. – cruzou os braços.

   Agora tinha certeza que Blake era osso duro de roer. – Bem, você veio até aqui por algum motivo. – Blake olhou para ele por cima da lente dos óculos escuros. – Sim, eu vim, Dean. – ainda com expressão fechada. – Vim só para saber se você está fazendo seu trabalho. – Dean fechou a cara. – Olha, eu sei muito bem como fazer meu trabalho! – Blake pegou na mão de Dean firme e viu o que ela já sabia. – Isso aqui faz parte? – Dean suspirou, puxando a mão. – Qual é, garota? Meus métodos NUNCA falharam esses anos todos de caçada! Você é pior que Sam. – Blake suspirou. – Eu estou de olho em você. – saiu andando. Dean ficou encarando, se perguntando o que ela queria com tudo aquilo.

 ~*~

  Melanie abriu seus olhos um pouco confusa, mas, aliviada. Sentia um frescor maravilhoso em volta do seu corpo e isso a fez sorrir. Nada daquela sensação de estar assando ou de estar sufocando. Queria ficar ali para sempre. – Melanie, você está bem? – Ela se assustou um pouco com a voz desconhecida. Ao olhar na direção da onde ela vinha, viu um cara grande de olhos verdes, cabelo castanho médio. Um gato. – Eu... Estou bem, agora. – o cara suspirou. – Owen foi avisar os outros. – disse meio sério. O ambiente ficou um pouco tenso, ainda mais porque um silêncio tomou conta. – Eu sou Agente Ulrich. Queria saber o que você recorda sobre aconteceu nas outras feiras.- Sam achou pertinente perguntar agora que estavam sozinhos.

  Melanie pareceu um pouco desconfortável com o assunto, um pouco relutante em falar. - Olha, Agente Ulrich, eu vi muito por cima, das três vezes. Eu estava no meio da multidão. – ela coçou a testa, suspirando. Sam continuou com seus olhos em Melanie, sentindo que a garota estava prestes a desabafar. – O que  eu me lembro , foi da primeira vez que deu confusão. O Joe tinha acabado de receber aquele cajado que ele dizia ser de Merlin. – deboche. – E a gente estava viajando nas coisas que poderiam se tornar reais caso o cajado fosse verdadeiro. –Sam já ligou seus sinais de alerta. – Aí no meio da noite, quando a gente tava saindo do bar e a gente viu uma garota levitando e ... - respirou fundo. - Tinha fogo saindo de suas mãos enquanto ela falava alguma coisa em latim. Bem assustadora. – soltou por fim.

   Sam parou para pensar. Tinham um vampiro, um lobisomem e, pela descrição, uma bruxa de acordo com o que era relatado na Idade Média. E tinha aquela história do cajado de Merlin.  Uma garota entrou no cômodo, indo direto até Melanie. – Você está bem? – Melanie balançou a cabeça de maneira afirmativa. – Você assustou a gente! – Sam prestou atenção nas flechas que a menina carregava em suas costas. – Não vai acreditar no que eu tenho para te contar. Aquele menino que mexeu com a gente ontem, ele foi encontrado morto hoje, dizem que foi por um vampiro. Que ironia não? – Melanie ficou em choque, visivelmente. Sam pigarreou. – Eu sou o Agente Ulrich, FBI. – mostrou distintivo. – Gostaria de fazer umas perguntas a você e ao resto do grupo. – A garota olhou Sam. – Ulrich que nem o baterista do Metallica? – Sam fez que sim com a cabeça. – Legal! Eu já volto. – e saiu, com um sorrisinho.

    Melanie suspirou, ajeitando uma mecha de seu cabelo e olhou de canto para Sam. – Eu sei que você está aqui a trabalho e deve ter muita coisa para fazer, mas, porque não passa a tarde com a gente? Tenho certeza que você vai conseguir muitas informações. – ela disse com certa timidez. Sam sorriu. – Claro, claro. É uma ótima idéia. – A garota estava olhando fundo em seus olhos. – Você tem um que de mistério. – Sam passou a mão pelo cabelo. – Bem, eu sou um agente do FBI. – Ela sorriu, charmosa. – Eu gosto de mistério. – Sam estava gostando daquela conversa.

