Vejo que você chegou na hora da minha leitura, sente-se, tome uma xícara de chá enquanto ouve uma historia.

Poderoso, imponente, o homem cujo poder era despertar medo, e acovardar os mais corajosos generais. Se eu pudesse descrever a lenda do cavaleiro perdido em uma palavra, esta seria Poder. Poder pra mandar e desmandar o que tivesse vontade. Não se parecia com um ser humano, não depois do episodio em Curthville. Atendia pelo codinome de Mount Breaker, eu só soube o porquê do apelido depois da tragédia. Mount Breaker era um homem que gostava de tudo exageradamente robusto, não era de se surpreender esse comportamento vindo de um brutamonte que passava de 2,20m. Um pecado capital que cairia bem nele seria a Gula, o gosto pelo exagero, adorava sua casa (embora parecesse um templo) feita com paredes de cinco tijolos deitados cada, uma pessoa normal poderia dormir no parapeito de suas janelas. Esse homem sempre teve um desejo, e não sabia esconde-lo pelo visto, almejava o posto de rei de Curthville. Você se pergunta, o desejo de Mount era o poder que um rei influencia? Eu te respondo com certeza que não, mostrarei isso daqui a pouco. Sempre que podia, o homenzarrão fazia uma coroa na sua forja, localizada no fundo do porão de sua casa, e fingia ser rei em sua sala, se divertia condenando famílias de almofadas inteiras á forca, queria que fossem pessoas, apenas porque seria mais excitante ver dezenas de cabeças sendo separadas do corpo que apenas uma. Nessa época, Mount ainda não sabia como manusear uma espada, muito menos forjar a sua, mais o desejo de poder fez com que ele aprendesse a fazer coroas de vários tipos para seu deleite. Era um adolescente, passara pela puberdade não faziam 2 anos, não contou com seus pais para nada, pois partiram para outras províncias deixando apenas a casa para o pequeno garoto de três anos na época, deixaram a casa e uma carta para o futuro lendário.

Filho, sabemos que você não poderá ler esse bilhete antes de três anos, quando você estiver lendo isso, saberemos que estará proto para aceitar seu destino. Somos uma família orgulhosa, os nossos ideais são superiores aos de qualquer outra, somos assim há sete gerações e por meio dessa carta lhe informamos que você, o único representante dá oitava geração, nosso filho acima de tudo, foi o escolhido para passar o nome dos Rockemberg adiante, há sete gerações nosso sobrenome causara medo e subordinação por onde quer que passássemos. Se orgulhe disso, inveje quem possuir poder maior que o seu, fique irado por não consegui-lo e lembre-se de fazer com que seu nome esteja acima de tudo, para que por onde passar, as pessoas curvem-se diante de você. Eu e sua mãe deixamos este bilhete num local onde saberíamos que encontraria quando estivesse pronto para aceitar seu destino, se você achou isto, consegue compreender nossa escrita e provavelmente nossa fala. Haverá assim como este, outras cartas espalhadas que te guiarão pelo caminho que deve seguir. Pensamos que seria um feito maior um garoto honrar seu sobrenome antes mesmo de conhecer seus pais. Desejamos á você que você viva até seu destino.

 A Rockemberg & B. Rockemberg

Infelizmente, quando achou isso, o rapaz não tinha noção do que significava seu sobrenome e muito menos do que o esperava pela frente.

Ouvi uma buzinada, devem ser seus pais te chamando para ir para a casa, não?

Não se preocupe, quando você voltar, continuo a historia onde parei.

Assim que  fechou a porta de minha casa, tomei meu chá e continuei lendo meu livro.