 ~*~

    Blake acabou de ajeitar suas anotações tentando por em ordem toda aquela tagarelação. Respirou fundo, sentindo a necessidade urgente de uma cerveja. – Cansada, General? – Blake olhou para Dean que se aproximava. – Um pouco.  Adolescentes têm um grande potencial para sugar energias e um sério problema para manter o foco. – Dean riu. – Pena de você. – Blake olhou para ele de cara meio fechada. – Espero que você tenha conseguido alguma coisa. – Dean fez uma pose de superior. – Querida, eu já disse que meus métodos não falham. Anos de experiência. – piscou.

   A garota sustentou seu olhar até Dean por um tempo, como se fosse capaz de explodi-lo com poder da mente. – Então, o que você conseguiu? Espero que seja útil.- Dean deu um sorrisinho charmoso. – Os garotos me contaram uma coisa interessante. Na feira antes dessa, teve um surto de mulheres bonitas exibindo suas marcas de amor. – Blake deu uma olhada em seus papéis. – Marcus. As meninas me falaram dele, com os olhos brilhando. – ainda olhando os papéis. Dean continuou. – O cara se tornou  a celebridade da feira, mas, ninguém sabia quem era, ao certo. – Blake leu o que anotou. – Segundo as meninas. Marcus se vestia como um nobre da época, bem arrumado e cheio de pompa. Ahn..Um gato, nas palavras delas. – Dean suspirou. – Então, os meninos viram um cara vestido de nobre, um cara comum até, acompanhado de uma garota bem gos...Digo, bonita. Até aí tudo bem, entretanto, eles viram a mesma menina e o mesmo carinha na cafeteria na manhã seguinte e adivinha: ela tinha duas marcas no pescoço. O mais estranho era que o cara não tinha nada de vampiro. – Blake olhou para ele pensativa.

    Ficaram em silêncio por um tempo. Blake suspirou. – Vai, chega de quebrar a cabeça. Vamos para um bar. – disse com o maior tom de derrotada, fazendo Dean rir. – Vamos, deixa só eu ligar para o Sam. Passeio o dia todo sem notícias dele. – Dean  sacou o celular e ligou para seu irmão. – Sam! Tudo certo com você, garoto? – Dean ficou um tempo quieto ouvindo o que Sam dizia.- Okay. Vai fundo, Don Juan. – deu uma risadinha e desligou, olhando Blake e se aproximando dela. – Parece que somos eu e você essa noite, doçura. – Blake se aproximou também, gerando certa tensão no ar. – Vamos ver se você me agüenta todinha para você, numa noite só.

 ~* ~

   Sam não deveria estar com tanto medo. Ele já tinha encontrado com lobisomens antes e até se relacionado brevemente com uma. Olhou para trás, sem achar rastro de seu perseguidor. De onde ele tinha surgido? Devia ter quase a sua altura, era bem peludo e tinha aquele olhar bem feroz, faiscante. Tinha que dar o braço a torcer e assumir que era bem assustador. Sentia seu coração acelerado. Ainda em busca de algum sinal do monstro, ele bateu na porta do quarto, rezando para Dean estar lá e acordado. Ouviu uma voz feminina se aproximando e balançou a cabeça. Não seria o Deam se não aproveitasse da situação.

   A porta se abriu e ele se deparou com aqueles belos e conhecidos cachos, para sua total surpresa, mas, estava tão em choque que entrou direto no quarto e agarrou a garra de uísque ainda fechada, abrindo-a e dando um senhor gole. Dean ficou preocupado, porque não era do feitio de seu irmão sair virando garrafas. Blake se aproximou. – Sam, o que houve? – Sam tomou mais um gole, respirando fundo. – Vocês não vão acreditar. – Dean olhou pro seu irmão, dando um leve sorrisinho. – Você tem que contar para saber. – Sam olhou para a garrafa e suspirou, revirou os olhos e olhou para seu irmão. – Eu fui seguido. – tanto Blake quanto Dean ficaram alerta. – Pelo lobisomem daquela gravação. – Os dois esperavam que Sam estivesse brincando, entretanto sua expressão facial passava o oposto. 


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